sábado, 15 de março de 2008

SERÁ MESMO VERDADE?: "PCP REJEITA COLIGAÇÃO À ESQUERDA QUE O PS DESEJA"? (DIÁRIO NOTÍCIAS)




Diário de Notícias de hoje:
PCP rejeita coligação à esquerda que o PS deseja

"PCP demarca-se de acordos que envolvam os socialistas
A 'nega' do PCP inviabiliza qualquer acordo para as eleições autárquicas
Data: 15-03-2008

Ao lado do PS, nem de cravo ao peito. Esta parece ser a posição da direcção do PCP-M, bem vincada na resposta ao convite do Bloco de Esquerda para a celebração conjunta do 25 de Abril.

Uma recusa que, face às justificações apresentadas, inviabiliza qualquer acordo para as próximas eleições 'autárquicas'. A frente de esquerda, defendida pelo líder do PS, João Carlos Gouveia e que também consta da moção que a direcção do BE leva à Convenção, fica seriamente comprometida.

A posição dos comunistas, como consta da carta enviada à direcção do Bloco, é justificada pelas "responsabilidades governativas do PS na concretização de políticas contrárias a Abril". O PCP não considera "coerente" qualquer acordo com os socialistas madeirenses, devido ao que considera ser uma "ofensiva anti-social" do Governo da República.

O convite do BE surgiu depois de ter sido rejeitada, pela maioria 'laranja', a realização de uma Sessão Solene da Revolução de 25 de Abril na Assembleia.

O objectivo das comemorações conjuntas é, segundo Paulo Martins, dar "resposta ao autoritarismo crescente do PSD e abrir caminhos para futuras soluções entre as forças que se opõem ao poder e que queiram, em sede de eleições autárquicas, constituir alternativas".

Face ao que tem sido o comportamento da maioria 'laranja', o dirigente do BE não compreende a posição dos comunistas.

"A questão do Governo da República, que é um governo neoliberal de direita, pesa tanto hoje, como pesava há dois anos, quando se juntaram os partidos da esquerda para celebrar o 25 de Abril", recorda.

Paulo Martins acusa o PCP de esquecer o adversário principal da oposição madeirense: "Querem concentrar o ataque no Governo da República e no PS, esquecendo que os madeirenses têm um Governo Regional que também merece a nossa oposição e que, em matéria de liberdades democráticas, faz inveja a muita ditadura".

Para o Bloco de Esquerda, a resposta do PCP é "um sinal claro de que não poderá haver acordos para as eleições autárquicas".

Martins tem uma opinião muito diferente em relação aos socialistas madeirenses: "O PS-M assumiu, com esta liderança, características diferentes, tornou-se mais combativo em relação ao poder regional e tem avançado com uma demarcação em relação a políticas do Governo da República".

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