quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Produtividade, competitividade, rendibilidade, em vosso nome quantos crianças ficaram sem comer?
Faça-se justiça: a perda de direitos dos trabalhadores em nome da produção ou da produtividade não nasceu com os neo-liberais: leia-se o excerto seguinte de Das Kapital obtido aqui.
(...)
Com a mesma delicadeza de consciência observavam os fabricantes de vidro:
- Não é possível conceder aos meninos refeições regulares, porque se perderia, se desperdiçaria determinada quantidade de calor que os fornos irradiam.
Deu-lhes uma boa resposta o comissário de inquérito, White. Com modo de pensar diferente de Ure, Senior e seus pobres imitadores alemães como Roscher e quejanos, não se deixou levar pela abstinência, pela abnegação e parcimônia dos capitalistas, quando se trata de seu dinheiro, e pela sua prodigalidade em dilapidar vidas humanas, digna de um Tamerlão, dizendo: “É possível que se desperdice certa quantidade de calor acima da norma atual, assegurando-se tempo para refeições nesses casos, mas o valor em dinheiro é pequeno comparado com o desgaste de força vital que ocorre hoje no Reino Unido, em virtude de meninos, seres que estão em fase de crescimento, não disporem de tempo suficiente quando trabalham nas fábricas de vidros, para tomar comodamente seus alimentos e digeri-los” (L. c., p. XLV). E isto em 1865,o ano do progresso. Sem levar em conta o dispêndio de energia para levantar e carregar mercadorias, os meninos que trabalham nos fornos que fazem garrafas e flint glass andam durante a execução de seu trabalho ininterrupto 15 a 20 milhas inglesas em 6 horas. O trabalho dura freqüentemente 14 a 15 horas. Em muitos desses fornos de vidro vigora, como nas fiações de Moscovo, o sistema em que os mesmos operários se revezam de 6 em 6 horas. “Durante a semana o período mais longo de descanso é de 6 horas, e dele tem que ser deduzido o tempo para ir à fábrica, voltar dela, levantar-se, alimentar-se. O tempo que realmente sobra para repouso é extremamente curto. Não sobra tempo para diversão, para respirar ar puro, a não ser a custa de sono, tão indispensável para meninos que executam um trabalho tão fatigante numa atmosfera tão quente... Mas o breve sono é intranqüilo, pois o menino tem que contar consigo mesmo para despertar, se é noite, ou é perturbado por ruídos, se é dia.” O comissário White apresentou casos de meninos trabalhando 36 horas consecutivas; outros, de meninos de 12 anos que se esfalfam até 2 horas da madrugada dormindo na fábrica até às 5 horas da manhã (3 horas de sono), para começar de novo o trabalho. “A quantidade de trabalho”, dizem os redatores do relatório geral, Tremenheere e Tufnell, “que os meninos, meninas e mulheres realizam no curso de seu miraculoso esforço diurno ou noturno, é fabulosa” (L. c. , págs. XLIII e XLIV). Enquanto isso ocorre, talvez tarde da noite, o dono da fábrica de vidros, cheio de abstinência e de vinho do porto, sai do clube para casa, com passos incertos, cantarolando imbecilmente: Britons never, nevershall be slaves!
(Karl Marx, O Capital, Livro I, capítulo 8.4.)
(...)
Com a mesma delicadeza de consciência observavam os fabricantes de vidro:
- Não é possível conceder aos meninos refeições regulares, porque se perderia, se desperdiçaria determinada quantidade de calor que os fornos irradiam.
Deu-lhes uma boa resposta o comissário de inquérito, White. Com modo de pensar diferente de Ure, Senior e seus pobres imitadores alemães como Roscher e quejanos, não se deixou levar pela abstinência, pela abnegação e parcimônia dos capitalistas, quando se trata de seu dinheiro, e pela sua prodigalidade em dilapidar vidas humanas, digna de um Tamerlão, dizendo: “É possível que se desperdice certa quantidade de calor acima da norma atual, assegurando-se tempo para refeições nesses casos, mas o valor em dinheiro é pequeno comparado com o desgaste de força vital que ocorre hoje no Reino Unido, em virtude de meninos, seres que estão em fase de crescimento, não disporem de tempo suficiente quando trabalham nas fábricas de vidros, para tomar comodamente seus alimentos e digeri-los” (L. c., p. XLV). E isto em 1865,o ano do progresso. Sem levar em conta o dispêndio de energia para levantar e carregar mercadorias, os meninos que trabalham nos fornos que fazem garrafas e flint glass andam durante a execução de seu trabalho ininterrupto 15 a 20 milhas inglesas em 6 horas. O trabalho dura freqüentemente 14 a 15 horas. Em muitos desses fornos de vidro vigora, como nas fiações de Moscovo, o sistema em que os mesmos operários se revezam de 6 em 6 horas. “Durante a semana o período mais longo de descanso é de 6 horas, e dele tem que ser deduzido o tempo para ir à fábrica, voltar dela, levantar-se, alimentar-se. O tempo que realmente sobra para repouso é extremamente curto. Não sobra tempo para diversão, para respirar ar puro, a não ser a custa de sono, tão indispensável para meninos que executam um trabalho tão fatigante numa atmosfera tão quente... Mas o breve sono é intranqüilo, pois o menino tem que contar consigo mesmo para despertar, se é noite, ou é perturbado por ruídos, se é dia.” O comissário White apresentou casos de meninos trabalhando 36 horas consecutivas; outros, de meninos de 12 anos que se esfalfam até 2 horas da madrugada dormindo na fábrica até às 5 horas da manhã (3 horas de sono), para começar de novo o trabalho. “A quantidade de trabalho”, dizem os redatores do relatório geral, Tremenheere e Tufnell, “que os meninos, meninas e mulheres realizam no curso de seu miraculoso esforço diurno ou noturno, é fabulosa” (L. c. , págs. XLIII e XLIV). Enquanto isso ocorre, talvez tarde da noite, o dono da fábrica de vidros, cheio de abstinência e de vinho do porto, sai do clube para casa, com passos incertos, cantarolando imbecilmente: Britons never, nevershall be slaves!
(Karl Marx, O Capital, Livro I, capítulo 8.4.)
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ética e mercado
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Difícil de entender para os neoliberais: Economia: Sem ética não há confiança, F. S. Cabral
Lido no Público:
Sem ética não há confiança, Francisco Sarsfield Cabral
Muitos gestores deslumbraram-se e deixaram de admitir limites
O capitalismo baseia-se na confiança. O mercado precisa de leis: contra o que pensavam alguns ultraliberais, não há mercado sem Estado. Mas não basta. Para o sistema funcionar tem de haver uma cultura de confiança, acreditar nas pessoas e nas instituições com quem se faz uma qualquer transacção.
Nas economias colectivistas tudo é (ou era) regulado, controlado, dependente de autorizações estatais. Em menor grau, o mesmo acontece em países, como Portugal, onde é enorme o peso da burocracia do Estado na vida das pessoas e das empresas. Por isso essas economias são pouco eficientes, ao contrário daquelas onde é elevado o grau de confiança, dispensando burocracias.
O problema actual é ter-se evaporado a confiança. Os bancos não confiam nos outros bancos. Não confiam, até, em si próprios - por isso receiam dar crédito, não vá acontecer terem dificuldade em captar fundos (depósitos e sobretudo créditos estrangeiros) a custo razoável. Entre nós já aconteceu com a CGD, apesar do aval do Estado, que assim teve de a financiar. O negócio dos bancos é emprestar dinheiro. Se o não fazem, não é por ganância, é por medo.
Nada pior poderia ter acontecido nesta conjuntura de desconfiança geral do que o caso Madoff, uma burla tipo D. Branca à escala mundial, envolvendo cerca de 50 mil milhões de dólares. O drama não é existirem burlões, que os haverá sempre, embora Madoff fosse "especial": muito respeitado em Wall Street, antigo presidente do Nasdaq, filantropo, há décadas dono de uma empresa familiar onde só por convite se podia investir dinheiro e receber as altas remunerações que Madoff oferecia.
O pior deste caso é tanta gente supostamente séria e competente ter durante tanto tempo acreditado em Madoff, que utilizava o clássico e nada sofisticado esquema da pirâmide (remunerar os capitais investidos com a entrada de novos capitais). Isto lança uma terrível dúvida sobre a idoneidade e a competência dos gestores das instituições financeiras.
Não há confiança sem um grau razoável de vigência de princípios éticos, porque as leis e os reguladores dos mercados não podem evitar todas as fraudes. Sobretudo desde o colapso do comunismo, ficando o capitalismo como único sistema viável, a ética começou a ser marginalizada no mundo dos negócios. Muitos agentes económicos e financeiros deslumbraram-se e deixaram de admitir limites.
As aldrabices que levaram à falência de grandes empresas como a WorldCom ou a Enron (esta provocando o desaparecimento da auditora multinacional Arthur Andersen) foram um sinal de que alastrava o vale-tudo para ganhar dinheiro. O mesmo se diga das obscenas remunerações auferidas por muitos gestores, frequentemente sem relação com a performance a longo prazo das empresas. Entre nós, tivemos o (mau) exemplo do BCP, além de outros.
Pouco ética foi, também, a irresponsabilidade com que gestores financeiros, recebendo chorudos bónus e comissões, aplicaram o dinheiro que lhes era confiado. Nos EUA a remuneração média dos operadores no sector de investimentos, títulos e contratos de matérias-primas foi em 2007 quatro vezes superior à remuneração média do resto da economia. No entanto, essa gente andou muitas vezes a vender ilusões ou meros ganhos imediatos que depois se esfumariam.
A visão imediatista que se instalou nos mercados financeiros é consequência de uma imoral avidez pelo lucro fácil e rápido. Na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz (1 de Janeiro), Combater a pobreza, construir a paz, Bento XVI diz que "uma actividade financeira confinada ao breve e brevíssimo prazo torna-se perigosa para todos, inclusivamente para quem consegue beneficiar dela durante as fases de euforia financeira". E essa lógica "reduz a capacidade de o mercado financeiro realizar a sua função de ponte entre o presente e o futuro: apoio à criação de novas oportunidades de produção e de trabalho a longo prazo".
Julgo que o fundamento da moral não está na sua utilidade social. Mas não há dúvida de que, sem princípios éticos aceites e praticados pela sociedade, a actividade económica emperra. Por isso não é moralismo fácil concluir que a presente crise evidenciou a importância da ética na economia e nas finanças. É mero realismo. Se não são decentes por virtude, ao menos que o sejam pelo seu próprio interesse bem compreendido.
Sem ética não há confiança, Francisco Sarsfield Cabral
Muitos gestores deslumbraram-se e deixaram de admitir limites
O capitalismo baseia-se na confiança. O mercado precisa de leis: contra o que pensavam alguns ultraliberais, não há mercado sem Estado. Mas não basta. Para o sistema funcionar tem de haver uma cultura de confiança, acreditar nas pessoas e nas instituições com quem se faz uma qualquer transacção.
Nas economias colectivistas tudo é (ou era) regulado, controlado, dependente de autorizações estatais. Em menor grau, o mesmo acontece em países, como Portugal, onde é enorme o peso da burocracia do Estado na vida das pessoas e das empresas. Por isso essas economias são pouco eficientes, ao contrário daquelas onde é elevado o grau de confiança, dispensando burocracias.
O problema actual é ter-se evaporado a confiança. Os bancos não confiam nos outros bancos. Não confiam, até, em si próprios - por isso receiam dar crédito, não vá acontecer terem dificuldade em captar fundos (depósitos e sobretudo créditos estrangeiros) a custo razoável. Entre nós já aconteceu com a CGD, apesar do aval do Estado, que assim teve de a financiar. O negócio dos bancos é emprestar dinheiro. Se o não fazem, não é por ganância, é por medo.
Nada pior poderia ter acontecido nesta conjuntura de desconfiança geral do que o caso Madoff, uma burla tipo D. Branca à escala mundial, envolvendo cerca de 50 mil milhões de dólares. O drama não é existirem burlões, que os haverá sempre, embora Madoff fosse "especial": muito respeitado em Wall Street, antigo presidente do Nasdaq, filantropo, há décadas dono de uma empresa familiar onde só por convite se podia investir dinheiro e receber as altas remunerações que Madoff oferecia.
O pior deste caso é tanta gente supostamente séria e competente ter durante tanto tempo acreditado em Madoff, que utilizava o clássico e nada sofisticado esquema da pirâmide (remunerar os capitais investidos com a entrada de novos capitais). Isto lança uma terrível dúvida sobre a idoneidade e a competência dos gestores das instituições financeiras.
Não há confiança sem um grau razoável de vigência de princípios éticos, porque as leis e os reguladores dos mercados não podem evitar todas as fraudes. Sobretudo desde o colapso do comunismo, ficando o capitalismo como único sistema viável, a ética começou a ser marginalizada no mundo dos negócios. Muitos agentes económicos e financeiros deslumbraram-se e deixaram de admitir limites.
As aldrabices que levaram à falência de grandes empresas como a WorldCom ou a Enron (esta provocando o desaparecimento da auditora multinacional Arthur Andersen) foram um sinal de que alastrava o vale-tudo para ganhar dinheiro. O mesmo se diga das obscenas remunerações auferidas por muitos gestores, frequentemente sem relação com a performance a longo prazo das empresas. Entre nós, tivemos o (mau) exemplo do BCP, além de outros.
Pouco ética foi, também, a irresponsabilidade com que gestores financeiros, recebendo chorudos bónus e comissões, aplicaram o dinheiro que lhes era confiado. Nos EUA a remuneração média dos operadores no sector de investimentos, títulos e contratos de matérias-primas foi em 2007 quatro vezes superior à remuneração média do resto da economia. No entanto, essa gente andou muitas vezes a vender ilusões ou meros ganhos imediatos que depois se esfumariam.
A visão imediatista que se instalou nos mercados financeiros é consequência de uma imoral avidez pelo lucro fácil e rápido. Na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz (1 de Janeiro), Combater a pobreza, construir a paz, Bento XVI diz que "uma actividade financeira confinada ao breve e brevíssimo prazo torna-se perigosa para todos, inclusivamente para quem consegue beneficiar dela durante as fases de euforia financeira". E essa lógica "reduz a capacidade de o mercado financeiro realizar a sua função de ponte entre o presente e o futuro: apoio à criação de novas oportunidades de produção e de trabalho a longo prazo".
Julgo que o fundamento da moral não está na sua utilidade social. Mas não há dúvida de que, sem princípios éticos aceites e praticados pela sociedade, a actividade económica emperra. Por isso não é moralismo fácil concluir que a presente crise evidenciou a importância da ética na economia e nas finanças. É mero realismo. Se não são decentes por virtude, ao menos que o sejam pelo seu próprio interesse bem compreendido.
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ética e mercado
Brilhante: Tino, 1º, logo após um grupo de sete centenas e mais dezena e meia de concorrentes. Maximiano ficou logo a seguir. Parabéns aos dois!
Interrompi os meus trabalhos para vos dar conta destes resultados na corrida de São Silvestre, aqui.
Confira as marcas na tabela parcial que publicamos:
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
717º Sérgio Rodrigues 75SEN IND 4 0,48
718º Maximiano Martins 49Vet-E DRA 4 1,13
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Confira as marcas na tabela parcial que publicamos:
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717º Sérgio Rodrigues 75SEN IND 4 0,48
718º Maximiano Martins 49Vet-E DRA 4 1,13
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manipulação pura
sábado, 27 de dezembro de 2008
ALTERAÇÃO DA LEI NACIONAL OU LEI ESPECÍFICA DO FINANCIAMENTO DAS ESTRUTURAS DOS PARTIDOS NAS REGIÕES OU PARTIDOS REGIONAIS
Portanto, só há várias soluções:
1. Tendo em conta que o financiamento dos partidos é da competência da AR, alteração da actual lei de financiamento dos partidos, com capítulo próprio do financiamento dos partidos (nacionais) nas regiões autónomas;
2. Lei própria da AR para o financiamento dos partidos nas regiões, com adaptação das ALR's a cada região;
3. Finalmente, alteração da constituição quanto à existência de partidos regionais, o que permitiria o financiamento destes e, em caso de dissolução da ALR, a audição dos partidos regionais, sem audição das assembleias, exactamente o que acontece a nível nacional.
Não colhe o argumento de que o PR seria envolvido em questões regionais: ao consagrar a dissolução das ALR's pelo PR, o legislador constituinte conferiu dimensão nacional às autonomias e, enquanto tal se passar, isto é, o poder de dissolução das assembleia for da competência do PR, este não pode eximir-se a ouvir as regiões em caso de crise política. De facto, ouvir apenas os directórios nacionais dos partidos para dissolver as assembleias é subverter, na prática, o princípio constitucional das autonomias.
Note-se, a propósito, que, aquando da dissolução da ALR, a delegação do PS a Belém integrava o Presidente do PS, Almeida Santos, e o Presidente do PS-M, Jacinto Serrão. À saída, o porta-voz foi Almeida Santos.
1. Tendo em conta que o financiamento dos partidos é da competência da AR, alteração da actual lei de financiamento dos partidos, com capítulo próprio do financiamento dos partidos (nacionais) nas regiões autónomas;
2. Lei própria da AR para o financiamento dos partidos nas regiões, com adaptação das ALR's a cada região;
3. Finalmente, alteração da constituição quanto à existência de partidos regionais, o que permitiria o financiamento destes e, em caso de dissolução da ALR, a audição dos partidos regionais, sem audição das assembleias, exactamente o que acontece a nível nacional.
Não colhe o argumento de que o PR seria envolvido em questões regionais: ao consagrar a dissolução das ALR's pelo PR, o legislador constituinte conferiu dimensão nacional às autonomias e, enquanto tal se passar, isto é, o poder de dissolução das assembleia for da competência do PR, este não pode eximir-se a ouvir as regiões em caso de crise política. De facto, ouvir apenas os directórios nacionais dos partidos para dissolver as assembleias é subverter, na prática, o princípio constitucional das autonomias.
Note-se, a propósito, que, aquando da dissolução da ALR, a delegação do PS a Belém integrava o Presidente do PS, Almeida Santos, e o Presidente do PS-M, Jacinto Serrão. À saída, o porta-voz foi Almeida Santos.
UMA AUTONOMIA CONSTITUCIONAL SEM TRADUÇÃO NA ESTRUTURA INTERNA DOS PARTIDOS E NA RELAÇÃO DO PR COM AS REGIÕES AUTÓNOMAS
Este problema ("Neste momento, a maior dor de cabeça para a equipa política de Belém tem um nome: Estatuto Político-Administrativo dos Açores. Devolvido à Assembleia da República, depois de terem sido encontradas pequenas irregularidades pelo Tribunal Constitucional, voltou a ser aprovado sem ser alterada uma vírgula ao artigo que mais incomoda Cavaco Silva: os procedimentos para dissolução da Assembleia Legislativa, que o obrigam a mais consultas do que as impostas para uma decisão idêntica em relação à Assembleia da República" e este (financiamento dos partidos na região) relevam a mesma questão constitucional: a Autonomia constitucional não está consagrada nem na estrutura interna dos partidos nem nas relações dos órgãos de soberania com os órgãos de governo próprio. Como é que é possível que o Presidente da República dissolva a assembleia regional sem que as estruturas regionais sejam ouvidas quanto à realidade política regional? (Isso não impede que o PR não tenha razão quanto à questão formal que coloca: como é que se pode conceder às ALR's um privilégio que não é concedido à Assembleia da República?). As assembleias regionais dos Açores (audição da ALR na dissolução) e da Madeira (financiamento dos partidos) tentaram contornar o problema, legislando elas próprias nos limites da constitucionalidade, tentando contornar o positivismo da lei, baseadas na hermenêutica do texto constitucional: o estado, sendo unitário, deve legislar com respeito pela autonomia das regiões insulares. A jurisprudência do Tribunal Constitucional desaconselha tais veleidades. Que o PR tem razão na forma, tem; que as regiões têm razão de fundo, têm; que o Tribunal Constitucional se decidirá pela forma em detrimento da vera hermenêutica do texto, decidir-se-á.
PSD-M E A AUDIÊNCIA DE CAVACO SILVA
Concordo, de facto, com esta análise: "...O pedido de audiência com o PR não chegou a ser formalizado porque, a acontecer, obrigaria a uma resposta de Belém que poderia ser embaraçosa para as duas partes. Uma recusa de Cavaco, embora difícil de explicar por Belém, iria retirar argumentos ao PSD-M e reforçar a posição do Governo de Sócrates".
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A Oposição consequente
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Este agora julga que é bruxo...
Até já pensa que sabe o que a Oposição pensa!
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blogosfera
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Solidariedade
A, não obstante a discordância política, Luís Filipe Malheiro pelos ataques de cariz nazi-fascista que tem sofrido de alguns sectores.
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OS VALORES DA CIVILIZAÇÃO
domingo, 21 de dezembro de 2008
Debate democrático: colocar o PSD onde ele se posicionou face à Democracia - na clandestinidade!
O PSD não deixa comemorar o 25 de Abril; o PSD não deixa debater o Orçamento; o PSD não deixa criar comissões de inquérito: se no último caso é difícil mas não é impossível, nos outros dois há várias estratégias possíveis. Sim, de facto, o PSD não pode se os partidos da Oposição quiserem, impedir de comemorar o 25 de Abril ou debater o Orçamento. Estratégias possíveis:
1. Comemorar o 25 de Abril na ALR, com requerimento da sala das sessões, ou do salão nobre, com intervenções de todos os partidos, incluindo a possiblidade de se criticarem mutuamente. Na verdade, fala-se muito em entendimento dos partidos da Oposição e pensa-se logo em coligações. Nada mais precipitado: os partidos da oposição podem entender-se entre si sobre as regras democráticas com o PSD, se ele quiser, mas sem ele e sobretudo contra ele, se ele recusar.
2. O debate democrático do Orçamento, do Estado da Região, pode e deve fazer-se simultaneamente dentro e fora do parlamento, convocando os cidadãos para uma ágora democrática em que interviessem os diferentes líderes políticos segundo a sua perspectiva do estado da região, nos diferentes sectores, nomeadamente político, económico e social;
3. Tempo de intervenção: duas hipóteses.
3.1. No parlamento: os partidos da oposição poderiam, respeitando a regra da proporcionalidade, que deve respeitar os mandatos (votos) concedidos pelos eleitores, chegar a acordo sobre o tempo que caberia a cada um dos partidos, incluindo o PSD, e intervir segundo o tempo acordado, independentemente do que fosse o regulamento imposto antidemcoraticamente, pela maioria, desde que ele não respeite a pluralidade da ALR.
3.2. O partidos deveriam abandonar a Assembleia quando o chefe do governo ultrapassasse o tempo que nas democracias europeias é uso conceder ao chefe do governo.
4. Os partidos da oposição podem concluir a sua intervenção em tribunas abertas junto ao parlamento quando o tempo concedido pelo regimento fosse claramente insuficiente e não conforme a sua representatividade.
1. Comemorar o 25 de Abril na ALR, com requerimento da sala das sessões, ou do salão nobre, com intervenções de todos os partidos, incluindo a possiblidade de se criticarem mutuamente. Na verdade, fala-se muito em entendimento dos partidos da Oposição e pensa-se logo em coligações. Nada mais precipitado: os partidos da oposição podem entender-se entre si sobre as regras democráticas com o PSD, se ele quiser, mas sem ele e sobretudo contra ele, se ele recusar.
2. O debate democrático do Orçamento, do Estado da Região, pode e deve fazer-se simultaneamente dentro e fora do parlamento, convocando os cidadãos para uma ágora democrática em que interviessem os diferentes líderes políticos segundo a sua perspectiva do estado da região, nos diferentes sectores, nomeadamente político, económico e social;
3. Tempo de intervenção: duas hipóteses.
3.1. No parlamento: os partidos da oposição poderiam, respeitando a regra da proporcionalidade, que deve respeitar os mandatos (votos) concedidos pelos eleitores, chegar a acordo sobre o tempo que caberia a cada um dos partidos, incluindo o PSD, e intervir segundo o tempo acordado, independentemente do que fosse o regulamento imposto antidemcoraticamente, pela maioria, desde que ele não respeite a pluralidade da ALR.
3.2. O partidos deveriam abandonar a Assembleia quando o chefe do governo ultrapassasse o tempo que nas democracias europeias é uso conceder ao chefe do governo.
4. Os partidos da oposição podem concluir a sua intervenção em tribunas abertas junto ao parlamento quando o tempo concedido pelo regimento fosse claramente insuficiente e não conforme a sua representatividade.
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AUTONOMIA DEMOCRÁTICA
DEBATE NA ALR: UMA QUESTÃO PERTINENTE
Agostinho Soares, argutamente, coloca uma questão pertinente a partir do debate do Orçamento regional: que condições de debate há na ALR para o debate democrático, e, a partir, disso, impõe-se a questão: que estratégia política deve ter a oposição para supererar os obstáculos (anti)democráticos colocados ao debate político na ALR?
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AUTONOMIA DEMOCRÁTICA
O REGIME DEMOCRÁTICO ESTARÁ EM PERIGO NA MADEIRA ENQUANTO SE MANTIVER O CONCEITO INSTÁVEL DE AUTONOMIA EVOLUTIVA - COMO NOS AÇORES
A Democracia, para funcionar como deve ser, implica um conjunto de regras claras estáveis e aceites por todos. O conceito de autonomia evolutiva não põe em risco a unidade da Nação, visto que esta, na sua coesão intrínseca, é imune aos jogos político-partidários e aos arremessos dos líderes de circunstância, ainda e quando a circunstância leve 30, 16 ou doze anos de aturado governo. Mas o que, de facto, não aguenta a instabilidade do regime é a Democracia. As maiorias políticas que têm governado as Regiões Autónomas, particularmente a Madeira, sabem-no bem: nenhuma alternativa democrática é possível enquanto não se estabilizar de vez o regime constitucional vigente nas Autonomias. As maiorias regionais não estão preocupadas sinceramente com mais ou menos autonomia. O que as (de)move é, de facto, a construção das alternativas. Só vejo uma solução para isso: que as oposições se unam em redor de um projecto de revisão constitucional que defenda a Independência Nacional no todo pátrio, e que essa defesa se faça em uníssono com a defesa da Autonomia e da Democracia. Portugal formou-se com base na coesão dos municípios, segundo um movimento indutivo, que coincidiu em absoluto com o movimento dedutivo da Reconquista e só assim pode subsistir e ser o gérmen do mais longo império que o Mundo conheceu.
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Independência Nacional
CONTRA TODOS OS PODERES INSTITUÍDOS ONDE QUER QUE ESTEJAM, ONDE QUER QUE SEJAM: ESCUTA, Ó ZÉ NINGUÉM!
"Escuta, Zé Ninguém! Chamam-te “Zé Ninguém!” “Homem Comum” e, ao que dizem, começou a tua era, a “Era do Homem Comum”. Mas não és tu que o dizes, Zé Ninguém, são eles, os vice-presidentes das grandes nações, os importantes dirigentes do proletariado, os filhos da burguesia arrependidos, os homens de Estado e os filósofos. Dão-te o futuro, mas não te perguntam pelo passado.
Tu és herdeiro de um passado terrível. A tua herança queima-te as mãos, e sou eu que to digo. A verdade é que todo o médico, sapateiro, mecânico ou educador que queira trabalhar e ganhar o seu pão deve conhecer as suas limitações. Há algumas décadas, tu, Zé Ninguém, começaste a penetrar no governo da Terra. O futuro da raça humana depende, à partir de agora, da maneira como pensas e ages. Porém, nem os teus mestres nem os teus senhores te dizem como realmente pensas e és, ninguém ousa dirigir-te a única critica que te podia tornar apto a ser inabalável senhor dos teus destinos. És “livre” apenas num sentido: livre da educação que te permitiria conduzires a tua vida como te aprouvesse, acima da autocrítica.
Nunca te ouvi queixar: “Vocês promovem-me a futuro senhor de mim próprio e do meu mundo, mas não me dizem como fazê-lo e não me apontam erros no que penso e faço”.
Deixas que os homens no poder o assumam em teu nome. Mas tu mesmo nada dizes. Conferes aos homens que detêm o poder, quando não o conferes a importantes mal intencionados, mais poder ainda para te representarem. E só demasiado tarde reconheces que te enganaram uma vez mais.
Mas eu entendo-te. Vezes sem conta te vi nu, psíquica e fisicamente nu, sem máscara, sem opção, sem voto, sem aquilo que fiz de ti “membro do povo”. Nu como um recém-nascido ou um general em cuecas. Ouvi então os teus prantos e lamúrias, ouvi-te os apelos e esperanças, os teus amores e desditas. Conheço-te e entendo-te. E vou dizer-te quem és, Zé Ninguém, porque acredito na grandeza do teu futuro, que sem dúvida te pertencerá. Por isso mesmo, antes de tudo o mais, olha para ti. Vê-te como realmente és. Ouve o que nenhum dos teus chefes ou representantes se atreve a dizer-te:
És o “homem médio”, o “homem comum”. Repara bem no significado destas palavras: “médio” e “comum”.
Não fujas. Tem ânimo e contempla-te. “Que direito tem este tipo de dizer-me o que quer que seja?” Leio esta pergunta nos teus olhos-amedrontados. Ouço-a na sua impertinência, Zé Ninguém. Tens medo de olhar para ti próprio, tens medo da crítica, tal como tens medo do poder que te prometem e que não saberias usar. Nem te atreves a pensar que poderias ser diferente: livre em vez de deprimido, directo em vez de cauteloso, amando às claras e não mais como um ladrão na noite. Tu mesmo te desprezas, Zé Ninguém, Dizes: “Quem sou eu para ter opinião própria, para decidir da minha própria vida e ter o mundo por meu?” E tens razão: Quem és tu para reclamar direitos sobre a tua vida? Deixa-me dizer-te.
Diferes dos grandes homens que verdadeiramente o são apenas num ponto: todo o grande homem foi outrora um Zé Ninguém que desenvolveu apenas uma outra qualidade: a de reconhecer as áreas em que havia limitações e estreiteza no seu modo de pensar e agir. Através de qualquer tarefa que o apaixonasse, aprendeu a sentir cada vez melhor aquilo em que a sua pequenez e mediocridade ameaçavam a sua felicidade. O grande homem é, pois, aquele que reconhece quando e em que é pequeno. O homem pequeno é aquele que não reconhece a sua pequenez e teme reconhecê-la; que procura mascarar a sua tacanhez e estreiteza de vistas com ilusões de força e grandeza, força e grandeza alheias. Que se orgulha dos seus grandes generais, mas não de si próprio. Que admira as idéias que não teve, mas nunca as que teve. Que acredita mais arraigadamente nas coisas que menos entende, e que não acredita no que quer que lhe pareça fácil de assimilar.(…)”.
"Escuta, Zé Ninguém!" não é um documento científico, mas humano.
Foi escrito por Wilhelm Reich no Verão de 1946, para os arquivos do Instituto Orgone, sem que se pensasse, então, em publicá-lo. Resultou da luta interior de um cientista e médico que, durante décadas, passou pela experiência, a princípio ingênua, depois cheia de espanto e, finalmente, de horror, do que o Zé Ninguém, o homem comum, é capaz de fazer de si próprio, de como sofre e se revolta, das honras que tributa aos seus inimigos e do modo como assassina os seus amigos. Sempre que chega ao poder como “representante do povo”, aplica-o mal e transformado em qualquer coisa ainda mais cruel do que o sadismo que outrora suportava por parte dos elementos das classes anteriormente dominantes.
Wilhelm Reich nasceu a 24 de Março de 1897 nos confins orientais da Galícia, então na posse do Império Austro-Húngaro. Acusado de charlatanismo, perseguido pelos nazistas e pelos “democratas” norte-americanos, expulso do círculo de psicanalistas e do Partido Comunista. Foram inúmeros os problemas que teve com todos os tipos de poderes instituídos.
Isso graças ao vigor de seu pensamento e de sua independência frente às instituições repressivas que tanto criticou.
Não reconheceu limites nas ciências, da psicologia à física e à biologia... e cada campo recebeu valiosíssimas contribuições, que até hoje (até mesmo nas academias) não são reconhecidas, sendo mesmo boicotadas.
"Escuta, ó Zé Ninguém"
Hoje ouvi uma entrevista de António Trindade, muito boa, aliás, em que ele focava o facto de, imitando o líder da sua maioria, alguns dirigentes locais do PSD, resolverem, também eles, criticar, resvalando para a incontinência verbal, os primeiros-ministros, como se, politicamente, tivessem dimensão para o fazer. Não conhecem de Wilhelm Reich, "Escuta, ó Zé Ninguém!".
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dignificação da autonomia
Óscar Teixeira, Presidente da Comissão Política Concelhia de Santa Cruz do PS
Não obstante a discordância estratégica manifestada neste caso, isso não oblitera o seguinte: o Engenheiro Óscar Teixeira, novel Presidente da Concelhia do PS em Santa Cruz, é um dos quadros mais competentes do PS e uma das personalidades que mais têm dado ao Partido, embora, nem sempre, tenha visto reconhecidos os seus inestimáveis contributos. É bom dizer, até porque nem sempre estivemos nem sempre estaremos em sintonia, o que é salutar, num partido democrático como o PS.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Caros amigos e amigas,
O filme "As Memórias que Nunca se Apagam" realizado por mim e pelo Dinarte Freitas, e que conta ainda com a participação especial do consagrado actor madeirense Virgílio Teixeira, está perto da sua conclusão. Neste momento estamos na fase de pós produção áudio.
Queremos apresentar o filme numa sala digna mas os apoios continuam a não aparecer.
De recordar que este é o primeiro filme madeirense, feito por madeirenses, com meios madeirenses e mesmo assim não se encontra integrado nas comemorações do Funchal.
O título do videoclip sugere aquilo que sentimos "Tudo me Dobra Pena" ou seja temos pena…
Entretanto mando o link http://www.youtube.com/watch?v=7BW5tTxZxrk&fmt=18 deste projecto que tem como objectivo principal a divulgação do filme através da música, de salientar que este só foi possível com a preciosa colaboração do: Gabinete Coordenador de Educação Artística através dos professores Carlos Gonçalves e Virgílio Caldeira, do estúdio do Paulo Ferraz, do compositor Jorge Salgueiro, da cantora Vânia Fernandes e dos músicos Nana Khachkalyan, Rostyslav Kuts, Iryna Bandura.
Agradecia que reencaminhassem este e-mail na esperança do mesmo chegar às mãos de um mecenas interessado na cultura madeirense.
Aproveito esta boleia para vos desejar um FELIZ NATAL.
Cumprimentos,
Eduardo Costa
Dinarte Freitas
Exemplos de regências verbais
Exemplos de regências verbais, alguns da Gramática de Lindley Cintra e Celso Cunha:
Obedeço ao chefe;obedecia a quem lhe pagava;
Contentava-se com a sua sorte; contentava-se com o que tinha;
Aspirava a grandes voos; aspirava a que o futuro lhe sorrisse;
Esqueceu os deveres religiosos ou esqueceu-se dos deveres religiosos
-cruzamento pouco recomendável: esqueceu dos deveres religiosos;
Esqueci-me de tudo ou esqueceu-me tudo;
Cruzamento pouco recomendável: esqueceu-me de tudo;
O verbo esquecer rege a preposição de mas é frequente omiti-la:
-Esquece-se que não tenho outro companhia (esquece-se de que não tenho outra companhia), Alves Redol.
Interessei-me por isto; desistenressei-me disso;
Obedeço ao chefe;obedecia a quem lhe pagava;
Contentava-se com a sua sorte; contentava-se com o que tinha;
Aspirava a grandes voos; aspirava a que o futuro lhe sorrisse;
Esqueceu os deveres religiosos ou esqueceu-se dos deveres religiosos
-cruzamento pouco recomendável: esqueceu dos deveres religiosos;
Esqueci-me de tudo ou esqueceu-me tudo;
Cruzamento pouco recomendável: esqueceu-me de tudo;
O verbo esquecer rege a preposição de mas é frequente omiti-la:
-Esquece-se que não tenho outro companhia (esquece-se de que não tenho outra companhia), Alves Redol.
Interessei-me por isto; desistenressei-me disso;
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gramática portuguesa
"Discordar de" e não "discordar com"
Alguns verbos regem preposições: de, com, a:
Os portugueses gostam de fado;
Os espectadores assistiam ao jogo; aquilo a que se assiste;
Concordo contigo; concordo com ele;
Mas:
discordo de ti; discordo dele;
E não "discordo contigo; ou discordo com ele, etc., construção que vi hoje usada num órgão de imprensa local e tenho ouvido nos canais nacionais de televisão.
Estas preposições, na esmagora maioria das vezes, devem aparecer nas frases, mesmo quando introduzem orações subordinadas: o caso a que nos referimos.
Os portugueses gostam de fado;
Os espectadores assistiam ao jogo; aquilo a que se assiste;
Concordo contigo; concordo com ele;
Mas:
discordo de ti; discordo dele;
E não "discordo contigo; ou discordo com ele, etc., construção que vi hoje usada num órgão de imprensa local e tenho ouvido nos canais nacionais de televisão.
Estas preposições, na esmagora maioria das vezes, devem aparecer nas frases, mesmo quando introduzem orações subordinadas: o caso a que nos referimos.
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gramática portuguesa
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
"ALEGRE JÁ ADMITE ALTERNATIVA PARA IR A VOTOS"
Leia aqui.
(Em próximas edições, será feita uma análise profunda a este questão à luz da vida político-partidária, da crise nacional e internacional, do papel da Internacional Socialista e de possíveis repercussões a curto, médio e longo prazo no sistema partidário português).
(Em próximas edições, será feita uma análise profunda a este questão à luz da vida político-partidária, da crise nacional e internacional, do papel da Internacional Socialista e de possíveis repercussões a curto, médio e longo prazo no sistema partidário português).
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sistema partidário
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Professores: quadro comparativo na OCDE
Lido aqui.
"A comparação entre o tempo total de trabalho, o ratio professor/aluno e o nível salarial dos professores portugueses com os seus congéneres europeus (e não só) é, de acordo com um recente relatório da OCDE sobre educação (Setembro de 2008), muito favorável.
A nível do ensino básico, o ratio professor/estudante é de um para 11, abaixo da média da OCDE (16); e no secundário é o mesmo, também abaixo da média (13) - com a curiosidade de no privado haver um ratio superior. Sendo um dos países da OCDE com menor PIB per capita, Portugal está, nesse grupo, entre os que melhor paga aos professores. Por outro lado, se os professores portugueses em início de carreira estão entre os mais mal pagos da OCDE (em termos de poder de compra comparativo), a partir de 15 anos de carreira sobem na escala, ultrapassando a Suécia, a Itália e a Noruega, e no topo estão ao nível dos salários dos seus congéneres alemães e finlandeses, acima da Dinamarca, do Reino Unido e da França. Por fim, o tempo total de trabalho exigido aos professores portugueses (1440 horas/ano) está mais de 250 horas abaixo da média da OCDE. Dificilmente o retrato de uma classe mártir e explorada. Antes pelo contrário".
"A comparação entre o tempo total de trabalho, o ratio professor/aluno e o nível salarial dos professores portugueses com os seus congéneres europeus (e não só) é, de acordo com um recente relatório da OCDE sobre educação (Setembro de 2008), muito favorável.
A nível do ensino básico, o ratio professor/estudante é de um para 11, abaixo da média da OCDE (16); e no secundário é o mesmo, também abaixo da média (13) - com a curiosidade de no privado haver um ratio superior. Sendo um dos países da OCDE com menor PIB per capita, Portugal está, nesse grupo, entre os que melhor paga aos professores. Por outro lado, se os professores portugueses em início de carreira estão entre os mais mal pagos da OCDE (em termos de poder de compra comparativo), a partir de 15 anos de carreira sobem na escala, ultrapassando a Suécia, a Itália e a Noruega, e no topo estão ao nível dos salários dos seus congéneres alemães e finlandeses, acima da Dinamarca, do Reino Unido e da França. Por fim, o tempo total de trabalho exigido aos professores portugueses (1440 horas/ano) está mais de 250 horas abaixo da média da OCDE. Dificilmente o retrato de uma classe mártir e explorada. Antes pelo contrário".
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avaliação de professores
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
DEBATE ORÇAMENTO RTP-MADEIRA
Não obstante a chalação anterior, subscrevo.
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COMUNICAÇÃO SOCIAL
Da arca da memória III
E quando me pediram que considerasse, mandei-lhes este texto:
Declaração
É sabido que em política não se deve ter razões antes do tempo. Por outro lado, o ressabiamento não é a minha norma de conduta pessoal. Mantenho de Conrado o prudente silêncio. Respeito a dignidade de cada um mesmo se o próprio se descuidar dela. Por mim, não pactuo nem transijo com o que não acho conforme a ética.
Ainda não é chegado o tempo de falar.
Funchal, 15 de Agosto de 1992
Declaração
É sabido que em política não se deve ter razões antes do tempo. Por outro lado, o ressabiamento não é a minha norma de conduta pessoal. Mantenho de Conrado o prudente silêncio. Respeito a dignidade de cada um mesmo se o próprio se descuidar dela. Por mim, não pactuo nem transijo com o que não acho conforme a ética.
Ainda não é chegado o tempo de falar.
Funchal, 15 de Agosto de 1992
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efemeridade dos cargos,
princípios perenes
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Da arca da memória II - As 30 razões da ruptura
OS TRINTA ERROS DA GOVERNAÇÃO PSD NA MADEIRA QUE APRESENTEI - NESSE ANO DE 1992! - E QUE O PSN IMPEDIU QUE FOSSEM DIVULGADOS, E QUE LEVOU À RUPTURA.
Contudo, a elencagem desses mesmos erros resultaram de uma pedido para que eu próprio dissesse o que pensava da situação da Madeira. Escrevi este documento, com a nítida noção do que estava a fazer, porque percebi que o PSN na Madeira queria eleger um deputado colaborante com o poder, e eu sabia as consequências disso e, de certa forma, desejava essa ruptura, porque me recusava a ser um deputado sem liberdade de expressão. Ou o PSN aceitava integrar essas ideias no manifesto eleitoral, e havia condições políticas ou não aceitava. Não aceitou e foi a ruptura. Sei que o Documento foi entregue a Leviatã. E teve consequências, as que eu previ. Sei muito bem como tudo se passou, porque tinha alguém de laços sanguíneos bem chegado ao centro do poder, que me contou sobre isto além do mais... Continuei de consciência livre.
N.B.Leviatã é o livro mais famoso do filósofo inglês Thomas Hobbes, publicado em 1651. O seu título deve-se ao monstro bíblico Leviatã. O livro, cujo título por extenso é Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil, trata da estrutura da sociedade organizada.
1. Presença obsessiva da Comunicação Social.
2. Falta de uma política definida para a agricultura.
3. Pescas - insuficiente aproveitamento aproveitamento da ZEE.
4. Educação - política titubeante quando ao lançamento definitivo da Univer. Madeira
5. Dependência da sociedade em relação ao estado por vontade deste mas com prejuízo de ambos.
6. Tentativa de enquadramento de todas as iniciativas da sociedade civil de modo a aparecerem como iniciativa do GR.
7. "Ser bom madeirense é ser do PSD", segundo o poder.
8. Tenta-se criar a ideia, nunca claramente assumida como é óbvio, que ser bom madeirense questiono o Ser Português. Aliás, demonstração de incultura, que confunde a continentalidade com a Portugalidade. A Velha Madeira, [não obstante], jamais confundiu as duas realidades combatia o centralismo lisboeta - jamais questionou Portugal; esta Madeira está de cócoras perante (o dinheiro de) Lisboa e desrespeita Portugal.
9. Um desenvolvimento desregrado do sector turístico que pode matar a galinha dos ovos de ouro se não respeitar o ambiente.
10. Concede-se como favor o que devia ser um direito.
11. Sob a aparência de apoio à Igreja, serve-se desta para fins políticos.
12. Excessiva aposta no turismo em detrimento do desenvolvimento de outros sectores com consequências negativas para a economia.
13. Falta de serviços sociais nos bairros estatais.
14. Não se incentiva a participação dos cidadãos na res publica e alheamento progressvio destes.
15. Desprestígio da Assembleia Legislativa Regional.
16. O suo dos meios públicos carece de rigor ético - vidé "viagens dos deputados".
17. Chantagem emocional nos actos eleitorais - escolher diferente é precipitar o Apocalipse.
18- Uma política de indemnizações que lança insegurança nos cidadãos e deixa à mercê da expropriação discricionária do Estado.
19. O maior defeito da oposição é existir.
20. O GR está convencido que o progresso anula a diversidade de pensamento.
21. Conflito permanente com as instituições nacionais: PR, Tribunal Constitucional, T. Contas, CNE, Ministro da República.
22. Falta de definição de uma política de transferências de verbas do OGE para o Orçamento Regional. Em tempo de instabiliade política, aproveita à Região; com a estabilidade política [nacional, prejudica-a.
23. O GR comporta-se perante o Governo [central] como um sindicato.
24. Como todo o patrão tende a contrariar o poder sindical, o Governo da República não assume, por vezes, as suas responsabilidades no âmbito da solidariedade nacional.
25. O Governo Regional encara o Governo Nacional, não como o Governo da República mas como um governo apenas para o território continental do País. O Governo da República parece, às vezes, aceitar esta concepção.
26. Ambos os governos relacionam-se mal com a portugalidade - julgam que é algo que vem de lá para cá e ambos julgam que isso se resolve com patacas.
27. As reivindicações perante o poder central dão, por vezes, a ideia que têm subjacente uma ameaça à integridade nacional.
28. O GR quer regionalizar competências e nacionalizar os gastos.
29. Os governos regionais aparecem perante a opinião pública nacional como entidades perdulárias o que desprestigia a autonomia.
30. Em resultado disso, a regionalização do País, já de si polémica, ganha novos adversários.
Contudo, a elencagem desses mesmos erros resultaram de uma pedido para que eu próprio dissesse o que pensava da situação da Madeira. Escrevi este documento, com a nítida noção do que estava a fazer, porque percebi que o PSN na Madeira queria eleger um deputado colaborante com o poder, e eu sabia as consequências disso e, de certa forma, desejava essa ruptura, porque me recusava a ser um deputado sem liberdade de expressão. Ou o PSN aceitava integrar essas ideias no manifesto eleitoral, e havia condições políticas ou não aceitava. Não aceitou e foi a ruptura. Sei que o Documento foi entregue a Leviatã. E teve consequências, as que eu previ. Sei muito bem como tudo se passou, porque tinha alguém de laços sanguíneos bem chegado ao centro do poder, que me contou sobre isto além do mais... Continuei de consciência livre.
N.B.Leviatã é o livro mais famoso do filósofo inglês Thomas Hobbes, publicado em 1651. O seu título deve-se ao monstro bíblico Leviatã. O livro, cujo título por extenso é Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil, trata da estrutura da sociedade organizada.
1. Presença obsessiva da Comunicação Social.
2. Falta de uma política definida para a agricultura.
3. Pescas - insuficiente aproveitamento aproveitamento da ZEE.
4. Educação - política titubeante quando ao lançamento definitivo da Univer. Madeira
5. Dependência da sociedade em relação ao estado por vontade deste mas com prejuízo de ambos.
6. Tentativa de enquadramento de todas as iniciativas da sociedade civil de modo a aparecerem como iniciativa do GR.
7. "Ser bom madeirense é ser do PSD", segundo o poder.
8. Tenta-se criar a ideia, nunca claramente assumida como é óbvio, que ser bom madeirense questiono o Ser Português. Aliás, demonstração de incultura, que confunde a continentalidade com a Portugalidade. A Velha Madeira, [não obstante], jamais confundiu as duas realidades combatia o centralismo lisboeta - jamais questionou Portugal; esta Madeira está de cócoras perante (o dinheiro de) Lisboa e desrespeita Portugal.
9. Um desenvolvimento desregrado do sector turístico que pode matar a galinha dos ovos de ouro se não respeitar o ambiente.
10. Concede-se como favor o que devia ser um direito.
11. Sob a aparência de apoio à Igreja, serve-se desta para fins políticos.
12. Excessiva aposta no turismo em detrimento do desenvolvimento de outros sectores com consequências negativas para a economia.
13. Falta de serviços sociais nos bairros estatais.
14. Não se incentiva a participação dos cidadãos na res publica e alheamento progressvio destes.
15. Desprestígio da Assembleia Legislativa Regional.
16. O suo dos meios públicos carece de rigor ético - vidé "viagens dos deputados".
17. Chantagem emocional nos actos eleitorais - escolher diferente é precipitar o Apocalipse.
18- Uma política de indemnizações que lança insegurança nos cidadãos e deixa à mercê da expropriação discricionária do Estado.
19. O maior defeito da oposição é existir.
20. O GR está convencido que o progresso anula a diversidade de pensamento.
21. Conflito permanente com as instituições nacionais: PR, Tribunal Constitucional, T. Contas, CNE, Ministro da República.
22. Falta de definição de uma política de transferências de verbas do OGE para o Orçamento Regional. Em tempo de instabiliade política, aproveita à Região; com a estabilidade política [nacional, prejudica-a.
23. O GR comporta-se perante o Governo [central] como um sindicato.
24. Como todo o patrão tende a contrariar o poder sindical, o Governo da República não assume, por vezes, as suas responsabilidades no âmbito da solidariedade nacional.
25. O Governo Regional encara o Governo Nacional, não como o Governo da República mas como um governo apenas para o território continental do País. O Governo da República parece, às vezes, aceitar esta concepção.
26. Ambos os governos relacionam-se mal com a portugalidade - julgam que é algo que vem de lá para cá e ambos julgam que isso se resolve com patacas.
27. As reivindicações perante o poder central dão, por vezes, a ideia que têm subjacente uma ameaça à integridade nacional.
28. O GR quer regionalizar competências e nacionalizar os gastos.
29. Os governos regionais aparecem perante a opinião pública nacional como entidades perdulárias o que desprestigia a autonomia.
30. Em resultado disso, a regionalização do País, já de si polémica, ganha novos adversários.
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efemeridade dos cargos,
princípios perenes
Da arca da memória - I
Em 1992, foi protocandidato pelo PSN à ALR. Contudo, a candidatura não se efectivou. A carta que então escrevi.
Exmº. Senhor
Presidente do PSN
Lisboa
Não posso adiar mais o rompimento com o partido e tornar definitiva a minha demissão do PSN.
Fique, porém, descansado, Senhor Professor, que dela não farei uso público antes das eleições para não dar o mínimo pretexto para o fundamento de uma derrota anunciada. E ainda que haja o mínimo ganho eleitoral, o que não prevejo, não quero estar associado a um triunfo que nada me diz e conseguido sabe-se lá à custa de que cedências: o PSN, à força de se anunciar partido de posição, ainda acaba em partido da situação.
Aceitei que o partido anunciasse com razões de ordem profissional o meu autoafastamento da candidatura porque formalmente exacto e porque não queria que a minha atitude parecesse ressabiada perante o quiproquo que constituíu o anúncio público das candidaturas.
No entanto, além dos motivos que acima aduzo, as razões são essencialmente políticas. Reconheço-me em pleno na solidariedade com os deserdados da sorte - o partido, porém, parece disposto a alianças tácitas e espúrias nem que seja com o diabo para chegar à mesa do poder que tanto diz desdenhar. E eu, Deus me livre de ser um deputado amordaçado em discordância com a minha consciência que havia de gritar se eu o não fizesse.
Sei que o Senhor, maquivelicamente - veja só o que são as coisas -, dirá: o que interessa é que isto não se saiba antes das eleições, de resto pouco importa.
Com esta política não me indentifico.
Cumprimentos,
Funchal, 4 de Setembro de 1992
Miguel Luís da Fonseca
Esta foi a carta da ruptura, antes da eleições regionais. Voltaria a escrevê-la hoje, na íntegra!
Exmº. Senhor
Presidente do PSN
Lisboa
Não posso adiar mais o rompimento com o partido e tornar definitiva a minha demissão do PSN.
Fique, porém, descansado, Senhor Professor, que dela não farei uso público antes das eleições para não dar o mínimo pretexto para o fundamento de uma derrota anunciada. E ainda que haja o mínimo ganho eleitoral, o que não prevejo, não quero estar associado a um triunfo que nada me diz e conseguido sabe-se lá à custa de que cedências: o PSN, à força de se anunciar partido de posição, ainda acaba em partido da situação.
Aceitei que o partido anunciasse com razões de ordem profissional o meu autoafastamento da candidatura porque formalmente exacto e porque não queria que a minha atitude parecesse ressabiada perante o quiproquo que constituíu o anúncio público das candidaturas.
No entanto, além dos motivos que acima aduzo, as razões são essencialmente políticas. Reconheço-me em pleno na solidariedade com os deserdados da sorte - o partido, porém, parece disposto a alianças tácitas e espúrias nem que seja com o diabo para chegar à mesa do poder que tanto diz desdenhar. E eu, Deus me livre de ser um deputado amordaçado em discordância com a minha consciência que havia de gritar se eu o não fizesse.
Sei que o Senhor, maquivelicamente - veja só o que são as coisas -, dirá: o que interessa é que isto não se saiba antes das eleições, de resto pouco importa.
Com esta política não me indentifico.
Cumprimentos,
Funchal, 4 de Setembro de 1992
Miguel Luís da Fonseca
Esta foi a carta da ruptura, antes da eleições regionais. Voltaria a escrevê-la hoje, na íntegra!
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efemeridade dos cargos,
princípios perenes
Gestores portugueses, esses génios!
O País está a saque!
É fartar vilanagem!
"... se os portugueses (os que têm trabalho) ganham pouco mais de metade (55%) do que se ganha na zona euro, os nossos gestores recebem, em média:
- mais 32% do que os americanos;
- mais 22,5% do que os franceses;
- mais 55 % do que os finlandeses;
- mais 56,5% do que os suecos"
Jornal de Notícias, 24/10/08)
É fartar vilanagem!
"... se os portugueses (os que têm trabalho) ganham pouco mais de metade (55%) do que se ganha na zona euro, os nossos gestores recebem, em média:
- mais 32% do que os americanos;
- mais 22,5% do que os franceses;
- mais 55 % do que os finlandeses;
- mais 56,5% do que os suecos"
Jornal de Notícias, 24/10/08)
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neo-liberalismo imoral
FORMAÇÃO DE UM GOVERNO COM UM PROGRAMA DE SALVAÇÃO REGIONAL COM APOIO PARLAMENTAR DE TODOS OS PARTIDOS QUE PONHAM EM 1º. LUGAR O INTERESSE DA MADEIRA
Perante a grave crise que a Região atravessa e a paralisia do Sem-Governo do PSD, a ideia não só faz sentido como pode e deve ser alvo de debate político. A elaboração de um programa de salvação pública regional, com medidas económicas e sociais urgentes, com a participação de personalidade de reconhecido mérito e competência política da vida da Região, com e sem filiação partidária, seria a única forma de tirar a região do pântano aonde o PSD a deixou cair.
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A CRISE SOCIAL NA MADEIRA
REMOÇÃO E TRANSLADAÇÃO DESSE CADÁVER POLÍTICO QUE É O GOVERNO DE CUNHA E SILVA JÁ
A ideia alvitrada pelo líder do PS faz todo o sentido, uma vez que o Governo não governa e a região atravessa uma crise sem precedentes em Democracia.
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A CRISE SOCIAL NA MADEIRA
CRISE DA REGIÃO: LÍDER DO PS FALA EM GOVERNO DE SALVAÇÃO REGIONAL
O líder dos socialistas (...) diz que se não houvesse uma distância tão grande entre PS e PSD já teria proposto um "governo de salvação regional".
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A CRISE SOCIAL NA MADEIRA
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
A dimensão moral da economia especulativa
Em artigo de Robert Skidelsky onde se demonstra que "os tais “produtos tóxicos”, são uma metáfora que oculta a sua verdadeira natureza: “produtos financeiros imorais”.
Obtido aqui.
Obtido aqui.
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economia
O CASO MADEIRA: A PROVA DE QUE SÓCRATES NÃO QUER A RUPTURA COM CAVACO
Este caso, o caso Madeira é a prova mais do que provada que Sócrates não deseja a ruptura com Cavaco, porque, se o desejasse, promovia uma operação de grande envergadura, como a que promoveu Soares ou Guterres com o défice democrático, e desta vez com a apoio da opinião pública nacional, de forma absoluta.
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MESA ALR
CONCLUSÃO: PSD É O PAI DO PND MAS A OPOSIÇÃO É A MÃE
Se nada acontecer, se Sócrates não intervier, se F. Leite (santa ingenuidade) não falar, se Cavaco não convocar, o que fará o PS-M? Bem, quem sempre pode dizer no fim: "nós é que temos razão!" é o PND, visto que Lisboa só intervém com anormalidades anormais já que, se for com a habitual anormalidade, bem podem esperar que Lisboa já se habituou à anormalidade e o seu Representante atribui isso às indiossincrasias locais.
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MESA ALR
3º. erro táctico: o pedido de reunião do Conselho de Estado
Se efectivamente não for efectuado, e até agora não se ouviu falar de nada, de que serviu o apelo? Para mostrar que o assunto não preocupa o PR? Que o Presidente da República não se preocupa com o que se passa na Madeira? Mas, afinal, qual é o alvo estratégico, o PSD-M ou o PR? Essa dispersão e falha no alvo é um erro: deixa o PSD solto e, pior ainda, põe as coisas assim: o Presidente da República e o PSD, de um lado; o PS, no outro lado. Não foi essa a estrátégia inicial: quando se disse que o PS reponha a proposta da eleição do vice-presidente da ALR baseado nas palavras do PR, o objectivo, pareceu-me, era colocar o PSD de um lado oposto ao PR, aliás, onde Cavaco o colocara, ao intervir e obrigando o PSD a recuar, coisa que, a oposição regional pouco soube aproveitar, pegada com a forma de intervenção e pouca dada a conteúdos. O que permitiu ao PSD salvar a face. Na verdade, Cavaco tinha obrigado e de que maneira o PSD a recuar, bramindo implicitamente com uma eventual dissolução, ele que tem esse legitimidade política, alem da legitimidade constitucional, sobre o PSD: se já dissolveu a pedido dele, porque não pode dissolver contra ele?
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MESA ALR
2º. erro táctico: apelo a M. Ferreira Leite junto com o apelo a Sócrates
O apelo a M. Ferreira Leite em si não é um erro e poderia existir sozinho e poderia até ser secundado pelo PS a nível nacional. Mas existindo o apelo a Sócrates e ele não respondendo ao apelo, porque haveria de responder M. Ferreira Leite. Ou seja, o incómodo que seria causado ao PSD vira-se contra o PS-M.
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MESA ALR
1º. erro táctico: apelo a Sócrates
Há aqui um erro no fundo e na forma. Na forma: quando dou o imperativo, explico, só há a segunda pessoa, porque não se pode dar ordens a quem está ausente (ele/eles) nem, é o que nos interessa, a si próprio (eu/nós). Quando apela a Sócrates, é o PS a apelar ao PS. De fundo, porque isso revela que o Secretário-Geral, se não responder ao apelo, não acha isso um assunto importante, o que põe a nu a pouca influência em Lisboa. Isso, politicamente a mal.
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MESA ALR
LEI REGIONAL DAS FINANÇAS LOCAIS
É por isso que, como já aqui disse, defendo uma lei regional das finanças locais.
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autarquias
REFERENDOS MUNICIPAIS JÁ:
Diz o Diário que "para a gestão do lixo, a proposta de orçamento atribui 19 milhões de euros à Valor Ambiente e outros 3,8 milhões à Investimentos e Gestão da Água". Ou seja, isso representa um aumento do preço da água, em alguns casos na ordem dos 100% e na recolha do lixo, que quem paga são os munícipes. Ou seja, o Governo do PSD procede, de forma indirecta, ao aumento de impostos sem que queira assumi-lo politicamente. Ora, quem devia arcar com as despesas de investimento - e que investimento! - era o Governo e não as câmaras, pondo estas os ´munícipes a pagar. Era isso que devia ser colocado aos munícipes em referendo municipal: aceita que seja o município a pagar os investimentos que cabem à administração central da Região Autónoma da Madeira, isto é o Governo Regional? SIM OU NÃO X
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centralismo da administração regional
domingo, 7 de dezembro de 2008
3 erros tácticos do GP do PS
A análise desta questão não será desenvolvida hoje, porque, embora estes senhores julguem que os professores não trabalham, estou a corrigir trabalhos escolares que não me dão tempo.
MESA ALR: CAVACO, F. LEITE E SÓCRATES: GP DO PS PODERÁ TER COMETIDO 3 ERROS TÁCTICOS
Esta tomada de posição do GP do PS poderá implicar 3 erros tácticos que depois explicarei.
SÓS [Autonomia e coesão nacional], Nuno Brederode dos Santos
Lido aqui
Há uma neurastenia que deve ser filha do cansaço. É, pelo menos, o que sinto, ao constatar que, com uma folha em branco pela frente, estive meia hora a observar a palmeira do vizinho e, nestes últimos minutos, pareceu-me vê-la crescer. Mas este cansaço é anímico, só afecta a vontade e o optimismo (sendo que, quanto a este, a natureza foi parca e nada esbanjou comigo).
Eu era seis semanas mais novo quando aqui escrevi sobre o problema, que ao Parlamento se punha, quanto ao estatuto autonómico dos Açores. No essencial, dizia que deixava aos constitucionalistas a discussão sobre os alcances do diploma e que me queria cingir a uma abordagem política. Que a autonomia insular foi concebida como instrumento de combate contra os custos da insularidade e visava, na fórmula - a que chamei "já ingénua" - do n.º 2 do art. 225.º da Constituição, o "reforço dos laços de solidariedade entre todos os portugueses". Que a fórmula provou bem e cumpriu, estando de há muito a Madeira entre as três regiões portuguesas com melhores indicadores e apresentando os Açores números lisonjeiros no ritmo comparado do seu desenvolvimento. Dir-se-ia então estar tudo bem. Não está. A prática autonomista foi-se progressivamente fechando numa atitude cada vez menos solidária e recusando considerar sequer a partilha de qualquer preocupação com os custos da interioridade, nos quais residem hoje os mais clamorosos atentados à coesão nacional. Todos os partidos - com PSD e PS à cabeça (por via das suas hegemonias políticas na Madeira e nos Açores) - foram progressivamente apostando no valor emblemático das eleições regionais e nenhum quer prejudicar os seus resultados com a imposição de uma lógica nacional. O Estado unitário que somos é cada vez mais desmentido na prática (e, no caso da Madeira, claramente no discurso oficial), fazendo-se caminho sorrateiro para um federalismo que os portugueses não votaram. E terminava perguntando como é que o poder central vai explicar a "alentejanos, transmontanos e beirões" a sua obrigação de, sendo mais pobres, estarem a pagar esses custos que não conhecem, nem as regiões autónomas lhes querem dar o direito de discutir. Esta caminhada institucional para o delírio tem sido feita por todos - repito, todos - os partidos na Assembleia da República.
Há os que agora são contra (desdizendo, de resto, as suas votações anteriores no mesmo caso). Mas fazem-no com o argumento de que não tem sentido ou não é prudente um braço de ferro com o Presidente da República. Ou, no caso do PSD, porque deve ver ali direito divino e entende que nunca se deve contrariá-lo. São variantes tão oportunistas como o seu contrário, porque os regimes não se desenham pelo traço dos humores de seja quem for.
Há o PS que o trava e pode eventualmente impor-se (por agora, pelo menos). Procuro explicações e só me dão duas. A primeira é a de que Sócrates é um homem de palavra e empenhara-a antes das eleições nos Açores. Será cavalheiresco. Mas por que raio nos havemos de vergar à virtude que possa haver num erro, quando, ainda por cima, somos dez milhões a pagar os custos dele? A segunda, a de que os portugueses (continentais, presume-se) se estão nas tintas para as ilhas, é demasiado deprimente para levar a sério.
Restar-nos-á o Presidente da República, para quem parecem apontar tantos comentadores? Há meses, cheguei a admitir que talvez. Mas não há. Por que a razão de fundo que agora o move não lhe ditou a conduta em várias situações posteriores, nas quais revelou uma confrangedora dualidade de critérios para com a Madeira e os Açores. Ao aceitar que lhe vedassem o acesso à Assembleia Legislativa da Madeira - ainda por cima com explicações públicas de Jardim que resultavam num insulto soez a toda a oposição regional - e ao vergar-se a convidar para um jantar de consolação os partidos preteridos, Cavaco Silva não representou os portugueses, mas apenas o chefe local, os seus incondicionais e a sua própria fraqueza. Ao proferir, neste mesmo contexto, um ditirambo incontido sobre as excelências da governação local, reincidiu, já não por encobrimento, mas por cumplicidade. Ao omitir qualquer declaração sobre esse carnaval da democracia que foi a suspensão dos plenários parlamentares da Madeira e a interdição física, levada a cabo por seguranças privados, do acesso de um deputado eleito, sob a alegação de que estas coisas se resolvem melhor no silêncio das chancelarias, ele entrou em contradição insanável com as ruidosas mensagens ao país sobre as questões do estatuto açoriano. Depois de tudo isso, o Presidente já não está a defender o regime, mas a sua própria imagem pública. Ora o regime é que é o nosso problema. A defesa da imagem, sendo embora um direito, é com quem julga precisar dela.
Por maioria que - quero acreditar - sejamos, parece que, nesta matéria, estamos sós. Tem graça. Passou-se mais de uma hora, foi-se a neurastenia e agora vejo melhor: a palmeira não cresceu.|
Há uma neurastenia que deve ser filha do cansaço. É, pelo menos, o que sinto, ao constatar que, com uma folha em branco pela frente, estive meia hora a observar a palmeira do vizinho e, nestes últimos minutos, pareceu-me vê-la crescer. Mas este cansaço é anímico, só afecta a vontade e o optimismo (sendo que, quanto a este, a natureza foi parca e nada esbanjou comigo).
Eu era seis semanas mais novo quando aqui escrevi sobre o problema, que ao Parlamento se punha, quanto ao estatuto autonómico dos Açores. No essencial, dizia que deixava aos constitucionalistas a discussão sobre os alcances do diploma e que me queria cingir a uma abordagem política. Que a autonomia insular foi concebida como instrumento de combate contra os custos da insularidade e visava, na fórmula - a que chamei "já ingénua" - do n.º 2 do art. 225.º da Constituição, o "reforço dos laços de solidariedade entre todos os portugueses". Que a fórmula provou bem e cumpriu, estando de há muito a Madeira entre as três regiões portuguesas com melhores indicadores e apresentando os Açores números lisonjeiros no ritmo comparado do seu desenvolvimento. Dir-se-ia então estar tudo bem. Não está. A prática autonomista foi-se progressivamente fechando numa atitude cada vez menos solidária e recusando considerar sequer a partilha de qualquer preocupação com os custos da interioridade, nos quais residem hoje os mais clamorosos atentados à coesão nacional. Todos os partidos - com PSD e PS à cabeça (por via das suas hegemonias políticas na Madeira e nos Açores) - foram progressivamente apostando no valor emblemático das eleições regionais e nenhum quer prejudicar os seus resultados com a imposição de uma lógica nacional. O Estado unitário que somos é cada vez mais desmentido na prática (e, no caso da Madeira, claramente no discurso oficial), fazendo-se caminho sorrateiro para um federalismo que os portugueses não votaram. E terminava perguntando como é que o poder central vai explicar a "alentejanos, transmontanos e beirões" a sua obrigação de, sendo mais pobres, estarem a pagar esses custos que não conhecem, nem as regiões autónomas lhes querem dar o direito de discutir. Esta caminhada institucional para o delírio tem sido feita por todos - repito, todos - os partidos na Assembleia da República.
Há os que agora são contra (desdizendo, de resto, as suas votações anteriores no mesmo caso). Mas fazem-no com o argumento de que não tem sentido ou não é prudente um braço de ferro com o Presidente da República. Ou, no caso do PSD, porque deve ver ali direito divino e entende que nunca se deve contrariá-lo. São variantes tão oportunistas como o seu contrário, porque os regimes não se desenham pelo traço dos humores de seja quem for.
Há o PS que o trava e pode eventualmente impor-se (por agora, pelo menos). Procuro explicações e só me dão duas. A primeira é a de que Sócrates é um homem de palavra e empenhara-a antes das eleições nos Açores. Será cavalheiresco. Mas por que raio nos havemos de vergar à virtude que possa haver num erro, quando, ainda por cima, somos dez milhões a pagar os custos dele? A segunda, a de que os portugueses (continentais, presume-se) se estão nas tintas para as ilhas, é demasiado deprimente para levar a sério.
Restar-nos-á o Presidente da República, para quem parecem apontar tantos comentadores? Há meses, cheguei a admitir que talvez. Mas não há. Por que a razão de fundo que agora o move não lhe ditou a conduta em várias situações posteriores, nas quais revelou uma confrangedora dualidade de critérios para com a Madeira e os Açores. Ao aceitar que lhe vedassem o acesso à Assembleia Legislativa da Madeira - ainda por cima com explicações públicas de Jardim que resultavam num insulto soez a toda a oposição regional - e ao vergar-se a convidar para um jantar de consolação os partidos preteridos, Cavaco Silva não representou os portugueses, mas apenas o chefe local, os seus incondicionais e a sua própria fraqueza. Ao proferir, neste mesmo contexto, um ditirambo incontido sobre as excelências da governação local, reincidiu, já não por encobrimento, mas por cumplicidade. Ao omitir qualquer declaração sobre esse carnaval da democracia que foi a suspensão dos plenários parlamentares da Madeira e a interdição física, levada a cabo por seguranças privados, do acesso de um deputado eleito, sob a alegação de que estas coisas se resolvem melhor no silêncio das chancelarias, ele entrou em contradição insanável com as ruidosas mensagens ao país sobre as questões do estatuto açoriano. Depois de tudo isso, o Presidente já não está a defender o regime, mas a sua própria imagem pública. Ora o regime é que é o nosso problema. A defesa da imagem, sendo embora um direito, é com quem julga precisar dela.
Por maioria que - quero acreditar - sejamos, parece que, nesta matéria, estamos sós. Tem graça. Passou-se mais de uma hora, foi-se a neurastenia e agora vejo melhor: a palmeira não cresceu.|
sábado, 6 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
MESA DA ALR: PLURALIDADE PREVISTA NO ESTATUTO FALHA MAIS UMA VEZ
Veja o comentário aqui.
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o sistema laranja
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
ALBERTO JOÃO JARDIM E JAIME FILIPE NÃO SE ENTENDEM
Afinal em que ficamos, é Mão Tsé Tung ou Lenine? Se calhar é Staline... Vai-se a ver, é Marx... Pode ser que seja Engels. O velho MRPP é que não falhava: Marx, Engels, Lenine, Mao Tsé Tung, Camarada Arnald Matus (escrita assim é mais IN...telectual!), dizia o grupelho maoísta.
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o sistema laranja cai à gargalhada
DESACERTO ESTRATÉGICO
Está eleita a nova Comissão Política de Santa Cruz. Entretanto, as primeiras declarações do presidente da Concelhia eleito são, tendo em conta o passado recente de Gaula, um desacerto estratégico. O adversário do PS em Santa Cruz é o PSD, mas são, sobretudo, os graves problemas que afligem as populações, e para os quais é necessário encontrar resposta e uma estratégia de desenvolvimento adequado. Colocar o enfoque numa candidatura independente é contribuir para a sua sobreeminência. Não estou disponível para pactuar com desacertos estratégicos, sobretudo quando eles já provaram no passado darem tão mais resusltados. Para isso, não contem com o meu silêncio ou acordo tácito.
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autarquias
domingo, 30 de novembro de 2008
A RESPOSTA ESTÁ NO TEXTO
Sobre isto "Serão os funcionários públicos melhores trabalhadores do que os que trabalham no sector privado ou no sector cooperativo?
Não deverão ter todos os trabalhadores no geral os mesmos direitos?
Então o problema é apenas se a igualdade é alcançada por soma ou por subtracção?" já tinha dito isto "Não deixa de ser uma certa visão neo-liberal de que os funcionários públicos têm privilégios, conhece-os ou limita-se a dizer generalidades? - em vez de alargar os privilégios supostos aos trabalhadores do privado. Foi essa visão de competitividade sem direitos sociais, chamados de privilégios, que levou a economia ao estado em que se encontra.
É claro que, para os neo-liberais, os direitos dos trabalhadores - T R A B A L H A D O R E S - seja de que sector for - são sempre um sacrilégio.
Não deverão ter todos os trabalhadores no geral os mesmos direitos?
Então o problema é apenas se a igualdade é alcançada por soma ou por subtracção?" já tinha dito isto "Não deixa de ser uma certa visão neo-liberal de que os funcionários públicos têm privilégios, conhece-os ou limita-se a dizer generalidades? - em vez de alargar os privilégios supostos aos trabalhadores do privado. Foi essa visão de competitividade sem direitos sociais, chamados de privilégios, que levou a economia ao estado em que se encontra.
É claro que, para os neo-liberais, os direitos dos trabalhadores - T R A B A L H A D O R E S - seja de que sector for - são sempre um sacrilégio.
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o estado social é uma criação dos socialistas
OS DIREITOS A QUE OS NEO-LIBERAIS MESMO QUANDO NÃO SABEM QUE SÃO CHAMAM "PRIVILÉGIOS"
Nem com delicadeza nem sem delicadeza - mas com total frontalidade e sem falsas mesuras, dispenso o pedido de desculpas nunca formulado - porque o que está em causa não é uma questão particular mas uma mudança de posição e é nisso que me concentro - a admoestação perante uma tomada de posição pública que então era tida como inconveniente - porque, havia outra - aquela da coligação com o PCP,que não era conveniente discutir na praça pública, isto a propósito de uma notícia no DN sobre o assunto que me foi atribuída pelo então vice - e agora anuncia que vai discutir publicamente os hipotéticos candidatos à câmara (Funchal), quando é sabido a perturbação que isso pode causar - isto na sua concepção clássica de discutir intramuros - não exactamente a minha. Mas quanto à posição oficial sobre os professores - se é oficial é para acatar, diria o vice a que me venho referindo - mas a questão não é essa, a questão é dizer que isso resultaria de o executivo partidário ter uma determinada percentagem de professores - será que defende uma quota por profissão? - Não faz sentido, não é nessa condição que ali estão - contudo, vem contradizer-se quando adimite "Eu não tenho dúvidas que existe pluraridade dentro do PS, mas a posição pública veiculada pelo PS é apenas uma e é a essa que me refiro", supondo-se que, se este argumento é usado neste contexto contra o meu argumento, significa que, afinal, não é o facto de haver professores no secretariado que origina esta posição do PS, como, aliás, muito bem sabe. Ou o autor esquece que vivemos numa região autónoma e na outra região o assunto foi muito mais bem gerido do que aqui? Faz de conta que não se lembra, é claro, porque dá jeito.
(Isso faz lembrar um sindicalista que para aí anda, autonomista nas horas vagas, que, agora, já não é tão autonomista assim, e quer que o PS-M se submeta acriticamente às políticas da República, quando é certo que a autonomia pressupõe outras soluções).
De resto o autor tem de ser mais específico quanto aos privilégios: quais privilégios, aponte. Não deixa de ser uma certa visão neo-liberal de que os funcionários públicos têm privilégios, conhece-os ou limita-se a dizer generalidades? - em vez de alargar os privilégios supostos aos trabalhadores do privado. Foi essa visão de competitividade sem direitos sociais, chamados de privilégios, que levou a economia ao estado em que se encontra. Esta gente nem asim aprende. Ainda quanto à delicadeza na forma, o autor que não seja humilde: verrina nunca lhe faltou nas intervenções com que resolve brindar os outros porque sim.
(Isso faz lembrar um sindicalista que para aí anda, autonomista nas horas vagas, que, agora, já não é tão autonomista assim, e quer que o PS-M se submeta acriticamente às políticas da República, quando é certo que a autonomia pressupõe outras soluções).
De resto o autor tem de ser mais específico quanto aos privilégios: quais privilégios, aponte. Não deixa de ser uma certa visão neo-liberal de que os funcionários públicos têm privilégios, conhece-os ou limita-se a dizer generalidades? - em vez de alargar os privilégios supostos aos trabalhadores do privado. Foi essa visão de competitividade sem direitos sociais, chamados de privilégios, que levou a economia ao estado em que se encontra. Esta gente nem asim aprende. Ainda quanto à delicadeza na forma, o autor que não seja humilde: verrina nunca lhe faltou nas intervenções com que resolve brindar os outros porque sim.
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avaliação de professores
sábado, 29 de novembro de 2008
AVALIAÇÃO DE PROFESSORES
Parece que neste país só os professores devem ser avaliados; e os médicos? E os economistas, esses esotéricos que nada previram nem nada prevêem da crise mundial que nos afecta? e os engenheiros? e os enfermeiros? e os jornalistas? e os ministros? e os deputados? Agora essa de vir dizer que a constituição de um órgão executivo - aliás, admiro a liberdade crítica do seu autor, longe vão os tempos em que eu recebia telefonemas de um certo vice-presidente do PS me atribuindo notícias de jornais cuja fonte veio a revelar-se outra - poderá, a constituição do executivo partidário estar a provocar uma determinada posição política é julgar que a posição quanto à avaliação dos professores se faria nesta base: é professor, é contra; não é professor, é a favor, deriva de ter estado a leste do paraíso ou então de uma visão sectária inultrapassável. Há, entre os professores que militam no PS, pertençam ou não a órgãos do partido, pluralidade de posições, sendo certo que todos concordam num ponto - os professores devem ser avaliados. E para informação geral, devo dizer que a Ministra cedeu em pontos em que eu acho que fez mal: na relação entre a avalição dos professores e o sucesso dos alunos e na contribuição da apreciação do trabalho docente por parte dos enc. de educação, desde que fosse obrigatório para todos, senão só ponderavam os críticos (isto já no inicio do processo). Nesta minha posição, sei que muitos professores não me acompanham - dentro e fora do PS.
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avaliação de professores
A IDEIA DE APENAS HINO, BANDEIRA, PR E FORÇAS ARMADAS JÁ A CONHEÇO NO PSD DESDE 1975
Era isso que me dizia um amigo meu e colega de trabalho, que esse ideia já era defendida por alguns elementos do PPD.
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o sistema laranja
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
CONTADOR A ZEROS
Voltei a instalar hoje um contador, dado que o primeiro, se retirou por si próprio do blogue. Começamos de novo.
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blogosfera
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
500 MILHÕES: JAIME FILIPE JÁ RECONHECE AO MENOS 50% DA VERBA; QUEM, NO PSD, DÁ A CARA PELOS RESTANTES 50%?
"A redução directa no "envelope" comunitário da Região foi de 250 milhões de euros, ou seja, metade do que alguns teimosamente afirmam".
Veja tudo aqui.
Veja tudo aqui.
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o sistema morre de riso
MAIS UMA INVENÇÃO DO POVO SUPERIOR: PARLAMENTO-ON-LINE-OFF
Veja a grande invenção aqui.
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o sistema laranja cai à gargalhada
sábado, 22 de novembro de 2008
CÁ POR MIM, A OPOSIÇÃO AINDA TEM TEMPO A MAIS
Há dias, uma rádio transmitia esta coisa surrealista: um deputado do PSD atacou o OE; o deputado CP, do PS, desmontou os argumentos do deputado laranja; sabem qual foi o grande contra-argumento do deputado do PSD? Virou-se para o deputado socialista e acusou: "você tem a mania que é bom". Ora, o que ele devia ter feito era não só dizer isso, como provar, por A + B, que o deputado do PS tinha manias mas não tinha razão. Como não provou nada, o que fica é que o "gajo é mesmo bom". E nada disto se dava se o PSD já tivesse acabado com os tempos de invervenção parlamentar da oposição, que só deveria ter direito a estar sentada no parlamento, isto se houvesse cadeiras que dessem para todos.
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o sistema laranja cai à gargalhada
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
CONSELHO DE MINISTROS EXTRAORDINÁRIO HOJE À TARDE PARA DECIDIR SOBRE A AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES (verdade)
Será que vão suspender a Democracia durante 30 dias para implementar a avaliação (ironia)?
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POLÍTICA LABORAL
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
ESTA DEMOCRACIA RECOMENDA-SE?
A um comentário de um deputado da Oposição que disse, comentando Ferreira Leite e a sua infeliz frase de suspensão da Democracia para fazer as reformas - o deputado disse que a Democracia estava suspensa na Madeira, crendo com isso signicar a qualidade de uma democracia de nível europeu - um jornalista disse que, contudo, foi essa democracia que o elegeu. Que os dois fossem mais explícitos: que o deputado falasse de qualidade democrática; mas que o jornalista fosse mais explícito também: que dissesse se acha que esta Demcracia é apresentável no contexto europeu. Ou será que acha? Diga lá...
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DEMOCRACIA OU DITADURA
CRITICAR O PSD NÃO É DIZER MAL DA MADEIRA NEM CRITICAR O SÓCRATES É DIZER MAL DE PORTUGAL
Certo? (Na mesma intervenção, também critiquei a arrogância autoritária dos sindicatos e do Ministério da Educação (do Governo do Sócrates).
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DEMOCRACIA OU DITADURA
terça-feira, 18 de novembro de 2008
domingo, 16 de novembro de 2008
CÁ JÁ NÃO FAÇO POSTAGENS - SÓ BORRADAS!
Este é que ainda perde tempo a analisar a lógica das coisas, como se houvesse lógica no que acontece nesta terra ou na sua imprensa. Se a gente ainda vivesse na Europa...
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o sistema laranja
DIÁRIO DA FAMÍLIA RAMOS FAZ CONCORRÊNCIA ESCANDALOSA AOS GATOS FEDORENTOS: NOS BAIXOS QUEM: PAPAI, FILHOTE, PITA? NICLES! VÍTOR.
ASSIM, NÃO HÁ HUMORISTA QUE AGUENTE!
PRESIDENTE ELEITO FALA à NAÇÃO: COMUNICAÇÕES SEMANIS VIA RÁDIO COLOCADAS NO YOU TUBE
"Os vídeos de Obama serão a versão Internet das fireside chats que o antigo Presidente Franklin Roosevelt promoveu entre 1933 e 1944, após a Grande Depressão e durante a II Guerra Mundial" (PÚBLICO)
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ELEIÇÕES AMERICANAS
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
VICE-PRESIDÊNCIA DO PARLAMENTO: NORMALIDADE DEMOCRÁTICA POSTA À PROVA
Como se diz AQUI e AQUI, o Parlamento madeirense e nomeadamente o PSD vão ser colocados à prova quanto à verdade democrática da normalidade constitucional.
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DEMOCRACIA OU DITADURA
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
SE AO REPRESANTE DA REPÚBLICA COUBE RESOLVER O CASO COELHO ENTÃO O RR É CO-RESPONSÁVEL PELOS CASOS PSD QUE INFESTAM A ALR
- porque os ignora, porque os não resolve.
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DEMOCRACIA OU DITADURA
terça-feira, 11 de novembro de 2008
domingo, 9 de novembro de 2008
terça-feira, 4 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Pode Obama perder na secretaria?, André Freire
Embora seja improvável, Obama pode perder alguns dos estados que parecem "seguros" ou quase
Arevolução americana (1776-87) legou ao mundo algumas heranças fundamentais para a arte de governar nos sistemas políticos modernos: a existência de uma Constituição escrita e produzida através da uma assembleia constituinte eleita para o efeito (a "convenção constitucional"); a "carta dos direitos" fundamentais dos cidadãos; a separação institucional de poderes e, através dela, a ideia do controlo mútuo dos órgãos do poder político; a justiça constitucional; o federalismo. Tratou-se de inovações fundamentais pelo seu carácter pioneiro e pelo seu impacto e difusão mundiais.
Apesar daquele extraordinário legado, o sistema americano tem algumas características (dificuldades de inscrição nos cadernos eleitorais, votação em dia útil da semana, "chapeladas", muitos votos perdidos por efeito do método maioritário, etc.) que não só desincentivam a participação dos cidadãos como podem ter "efeitos patológicos" na conversão de votos em mandatos (o candidato mais votado pode não ser o eleito). Ensina a mais elementar humildade democrática e a imprescindível prudência analítica que não há nunca vencedores antecipados numa eleição democrática. Ou seja, embora seja altamente provável a eleição de Obama, há alguns elementos que podem levar a um volte-face de última hora. Adicionalmente, há alguns elementos no sistema institucional que podem não só potenciar um tal resultado como até, mesmo que Obama vença nas urnas, propiciar um "resultado patológico".
Como disse, uma das inovações fundamentais da revolução americana é o federalismo. Trata-se de um arranjo institucional para a partilha do poder em estados de grandes dimensões e/ou em sociedades muito heterogéneas. Tal mecanismo de partilha de poder implica que as minorias (constituintes) têm um poder muito superior àquele que lhes caberia se aplicássemos apenas a regra "um homem, um voto": a "representação desigual" leva à sua sobre-representação. No caso americano, tal passa pela existência de um "Congresso" com duas câmaras, a "Câmara dos Representantes" e o "Senado", desigualmente compostas mas com idênticos poderes na aprovação da legislação federal. Na primeira estão representados os cidadãos e cada estado tem um número de representantes proporcional ao número dos seus eleitores, embora nenhum possa ter menos do que um representante (regra que favorece os estados muito pequenos, como, por exemplo, o Alasca). No Senado, estão representados os cinquenta estados: cada um tem dois senadores, ou seja, os estados pequenos (minorias) estão altamente sobre-representados face aos grandes (maiorias). É o preço a pagar para manter unido um país com tal dimensão e heterogeneidade: caso contrário, os pequenos estados deixariam de contar, logo não teriam incentivos para se manter na federação.
O sistema de colégio eleitoral para a eleição do Presidente representa uma extensão do sistema federal. Eleito pelos cidadãos, o colégio é constituído por 538 elementos que depois elegerão o Presidente. Cada estado tem um número de membros no colégio igual à soma dos seus membros nas duas câmaras do Congresso. Naturalmente, estes traços sobre-representam os pequenos estados na eleição do Presidente. Mais, tais mecanismos podem levar a que o candidato com mais votos perca as eleições. Parece-me difícil reformar a "representação desigual" sem que os pequenos estados deixem de contar na eleição do Presidente. Mas há um outro elemento, esse sim reformável sem pôr em causa o federalismo, que é raramente referido (na imprensa portuguesa) mas que é determinante para um eventual "desfecho patológico". É a aplicação da regra da maioria para a determinação de quem ganha todos (!) os membros do colégio eleitoral em cada estado. Por exemplo, a Florida, onde Obama está à frente com uma pequena margem, tem 27 lugares no colégio eleitoral. Mas se Obama (ou McCain) acabar por perder aí, o vencedor terá direito a todos os membros do colégio e o candidato perdedor verá todos os seus votos desperdiçados (mesmo que tenha apenas menos 1 voto, em vários milhões, do que o vencedor). Se se aplicasse uma regra proporcional para distribuir os membros do colégio eleitoral pelos candidatos seria possível preservar o elemento federal e, simultaneamente, limitar bastante os seus potenciais "efeitos patológicos". Mais, estimular-se-ia a participação dos cidadãos porque deixaria de haver tantos votos que não contam para nada: todos os votos no(s) candidato(s) perdedor(es) em cada estado.
Mas, afinal, Obama pode perder na secretaria ou não? Segundo o sítio Real Clear Politics (em 31/10/08), baseado em médias de várias sondagens estaduais, Obama está muito à frente de McCain: ganharia "seguramente" (lidera com 10 por cento de vantagem ou mais) ou quase (lidera com 5 a 10 por cento de vantagem) em vários estados, o suficiente para conseguir 311 votos no colégio (a vitória obtém-se com 270). Porém, embora seja improvável, Obama pode perder alguns dos estados que parecem "seguros" ou quase. Primeiro, porque o voto em Obama pode estar sobrestimado se, para encobrir um eventual preconceito racial, muitos eleitores não estiveram a revelar o seu verdadeiro sentido de voto. Segundo, Obama tem um grande apoio entre as camadas mais jovens, usualmente mais abstencionistas, que, se não afluírem em número suficiente às urnas, poderão penalizá-lo. Terceiro, se ocorrer algum evento inesperado que venha dar vantagem a McCain (por exemplo, um atentado terrorista). Quarto, há nos EUA um historial de "chapeladas" (fraudes e expedientes semelhantes) de todo o tipo que podem subverter o voto popular (sobretudo se este for renhido) em estados cruciais. Mesmo que apenas alguns destes efeitos se verifiquem, poderão ser suficientes para aproximar as votações nos dois candidatos e propiciar uma derrota na secretaria (ao candidato com mais votos). Politólogo (ISCTE)
Arevolução americana (1776-87) legou ao mundo algumas heranças fundamentais para a arte de governar nos sistemas políticos modernos: a existência de uma Constituição escrita e produzida através da uma assembleia constituinte eleita para o efeito (a "convenção constitucional"); a "carta dos direitos" fundamentais dos cidadãos; a separação institucional de poderes e, através dela, a ideia do controlo mútuo dos órgãos do poder político; a justiça constitucional; o federalismo. Tratou-se de inovações fundamentais pelo seu carácter pioneiro e pelo seu impacto e difusão mundiais.
Apesar daquele extraordinário legado, o sistema americano tem algumas características (dificuldades de inscrição nos cadernos eleitorais, votação em dia útil da semana, "chapeladas", muitos votos perdidos por efeito do método maioritário, etc.) que não só desincentivam a participação dos cidadãos como podem ter "efeitos patológicos" na conversão de votos em mandatos (o candidato mais votado pode não ser o eleito). Ensina a mais elementar humildade democrática e a imprescindível prudência analítica que não há nunca vencedores antecipados numa eleição democrática. Ou seja, embora seja altamente provável a eleição de Obama, há alguns elementos que podem levar a um volte-face de última hora. Adicionalmente, há alguns elementos no sistema institucional que podem não só potenciar um tal resultado como até, mesmo que Obama vença nas urnas, propiciar um "resultado patológico".
Como disse, uma das inovações fundamentais da revolução americana é o federalismo. Trata-se de um arranjo institucional para a partilha do poder em estados de grandes dimensões e/ou em sociedades muito heterogéneas. Tal mecanismo de partilha de poder implica que as minorias (constituintes) têm um poder muito superior àquele que lhes caberia se aplicássemos apenas a regra "um homem, um voto": a "representação desigual" leva à sua sobre-representação. No caso americano, tal passa pela existência de um "Congresso" com duas câmaras, a "Câmara dos Representantes" e o "Senado", desigualmente compostas mas com idênticos poderes na aprovação da legislação federal. Na primeira estão representados os cidadãos e cada estado tem um número de representantes proporcional ao número dos seus eleitores, embora nenhum possa ter menos do que um representante (regra que favorece os estados muito pequenos, como, por exemplo, o Alasca). No Senado, estão representados os cinquenta estados: cada um tem dois senadores, ou seja, os estados pequenos (minorias) estão altamente sobre-representados face aos grandes (maiorias). É o preço a pagar para manter unido um país com tal dimensão e heterogeneidade: caso contrário, os pequenos estados deixariam de contar, logo não teriam incentivos para se manter na federação.
O sistema de colégio eleitoral para a eleição do Presidente representa uma extensão do sistema federal. Eleito pelos cidadãos, o colégio é constituído por 538 elementos que depois elegerão o Presidente. Cada estado tem um número de membros no colégio igual à soma dos seus membros nas duas câmaras do Congresso. Naturalmente, estes traços sobre-representam os pequenos estados na eleição do Presidente. Mais, tais mecanismos podem levar a que o candidato com mais votos perca as eleições. Parece-me difícil reformar a "representação desigual" sem que os pequenos estados deixem de contar na eleição do Presidente. Mas há um outro elemento, esse sim reformável sem pôr em causa o federalismo, que é raramente referido (na imprensa portuguesa) mas que é determinante para um eventual "desfecho patológico". É a aplicação da regra da maioria para a determinação de quem ganha todos (!) os membros do colégio eleitoral em cada estado. Por exemplo, a Florida, onde Obama está à frente com uma pequena margem, tem 27 lugares no colégio eleitoral. Mas se Obama (ou McCain) acabar por perder aí, o vencedor terá direito a todos os membros do colégio e o candidato perdedor verá todos os seus votos desperdiçados (mesmo que tenha apenas menos 1 voto, em vários milhões, do que o vencedor). Se se aplicasse uma regra proporcional para distribuir os membros do colégio eleitoral pelos candidatos seria possível preservar o elemento federal e, simultaneamente, limitar bastante os seus potenciais "efeitos patológicos". Mais, estimular-se-ia a participação dos cidadãos porque deixaria de haver tantos votos que não contam para nada: todos os votos no(s) candidato(s) perdedor(es) em cada estado.
Mas, afinal, Obama pode perder na secretaria ou não? Segundo o sítio Real Clear Politics (em 31/10/08), baseado em médias de várias sondagens estaduais, Obama está muito à frente de McCain: ganharia "seguramente" (lidera com 10 por cento de vantagem ou mais) ou quase (lidera com 5 a 10 por cento de vantagem) em vários estados, o suficiente para conseguir 311 votos no colégio (a vitória obtém-se com 270). Porém, embora seja improvável, Obama pode perder alguns dos estados que parecem "seguros" ou quase. Primeiro, porque o voto em Obama pode estar sobrestimado se, para encobrir um eventual preconceito racial, muitos eleitores não estiveram a revelar o seu verdadeiro sentido de voto. Segundo, Obama tem um grande apoio entre as camadas mais jovens, usualmente mais abstencionistas, que, se não afluírem em número suficiente às urnas, poderão penalizá-lo. Terceiro, se ocorrer algum evento inesperado que venha dar vantagem a McCain (por exemplo, um atentado terrorista). Quarto, há nos EUA um historial de "chapeladas" (fraudes e expedientes semelhantes) de todo o tipo que podem subverter o voto popular (sobretudo se este for renhido) em estados cruciais. Mesmo que apenas alguns destes efeitos se verifiquem, poderão ser suficientes para aproximar as votações nos dois candidatos e propiciar uma derrota na secretaria (ao candidato com mais votos). Politólogo (ISCTE)
domingo, 2 de novembro de 2008
SE NÃO CONSPIRA CONTRA A MADEIRA, SÓCRATES AO MENOS CONSPIRA CONTRA O PSD-MADEIRA, LÁ ISSO...
Abre a linha de pagamento aos fornecedores e ajuda com isso as Câmaras, não corta 200 milhões, como poderia, aumenta o salário mínimo, paga o rendimento mínimo à famílias madeirenses, paga o suplemento especial aos idosos madeirenses, paga o abono pré-natal às grávidas madeirenses, alarga o 13º. mês de abono às crianças madeirenses, paga a reforma aos trabalhadores madeirenses, oferece polícia aos madeirenses sem estes pagarem um tostão, oferece forças armadas aos madeirenses sem estes pagarem um tostão, representa os madeirenses no estrangeiro sem estes pagarem um tostão para a diplomacia. Isto é ou não é, há ou não provas mais do que suficientes de uma conspiração? Já explico.
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o sistema laranja cai à gargalhada
sábado, 1 de novembro de 2008
TRIBUNAL CONSTITUICIONAL DEU RAZÃO AO PRESIDENTE DO GOVERNO. E ENTÃO, O TC AINDA É PARA EXTINGUIR?
O Tribunal Constitucional (TC), que deu ao Governo Regional razão e declarou a ilegalidade de normas do Orçamento de Estado para 2008 no tocante à matéria de administração regional por violação do Estatuto desta Região.
TAL COMO FILIPE MALHEIRO, JÁ ESTOU FARTO DAS TELHADICES DO DITO CUJO
Sem necessariamente estar de acordo com todo o comentário, a verdade é que Luís Filipe Malheiro não deixa de, no seu estilo muito próprio e incisivo, colocar a questão no seu devido lugar: há senhores que se julgam vedetas... Cresçam e apareçam!
UMA ESTRATÉGIA SIMPLES E EFICAZ, FALAR VERDADE
A estragégia do PS liderado por João Carlos Gouveia assenta numa política simples e eficaz: dizer a verdade, com humildade e com convicção. Essa é uma política que não se compagina com atitudes de arrogância e de solipsismo, de falsos complexos de superioridade e de falta de educação que só podem ter explicação em problemas de origem e de falta de berço mal resolvidos, em tentativas ridículas de humilhar os outros, explicadas pela sensação de a simples presença dos outros os humilharem, do género "eu é que sei", como muitas vezes, infelizmente, se observou num partido de esquerda. A esse nível, João Carlos Gouveia tem feito um percurso paciente mas com resultados que estão à vista. Estou perfeitamente à vontade no que digo, pois,como se sabe, não fui um apoiante da sua candidatura à liderança do PS nem sequer estive nem estarei sempre de acordo com as suas posições políticas. Por isso, é com agrado que, como socialista, observo a forma como tem sabido, através da unidade na acção, trazer ao contributo político todos os que estiverem disponíveis, mesmo aqueles que o não apoiaram. E isto nada tem a ver com a distribuição de benesses, que, no meu caso, nunca aceitaria, visto que faço política por inteira vocação e não por sinecuras, e já ando nisto há mais de três décadas, ao contrário dos novos cristãos. Por isso, falar verdade, toda a verdade, é o primeiro passo para conquistar o apoio dos madeirenses, confrontados com a propaganda oficial
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
CONFERÊNCIA DE IMPRENSA DO PS: 9.28?
São nove horas e três minutos. Estou a ver o telejornal da RTP-Madeira, entremeado com a TVI, à espera de VPV, e a SIC-N. Cheira-me que a conf. imp. do PS é às 9.28. Por que será?
A RDP-MADEIRA ABRE O NOTICIÁRIO DA MANHÃ COM OS DESTAQUES DE UMA ENTREVISTA DE MIGUEL MENDONÇA À BOLA.LINDO! DEPOIS FALA DO SALÁRIO MÍNIMO.É O MÍNIMO!
Claro que este tempo não conta como tempo do PPD; nem quando o presidente do GR fala do Marítimo conta; nem quando..., nem..., nem..., não, nunca conta, isso não conta. De resto, os partidos da Oposição não se podem queixar. Também não vale a pena. Será que não?
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
GOVERNO DA TRAPALHADA: FOI SÓ HÁ UM ANO E PARECE QUE FOI HÁ TANTO TEMPO, QUE ESTE GOVERNO DE CUNHA E SILVA DE COBAIA DOS DELFINS TOMOU POSSE
O actual Governo do PSD, Cunha e Silva (parece que AJJ, maquiavelicamente, pretende demonstrar o que valem os seus delfins), tomou posse há apenas um ano e os madeirenses Sentem us enorme pesadelo: isto nunca mais acaba? Há-de acabar... oh lá se há-de!
"Essas estamos habituados há muito tempo: é a trapalhada do desemprego, é a trapalhada do discursos da pobreza, é a trapalhada do discurso da liberalização dos transportes aéreos, é a trapalhada das mentiras das sociedades de desenvolvimento, é a trapalhada do POSEIMA, é a trapalhada dos apoios comunitários (nem um tostão foi entregue aos madeirenses), é a mentira da dívida... Mas, no caso da retirada de 500 milhões à Madeira, é preciso que se saiba que decorreu de um comportamento deliberado que colocou e coloca em causa o bem estar dos madeirenses". Leia tudo aqui.
"Essas estamos habituados há muito tempo: é a trapalhada do desemprego, é a trapalhada do discursos da pobreza, é a trapalhada do discurso da liberalização dos transportes aéreos, é a trapalhada das mentiras das sociedades de desenvolvimento, é a trapalhada do POSEIMA, é a trapalhada dos apoios comunitários (nem um tostão foi entregue aos madeirenses), é a mentira da dívida... Mas, no caso da retirada de 500 milhões à Madeira, é preciso que se saiba que decorreu de um comportamento deliberado que colocou e coloca em causa o bem estar dos madeirenses". Leia tudo aqui.
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o sistema laranja
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
PS APRESENTA MEDIDAS DE APOIO À ACÇÃO SOCIAL ESCOLAR
O deputado socialista, Professor André Escórcio, apresentou medidas de apoio as escalões mais baixos da Acção Social. Leia aqui.
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Autonomia Social
terça-feira, 28 de outubro de 2008
NO DEBATE J.F.RAMOS, C. PEREIRA,A RTP BENEFICIOU CLARAMENTE O PRIMEIRO, DEIXADO À SOLTA E FOCADO PELAS CÂMARAS NAS INTERRUPÇÕES
No final, a moderadora foi infeliz, ao usar uma expressão ambígua, que tanto poderia sugerir que ele estava a repetir-se, como concordância com a síntese final de Jaime Filipe, ao dizer "isso vimos ao longo do debate". Apesar disso, o PS ganhou o debate.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
COMUBSTÍVEIS MAIS CAROS C'OS AÇORES: GASOLINA, 4%, GASÓLEO, 22,2%, GASÓLEO PESCAS, 51%, GASÓLEO AGRÍCOLA, 60%, GÁS BUTANO, 57%
Leia TODA A VERDADE DA GRANDE MENTIRA da propaganda laranjaaqui.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
"DOSSIER DE IMPRENSA": SAIBA AQUI TODOS OS ASSUNTOS QUE NÃO SERÃO ABORDADOS
- A perda dos 500 milhões de fundos europeus por culpa do PSD;
- A taxa de eficiência económicos-social proposta pelo PS sobre as concessões aos empresários do sistema;
- O garrote democrático imposto pela Maioria Silenciosa do PSD à Maioria Argumentativa da Oposição no Parlamento;
- A origem genético-constitucional, passe o pleonasmo, do défice democrático nas Regiões Autónomas, como as eleições nos Açores provam;
- O escândalo do preço dos combustíveis na Madeira, com a gasolina mais cara do País.
- A taxa de eficiência económicos-social proposta pelo PS sobre as concessões aos empresários do sistema;
- O garrote democrático imposto pela Maioria Silenciosa do PSD à Maioria Argumentativa da Oposição no Parlamento;
- A origem genético-constitucional, passe o pleonasmo, do défice democrático nas Regiões Autónomas, como as eleições nos Açores provam;
- O escândalo do preço dos combustíveis na Madeira, com a gasolina mais cara do País.
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COMUNICAÇÃO SOCIAL
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
E OS 500 MILHÕES?
Debate no Telejornal de hoje sobre as eleições nos Açores. Números para cá, números para lá, verbas, LFR. E os 500 milhões? Nenhum falou, claro!
domingo, 19 de outubro de 2008
sábado, 18 de outubro de 2008
Do vale à montanha
Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por casas, por prados,
Por Quinta e por fonte,
Caminhais aliados.
Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por penhascos pretos,
Atrás e defronte,
Caminhais secretos.
Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por quanto é sem fim,
Sem ninguém que o conte,
Caminhais em mim.
Fernando Pessoa
Da montanha ao monte,
cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por casas, por prados,
Por Quinta e por fonte,
Caminhais aliados.
Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por penhascos pretos,
Atrás e defronte,
Caminhais secretos.
Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por quanto é sem fim,
Sem ninguém que o conte,
Caminhais em mim.
Fernando Pessoa
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
JOÃO CARLOS GOUVEIA FALA À REGIÃO NA ALR MAS A COMUNICAÇÃO SOCIAL AO SERVIÇO DO SISTEMA SABOTA A COMUNICAÇÃO AOS MADEIRENSES
«Excelentíssimo senhor presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, senhoras e senhores deputados:
A crise do sistema financeiro à escala global ajuda-nos a clarificar o modelo económico regional dos últimos 30 anos. Reforça, por assim dizer, o olhar crítico dos madeirenses sobre as opções políticas erradas de um mesmo governante. Não há nem povos superiores nem recursos financeiros para todo o sempre. E a fazer da governação um exercício ideológico constante é tão irracional como pensar que o sistema financeiro global tem capacidade para se regular por si próprio.
Na verdade, a cultura clientelar que se instalou na Madeira, há conta de um modelo totalitário de poder, tem premiado os medíocres, gente que geralmente apresenta à conta de virtude o seu cartão laranja ou o silêncio dos cúmplices. A subsídio-dependência em que vivem associações, clubes e até cidadãos serve os interesses de quem se procura preservar no poder. O cartão partidário, a bandeirinha na casa, os passeios nas comitivas têm servido de salvo-conduto para o emprego, para a habitação, para a promoção social. Valiam sempre mais que o valor, que o mérito.
A união regional à volta do PSD, reúne-se à volta da palavra autonomia. Mas esta autonomia é de pendor separatista, como aqueles que sabem interpretar discursos simples claramente percebem. No site do Governo Regional, o seu presidente afirma que a Autonomia política resulta de uma organização de massas que lutou, entre 74 e 76, contra os radicalismos dos partidos políticos que, no seu entender, queriam manter o "status colonial". E ataca-se os adversários desta autonomia de pendor separatista de "colaboracionistas com Lisboa", como se, de facto, a capital do país, ou o próprio país fosse o inimigo externo da família que vive a "fraternidade autonómica".
A união regional à volta do PSD tem funcionado como uma irmandade, uma família, onde os seus elementos se juntam à volta da mesma mesa, a mesa do orçamento regional. Como nas grandes famílias, há as hierarquias: O pai de todos, os padrinhos e os compadres. Uns vivem melhor do que outros, mas todos podem sentir a protecção perante os inimigos externos ao clã.
Sempre uns madeirenses espezinharam a grande maioria dos seus conterrâneos. E nunca esses tais gostaram de mudanças profundas na sociedade. Sempre quiseram ver as populações amarradas à submissão, à pobreza e à ignorância. São os mesmo de sempre, os que odiaram a Revolução Liberal, em implantação da República e, mais recentemente, o 25 de Abril. São os mesmos de sempre, os que usurparam a Autonomia. Aqueles que chamam tudo a si. Os que delapidam o erário público e bloqueiam o avanço da cidadania na região.
Senhoras e senhores deputados, os socialistas madeirenses contrapõem à sociedade clientelar, uma sociedade do mérito, da exigência e da responsabilidade individual. É por isso que redefinimos claramente a nossa acção política. Reforçamos o posicionamento ideológico, naquilo que deve ser hoje a social democracia e o socialismo democrático face ao capitalismo globalizado e ultraliberal. E reorientamos a afirmação autonómica - a Autonomia dos homens livres -, enquanto elemento diferenciador do projecto separatista e totalitário do PSD Madeira. Temos os nosso próprio caminho, é certo, mas balizado pelo mesmo horizonte e por um mesmo sentimento de pertença: Sermos membros do Partido Socialista e partilharmos uma Pátria comum, com os continentais e os açorianos. É através desta separação de águas que vinculamos as nossas propostas e realizamos as nossas iniciativas.
A crise financeira, económica e social da região tem, por conseguinte, a sua origem em pressupostos e ideológicos, seja num concepção totalitária de poder, seja numa concepção separatista da autonomia regional.
Se em termos políticos podemos considerar esta vocação totalitária e separatista como uma espécie de novo fascismo, o modelo de desenvolvimento decorrendo da necessidade de perpetuação do poder conduziu a um fascismo social, onde a pobreza, as desigualdades e a exclusão ganham contornos cada vez mais incontroláveis.
Definitivamente a Madeira não é um cantinho do céu. Se, no plano da governação regional, é completamente invisível aos olhos do cidadão comum a traficância de favores e a transferência de bons investimentos para as mãos dos privados, numa lógica de estado mínimo e numa ausência total de regulação, toda a gente pode constatar a desestruturação social que invadiu as nossas vilas e cidades.
Por isso, não nos afirmamos como um projecto cívico de contra-poder, ou como um movimento contra-cultural, face à autocracia e ao totalitarismo, à plutocracia e ao separatismo. Queremos merecer a confiança dos madeirenses para assumirmos as mais altas responsabilidades de servirmos todos os cidadãos, porque, senhores deputados profetas do separatismo, a vossa pátria é a vossa barriga, a vossa barriga é a daqueles que durante anos e anos sugaram os recursos financeiros dos impostos dos madeirenses, das transferências do estado e da UE.
Afirmamos que existe uma inacção governativa. O governo não governa. Prefere-se o conflito permanente com os órgãos de soberania, mascarando a realidade com a propaganda oficial. Faz-se chantagem com os madeirenses. E atribui-se todas as culpas da má governação regional ao Governo da República. Acicatar os madeirenses contra o inimigo externo é o que resta da estratégia para manter um poder absoluto. Em todos os países pobres do mundo faz-se o mesmo: instiga-se o ódio contra um inimigo externo e mantêm-se poderes totalitários e populações extremamente pobres.
Só com governantes livres e libertos, imbuídos de uma ética republicana de serviço à causa pública, como exigirá um governo socialista madeirense, é que se poderia estancar a derrapagem financeira e relançar a economia regional para que o bem-estar e a qualidade de vida cheguem a todos.
Esta é a hora da mudança, a hora da Autonomia dos homens livres, a hora dos madeirenses. Tenho dito.»
Assembleia Legislativa da Madeira, 16 de Outubro de 2008.
OBTIDO AQUI.
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DEMOCRACIA OU DITADURA
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
"Afinal, o gajo é mesmo bom"
É óbvio que não vou entrar nesta polémica. Concordo, sem sombra de dúvidas, com esta ideia: "Ora, era só o que faltava que fosse cerceada a liberdade de expressão ao cidadão LFM apenas porque é funcionário da Assembleia Legislativa Regional. Desde que este não use de informação confidencial acedida pela função que desempenha - e não me parece ser o caso -, o LFM tem todo o direito de expressar a sua opinião sobre política, economia, o PS, as flores do Jardim da Madre Teresa, o que quer que seja e o que lhe dê na real gana". Reforço que a minha concordância está subordinada a esta subordinada condicional, passe a propositada redundância, e, portanto, a esta condição sine qua non: "Desde que este não use de informação confidencial acedida pela função que desempenha". E não acho que deva relevar a só aparente, julgo eu, perturbação de convicção que poderia ser deduzida da intercalada "e não me parece ser o caso", porque o autor não deve ter tido a intenção, julgo eu, de a manifestar (a perturbação). Quanto ao mais, recuso entrar na polémica a que só fui conduzido por terceira pessoa. Mas ao que voltarei é à questão de caracterizar sistematicamente os adversários não em função de ideias mas de supostas idiossincrasias.
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blogosfera
terça-feira, 14 de outubro de 2008
OS CRITÉRIOS DO DIÁRIO: PERDER 5 MILHÕES DÁ PRIMEIRA PÁGINA, RECUPERAR 500 MILHÕES MERECE A PÁGINA 16
Aqui e aqui.
(Afora isso, a notícia estava muito bem feita, tal como foi muito bem trata na RTP-Madeira; na RDP, uma cacofonia que ninguém entendeu).
(Afora isso, a notícia estava muito bem feita, tal como foi muito bem trata na RTP-Madeira; na RDP, uma cacofonia que ninguém entendeu).
domingo, 12 de outubro de 2008
O que se passa com o consumo desmesurado de água em Santa Cruz? Há muita gente a se queixar. Investigue-se...
Quando falo do consumo de água, não estou, neste caso, a referir-me ao preço exorbitante, estou a falar nos consumos mensais que vêm nos recibos, e também do funcionamento dos contadores, de que muito gente se queixa. Muito gente se tem queixado dos metros cúbicos que dizem não corresponder ao consumo real que fazem. Que se passa? Investigue-se.
Entretanto leia-se aqui esta notícia do Diário.
Casos do dia
Acesso a vereda em Santa Cruz termina em agressões e ameaças
Data: 12-10-2008
Uma vereda e o abastecimento de água particular estão na base de uma agressão e ameaças feitas a uma mulher de 46 anos.
Segundo a vítima, Judite Cardoso, tudo começou quando cedeu parte de um terreno para alargar a vereda da Ventrecha, situada em Santa Cruz, atrás do Aeroporto. "Os vizinhos começaram a abusar, estacionando o carro em frente à minha garagem, e eu fui obrigada a colocar uma corrente para vedar a passagem", explicou a mulher.
O problema, continua, é que depois começaram as represálias. Um vizinho, que tem responsabilidades na autarquia de Santa Cruz, na secção de água, colocou, "sem avisar' um contador no exterior da casa, passando não só a controlar os gastos da residência de Judite Cardoso, como também a regular o fornecimento.
"Nunca paguei contas tão elevadas, e nunca tive tão pouca água", acusa a mulher, que no final de Setembro, acabou mesmo por ser agredida pelo vizinho.
"Ele rebentou com a corrente, entrou-me dentro de casa com um ferro e ameaçou o meu filho e a mim", acusa Judite Cardoso, dizendo que depois, as ameaças foram concretizadas, com o homem a apertar-lhe os braços.
Já foi feita uma queixa na PSP e na Câmara de Santa Cruz, mas Judite Cardoso continua a não sentir-se segura. "É triste vivermos com medo na nossa própria casa".
Márcio Berenguer
Entretanto leia-se aqui esta notícia do Diário.
Casos do dia
Acesso a vereda em Santa Cruz termina em agressões e ameaças
Data: 12-10-2008
Uma vereda e o abastecimento de água particular estão na base de uma agressão e ameaças feitas a uma mulher de 46 anos.
Segundo a vítima, Judite Cardoso, tudo começou quando cedeu parte de um terreno para alargar a vereda da Ventrecha, situada em Santa Cruz, atrás do Aeroporto. "Os vizinhos começaram a abusar, estacionando o carro em frente à minha garagem, e eu fui obrigada a colocar uma corrente para vedar a passagem", explicou a mulher.
O problema, continua, é que depois começaram as represálias. Um vizinho, que tem responsabilidades na autarquia de Santa Cruz, na secção de água, colocou, "sem avisar' um contador no exterior da casa, passando não só a controlar os gastos da residência de Judite Cardoso, como também a regular o fornecimento.
"Nunca paguei contas tão elevadas, e nunca tive tão pouca água", acusa a mulher, que no final de Setembro, acabou mesmo por ser agredida pelo vizinho.
"Ele rebentou com a corrente, entrou-me dentro de casa com um ferro e ameaçou o meu filho e a mim", acusa Judite Cardoso, dizendo que depois, as ameaças foram concretizadas, com o homem a apertar-lhe os braços.
Já foi feita uma queixa na PSP e na Câmara de Santa Cruz, mas Judite Cardoso continua a não sentir-se segura. "É triste vivermos com medo na nossa própria casa".
Márcio Berenguer
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o sistema laranja
sábado, 11 de outubro de 2008
Luís Calisto, Director, escreve aos leitores do Diário de Notícias
132.º aniversário: a força dos Leitores
15 anos depois, temos na página das Cartas do Leitor o ponto de encontro dos Madeirenses, o fórum por onde passa a vida regional.
Data: 11-10-2008
Uma imponente festa no Reid's com larguíssimas centenas de convidados celebrou a arrojada viragem do DIÁRIO em Julho de 1993: passagem do preto à cor e a um logótipo 'revolucionário' de grande impacte no cabeçalho que se tornaria depressa numa marca divulgadíssima, a par de um grafismo marca 'Mário Garcia' no corpo do jornal. O grande aparato que as mudanças vanguardistas num jornal então com 117 anos de existência provocaram na Região deixou passar quase despercebida a entrada na equipa editorial do DIÁRIO de Notícias de um reforço assaz precioso: o Leitor. Foi nessa primeira edição a cores de 10 de Julho de 1993, há 15 anos, que surgiu uma secção intitulada 'Cartas do Leitor', para publicação diária.
Seguiu-se que o sentido cívico e o impulso de intervenção dos Leitores rapidamente moldaram essa secção à idiossincrasia do meio insular. Normalmente, as cartas dirigidas aos diversos órgãos de imprensa destinam-se a chamar a atenção do director para aspectos da linha editorial, para a necessidade de abordar diversos temas, para o grau de acutilância a aplicar, ou a endereçar ao jornalista uma opinião sobre o trabalho publicado. Mas, no caso, os Leitores depressa extravasaram o espírito tradicional de carta para abrirem um campo de participação social, de denúncia, debate, esclarecimento, ataque e defesa, luta de causas - preservação do ambiente, direitos da mulher e da criança, protecção dos animais - ou simples troca de informações. Assim, 15 anos depois, temos na página das Cartas do Leitor o ponto de encontro dos Madeirenses, o fórum por onde passa a vida regional, em todas as suas vicissitudes. Tudo em espírito de equipa com os profissionais que dão corpo ao jornal inteiro. Porque os Leitores que passaram da 'bancada' ao 'balneário' e ao 'terreno de jogo' percebem melhor o campo minado em que se desenvolve o jornalismo nesta terra. Têm sido públicas as tentativas para eliminar esse espaço de cidadania que são as Cartas. A que já se chamou divã psiquiátrico. Quintal dos ressabiados. Acusações próprias dos que querem manter tudo como está, a paz podre alicerçada no comodismo dos instalados nas suas quintas. Posição própria dos que estão habituados a acusar, enxovalhar, denegrir, humilhar para logo reagirem covardemente no papel de mártires quando surge a resposta devida - porque ela surge sempre, mais cedo ou mais tarde. O certo é que as Cartas do Leitor são hoje um cartão de visita quando o cidadão precisa de fazer valer os seus direitos na vida quotidiana. Todos sabem que, no campo da cidadania, há um lugar de denúncia e desabafo, o que ajuda a esvaziar arrogâncias, injustiças, abusos de poder, manias de impunidade, má educação. Não há mais a fatalidade de 'ouvir e calar'. Com os seus excessos e ímpetos, aspectos a corrigir, as Cartas aí estão na sala de convívio dos Madeirenses, a servir de tema de conversas e a provocar a agilização de procedimentos.
O Leitor é hoje mais do que o 12.º jogador desta equipa que dá corpo a um projecto jornalístico apostado na independência, o que faz espécie a muita gente. Tiques do passado levam espectros de distintos quadrantes a não entenderem por que raio passou a existir um jornal fora da alçada das 'uniões nacionais' e respectivas comissões distritais e concelhias. Os Leitores já se aperceberam do esquisito que é para determinadas 'brigadas do reumático' existir um jornal posicionado num plano eminentemente jornalístico, desenquadrado dos jogos políticos e perfeitamente alheio à coacção do velho 'por mim ou contra mim', 'por aquele ou contra aquele'. É inutilmente que, há mais de 30 anos, esses insistem em atrair o jornal para a arena política.
O DIÁRIO comemora o seu 132.º aniversário numa fase bem difícil, em que a sobrevivência passou a ser uma das prioridades do dia-a-dia. É mais do que conhecida a estratégia engendrada pelo Governo Regional numa onda galopante para a destruição do projecto nascido a 11 de Outubro de 1876. Nas décadas de oitenta e noventa, foram os cortes de publicidade e de assinaturas, os subsídios astronómicos à concorrência para fragilizar o DIÁRIO no mercado, os apelos aos anunciantes para que não fizessem publicidade nestas páginas. Nos últimos tempos, aproveitando as dificuldades globalizantes que afectam os jornais em papel, foi a passagem a gratuito do jornal pertença do governo, situação aberrante agravada com um 'dumping' inédito no capítulo da publicidade. Uma asfixia inqualificável aos jornais que lutam para sobreviver no mercado, com reflexos significativos na maior nau. Uma ameaça real para centenas de famílias, não o podemos negar. Acontece que o DIÁRIO tem mais de uma centena de milhares de leitores que se, por um lado, não permitiriam qualquer desvio na linha editorial do jornal, também estão ao lado dos profissionais da casa na luta por uma informação séria, isenta e militante do jornalismo. Mau grado os erros que cometemos, decerto involuntariamente, porque estamos distantes da perfeição, temos o 'reforço' assumido há 15 anos a integrar a 'turbina informativa' dos nossos meios - jornal, rádio e on- line.
Nesse Julho de 1993, o administrador garantiu na apresentação da nova imagem: "Vamos continuar a dar corpo ao que estipula o nosso estatuto editorial - uma informação objectiva, independente e responsável." A equipa continua com essa mensagem presente. E, nos festejos de 132 anos, parabéns aos profissionais da casa e aos nossos redactores da página ao lado, pela coragem de uns e de outros.
Lido aqui.
15 anos depois, temos na página das Cartas do Leitor o ponto de encontro dos Madeirenses, o fórum por onde passa a vida regional.
Data: 11-10-2008
Uma imponente festa no Reid's com larguíssimas centenas de convidados celebrou a arrojada viragem do DIÁRIO em Julho de 1993: passagem do preto à cor e a um logótipo 'revolucionário' de grande impacte no cabeçalho que se tornaria depressa numa marca divulgadíssima, a par de um grafismo marca 'Mário Garcia' no corpo do jornal. O grande aparato que as mudanças vanguardistas num jornal então com 117 anos de existência provocaram na Região deixou passar quase despercebida a entrada na equipa editorial do DIÁRIO de Notícias de um reforço assaz precioso: o Leitor. Foi nessa primeira edição a cores de 10 de Julho de 1993, há 15 anos, que surgiu uma secção intitulada 'Cartas do Leitor', para publicação diária.
Seguiu-se que o sentido cívico e o impulso de intervenção dos Leitores rapidamente moldaram essa secção à idiossincrasia do meio insular. Normalmente, as cartas dirigidas aos diversos órgãos de imprensa destinam-se a chamar a atenção do director para aspectos da linha editorial, para a necessidade de abordar diversos temas, para o grau de acutilância a aplicar, ou a endereçar ao jornalista uma opinião sobre o trabalho publicado. Mas, no caso, os Leitores depressa extravasaram o espírito tradicional de carta para abrirem um campo de participação social, de denúncia, debate, esclarecimento, ataque e defesa, luta de causas - preservação do ambiente, direitos da mulher e da criança, protecção dos animais - ou simples troca de informações. Assim, 15 anos depois, temos na página das Cartas do Leitor o ponto de encontro dos Madeirenses, o fórum por onde passa a vida regional, em todas as suas vicissitudes. Tudo em espírito de equipa com os profissionais que dão corpo ao jornal inteiro. Porque os Leitores que passaram da 'bancada' ao 'balneário' e ao 'terreno de jogo' percebem melhor o campo minado em que se desenvolve o jornalismo nesta terra. Têm sido públicas as tentativas para eliminar esse espaço de cidadania que são as Cartas. A que já se chamou divã psiquiátrico. Quintal dos ressabiados. Acusações próprias dos que querem manter tudo como está, a paz podre alicerçada no comodismo dos instalados nas suas quintas. Posição própria dos que estão habituados a acusar, enxovalhar, denegrir, humilhar para logo reagirem covardemente no papel de mártires quando surge a resposta devida - porque ela surge sempre, mais cedo ou mais tarde. O certo é que as Cartas do Leitor são hoje um cartão de visita quando o cidadão precisa de fazer valer os seus direitos na vida quotidiana. Todos sabem que, no campo da cidadania, há um lugar de denúncia e desabafo, o que ajuda a esvaziar arrogâncias, injustiças, abusos de poder, manias de impunidade, má educação. Não há mais a fatalidade de 'ouvir e calar'. Com os seus excessos e ímpetos, aspectos a corrigir, as Cartas aí estão na sala de convívio dos Madeirenses, a servir de tema de conversas e a provocar a agilização de procedimentos.
O Leitor é hoje mais do que o 12.º jogador desta equipa que dá corpo a um projecto jornalístico apostado na independência, o que faz espécie a muita gente. Tiques do passado levam espectros de distintos quadrantes a não entenderem por que raio passou a existir um jornal fora da alçada das 'uniões nacionais' e respectivas comissões distritais e concelhias. Os Leitores já se aperceberam do esquisito que é para determinadas 'brigadas do reumático' existir um jornal posicionado num plano eminentemente jornalístico, desenquadrado dos jogos políticos e perfeitamente alheio à coacção do velho 'por mim ou contra mim', 'por aquele ou contra aquele'. É inutilmente que, há mais de 30 anos, esses insistem em atrair o jornal para a arena política.
O DIÁRIO comemora o seu 132.º aniversário numa fase bem difícil, em que a sobrevivência passou a ser uma das prioridades do dia-a-dia. É mais do que conhecida a estratégia engendrada pelo Governo Regional numa onda galopante para a destruição do projecto nascido a 11 de Outubro de 1876. Nas décadas de oitenta e noventa, foram os cortes de publicidade e de assinaturas, os subsídios astronómicos à concorrência para fragilizar o DIÁRIO no mercado, os apelos aos anunciantes para que não fizessem publicidade nestas páginas. Nos últimos tempos, aproveitando as dificuldades globalizantes que afectam os jornais em papel, foi a passagem a gratuito do jornal pertença do governo, situação aberrante agravada com um 'dumping' inédito no capítulo da publicidade. Uma asfixia inqualificável aos jornais que lutam para sobreviver no mercado, com reflexos significativos na maior nau. Uma ameaça real para centenas de famílias, não o podemos negar. Acontece que o DIÁRIO tem mais de uma centena de milhares de leitores que se, por um lado, não permitiriam qualquer desvio na linha editorial do jornal, também estão ao lado dos profissionais da casa na luta por uma informação séria, isenta e militante do jornalismo. Mau grado os erros que cometemos, decerto involuntariamente, porque estamos distantes da perfeição, temos o 'reforço' assumido há 15 anos a integrar a 'turbina informativa' dos nossos meios - jornal, rádio e on- line.
Nesse Julho de 1993, o administrador garantiu na apresentação da nova imagem: "Vamos continuar a dar corpo ao que estipula o nosso estatuto editorial - uma informação objectiva, independente e responsável." A equipa continua com essa mensagem presente. E, nos festejos de 132 anos, parabéns aos profissionais da casa e aos nossos redactores da página ao lado, pela coragem de uns e de outros.
Lido aqui.
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COMUNICAÇÃO SOCIAL
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Petição contra o artº.56 do Tratado de Lisboa que proibe qualquer restrição aos movimentos de capitais,que leva à especulação desregulada e neoliberal
Corre aqui uma petição pela revogação do artigo 56.º do Tratado de Lisboa, que, proibindo toda e qualquer restrição aos movimentos desses capitais, proporciona ao capital financeiro todas as condições para exercer um domínio esmagador sobre a sociedade. (Lido aqui).
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A QUEDA DO MURO CAPITALISTA
DIÁRIO DE NOTÍCIAS, AFÓNICO, SÓ CONSEGUE BALBUCIAR 5 MILHÕES!
Estes indivíduos da Oposição são mesmo burros, tanto que são burros que estão na Oposição! Se fossem inteligentes estavam era no PPD! Como se sabe, na Madeira, a questão não se discute no âmbito da diferença ideológica ou do projecto político. A coisa é mais simples: é da Oposição, é burro; é do PPD, é inteligente. A verdade é que se fossem inteligentes, tinham percebido o título de hoje do Diário. Perante o valor astronómico das verbas perdidas da União, das SD's, das Vias, etc. o Diário ficou afónico, e só conseguiu balbuciar 5 milhões da LFR; depois ainda tentou, num esforço de dicção supremo, a prolação dos milhões que o Governo PSD-M fez a Madeira perder, mas a voz não saía. Diz quem sabe que a última reunão do Conselho de Redacção do Diário foi feita com base na mímica. E não é para menos! Quem consegue articular tanto milhão e tanto milhafre!
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o sistema morre de riso
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
TEMA DE ABERTURA DO TELEJORNAL DA RTP-M DE UM DIA DESTES: GOVERNO DA REPÚBLICA TEM UM CALOTE DE 32 MIL EUROS À MADEIRA! GRAVE, GRAVÍSSIMO!
Ao pé desses 32.000 que uma qualquer Secretaria Regional diz que descobriu, que são 1000 milhões das SD's e 500 milhões de fundos europeus perdidos? Que diabo, colonialistas do carago, é a nossa dignidade que está em causa!
PROGRAMAS DE DEBATE E HUMOR NA TV DE CURRAL DE MOINAS
1. Neste momento, estou a assistir ao Telejornal TV Rural de Curral de Moinas. Humor e sátira assumidos.
2. Outro canal também está a transmitir um programa onde a ironia mais do que o humor é a base: a RTP-Madeira discute a interpretação esotérica do discurso presidencial do 5 de Outubro e o deputado Guilherme Silva esmera-se em provar que o alvo foi o Governo (do PS); a ironia e o humor estão em que a RTP-Madeira não tem assuntos ou problemas sociais na Madeira que mereçam um debate. Tanto assim que os mil milhões de euros que custarão as SD's no fim de tudo, o dobro dos fundos europeus que perdemos na passagem de Objectivo Um a 2 (e vão 1.500 milhões por culpa do PSD), tema da conferência de hoje do PS, deram no telejornal às 21 e 28.
2. Outro canal também está a transmitir um programa onde a ironia mais do que o humor é a base: a RTP-Madeira discute a interpretação esotérica do discurso presidencial do 5 de Outubro e o deputado Guilherme Silva esmera-se em provar que o alvo foi o Governo (do PS); a ironia e o humor estão em que a RTP-Madeira não tem assuntos ou problemas sociais na Madeira que mereçam um debate. Tanto assim que os mil milhões de euros que custarão as SD's no fim de tudo, o dobro dos fundos europeus que perdemos na passagem de Objectivo Um a 2 (e vão 1.500 milhões por culpa do PSD), tema da conferência de hoje do PS, deram no telejornal às 21 e 28.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
O DIÁRIO DE NOTÍCIAS NÃO PUBLICOU A SEGUINTE CARTA DO LEITOR, VÁ-SE LÁ SABER PORQUÊ: A quem interessa o CINM?
Afinal, a quem interessa o Centro Internacional de Negócios da Madeira? Para nós, povo, pouco nos interessa se está a ser bem gerido ou mal gerido, ou talvez interesse… A verdade é que nos dizem o seguinte: empolou o PIB, fez a Madeira sair do objectivo um, perdemos 500 milhões (quinhentos milhões, note-se!), menos verbas do orçamento de estado, gasolina mais cara, gasóleo mais caro, gás mais caro, paga-se mais impostos, IRS, IRC, ISP, vive-se pior e ninguém nos dá explicações. Portanto, a explicação é simples: ou gerem melhor aquela coisa ou fecham, nós madeirenses é que não estamos para pagar aquilo! Tal como em Wall Street, uns gerem os lucros, outros pagam a conta. Basta!
CDS VOLTA A MARCAR PONTOS - POSEIMA: POR QUE RAZÃO OS PREÇOS DE trigo, cevada, arroz, óleos, azeite, açúcar, leite, manteiga, carne NÃO O REFLECTEM
"Por que razão os efeitos do Poseima (programa europeu de ajudas à Madeira e aos Açores) não são hoje visíveis no preço final dos bens essenciais? Esta é a questão que o CDS/PP-Madeira quer ver esclarecida após a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito.
A proposta, que hoje dá entrada no Parlamento madeirense, lembra que inicialmente, durante os anos 90, os apoios europeus distribuídos através do Poseima tinham "um impacto visível no preço final dos produtos ao consumidor, nomeadamente trigo, cevada, arroz, óleos, azeite, açúcar, leite, manteiga, carne". Hoje, constatam os dois deputados do Partido Popular, esse impacto não tem qualquer expressão junto dos consumidores desta Região".
LEIA TUDO AQUI.
A proposta, que hoje dá entrada no Parlamento madeirense, lembra que inicialmente, durante os anos 90, os apoios europeus distribuídos através do Poseima tinham "um impacto visível no preço final dos produtos ao consumidor, nomeadamente trigo, cevada, arroz, óleos, azeite, açúcar, leite, manteiga, carne". Hoje, constatam os dois deputados do Partido Popular, esse impacto não tem qualquer expressão junto dos consumidores desta Região".
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