sábado, 30 de março de 2013

Duarte Rodrigues, um caso de pedagogia, não de ideologia

1. Pertenço a uma associação cívica, nas quais tenho especiais responsabilidades, que é rigorosamente apartidária e com cidadãos de diversos quadrantes que não pactua com ataques de natureza antidemocrática ao sistema pluripartidário, inerente aos regimes parlamentares e representativos. 2. É frequente, em diversos «fora» (fóruns) o debate ideológico e partidário entre cidadãos que, pertencendo a essa associação, têm, legitimamente, ideologias divergentes, todas de natureza democrática. 3. Essa associação promoverá proximamente um debate sobre um determinado tema e criou um evento nas redes sociais para a promover. 4. Um dos convidados, que parece ou julga ter uma determinada ideologia, o que é legítimo, tendo sido convidado, aproveitou a página do evento para atacar um político, no caso, que não é relevante, poderia ser outro, José Sócrates exatamente na página do evento. Nunca o apartidarismo dessa associação tinha sido tão claramente violado, quer no sítio (vulgo “site”), quer no perfil, quer na página da associação. O ato é tão mais repugnante e covarde, quando é certo que, sabendo ele que eu sou “socrático”, não poderia, por razões óbvia, responder-lhe ali. 5. É óbvio que esse facto inédito, que revela não um caso de ideologia mas de pedagogia, não um caso de democracia e de revolução, mas de falta de civismo e de educação, foi, naturalmente, resolvido retirando da página do evento essa propaganda de cariz partidário. N. B. (nota bene): o referido indivíduo, que foi, naturalmente desconvidado, dá pelo nome de Duarte Rodrigues, ameaça agora, à moda da “guerrilha suburbana” ou de reguilha à margem do civismo (atitude que ele confunde com revolução (leia “Os miseráveis”, de Vítor Hugo, e verá que um revolucionário “comme il faut” é um cidadão e não um arruaceiro) ( ameaça levar “seita” e boicotar o evento. Perfeitamente ridículo! (A palavra reguilha deriva, segundo uma tese que partilho, de “guerrilha” por metátese; “guerrilha”, por sua vez, deriva de guerra, é um diminutivo espanhol de guerra e, traduzido à letra, significa guerrinha, pequena guerra, e que, na substância, quer dizer guerra não convencional, o que se aplica ao referido indivíduo).