quinta-feira, 12 de novembro de 2009

LEI DAS FINANÇAS REGIONAIS


1. Sempre houve mais transferências para os Açores do que para a Madeira. Portanto, o ponto fulcral não é esse.

2. O critério do PIB fez sair a Madeira do Objectivo 1 para o objectivo 2 mas a riqueza das famílias madeirenses não aumentou.

3. A culpa é de todos, sobretudo de quem governa, cá e lá.

4. O PS-M não é o culpado material, não é governo, o que se critica é a péssima gestão política e a falta de influência no PS nacional. (O argumento da crítica à direcção de Serrão não é o do PSD nem faz o jogo do PSD. O que se critica é a gestão política. Fazer o jogo do PSD é lançar anátemas sobre os agentes do PS, sobre os camaradas, branqueando o regime. A propósito, onde pára o dossiê da corrupção? Também nisso a actual direcção de João Carlos Gouveia foi um desastre).

5. Contudo, a actual Lei é má para a Madeira e sobretudo para os Madeirenses. Por isso, defendo novos critérios estratégicos de abordagem do problema. Estão todos na proposta que o Diário publicou ontem, e que merece uma análise detalhada.

6. Essa proposta, elaborada com base em critérios geoestratégicos, tem subjacente um novo conceito de nação e é um instrumento de combate ao separatismo nas suas diversas formas: separatismo, por exemplo, das regiões em relação ao todo nacional, separatismo das nações em relação à Europa, e também pode servir de alavancagem à abordagem do separatismo das nações ibéricas entre si. O combate ao separatismo faz-se com visão geoestratégica não com sloganes e fórmulas vazias, como fazia, deixou de fazer, a actual, e felizmente cessante, Direccão do PS-M.

7. A propósito, quando me perguntam que candidato apoio à liderança do PS, eu, que não estou no núcleo duro de nenhuma das candidaturas, tenho a dizer que as vejo como um instrumento ao serviço de uma ideologia, o Socialismo Democrático e da Social-Democracia (conceito, o da social-democracia que não costumo usar, por herança da Revolução, admito que é um preconceito), da Região e dos seus interesses e, no caso da LFR, do próprio país. Portanto, não me venham com perguntas sectárias a que não respondo.

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