domingo, 30 de novembro de 2008

OS DIREITOS A QUE OS NEO-LIBERAIS MESMO QUANDO NÃO SABEM QUE SÃO CHAMAM "PRIVILÉGIOS"

Nem com delicadeza nem sem delicadeza - mas com total frontalidade e sem falsas mesuras, dispenso o pedido de desculpas nunca formulado - porque o que está em causa não é uma questão particular mas uma mudança de posição e é nisso que me concentro - a admoestação perante uma tomada de posição pública que então era tida como inconveniente - porque, havia outra - aquela da coligação com o PCP,que não era conveniente discutir na praça pública, isto a propósito de uma notícia no DN sobre o assunto que me foi atribuída pelo então vice - e agora anuncia que vai discutir publicamente os hipotéticos candidatos à câmara (Funchal), quando é sabido a perturbação que isso pode causar - isto na sua concepção clássica de discutir intramuros - não exactamente a minha. Mas quanto à posição oficial sobre os professores - se é oficial é para acatar, diria o vice a que me venho referindo - mas a questão não é essa, a questão é dizer que isso resultaria de o executivo partidário ter uma determinada percentagem de professores - será que defende uma quota por profissão? - Não faz sentido, não é nessa condição que ali estão - contudo, vem contradizer-se quando adimite "Eu não tenho dúvidas que existe pluraridade dentro do PS, mas a posição pública veiculada pelo PS é apenas uma e é a essa que me refiro", supondo-se que, se este argumento é usado neste contexto contra o meu argumento, significa que, afinal, não é o facto de haver professores no secretariado que origina esta posição do PS, como, aliás, muito bem sabe. Ou o autor esquece que vivemos numa região autónoma e na outra região o assunto foi muito mais bem gerido do que aqui? Faz de conta que não se lembra, é claro, porque dá jeito.
(Isso faz lembrar um sindicalista que para aí anda, autonomista nas horas vagas, que, agora, já não é tão autonomista assim, e quer que o PS-M se submeta acriticamente às políticas da República, quando é certo que a autonomia pressupõe outras soluções).
De resto o autor tem de ser mais específico quanto aos privilégios: quais privilégios, aponte. Não deixa de ser uma certa visão neo-liberal de que os funcionários públicos têm privilégios, conhece-os ou limita-se a dizer generalidades? - em vez de alargar os privilégios supostos aos trabalhadores do privado. Foi essa visão de competitividade sem direitos sociais, chamados de privilégios, que levou a economia ao estado em que se encontra. Esta gente nem asim aprende. Ainda quanto à delicadeza na forma, o autor que não seja humilde: verrina nunca lhe faltou nas intervenções com que resolve brindar os outros porque sim.

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