segunda-feira, 24 de março de 2008
E AO PPD, É PERMITIDO CONSTITUIR UMA ESPÉCIE DE “FRENTE DE DIREITA” PARA ENFRENTAR A OPOSIÇÃO “ANTI-AUTONOMISTA”?
De last but not the least: o que é que propõe o líder do PSD para combater os “anti-autonomistas”? – O Arco Autonómico, ou seja, uma espécie de “grande coligação”. E o que é que inclui: um partido assumidamente de direita, o PP; um Partido Social-Democrata, que eu vou classificar pela última definição de Francisco Sá Carneiro, à falta de melhor, de centro-esquerda, e um partido que, em alguns dias da semana, e vou referir sem ironia, se afirma do espaço do socialismo democrático, o MPT. Querem melhor albergue espanhol? Então, vale tudo? Ah, mas isso não é para formar governo, nem na região, nem nas câmaras! E que não fosse, não deixarão ou não deixariam de se constituir numa frente anti-partidos “contra-autonomistas” para conseguir os seus intentos, no desejo do líder do PPD. E mais: alguém tem dúvidas que esses partidos irão em socorro do PPD se ganhar as eleições sem maioria absoluta em 2011?
É legítimo esse “Arco Autonómico”? Ou não é?
Respondam Duarte Gouveia, Ricardo Freitas, prestes a chegar à blogosfera. Sem esquecer o PCP, que já disse sim.
Ou seja: à oposição não é legítimo fazer entre si alianças políticas; mas ao partido maioritário, que não respeita a vida parlamentar, num parlamento onde tem mais de dois terços, é legítimo fazer frentes políticas. De outro modo: pode-se constituir uma espécie de “União Regional” madeirense, desde que ela inclua o PPD, mas já se não pode constituir uma aliança que inclua todos os democratas que se oponham a essa diz que é uma espécie de “União Nacional” “autonómica”!
Pergunta final: “vale tudo” para derrubar o PPD? Vale, dentro do que está contemplado no texto constitucional e em legítima defesa democrática.
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