Professores demarcam-se de protestos contra José Sócrates no comício nacional do PS no Porto
notícia do jornal Público:
"PCP repudia "operação provocatória que visa alimentar clima
de crispação"
A ameaça circulou nos útimos dias. A "festa popular", como ontem chamou o porta-voz do PS, Vitalino Canas, ao comício nacional que esta tarde decorrerá no pavilhão do Académico, no Porto, poderia ficar marcada por uma manifestação silenciosa de professores, anonimamente convocada por SMS e Internet. Mas ontem foram os próprios professores a demarcar-se de qualquer iniciativa com estes contornos. E também o PCP tornou pública uma nota repudiando aquilo que qualifica como uma "operação provocatória que visa alimentar um clima de crispação na sociedade e a vitimização do Partido Socialista". "Os protestos devem ser dirigidos ao poder político e às associações patronais e não a instalações ou actividades partidárias", defendem os comunistas, demarcando-se abertamente da iniciativa.
A mensagem era clara: "Contra Sócrates no Porto" e podia ser lida, designadamente, no site saladosprofessores.com. Ontem, o administrador esclarecia que "nunca a Sala dos Professores patrocinou qualquer manifestação de professores nem por SMS, nem por qualquer outro modo de comunicação", sublinhando que "a responsabilidade dos artigos pertence a quem os coloca [no site]. A Sala dos Professores nunca pretendeu transformar esta luta da classe docente num duelo que exceda os limites do bom senso", frisa ainda.
Ao fim da tarde, o Sindicato dos Professores do Norte, afecto à Fenprof, garantia em comunicado "nada ter a ver com a organização de tal iniciativa" e apelava à mobilização de todos os docentes para se associarem "ao plano de lutas calendarizado" por esta estrutura sindical.
Por seu lado, o Movimento Cívico em Defesa da Escola Pública (constituído em Leiria e sem vínculo aos sindicatos) repudiou, também em comunicado, "qualquer tipo de manifestação ou contramanifestação que possa conduzir a situações susceptíveis de comprometer os direitos, liberdades e garantias fundamentais ou de serem interpretados como tal".
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