sábado, 29 de março de 2008

"Jardim é «exemplo supremo na vida democrática»", Jaime Gama



Diz o Público
Gama diz que Jardim é "exemplo supremo na vida democrática"


29.03.2008




"O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, considera que Alberto João Jardim é "um exemplo supremo na vida democrática do que é um político combativo". Ao encerrar a sessão inaugural do XI Congresso da Associação Nacional das Freguesias, ontem, no Funchal, Gama elogiou a "obra ímpar" do presidente do governo madeirense, que considera ser "a expressão de um vasto e notável progresso no país".
"Estamos muito longe dessa época", reagiu Jaime Gama, já no final da sessão, quando lhe foi recordado o debate sobre o défice democrático na Assembleia da República, durante o qual chamou Bokassa (ditador que governou a República Centro-Africana de 1966 até a sua deposição, em 1979) a Jardim e este, em resposta, o considerou "mais um tonto" e "um Mussolini". Agora, diz o dirigente socialista - numa inequívoca demarcação das críticas do PS local ao governante madeirense -, "é preciso olhar para o futuro".
Perante um Jardim atónito na tribuna do congresso, Gama disse que "a Madeira é bem o exemplo, com democracia, com autonomia, com a integração europeia, de um vasto e notável progresso no país". É "um trabalho notável", "uma conquista extraordinária", "uma obra ímpar e isso deve ser reconhecido", acrescentou, admitindo que existem, por vezes, "divergências e batalhas políticas".
"Mas toda esta obra historicamente tem um rosto e um nome, e esse nome é o do presidente do Governo Regional da Madeira, a quem quero também prestar uma homenagem, na diferença de posições, por esta obra e este resultado", afirmou. Nesta região "tudo é uma conquista e por isso é que a vivência e concepção de autonomia na Madeira não é tanto a institucional, a conceptual ou jurídica, é sempre uma concepção de luta, de combate, de tenacidade, de vitória, de dinâmica, de afirmação em crescente", frisou o presidente da Assembleia da República, acrescentando que "os autarcas não podiam escolher melhor sítio no país para reflectir sobre os problemas e questões que têm no seu horizonte".
Jardim aproveitou a presença de 1500 autarcas no Funchal para esclarecer que "a Madeira não vive à custa" dos contribuintes portugueses, e que António Guterres "não pagou a dívida" regional, apenas transferiu a parte "das receitas das privatizações que nos cabia".
Ainda na sessão de ontem, o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, anunciou que o Governo da República pretende criar um novo quadro legal que permita o alargamento e diferenciação das competências das freguesias. T. de N. (Tolentino de Nóbrega]"

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