sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Se estudasse um pouco de semântica, fonética e etimologia não lha fazia nada mal

Partindo do "lapsus linguae", e já agora, partindo do princípio de que conhece a expressão latina, talvez fosse bom saber a etimologia da palavra "cidadão", e talvez fosse bom conhecer o que é o plural com base na etimologia e o plural com base na analogia e talvez ainda consultasse o plural da mesma palavra no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, do Instituto de Lexicografia de Portugal com o nome do mesmo autor, Volume V, página 2049, coluna da direita, linha 29, ponto 5 das acepções, GRAM:
feminino: cidadão, cidadoa; pl. cidadãos. ETIM: cidade+ão; f. hist sXIV çibdadano, sXIV cidadãão, sXIV, çiobdadããos, sXV cidadões. Fique, pois, a saber, que o futuro normal e adequada à palavra cidadão, se seguisse a regra, seria cidadões e era esse o plural na época do Português Clássico e não cidadãos, que só se formou por analogia com o plural de outras palavras.
Junte a isso um estudo da evolução do léxico e da fonética, norma e uso, evolução da Língua nos espaços insulares e ultramarinos, e ficaria a saber, por exemplo, que a pronúncia e a estrutura gramatical nesses espaços conserva as normas do Português clássico, caso do Brasil, da Madeira, neste caso particular de Santana, coexistindo a norma clássica e a norma moderna, como é o caso do uso do gerúndio, falando, escrevendo, comum à Madeira e ao Brasil. Afinal, o "lapsus linguae" tem um problema, baseia-se numa norma clássica num espaço chamado Madeira, oriundo de um espaço nortenho chamado Santana. Que horror, um sotaque madeirense, arcaico, à moda de Santana: Madeira, Minha Vida! O melhor mesmo é falar cubano!
P.S.
Permita-me só uma nota: "só assim resolvia-se" (norma madeirense), talvez fosse melhor corrigir o lapso e colocar "só assim se resolvia" (norma padrão). Pois é...

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