terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Da arca da memória II - As 30 razões da ruptura

OS TRINTA ERROS DA GOVERNAÇÃO PSD NA MADEIRA QUE APRESENTEI - NESSE ANO DE 1992! - E QUE O PSN IMPEDIU QUE FOSSEM DIVULGADOS, E QUE LEVOU À RUPTURA.

Contudo, a elencagem desses mesmos erros resultaram de uma pedido para que eu próprio dissesse o que pensava da situação da Madeira. Escrevi este documento, com a nítida noção do que estava a fazer, porque percebi que o PSN na Madeira queria eleger um deputado colaborante com o poder, e eu sabia as consequências disso e, de certa forma, desejava essa ruptura, porque me recusava a ser um deputado sem liberdade de expressão. Ou o PSN aceitava integrar essas ideias no manifesto eleitoral, e havia condições políticas ou não aceitava. Não aceitou e foi a ruptura. Sei que o Documento foi entregue a Leviatã. E teve consequências, as que eu previ. Sei muito bem como tudo se passou, porque tinha alguém de laços sanguíneos bem chegado ao centro do poder, que me contou sobre isto além do mais... Continuei de consciência livre.

N.B.Leviatã é o livro mais famoso do filósofo inglês Thomas Hobbes, publicado em 1651. O seu título deve-se ao monstro bíblico Leviatã. O livro, cujo título por extenso é Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil, trata da estrutura da sociedade organizada.



1. Presença obsessiva da Comunicação Social.
2. Falta de uma política definida para a agricultura.
3. Pescas - insuficiente aproveitamento aproveitamento da ZEE.
4. Educação - política titubeante quando ao lançamento definitivo da Univer. Madeira
5. Dependência da sociedade em relação ao estado por vontade deste mas com prejuízo de ambos.
6. Tentativa de enquadramento de todas as iniciativas da sociedade civil de modo a aparecerem como iniciativa do GR.
7. "Ser bom madeirense é ser do PSD", segundo o poder.
8. Tenta-se criar a ideia, nunca claramente assumida como é óbvio, que ser bom madeirense questiono o Ser Português. Aliás, demonstração de incultura, que confunde a continentalidade com a Portugalidade. A Velha Madeira, [não obstante], jamais confundiu as duas realidades combatia o centralismo lisboeta - jamais questionou Portugal; esta Madeira está de cócoras perante (o dinheiro de) Lisboa e desrespeita Portugal.
9. Um desenvolvimento desregrado do sector turístico que pode matar a galinha dos ovos de ouro se não respeitar o ambiente.
10. Concede-se como favor o que devia ser um direito.
11. Sob a aparência de apoio à Igreja, serve-se desta para fins políticos.
12. Excessiva aposta no turismo em detrimento do desenvolvimento de outros sectores com consequências negativas para a economia.
13. Falta de serviços sociais nos bairros estatais.
14. Não se incentiva a participação dos cidadãos na res publica e alheamento progressvio destes.
15. Desprestígio da Assembleia Legislativa Regional.
16. O suo dos meios públicos carece de rigor ético - vidé "viagens dos deputados".
17. Chantagem emocional nos actos eleitorais - escolher diferente é precipitar o Apocalipse.
18- Uma política de indemnizações que lança insegurança nos cidadãos e deixa à mercê da expropriação discricionária do Estado.
19. O maior defeito da oposição é existir.
20. O GR está convencido que o progresso anula a diversidade de pensamento.
21. Conflito permanente com as instituições nacionais: PR, Tribunal Constitucional, T. Contas, CNE, Ministro da República.
22. Falta de definição de uma política de transferências de verbas do OGE para o Orçamento Regional. Em tempo de instabiliade política, aproveita à Região; com a estabilidade política [nacional, prejudica-a.
23. O GR comporta-se perante o Governo [central] como um sindicato.
24. Como todo o patrão tende a contrariar o poder sindical, o Governo da República não assume, por vezes, as suas responsabilidades no âmbito da solidariedade nacional.
25. O Governo Regional encara o Governo Nacional, não como o Governo da República mas como um governo apenas para o território continental do País. O Governo da República parece, às vezes, aceitar esta concepção.
26. Ambos os governos relacionam-se mal com a portugalidade - julgam que é algo que vem de lá para cá e ambos julgam que isso se resolve com patacas.
27. As reivindicações perante o poder central dão, por vezes, a ideia que têm subjacente uma ameaça à integridade nacional.
28. O GR quer regionalizar competências e nacionalizar os gastos.
29. Os governos regionais aparecem perante a opinião pública nacional como entidades perdulárias o que desprestigia a autonomia.
30. Em resultado disso, a regionalização do País, já de si polémica, ganha novos adversários.

Nenhum comentário: