segunda-feira, 31 de março de 2008
PODER MUNDIAL – 2. Conselho das Relações Exteriores (Council on Foreign Relations)
O Conselho das Relações Exteriores é uma entidade sediada em Nova Iorque, EUA, voltada para a política internacional. Segundo seus representantes, trata-se de uma entidade dedicada a aumentar a compreensão norte-americana sobre o mundo e contribuir com ideias para a política internacional dos EUA.
A revista do Conselho das Relações Exteriores é o “Foreign Affairs” (pode ser traduzido como: Relações Exteriores), revista científica sobre relações internacionais.
A revista é publicada pelo Council on Foreign Relations (Conselho de Relações Exteriores), um grupo privado fundado em Nova Iorque no ano de 1921 com o objetivo de manter os Estados Unidos envolvidos em assuntos internacionais, mesmo que o governo norte-americano adoptasse políticas isolacionistas. O grupo, na sua maior parte composto por académicos, iniciava uma publicação trimestral que se tornaria a Foreign Affairs.
A revista tornou-se proeminente após a Segunda Guerra Mundial, quando as relações exteriores se tornaram centrais na política dos Estados Unidos, e o próprio Estados Unidos se tornaram um actor influente no cenário global. Muitos artigos extremamente importantes foram publicados na Foreign Affairs, inclusive o trabalho de George F. Keenan, "The Sources of Soviet Conduct" (As fontes da conduta Soviética), o primeiro a explicitar a doutrina de contenção, que se tornaria a base da política norte-americana na Guerra Fria.
Onze secretários de estado (o equivalente a ministro dos negócios estrangeiros em Portugal) escreveram ensaios na Foreign Affairs, entre eles Henry Kissinger, e hoje tais artigos ainda são considerados importantes indicadores da linha de pensamento do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Mesmo com o fim da Guerra Fria, a revista mantém a sua importância, como um espaço para o debate dos rumos da política internacional. A Foreign Affairs foi o primeiro lugar no qual Samuel P. Huntington publicou suas idéias com o influente artigo "Clash of Civilizations" (O choque de civilizações), e foi nela que Francis Fukuyama debateu com outros academicos sua teoria sobre o fim da história.
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