quarta-feira, 26 de março de 2008
GRÃO-VALADO DA VALÍNIA
Essa narrativa - que começava "Numa terra bem distante, para quem vive a oriente deste nosso celebrado planeta azul (...) e que era a de Grão-Valado da Valínia" e cuja leitura há muito não celebro - talvez tenha interesse como recensão crítica, merecerá certamente, sobretudo quanto à escrita, muitos reparos do autor. Quanto à sua edição on-line requer muita aplicação, visto que não existe em suportes informáticos e quando foi escrita foi-o sem segurança na altura - bastaria ter havido uma avaria informática nesses dois meses que levou de lavra para não ter visto a luz do dia - o que, aliás, se passou com uma noutra narrativa já em letra de forma e quinze mil caracteres acumulados e intriga organizada (segundo o modelo de Lukács) em torno a vários heróis do quotidiano, personagens hauridas de pessoas que a infância deixou na memória e em redor das quaís se foi cerzindo o processo de transformação da narrativa (no dizer de Júlia Kristeva). Tendo se apagado do papel, isto, é do softwere, permanece aparentemente subjacente no desejo de as libertar desse mundo dionísiaco da memória. Por agora, o tempo que fica da leccionação - nos últimos dias as televisões mostraram, no "vídeo da verdade crua" que o tempo da docência não se mede pela cronologia de um relógio mas no relógio das emoções da incompreensão de uma sociedade analfabeta em 74, que se pôs a par da Europa mas maltrata os principais agentes dessa transformação que está longe da excelência que se pretende - por agora, esse tempo, além destas postagens destituídas de objectivos egoístas, é consumido no campo da literatura não de produção mas de investigação.
(Um abraço ao Pai da Rita Matilde).
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