sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ele mesmo


Jacinto Serrão deu ontem uma entrevista à RTP-M. Uma entrevista lamentável em que não assume responsabilidades absolutamente nenhumas. Queixou-se de tudo e de todos. Quem não sabe até os cujos embarram. Dele, não há responsabilidade de nada. Bem, sendo assim, alguém há-de ser responsável pela hecatombe. Este aqui assume toda a responsabilidade.

CANDIDATO ÚNICO

Manter Serrão na liderança parlamentar depois dos desastres de 2007 e 2011 é prolongar o estado de agonia e de coma profundo do PS-Madeira

Congresso do PS


Todos os candidatos à liderança do PS deveriam fazer a si mesmo esta pergunta: tenho condições para ser candidato também a presidente do governo? Se a resposta fosse não, não deviam candidatar-se.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

PS(V) JÁ ESCOLHEU NOVO LÍDER PARLAMENTAR. QUEM? DAS DUAS UMA!


Dizem que o PS já tem novo líder parlamentar e perguntaram-me quem. Eu não sei, mas respondi: das duas uma, ou é Vítor ou é Serrão. Bem, supondo-se que Vítor é candidato e provável novo líder do partido, e Serrão não será candidato, então o líder parlamentar só pode ser o Serrão. Então aquilo não é o PSV?!
- Porca miseria! - como dizem os italianos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Bloco Central PS/PSD-Madeira esteve na forja? Afinal, qual o grau de compromisso de Serrão com o Regime?

1. O PSD-Madeira nunca deixou que os vários candidatos do PS, ao longo dos anos, à vice-presidência da Assembleia Legislativa Regional fossem eleitos à primeira. Ainda da última vez, em quatro anos de legislatura, o PS só teve a presidência pouco mais de um ano. - Não sei se fará o mesmo agora com o CDS.
2. O último candidato do PS a quem o PSD impediu a leição à primeira - e, aliás, não deixou eleger -, foi Bernardo Martins. Já Jacinto Serrão conseguiu, finalmente, ser eleito.
3. Também se diz, e Serrão nunca o negou, que o mesmo foi à Quinta Vigia para gizar uma lei eleitoral para danar os pequenos partidos - já, agora, que olhe para si, com a atual base de apoio eleitoral do PS...
4. Há dias, Diário de Notícias de 12 de Outubro, Serrão afirmava: o PS-Madeira "não será um fator de instabilidade governativa". Então, perguntei o que é que aquilo queria dizer no contexto regional de maioria absoluta do PSD e de larga maioria de direita. E até [eu] ironizava: perdeu a vice-presidência do parlamento, quer dar o salto para a vice-presidência do Governo?
5. Acontece que, hoje, o Jornal da Madeira, nos bonecos, cuja responsabilidade política toda a gente induz, lança esta boca (bonecos, segunda página, cito de cor): JMR queria decidir quem liderava a maioria, mas a solução [de coligação], a acontecer, não seria por aí. Perante isto, duas questões se colocam:
a) Esteve na forja um governo de bloco central PS/PSD na Madeira? Houve contatos para o efeito? Se houve, quem foi à Quinta Vigia? Outra vez Serrão? Também Maximiano? Os dois? As pistas indiciam Serrão.
b) Perante os factos que enumerei, afinal, demanda-se ainda - qual o grau de compromisso entre Serrão e o Regime? Será ele «persona non grata» ou »persona grata» para o mesmo?

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Abolição de Feriados

O primeiro feriado a ser anulado deve ser o 25 de Dezembro, pois sem o respectivo subsídio não faz sentido comemorar tristezas!

Depois o 1 de Maio, uma vez que estamos praticamente com a maioria dos trabalhadores no desemprego!

O 25 de Abril deve ser só considerado tolerância de ponto entre as 00H00 e as 6H00 da manhã!

O 10 de Junho, Dia de Portugal deve ser eliminado, uma vez que quem manda nisto é a troika!

Devemos manter-nos inflexíveis na defesa do 1 de Novembro, pois é o dia dos mortos!

O pacto das oligarquias

O pacto das oligarquias
1. O PS-Madeira teve a mais pesada das derrotas de quantas houve após o vinte de Abril. O PS, ainda assim, já foi um grande partido na Madeira. Já foi poder em várias juntas e câmaras da nossa Região Autónoma, caso de Machico e Porto Santo, e esteve à beira de ganhar o poder autárquico em vários concelhos, como Funchal, Santa Cruz, Porto do Moniz e Ponta do Sol.
2. A partir de uma determinada altura, as duas lógicas que se digladiavam no interior PS uniram-se - definitivamente - para capturar o Partido e impedir qualquer projeto de poder sério e sólido, que pudesse colocar em perigo a hegemonia deste regime de único partido que nos governa há quase quatro décadas.
3. A oligarquia do aparelho dominou, por completo, todas as estruturas do partido e perseguiu todas os socialistas que pudessem colocar em perigo a sua hegemonia. Quando muito, serviu-se dessas pessoas como cérebros para elaborar documentação programática, reconhecida que é a sua incompetência política, tanto assim que nada fizeram com esses acervos programáticos.
4. À oligarquia do aparelho, junta-se a oligarquia económica, que exerce um poder de suserania sobre as direções cooptadas pelas duas oligarquias. Na prática, as várias direções, ou aceitam o poder suserano da oligarquia económica, exercido através da oligarquia aparelhística, ou têm grandes dificuldades em exercer a sua ação política.
5. Ambas as oligarquias têm ligações muito fortes em Lisboa. Qualquer candidato a deputado, na ALR ou na AR, tem de ter o beneplácito destas duas oligarquias. Quando tal não acontece, o que é inédito, há pressões nas duas direções, de Lisboa para o Funchal e do Funchal para Lisboa, tudo de uma forma capciosa, sobre a ação política desses agentes.
6. O resultado deste pacto não escrito mas pragmático entre as duas oligarquias tem sido não só nefasto para o PS como para toda a Esquerda e para a Democracia em geral na Madeira. Assumo que sou um alvo predileto dessas duas oligarquias. E, como eu, todas as figuras que, no PS, pudessem colocar em causa essa hegemonia pactuária. Esta é uma realidade da vida interna do PS mas transformou-se, pelos danos que tem causado à Democracia, um assunto que diz respeito a todos os democratas. Calar-se é pactuar também. E eu não pactuo nem pretendo vir a ser pactuante.
7. Nas últimas eleições, a maioria dos madeirenses, facto inédito da história da nossa Autonomia, que não tem sido devidamente relevado, votou na Oposição: 52%. Contudo, o Partido Socialista, sequestrado pelas duas oligarquias pactuárias, não foi além de pouco mais de 10%. E note-se que perdeu apenas um deputado, passando de 7 para 6 deputados, porque beneficiou com a queda do PSD. Senão, o descalabro teria sido ainda mais visível.
8. A desagregação do Partido Socialista e a perda da sua credibilidade como partido de alternativa, levou à pulverização do sistema partidário regional. Entretanto, o regime permanece. Já nestas eleições, a Plataforma Democrática, que propus aos dirigentes do partido, poderia tê-lo afastado.
9. Todavia, as duas oligarquias, que também integram o regime, opuseram-se e impuseram-se para que a Plataforma não fosse concretizada. A razão é simples: se a Plataforma singrasse, tal como o regime, as duas poderiam ter naufragado. Mas quem naufragou – para que elas pudessem continuar a singrar no seu percurso pactuante -, foi a PD.
10. Este pacto entre a oligarquia do aparelho e a reconhecida oligarquia económica transforma qualquer direção do PS em mera regência e qualquer presidente do partido em simples regente ou feitor. O pacto oligárquico, já foi, entretanto, novamente lavrado e renovado para o próximo Congresso. Portanto, está de saída o feitor cessante, já está indigitado o novo feitor: desta vez, uma perfeita aliança ratificada entre o Senhor de todos os pactos, há décadas, por parte da oligarquia económica, Emanuel Jardim Fernandes, com o rosto visível da oligarquia aparelhística, Vítor Freitas. O processo pactuário must go on! A alternativa democrática? Go down!

O aparelhismo

PELA DERROTA DO APARELHISMO

O aparelhismo não é uma ideologia . É o inimigo da ideologia .
O aparelhismo não é uma ideia . É uma prática idiota.
O aparelhismo não é um princípio . É um esquema operacional . Não chega, sequer, a ser uma estratégia porque não conhece lógicas nem sabe estabelecer relações de causalidade.
O aparelhismo não faz análises. Faz contas.
O aparelhismo só não é repressivo porque não precisa da repressão para ser eficaz.
O aparelhismo gosta de registar nomes, de elaborar listas, de montar arquivos, de guardar papeis. Conhece muita gente mas tem a mania que conhece muita mais. E é íntimo. E tanto promete favores porque é íntimo, como faz ameaças porque é íntimo.
O aparelhismo não distingue fidelidade de lealdade. Nem consensos de concórdia. Prefere confundi-los porque é nesta confusão que ele bem se entende.
O aparelhismo conhece muito bem as leis mas resolve tudo na tramóia. Gosta pouco de ter opiniões mas faz muitos negócios. E porque não tem escrúpulos até garante tudo. E também porque não tem escrúpulos falta com tudo que garante.
Livre pensador é que o aparelhista não é. Aliás nem precisa de pensar: já pensou tudo. É um maquinador e precisa é de agir. Permanentemente.
O aparelhista nunca reconhece a autoridade da evidência e tudo faz para substituir a autoridade da evidência pela evidência da autoridade. Parece muito que acredita naquilo que o move, mas é hipócrita e muito velhaco. E tal como a ocasião faz o ladrão, também a ocasião faz o aparelhista.
O aparelhismo é muito discreto, actua na sombra, disfarça-se, toma outros nomes, veste formas muito respeitáveis e dignas. O aparelhismo nos partidos até se chama organização...
E é sempre nos partidos políticos que o aparelhismo é mais fértil. Tão fértil que há partidos que substituíram a ideologia e o trabalho sobre projectos sociais aplicáveis pelas práticas do aparelhismo.
O aparelhismo vive dos funcionários. Embora tenham o nome de funcionários estes senhores não têm funções: têm tarefas. A função é uma produção livre, autónoma e responsável, enquanto a tarefa é uma execução episódica e sob comando. Além de tarefeiro, esta espécie de funcionários realiza perfeitamente o modelo do zelador: atento, bajulador e diligente a sustentar a evidência da autoridade. É por isso que o aparelhismo precisa de ter as pedras certas no sítio certo. Porque o aparelhismo não lida com pessoas; lida com pedras.
No aparelhismo não há acções planificadas na perspectiva da inovação. Todavia, para que se mantenha um firme controlo de situações a fim de evitar práticas desviantes e transgressivas, tudo deve estar rigorosamente programado e previsto.

O aparelhismo gosta de provar que é justo, o que é absolutamente falso. Porém, para iludir a questão da justiça faz-se muito generoso. Generoso e sedutor. Sobretudo para os adversários a quem sempre tenta conquistar. Quem diz conquistar não diz convencer, que a aparelhismo não aprecia convicções. Prefere as crenças, os actos de fé ou a simples devoção. À devoção chama, publicamente, dedicação. O que, sendo falso, é também uma ofensa Que a dedicação é um sentimento muito meritório quase sempre somiticamente compensado com louvores e condecorações. E ainda por cima tardias. Algumas muito tão tardias que chegam a ser póstumas.
Mas a generosidade do aparelhismo não é teórica, nem de estimação. É muito objectiva e prática. E quase sempre bem substancial. Mete tranches, e fatias, e tráfego de influências, e lugares, e ainda candidaturas. Nunca refere expressamente os subornos, mas eles estão quase sempre subjacentes. Também não regista o nepotismo, os compadrios, o encobrimento, os conluios, os apoios mas é tudo isto que movimenta grande parte da gente que gravita nos partidos que, como todos sabemos, são o grande berço do aparelhismo. E por lá se constituem sindicatos de voto, e “lobbys", e se contam espingardas, e se faz o poder em nacos para que cada um tenha a sua ração bem à medida do seu intrépido merecimento.
As candidaturas e os lugares de estado aparecem hoje como a emergência mais em voga do aparelhismo. São ofertas a que os trânsfugas cedem com relativa facilidade. E porque os aparelhistas não podem confiar nas ideias que não têm, ficam eufóricos de contentamento, e muito seguros da sua grandeza, por ver incorporadas na sua comandita as sumptuosas criaturas [a] que acabam de negar a sua filiação.

Aliança de interesses

sábado, 15 de outubro de 2011

O discurso agressivo de setores do PS contra a classe média também explica o resultado

Uma das causas do descalabro do PS foi o discurso de certos setores do PS contra a classe média, nomeadamente contra professores, enfermeiros, médicos, bancários e todo o setor de serviços.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

guilty or not guilty? Guilty!



(Este pensava que escapava. Leia tudo aqui).

Afinal, de que é que a Oposição se queixa? Os madeirenses estão indignados, com o Regime e com a Oposição

Afinal, de que é que a Oposição se queixa: os Madeirenses estão indignados - com o Regime e com a Oposição!
Calma, a Madeira mudou. Os partidos é que não mudaram. 52% votaram na Oposição. No Funchal, esse número sobe quase a 60%. Hoje, não se pode dizer aquela velha frase: "Ah, todos dizem mal, mas, na hora de votar, todos estão lá caídos!" - não, os madeirenses disseram, na sua maioria, que não queriam este regime.
A minha leitura é simples. A maioria votou contra o regime. Como as eleições na Madeira são sempre um plebiscito ao Regime e ao seu Chefe, assistimos a este paradoxo: o Regime perdeu o plebiscito, o poder político mantém-se. Ou seja, e em conclusão, os madeirenses são, estão, maioritariamente indignados - com o Regime, que chumbaram, com a Oposição, que não soube organizar politicamente essa indignação.
Afinal, de que é que a Oposição se queixa? Dos madeirenses é que não há de ser! Eles recusaram o Regime, a Oposição, dividida, esquartejada, apresentando-se às urnas como uma manta de retalhos, manteve-o. "Eppur si muove" - contudo, as coisas mudam. Estou muito esperançado.

Finalmente alguém diz a verdade!

Tino, que eu não encontrei em nenhum dos eventos das redes sociais que se mobilizaram para colocar o Regime em minoria - e conseguiram - ler a postagem seguinte - aponta os culpados.
Surpeendente também é a miopia do Prof. Miguel Fonseca, que identificando alguns culpados, não consegue ver quem é que levou a actual direcção ao colo, mesmo sabendo da sua total inabilidade política. Mas eu ajudo: pense em Miguel Fonseca, Rui Caetano, Duarte Gouveia e Francisco Dias e pergunte se são ou não Guilty or not Guilty.
A resposta é óbvia demais.


Tino diz a verdade, quanto a mim, claro. E parece-me que também me aponta como o principal responsável - por ter levado a direcção ao colo. Também é verdade. Vejamos se não é:
1) Propus a Plataforma, projeto falhado;
2) Escrevi, geralmente, a Moção Global ao Congresso, projeto acabado, o Sócrates foi à vida;
3) Propus uma candidatura acima das facções - projeto mal executado;
4) Apresentei uma proposta para que o candidato a presidente do Governo fosse votado na Comissão Regional, como faz qualquer partido que respeita a democracia parlamentar, vide o caso dos socialistas açorianos, e demiti-me de todos os órgãos para pressionar que isso fosse possível - projecto falhado.
É verdade, levei a direção ao colo - olha que não foi fácil, era mesmo bem pesada de incompetência. E não devia, porque não apoiei a candidatura desta direção no Congresso, devia ter feito como qualquer membro de uma facção que se preze, não apoiar a candidatura que vence o Congresso – é, aliás, o que as oposições sempre fazem: o resultado está à vista.
Mas já agora, onde andava o Tino enquanto tudo isto se passava, enquanto eu levava esta direção ao colo?
P.S.
Quer dizer então, Tino, que vais apoiar o candidato que a facção escolher! E ela há-de escolher o mesmo sempre. Pois se é uma facção! Fazes bem!

Camaradagem



Nenhum projeto político subsiste se não houver coesão. A esquerda, os socialistas tratam-se por camaradas e a camaradagem, passe a tautologia, é a condição de camaradas, de amigos, a cordialidade, o companheirismo, o que implica o convívio cordial e prestimoso. Por acaso, fui a duas ações de outros partidos, o BE e o PCP, e senti essa solidariedade. E também observei essa jovialidade radiante na campanha do CDS. E uma coragem cívica entre os elementos do PND só possível com um companheirismo inexcedível. No PTP, parece que ali tudo era possível. E foi.

Célia Pessegueiro candidata a líder do PS


CÉLIA CANDIDATA: A ex-líder da JS, e atual inscrita no partido, Célia Pessegueiro, pode ser a solução da facção para ser candidata a líder do PS, esse pode ser o trunfo que a facção tem para ultrapassar o impasse que atravessa, neste momento, entre Vítor, Leandro e Ricardo. Sucedeu a V. Freitas na JS, é membro, tal como ele da CN - julgo até que são os únicos ou quase. Vi-a trabalhar no último congresso, na preparação, e estabelece um bom contacto com os militantes e pode obviar falhas de organização no próprio dia do ato eleitoral, impedindo militantes de ficarem furibundos por não saberem onde votar, porque tem capacidade organizativa. Politicamente, ainda pode evoluir muito. Escreve bem.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Maximiano precaveu-se: empossou o «Governo» antes das eleições

Homem prevenido vale por dois: Maximiano fez bem em dar posse ao «Governo» antes das eleições: imagina se esperava pelo acto eleitoral - lá se ia o Governo abaixo! Foi uma medida cautelar digna de estadista. Assim se defende a estabilidade governativa! Essa coisa do voto do povo tem muito que se lhe diga! Povo que bebe laranjada-com-vinho não derruba governo que bebe vinho-tinto-do-nosso-Alentejo.

PASSOS NÃO FOI UM ESTADISTA MAS UM CACIQUE E QUER VENDER A AUTONOMIA AOS MADEIRENSES

52% recusa o Regime; desses, 42% recusa o poder instalado no PS




Para se perceber verdadeiramente a dimensão da hecatombe, basta dizer que quase 52% recusa o regime, e quase 42% recusa o poder instalado no PS - Serrão, Vítor, Maximiano. No preciso momento em que o partido do Regime cai na sociedade, o PS tem o seu pior resultado de sempre. O estado de coisas em que Serrão, Víctor e a famigerada candidatura dos da "elite" que se formou nos bairros sociais do governo e nas vendas da aldeia - passado que devia honrar mas que procuram obnubilar - não gostam de olhar o povo de frente para não se verem ao espelho - levou a que o eleitorado confundisse o sistema aparelhístico instalado atualmente no PS com o regime. Ou seja: esta é a verdade que deve ser dita e tem de ser dita - para o eleitorado madeirense, o sistema aparelhístico instalado no PS faz parte do Regime! Não há que disfarçar. O que há é que escalpelizar tudo isso, sem escamotear nada! Meter a cabeça na areia é contribuir para a progressão deste estado de coisas. Em nome de falsas fidelidades partidárias, que mais não passavam que fidelidades de facção e de traição à camaradagem e aos verdadeiros ideais de esquerda, pretendeu-se esconder do povo aquilo que se passava, tomando o povo por pacóvio. Pagaram caro! O PS merece melhor porque o Povo merece melhor! O Povo deve participar no debate e deve saber e tem de saber que há quem não pactue com aquilo que se passa no PS. O debate é público e não nas catacumbas! Debate aberto, livre e transparente. O Povo que tome conte do PS já que os que lá estão só sabem tomar conta de si!
O horizonte é de esperança!

Haja respeito pela decisao dos eleitores: Governo - sombra - derrotado copiosamente nas eleiçoes nao se demite!

'Governo' PS quer continuar

O que é que isto quer dizer? - "Jacinto Serrão afirma que o PS-Madeira "não será um factor de instabilidade governativa". O que é que isto quer dizer?

Jacinto Serrão afirma que o PS-Madeira "não será um factor de instabilidade governativa". O que é que isto quer dizer no contexto regional de maioria absoluta do PSD e de larga maioria de direita? Perdeu a vice-presidência do parlamento, quer dar o salto para a vice-presidência do Governo? Haja decoro!

Se o "pentavirato" continuar a dominar, o Partido corre o risco de desaparecer no buraco negro onde o meteram!

Por que é que Vítor não pode candidatar-se. Há duas alternativas naquela ala: Leandro e Ricardo

Além de ser o principal responsável por uma política de dividir para reinar que se instalou na lógica facciosa interna que levou ao desastre externo, Vítor Freitas não pode ser candidato por cinco razões:
a) Foi eleito deputado segundo a estratégia da candidatura que levou o PS ao desastre.
b) Não se opôs a que esta candidatura se impusesse contra o partido; não exigiu, e tinha força para isso, que o candidato fosse votado na Comissão Regional, humilhando os órgãos do partido e contribuindo para o divórcio entre a candidatura e o Partido.
c) Se diz que nada tem a ver com o resultado não é solidário;
d) Se não é responsável pela resultado, das duas uma: ou não tem competência para ter contribuído para a inversão do percurso, e é um candidato incompetente; ou tinha essa competência e não a pôs ao serviço do partido, ou seja, viu o partido a arder e assistiu de longe;
e)Finalmente, vai oferecer ao partido os seus 8% no seu concelho contra os pouco mais de 11 por cento a nível regional?
Na sua ala há outros candidatos hipotéticos: Jaime Leandro e Ricardo Freitas.

O primeiro do "pentavirato da hecatombe" um já desistiu

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Vítor Freitas: 8% em Santana

Vítor Freitas vai à Comissão Política do PS exigir um Congresso antecipado a Serrão, que obteve 11% na Região.
A esses 11% regionais, Vítor contrapõe os "seus" 8,4% em Santana, onde o partido distribuiu material político com a cara deste filho adotivo da terra.
Em 2007, sem o alto patrocínio de Vítor, o PS obtivera 18%.

Haja pudor!


Se qualquer dos 5 grandes responsáveis diretos - Vítor, Serrão, Carlos, André, Maximiano - há os responsáveis indiretos - se apresentar como candidato à liderança do PS seria de uma total falta de pudor e de pundonor: isso significaria que não tinham assumido a responsabilidade da tragédia que provocaram!

O povo que se demita!


Serrão disse ontem que os eleitores não tinham percebido o grande projeto do PS. Lá isso é verdade! Eu, por acaso, também não percebi! Ninguém percebeu! E mais: prometeu continuar no mesmo caminho! Conclusão:
- O Povo que se demita. Ora!
O Serrão, não, o Serrão fica! Olha, candidate-se! Se o Vítor também é!
Haja pudor!

guilty or not guilty? Guilty!



Caiu como um asteróide sobre o PS e sobre o eleitorado socialista, que não percebeu o que se estava a passar. Aceitou ser candidato sem ser sufragado nos órgãos do partido. Naïve, não percebeu o que Serrão lhe estava a fazer: não lhe conferir legitimidade para não lhe dar autonomia. Mas, não é de todo inocente: também julgou que, não se submetendo, com devia ter acontecido, ao sufrágio dos órgãos, poderia impor os seus. Afinal, acaba por receber uma lista de deputados, candidatos a deputados, com os quais não formou uma equipa. Responde com um "Governo sombra" de gente estimável, certamente, e alguns com muita competência, mas que, ideológica e politicamente, alguns deles, não eram da área, ou pelos menos não eram identificáveis com a ideologia socialista. Acabou por liderar uma candidatura que foi estranha e, por fim, hostil aos militantes, às bases do PS. O resultado está à vista. Quanto à forma como lidou com a dívida, desastrada, falaremos depois.

guilty or not guilty? Guilty!


Ajudou a isolar a candidatura de MM dos órgãos do Partido e de vários sectores do partido. Falhou e é responsável por não ter ouvido os avisos a tempo.

guilty or not guilty? Guilty!


Podia ter desempenhado um papel charneira entre o a candidatura de MM, a direção do partido e a facção de Vítor Freitas. Não o fez e não fez deliberadamente. Falhou e contribuiu para isolar a candidatura.

guilty or not guilty? Guilty!


Mas Vítor Freitas vai pedir um Congresso antecipado para quê? Porquê? Com que fim? Para pôr a sua facção a comandar o que resto do partido, de cuja derrocada ele é o principal responsável, desde a saída do último líder a sério que o PS teve? Vítor Freitas é a cara do facciosismo, do aparelhismo, dos jogos de poder, do carreirismo que tem dilacerado o Partido Socialista!

guilty or not guilty? Guilty!

A resolução da crise do PS-M é fácil, a receita do costume, reunião em hotel fechado com canapés, nada de vinho seco! Isso é povo!

Os eleitores aproveitaram para castigar o Governo - sombra. Há ou não há democracia? Brincamos ou quê!

domingo, 9 de outubro de 2011

O rosto do poder



Esteve em todas as direções e está ligado ao poder interno desde a saída de Mota Torres - no tempo em que ter menos de 30 por cento era uma derrota: Serrão, José António Cardoso, João Carlos Gouveia, ou como secretário-geral, ou como vice-presidente, ou como membro do secretariado, ou como líder parlamentar. Foi sempre candidato desde então e depois deputado ao parlamento regional, foi candidato a presidente da Câmara Municipal de Santana e, na direcção de Cardoso, à Assembleia da República. É o rosto do sistema de bloco central de interesses instalado no interior do PS. Faz parte do poder mas tem o condão de se demarcar de todas as direcções. Vai na lista de deputados, calou-se perante o atropelo à democracia no processo de escolha de Maximiano Martins, que não foi sufragado na Comissão Regional do Partido - ao contrário do que fazem os socialistas açorianos -, e quer aparecer, não obstante o seu passado de compromisso com o poder interno, como alternativa - ele que é o rosto do sistema antidemocrático instalado no interior do partido, que é responsável por hoje a Oposição não estar a disputar eleições para ganhar. Ainda não percebeu que é o problema e não a solução. Na noite eleitoral, mais uma vez, lavará as mãos como Pôncio Pilatos.

sábado, 8 de outubro de 2011

QUEM SERÁ O MIGUEL FONSECA QUE HÁ NO PS AÇORES QUE OBRIGA A ISTO:

O Secretariado Regional do PS/Açores escolheu este sábado, por unanimidade, Vasco Cordeiro, actual secretário regional da Economia, como candidato do partido à presidência do Governo dos Açores nas eleições regionais de 2012.

A escolha de Vasco Cordeiro terá ainda que ser ratificada pela Comissão Regional do PS/Açores, o principal órgão entre congressos, que está reunida desde as 15:00 (16:00 em Lisboa) em Ponta Delgada.

VEJAM O QUE ESCREVI AQUI:
A Comissão Política do PS-Madeira, no uso pleno das suas competências, recomenda aos órgãos responsáveis pelo processo de indigitação em curso que o nome do candidato ou dos eventuais candidatos a exercer a função de Presidente do Governo Regional da Madeira apoiado pelo Partido Socialista, seja(m) submetido(s) e sufragado(s) democraticamente na Comissão Regional do PS, órgão máximo entre Congressos

Abutres

Conheça-os a todos.

Os Cinco

Jacinto Serrão, Vítor Freitas, Carlos Pereira, André Escórcio e Maximiano - hoje é dia de reflexão, refli(c)tamos: eles são os 5 grandes responsáveis pelo resultado histórico que, certamente, o PS não deixará de obter amanhã.