segunda-feira, 24 de março de 2008

ALIANÇAS – HÁ-AS DE TODAS AS CORES




Vale tudo para derrotar o PPD?

História 1
1974/1975
Coligação para enfrentar a mudança de regime:
PS, PPD, PCP, MDP – legítima? Sim!

História 1.1

“Coligação negativa” no parlamento, pela junção dos votos dos partidos de toda a Oposição, 7 de Dezembro de 1977, PPD, PCP e CDS para chumbar uma moção de confiança do I Governo PS. Situação legítima e normal. Mas que aconteceria se toda a Oposição se unisse na Madeira – PS, CDS, Bloco de Esquerda, PND, PCP para derrubar um governo maioritário do PPD? Cairia o Carmo e a Trindade, ou a Sé e o Colégio!

História 2
1978
Coligação PS/CDS – para afastar o país da bancarrota e fazer o acordo com o FMI, Fundo Monetário Internacional – legítima? Sim!

História 3
1979
Coligação AD (Aliança Democrática) PPD/CDS – objectivo: correr com a esquerda que era maioritária no poder e no país. A esquerda continuou maioritária no país, mas minoritária no parlamento. A AD obteve 44%. Contudo - legítima? Sim!

História 4
1980
Coligação AD (PPD/CDS – impedir a esquerda de regressar ao poder. A esquerda continuou maioritária no país, e a direita no parlamento (AD, 47%). – legítima? Sim!

História 5
1983
Coligação PS/PSD – o chamado Governo do Bloco Central. Coligação para retirar o País da difícil situação económica em que os governo da AD tinham deixado o país. Legítima? – Sim, mas experiência a não repetir, digo eu.

História 6
2002
Coligação pós-eleitoral PSD/CDS-PP para formar Governo.
Legítima? – Sim.


Como se vê pelos exemplos, a formação de alianças e coligações para alcançar o poder, nacional, regional ou autárquico é um acto constitucional, legítimo e propõe-se implementar estratégias que façam frente ou a forças maioritárias ou a situações de inexistência de maiorias de um só partido. Existiram, ao longo da Democracia, quer a nível pré quer a nível pós-eleitoral.
Todas estas alianças foram possíveis, e não parece que os seus integrantes perdessem a sua natureza ideológica. Pelo menos, por causa disso…

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