quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Estratégia do PSD-M visa camuflar o falhança da sua política autárquica


Tive fontes bem informadas que a estratégia do PSD de continuar a insistir em questões nacionais, mesmo em plena campanha autárquica, visa lançar nevoeiro sobre o falhanço da política autárquica do PSD-Madeira,






que, caso as eleições fossem livremente disputadas, poderiam trazer resultados catastróficas ao partido único no governo e nas autarquias.

Estaria Alberto João Jardim indigitado para um hipotético Governo de Ferreira Leite



Esta corre desde há dias no Funchal. Alberto João Jardim - que obteve um resultado aquém das suas expectativas, menos de metade (48%) dos sufrágios no "referendo" que pediu aos as madeirenses para a sua proposta de revisão constitucional, poderia ser ministro de um Governo de Ferreira Leite, caso o PSD tivesse ganho as eleições. A pasta, uma novidade, seria a de Ministro dos Assuntos Europeus, onde poderia corrigir os graves erros cometidos pelo governo do PSD-M nas negociações dos fundos europeus que tanto prejudicaram a Madeira. A derrota de MFL gorou, porém, esta estratégia que levaria à resolução da infindável questão da sucessão.

Altercação numa candidatura eventualmente ganhadora, embora sem obra



Parece que a coesão naquela candidatura assente na mera propaganda que tanto engoda os tolos com papas e bolos - aquele cartaz tarte de natas - parece estar profundamente comprometida, havendo profundas profundas divergências sobre a estratégia eleitoral a seguir. Segundo as minha fontes, alguns elementos consideram que foi tarde para o terreno, que os cartazes são um desastre e um atentado ao visual, que ninguém sabe quem manda ali, que os dois primeiros já só pensam no futuro - um fisga-se para o lugar do primeiro e o primeiro fisga-se para o lugar do Outro. Enfim, o povo que espere ou que se esmere que ninguém se lhe refere, tarte cortada.

REMODELAÇÃO NO GOVERNO PSD-M: será verdade que um conhecido bloguista, que muito gosta de lançar intriga sobre o PS, vai para adjunto para a CS?

De acordo com informações fidedignas, um conhecido colunista e bloguista, que muito gosta de lançar intriga para o interior dos partidos da Oposição, nomeadamente o PS - que nem precisava, né! - terá sido convidado e está a ponderar o convite para Subsecretário regiona da Comunicação Social. A nomeação, justa, diga-se, tendo em conta a folha brilhante ao serviço da causa, poderá ocorrer depois das eleições autárquicas.

Pingue pongue PR-PS




AO CONTRÁRIO DO QUE INSINUAVA O PSD, PR NEGA QUAISQUER ESCUTAS A BELÉM POR PARTE DO GOVERNO;
PS DECLARA-SE SATISFEITO;

PR NÃO SE SENTIU VIGIADO POR ASSESSOR DO PM NA MADEIRA;
PS CONFIRMA QUE O ASSESSOR FAZIA PARTE DA LISTA DO PROTOCOLO.

PR ACHA QUE OS SEUS ASSESSORES NÃO TÊM LIMITAÇÃO CIVÍCA - PS AFIRMA QUE OS SEUS DEPUTADOS NÃO PODEM TER LIMITAÇÃO NA SUA AUTONOMIA;

PR DIZ QUE O QUISERAM ENVOLVER NA GUERRA POLÍTICO-PARTIDÁRIA E ULTRAPASSAGEM DOS LIMITES DO TOLERÁVEL E DA DECÊNCIA - PS LEMBRA A NOTÍCIA DO PÚBLICO PROVINDA DE UM ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA;


PR FALA EM MANIPULAÇÃO -
PS CONFIRMA QUE A SUSPEITA SOBRE ESCUTAS FOI MANIPULADA CONTRA O PS;

PR FALA EM ULTIMATO- PS ESCLARECE QUE ESTE NÃO É O MOMENTO PARA ALIMENTAR QUERELAS ARTIFICIAIS;



PR NÃO SABE SE HÁ PROBLEMAS COM OS EMAILS - PS SUGERE AO PR QUE USE OS MEIOS QUE O ESTADO COLOCA AO SEU DISPOR.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

OS AUTARCAS DO PPD EST]\AO AGACHADOS AO CENTRALISMO DO TERREIRO DO PACO DA QUINTA

OS SUBMARINOS REEMERGEM

PSD COM SOLUÇÕES PARA TODOS OS MUNICÍPIOS, APLIQUE O PROGRAMA PSD A SANTA CRUZ



Programa do PSD para Santa Cruz e todos os munic]ipios da Regi\ao.


A água está mais cara em Santa Cruz? Os socialistas são traidores!
O IMI/Contribuição Autárquica é elevado no Concelho? Os socialistas são colonialistas
O urbanismo é um caos? Os socialistas são agachados a Lisboa!
Há graves problemas sociais no Concelho? Os socialistas são contra a revisão da CR.
Não há saneamento básico? Os socialistas votaram a Lei de Finanças!
Não há centros de dia? Os socialistas são uns vendidos!
Faltam lares? Os socialistas são contra a Madeira!
Não há apoio ao investimento privado? Os socialistas são maçons!
Não há uma verdadeira política de ordenamento agrícola, silvícola, aquífera? Os socialistas são uns excomungados!


Lindo! Lindo! Lindo!



SONDAGEM: RUI CAETANO À FRENTE

(AQUI)

"Earth water": 6 mil pessoas morrem por dia no mundo por falta de água



Arrancou esta semana em Portugal um projecto pioneiro de solidariedade.
A água embalada Earth Water é o único produto no mundo com o selo do
Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), revertendo
os seus lucros a favor do programa de ajuda de água daquela instituição.

A nível nacional, a Earth Water é um projecto que conta com a colaboração
da Tetra Pak, do Continente, da Central Cervejas e Bebidas, da MSTF
Partners, do Grupo GCI e da Fundação Luís Figo.

Com o preço de venda ao público (PVP) de 59 cêntimos, a embalagem de Earth
Water diz no rótulo que «oferece 100% dos seus lucros mundiais ao programa
de ajuda de água da ACNUR», apresentando, mais abaixo, o slogan «A água que
vale água».

Actualmente morrem 6 mil pessoas no mundo por dia por falta de água
potável.
Com 4 cêntimos, o ACNUR consegue fornecer água a um refugiado por um dia.

http://earth-water.org/

"Todos os dias morrem seis mil pessoas devido à falta de água potável e
destas 80% são crianças. A cada 15 segundos morre uma criança devido a uma
doença relacionada com a água.
Com a criação da Earth Water pretende fazer-se a diferença e melhorar estas
estatísticas assustadoras. Ao desenvolver o conceito "You Never Drink
Alone" pretende-se criar solução para a falta de água mundial.
AJUDE! DIVULGUE!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

sábado, 26 de setembro de 2009

Winston Churchill e o "mistério inglês", Ensaio, João Carlos Espada



No centro do espírito inglês está a felicidade, uma fonte profunda de contentamento com a vida, o que explica o mais profundo desejo do inglês, o de ser deixado em paz, e a sua vontade de deixar os outros em paz desde que eles não perturbem o seu repouso
A chamada "questão social" dominou os ataques às democracias ocidentais durante as décadas de 1920 e 1930. Era o tema dominante da propaganda nazi e comunista contra o chamado "capitalismo". Winston Churchill nunca se deixou impressionar por esses ataques. Em boa verdade, Churchill era extremamente sensível às condições sociais dos pobres. E aliava esta preocupação social à defesa intransigente da economia de mercado e do comércio livre.

MUDANÇA DE PARTIDO As questões da reforma social e do comércio livre - a que os conservadores se opunham - levariam Churchill a abandonar o Partido Conservador e a juntar-se aos liberais em 1904. Nos anos que se seguiram, como membro de governos liberais, Churchill promoveu várias reformas sociais importantes que atraíram a atenção de dois dirigentes socialistas da Fabian Society, o famoso casal Sydney e Beatrice Webb. "Um dos grandes acontecimentos dos últimos dois anos", escreve Beatrice Webb no seu diário em 1910, "é que Lloyd George e Winston Churchill praticamente eclipsaram não só os seus próprios colegas mas o próprio Partido Trabalhista. Destacam-se como os mais avançados políticos." E manifestou até o receio de alguns jovens membros da Fabian Society virem a "tornar--se adeptos destes dois dirigentes radicais".

NÍVEL MÍNIMO Churchill, no entanto, não tinha nada em comum com a ideologia do casal Webb, que advogava a igualdade e o controlo estatal. Churchill defendia que se devia garantir um nível de vida mínimo, e não que se devia promover a igualdade. Falando em Glasgow no Outono de 1906, Churchill explica:
"Não quero retirar vigor à concorrência, mas há muito que podemos fazer para atenuar as consequências do fracasso. Queremos traçar uma linha abaixo da qual não permitiremos que as pessoas vivam e trabalhem, mas acima da qual poderão competir com toda a força da sua virilidade. Não queremos deitar abaixo a estrutura da ciência e da civilização - mas sim estender uma rede sobre o abismo."
Churchill chamava a esta rede sobre o abismo o "nível mínimo". Incluía "níveis mínimos de vida e de salário, de segurança contra a possibilidade de cair na ruína devido a um acidente, a uma doença ou à fragilidade de carácter". Seria uma rede de segurança promovida pelo Estado "por baixo (a um nível inferior) do enorme tecido desconjuntado de salvaguardas e seguros sociais que se formou por si em Inglaterra, mas não para o substituir".

PREMIAR O ESFORÇO Este sistema não devia, porém, desincentivar o trabalho esforçado, porque, como Churchill afirma:
"Não se deve ter pena de ninguém por ter de trabalhar esforçadamente, porque a natureza inventou uma recompensa especial para o homem que trabalha esforçadamente. Proporciona-lhe um contentamento adicional, que lhe permite obter num breve momento, com base em prazeres simples, uma satisfação que o ocioso social procura em vão ao longo de vinte e quatro horas."

GOVERNO LIMITADO A principal razão pela qual Churchill se opunha ao comunismo e ao nazismo não era, fundamentalmente, uma questão de doutrina ideológica. Não contrapunha ao comunismo e ao nazismo uma doutrina sistemática rival. O que chocava Churchill era precisamente a ambição, tanto do nazismo como do comunismo, de reorganizar a vida social de cima para baixo, impondo aos modos de vida existentes um plano dedutivo baseado numa ideologia total. No cabo Hitler, no ex-socialista Mussolini e nos ideólogos comunistas Lenine, Trotsky e Estaline, Churchill via o fanatismo grosseiro de homens que queriam demolir todas as barreiras ao exercício irrestrito da sua vontade: as barreiras do governo constitucional, da religião judaico-cristã, do cavalheirismo, das liberdades civis, políticas e económicas, da propriedade privada, da família e de outras instituições descentralizadas da sociedade civil.

TESTE À LIBERDADE Numa mensagem dirigida ao povo italiano em 1944, Churchill apresentou sete "maneiras práticas, bastante simples" de reconhecer a liberdade no mundo moderno:
"Existe liberdade de expressão de opiniões e de oposição e crítica ao governo que se en- contra no poder?
Os cidadãos têm o direito de destituir um governo que considerem censurável e estão previstos meios constitucionais de manifestarem a sua vontade?
Existem tribunais que estão ao abrigo de violência por parte do executivo ou de ameaças de violência popular e sem nenhumas ligações com partidos políticos específicos?
Poderão esses tribunais aplicar leis claras e bem estabelecidas que estão associadas, na mente das pessoas, ao princípio geral da dignidade e da justiça?
Há equidade para pobres e para ricos, para os cidadãos comuns e para os detentores de cargos públicos?
Existe a garantia de que os direitos dos indivíduos, ressalvadas as suas obrigações para com o Estado, serão mantidos, afirmados e enaltecidos?
Está o simples camponês ou operário, que ganha a vida trabalhando e lutando diariamente para sustentar a sua família, livre do receio de que uma qualquer organização policial sinistra controlada por um partido único, como a Gestapo, criada pelos partidos nazi e fascista, lhe bata à porta e o leve para a prisão ou para ser sujeito a maus-tratos sem um julgamento justo e público?"

Esta longa citação mostra que a questão crucial para Churchill, como para a centenária tradição inglesa da liberdade exercida sob a lei, era que o poder político não deve prevalecer sobre os modos de vida reais e descentralizados das pessoas.
O espírito inglês Churchill exprimiu esta atitude de forma particularmente viva ao recordar a filosofia política de Sir Francis Mowatt, um alto funcionário público que servira tanto Gladstone como Diasraeli, os dois líderes rivais da Inglaterra vitoriana:
"Ele representava a completa visão vitoriana triunfante da economia e das finanças: estrita parcimónia; contabilidade exacta; comércio livre, independentemente do que o resto do mundo pudesse fazer; governo suave e firme; evitar as guerras; apenas pagamento das dívidas, redução dos impostos e poupança; quanto ao resto - ao comércio, à indústria, à agricultura, à vida social - laissez-faire e laissez-aller. Deixemos que o governo se reduza e reduza as suas exigências sobre o público ao mínimo; deixemos que a nação viva de si própria; deixemos que a organização social e industrial tome o curso que quiser, sujeita às leis da terra e aos dez mandamentos. Deixemos que o dinheiro frutifique nos bolsos das pessoas."
Neste sentido, Winston Churchill era fundamentalmente um intérprete e um herdeiro daquilo que o historiador A. L. Rowse denominava "o espírito inglês". A principal característica deste espírito é a ausência de Angst ou de ennui.
"No centro do espírito inglês está a felicidade, uma fonte profunda de contentamento com a vida, o que explica o mais profundo desejo do inglês, o de ser deixado em paz, e a sua vontade de deixar os outros em paz desde que eles não perturbem o seu repouso."

DISPOSIÇÃO PARA USUFRUIR Como disseram Bagehot e Oakeshott, trata-se de uma disposição para usufruir, um sentimento interior de felicidade, de celebração da vida. Trata-se da consciência de que é um privilégio poder usufruir de um modo de vida próprio, que nos é familiar e que não foi imposto do exterior. É uma atitude de cepticismo em relação a aventuras políticas, a modas intelectuais e a todo e qualquer especialista que afirme saber organizar melhor a nossa educação, a nossa cultura e a nossa vida espiritual. Em resumo, é uma disposição para desfrutar a liberdade - e para defendê-la a todo o custo.

CORRENTE DE OURO Esta disposição para usufruir a liberdade não nasceu em Inglaterra com o iluminismo ou com a Revolução Francesa de 1789. É uma disposição ancestral que, no plano político, remonta pelo menos à Magna Carta, de 1215. No plano cultural está expressa no mandamento cristão de "dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Churchill resumiu esta ideia quando apresentou a filosofia política de seu pai, Lorde Randolph Churchill, um destacado parlamentar conservador. Disse Churchill sobre seu pai:
"[Lorde Randolph Churchill] não via razão para que as velhas glórias da Igreja e do Estado, do rei e do país, não pudessem ser reconciliadas com a democracia moderna; ou por que razão as massas do povo trabalhador não pudessem tornar-se os maiores defensores destas antigas instituições através das quais tinham adquirido as suas liberdades e o seu progresso. É esta união do passado e do presente, da tradição e do progresso, esta corrente de ouro [golden chain], nunca até agora quebrada, porque nenhuma pressão indevida foi exercida sobre ela, que tem constituído o mérito peculiar e a qualidade soberana da vida nacional inglesa."
Por outras palavras, nesta corrente de ouro reside a chave do mistério inglês a que dedicámos estes ensaios.

Gaula 500 anos - rural ou urbana?, Júlia Caré

O movimento do necessário progresso terá de fazer-se da agricultura para a urbanização?


"Sou de Gaula, você que se importa?" Elucidário Madeirense A freguesia de Gaula comemorou 500 anos de existência, no passado dia 13 de Setembro. Um facto a ser aproveitado para uma reflexão sobre a terra, as suas gentes e para constatar as alterações profundas ocorridas nos últimos trinta a quarenta anos, num movimento acelerado de mudança, após séculos de lenta transformação, quase imobilismo num "modus vivendi" caracterizado pela forte ligação às actividades agrícolas, artesanato doméstico e pequeno comércio como formas de sobrevivência. Uma ocasião para lembrar vultos notáveis e famílias hoje desaparecidas da cena gaulesa, levadas pelo passar do tempo e a saga da emigração. Recordar modos de ser e de estar, relações de convívio e vizinhança, de partilha e entreajuda, referenciais de ruralidade, feita de vivências, sabores, odores, hoje caídos em desuso. Assuntos tratados pelos meus distintos conterrâneos, senhor Lourenço Freitas e o saudoso Padre Alfredo Vieira de Freitas, nos seus escritos sobre as gentes e a história de Gaula. Em tempo de aniversário da terra que nos viu nascer, é inevitável a nostalgia dos tempos da infância, passada neste espaço de liberdade anárquica, como é o viver no campo. Uma ruralidade hoje em progressiva extinção, quando o amanho da terra, desde a sementeira à colheita ocupava a totalidade das gentes, adultos e crianças, de sol a sol, num conjunto de rituais de que dependia a sobrevivência, hoje já desaparecidos no processo natural e dinâmico de mudança proveniente das transformações sociais e económicas, no contínuo evoluir do progresso dos povos.

Trabalhava-se a terra desde a beira-mar ao Pico, desde a Achada até ao vale da ribeira (do Porto Novo), a chamada "Rocha", tornada solo arável à custa da labuta e do esforço de gerações, descendo e subindo por sinuosas veredas talhadas por pés descalços e botas chãs, de cargas às costas e gotas de suor, hoje desaparecidas sob os silvados e carquejas, porque as gentes mais recentes enveredaram por outros caminhos mais suaves de ganhar o pão. Quem não tinha terreno seu, fazia por arrendar um bocado de terra onde plantar um pé de couve, o milho de cada dia, porque a sobrevivência estava dependente das batatas e semilhas no canto da casa e da carne de porco na cartola e a produção agrícola era a moeda de troca, para se poder ir à "venda" buscar o indispensável sal, o escasso açúcar, o medido azeite e o luminoso petróleo. Mas hoje, o amanho agrícola em generosas plantações de produtos hortícolas, está progressivamente a ser substituído por uma outra forma de trabalhar e rentabilizar a terra, entretanto abandonada aos silvados, carquejas e incêndios periódicos: a construção de urbanizações que progressivamente vão subindo, das Lajes às Levadas, da Lombadinha à Contenda, rumo à Achada, ocupando nobre e precioso solo arável, laboriosamente conquistado à rocha pelos nossos antepassados, aprisionado em poios à custa de muito esforço e trabalho árduo, durante séculos vestido do verde de uma agricultura necessária à sobrevivência. Hortas de betão? E outro ponto se coloca à nossa reflexão sobre os 500 anos de Gaula: o movimento do necessário progresso rumo à modernidade terá de fazer-se da agricultura para a urbanização? É só este o caminho para todo o espaço rural situado na faixa sul da ilha, entre a Ribeira Brava e Machico? O melhor solo arável, os espaços rurais por excelência transformados em estaleiros de construção, em bairros habitacionais, dormitórios, subúrbios descaracterizados, sem identidade, sem história nem alma, numa "betonização" de todo o espaço campestre? É isto absolutamente necessário à nossa densidade populacional, à nossa oferta turística, ou seria possível fazê-lo de uma maneira mais ordenada, integrada, sustentada, respeitadora das identidades locais, da paisagem natural e de um melhor equilíbrio ambiental? Reconhece-se que hoje já não seria possível pensar a agricultura madeirense como antigamente, uma actividade feita de sacrifício, dedicação e hercúleo esforço braçal. Não há quem se lhe dedique como antes, em tempo e afecto. É trabalho árduo e nem sempre compensatório, na lógica da máxima rentabilização dos lucros. A exportação, para além do vinho e da residual banana, pertence à história. É caro pagar a quem cave, plante, monde, sache, regue, cuide, ame. Não compensa. O produto importado é mais barato. Contingências das regras da economia, do consumo e da acção política. É mais fácil ir comer às prateleiras dos supermercados que proliferam. Por outro lado, a construção civil, a especulação imobiliária, o lucro fácil e imediato assumem posição de charneira na actividade económica. Novos referenciais de ruralidade para os próximos 500 anos?.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Partido Operário Social-Democrata Russo (com muito afecto ao CR7 e ao MMV) e ao PPD





Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Partido Operário Social-Democrata Russo, ou POSDR (Росси́йская Социа́л-Демократи́ческая Рабо́чая Па́ртия = РСДРП) foi um partido político socialista russo fundado em 1898 em Minsk de modo a unir as várias organizações revolucionárias em um partido único. O POSDR mais tarde se dividiria nas facções Bolcheviques e Mencheviques, com os primeiros se tornando o Partido Comunista da União Soviética.

No final do primeiro congresso em Março de 1898 todos os nove delegados foram presos. O POSDR foi criado para fazer oposição aos narodniks (Народничество) e o seu populismo revolucionário, que privilegiava o campesinato. Já o programa do POSDR era baseado nas teorias de Karl Marx e Friedrich Engels - que diziam que, apesar da natureza agrária russa, o verdadeiro potencial da revolução estava no proletariado.

Antes do Segundo Congresso um jovem intelectual chamado Vladimir Ilyich Ulyanov ((Влади́мир Ильи́ч Улья́нов) entrou no partido, usando seu pseudônimo - Lênin. Em 1902 ele havia publicado Que fazer?, expondo sua opinião sobre as tarefas do partido e sua metodologia. Para ele não bastava lutar por uma simples reforma salarial ou de jornada de trabalho.

Em 1903 o Segundo Congresso se reuniu na Bélgica numa tentativa de criar uma organização unida. Lênin teve a chance de afirmar as posições políticas que defendia: os socialistas deveriam lutar por uma estrutura de poder centralizada; trabalhar sem alianças com outras agremiações políticas; e só participariam do partido os versados na doutrina marxista. Na ocasião, Lênin reiterou as posições políticas que vinha defendendo na revista "Iskra", órgão de imprensa dos ativistas revolucionários, e se propôs a assumir o seu controle editorial.[1]

Ele foi contestado em todas as propostas por seu amigo e aliado, Martov, também responsável pela edição da revista. Lênin teve apoio majoritário e o partido se dividiu em duas facções[1] irreconciliáveis, em 17 de Novembro: os Bolcheviques (большеви́к, maioria em russo), liderados por Lênin; e os Mencheviques (меньшеви́к, minoria em russo), liderados por Julius Martov. Apesar de serem referidos como a minoria, os mencheviques eram de fato a maior facção. Contudo, os nomes foram dados após uma votação em 1903 no congresso do partido para definir a junta editorial do jornal do POSDR, Iskra, com os bolcheviques sendo a maioria e os mencheviques a minoria.

[editar] A divisão do Partido: mencheviques e bolcheviques
Em 1903, os membros do POSDR dividiram-se em dois grupos básicos:

Mencheviques: liderados por Plekhanov e por Martov, defendiam que os trabalhadores podiam conquistar o poder participando normalmente das atividades políticas. Acreditavam, ainda, que era preciso esperar o pleno desenvolvimento capitalista da Rússia e o desabrochar das suas contradições, para se dar início efetivo à ação revolucionária. Como esses membros tiveram menos votos em relação ao outro grupo, ficaram conhecidos como mencheviques, que significa minoria.
Bolcheviques: liderados por Lênin, defendiam que os trabalhadores somente chegariam ao poder pela luta revolucionária. Pregavam a formação de uma ditadura do proletariado, na qual também estivesse representada a classe camponesa. Como esse grupo obteve mais adeptos, ficou conhecido como bolchevique, que significa maioria. Trotsky, que no início não se filiou a nenhuma das facções, aderiu aos bolcheviques mais tarde.

Atitude honesta do director do Público: José Manuel Fernandes em iniciativa de campanha do PPD

Diário de Notícias de Lisboa

Mas cá entre nós, sem discutir o resto...

... o Companheiro Gonçalo raciocina, democraticamente assim: o Sampaio favoreceu o PS e Cavaco tem de favorecer o PPD. Que ele diga o que quiser do Presidente Sampaio, mas que não meta em sarilhos o Senhor Presidente da República, professor Aníbal Cavaco Silva.

O companheiro Gonçalo, do Conspiraçâo às 7, vi agora mesmo, meteu-se com o BastaQSim. Devo-lhe responder?

(È que ele abandona uma discussão a meio, inopinadamente).

Escolhe o Coelhinho e de dentro da casca sai-lhe um Jardim a surfar a onda




VOTAR NO PND É VOTAR EM ALBERTO JOÃO JARDIM MENOS OS OUTROS MAS OS OUTROS (GUILHERME, HUgO VELOSA, OS DOIS JESUS) É QUE VÃO PARA LÁ

Deduz-se das palavras do candidato do PND, José Manuel Coelho


O PROGRAMA DO PSD É UM CONJUNTO VAZIO

Domingo, ninguém pode votar nos traidores (PPD) que fizeram a Madeira perder 500 milhões em Bruxelas!

-PSD promete dar continuidade a programa Magalhães.-PS, queres tu dizer! O PSD, disse bem!


Julga que é anedota, depois do que disseram? Confirma aqui.

A ATITUDE DE MFL DE PARALISAR O PAÍS JÁ ASSUSTA O PRÓPRIO PSD

PSD-Bragança quer que Ferreira Leite clarifique posição sobre estradas na região

O presidente da distrital de Bragança do PSD, Adão Silva, classificou hoje de "desastrosa omissão" o silêncio da líder do partido sobre duas das principais estradas regionais e reclama uma posição pública antes de terminar a campanha.

Em carta dirigida a Manuela Ferreira Leite, Adão Silva - segundo da lista de candidatos às legislativas por Bragança - faz saber à líder que considera ser "da maior importância, até ao dia 25 de Setembro, encontrar uma fórmula de comunicar às populações do Distrito de Bragança, em primeira pessoa o seu inequívoco propósito de prosseguir a construção do IP-2 e do IC-5".

O ex-secretário de Estado da Saúde de Durão Barroso e deputado na última legislatura começa a carta lamentando "a desastrosa omissão" de Manuela Ferreira Leite sobre o assunto durante a sua passagem por Bragança em campanha, na última segunda-feira.

Ferreira Leite deu garantias de que a Auto-Estrada Transmontana é um dos investimentos públicos prioritários, mas nada respondeu, quando questionada pelos jornalistas, sobre as outras duas estradas da concessão Douro Interior já adjudicadas pelo Governo Socialista.

"Aquelas duas rodovias são infra-estruturas essencialíssimas para o desenvolvimento do Distrito de Bragança e especialmente para o reforço da coesão territorial e social de Portugal, propósito político que muito gostámos de lhe ouvir enfatizar nas suas declarações públicas em Bragança", refere o dirigente social democrata.

Num clima de campanha eleitoral, Adão Silva entende que "prevalece a emoção, a necessidade de uma reiteração dos propósitos e das ideias, uma informação detalhada e paciente dos compromissos políticos e uma atenção muito presciente aos equívocos fomentados pelos nossos adversários políticos".

Por isso, Adão Silva reclama uma posição pública de Manuela Ferreira Leite e promete "continuar a lutar firmemente contra os atrasos e os adiamentos que qualquer Governo saído destas eleições venha a impor à auto-estrada transmontana, ao IP-2 e ao IC-5".

"E a minha luta será particularmente empenhada e denodada, se esse Governo for, como espero, presidido pela Dra Manuela Ferreira Leite", acrescenta.

A posição social democrata surge no mesmo dia em que também quatro autarcas socialistas assumiram uma posição conjunta, manifestando "preocupação e estranheza" por a presidente do SPD ter "omitido deliberadamente" qualquer referência a estas estradas.

Os presidentes de Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Vila Nova de Foz Côa e Vila Flor lembram que "não se trata de auto-estradas, mas de eixo viários que finalmente trarão modernidade".

"A nossa preocupação é reforçada por a posição assumida pela líder do PSD estar em consonância com a de Paulo Rangel no "Prós e Contras" de 7 de Setembro em que declarou que à "obra faraónica de estradas" prefere o investimento nos Metro de Lisboa e do Porto", alegam.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Cavaco afastou assessor depois de um longo, penoso e ensurdecedor silêncio que lançou dúvidas sobre o 1ºMinistro e que objectivamente beneficiou o PSD

Afastamento de Fernando Lima faz abortar o Golpe de Estado em curso




De que aqui falei.

Mário Soares: «Sócrates é fixe»

Mário Soares sobre Sócrates: «Ninguém foi tão combatido neste país, tão injuriado (...) desde o 25 de Abril até hoje». «A nós socialistas portugueses ninguém nos dá lições de democracia nem de liberdade»

O caso das "escutas" que punham em causa a Liberdade e asfixia democrática: Cavaco afasta Fernando Lima

O Presidente da República, Cavaco Silva, afastou hoje Fernando Lima do cargo de responsável pela assessoria para a comunicação social, que passará a ser desempenhado por José Carlos Vieira.

Segundo disse à Lusa uma fonte oficial da Presidência da República, trata-se de uma "decisão do Presidente da República".

No 'site' da Presidência da República o nome de José Carlos Vieira já se encontra como o assessor para a Comunicação Social .

domingo, 20 de setembro de 2009