segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

3º. erro táctico: o pedido de reunião do Conselho de Estado

Se efectivamente não for efectuado, e até agora não se ouviu falar de nada, de que serviu o apelo? Para mostrar que o assunto não preocupa o PR? Que o Presidente da República não se preocupa com o que se passa na Madeira? Mas, afinal, qual é o alvo estratégico, o PSD-M ou o PR? Essa dispersão e falha no alvo é um erro: deixa o PSD solto e, pior ainda, põe as coisas assim: o Presidente da República e o PSD, de um lado; o PS, no outro lado. Não foi essa a estrátégia inicial: quando se disse que o PS reponha a proposta da eleição do vice-presidente da ALR baseado nas palavras do PR, o objectivo, pareceu-me, era colocar o PSD de um lado oposto ao PR, aliás, onde Cavaco o colocara, ao intervir e obrigando o PSD a recuar, coisa que, a oposição regional pouco soube aproveitar, pegada com a forma de intervenção e pouca dada a conteúdos. O que permitiu ao PSD salvar a face. Na verdade, Cavaco tinha obrigado e de que maneira o PSD a recuar, bramindo implicitamente com uma eventual dissolução, ele que tem esse legitimidade política, alem da legitimidade constitucional, sobre o PSD: se já dissolveu a pedido dele, porque não pode dissolver contra ele?

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