Sem perder tempo, o Prós e Contras debate um hipotético divorcio homossexual depois de um eventual "casamento homossexual".
Portugal volta a dar lições ao Mundo! Estamos de novo como no tempo do Estado Novo: o Mundo em Guerra e Salazar abria a formidável Exposição do Mundo Português à beira Tejo, para comemorar os dois centenários em 1940 - o da Independência de 1139/1143 e o da Restauração em 1640.
(Crise, qual crise? Isso é lá fora, nas Américas, nas Europas, nas Espanhas, Portugal, ah, que paz, que sossego, que paraíso)!
terça-feira, 30 de setembro de 2008
P'RÁ SEMANA HÁ MAIS: PRÓS E CONTRAS DEBATE O "CASAMENTO" DE HOMOSSEXUAIS
P'rá semana, o Prós e Contras debaterá o candente problema do "casamento" de homossexuais, questão urgente, como se sabe, depois de o Governo ter levado a precariedade neoliberal até o casamento heterossexual.
(Entretanto, não se sabe se há ainda haverá bolsas abertas e bancos privados para a semana ou se a América volverá uma Argentina gigante de há anos atrás! Para não falar da Europa. Questões de pormenor, é claro!)
Felizmente que Portugal é um cantinho do céu!
(Entretanto, não se sabe se há ainda haverá bolsas abertas e bancos privados para a semana ou se a América volverá uma Argentina gigante de há anos atrás! Para não falar da Europa. Questões de pormenor, é claro!)
Felizmente que Portugal é um cantinho do céu!
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A INFORMAÇÃO PÚBLICA AO SERVIÇO DO PODER
O JORNALISMO RASGADINHO DA RTP - PRÓS E CONTRAS
Debate acolorado na RTP: o divórcio.
Felizmente que o País não tem problemas mais graves e a crise é lá fora.
O tema do debate tem sentido literal e literário: é uma metáfora ao verdadeiro divórcio do País que é a política de informação da televisão pública.
O Governo respira de alívio.
Felizmente que o País não tem problemas mais graves e a crise é lá fora.
O tema do debate tem sentido literal e literário: é uma metáfora ao verdadeiro divórcio do País que é a política de informação da televisão pública.
O Governo respira de alívio.
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A INFORMAÇÃO PÚBLICA AO SERVIÇO DO PODER
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
À ATENÇÃO DE PSD-M E CDS: CSU/CDU DA BAVIERA, NO PODER DESDE 1962 PERDE MAIORIA ABSOLUTA
A projecções das eleições estaduais de ontem dão 43,3 à CSU, aliada da CDU de Ângela Merkel, o que implicará a perda da maioria absoluta e necessidade de coligação para governar o estado da alemão da Baviera. Este será o pior resultado desde 1954
Se as projecções se confirmarem, a CSU ficará com 87 assentos do Parlamento Regional, contra os 124 ganhos em 2003.
À atenção do PSD-M e do CDS: porquê?
Porque os “governos eternos” também se abatem (PSD); porque os democratas-cristãos da CSU/CDU poderão ser obrigados a aliar-se com o pequeno Partido Liberal que tinha saído do parlamento estadual há 14 anos e poderá conquistar agora 8% e 16 lugar imprescindíveis a uma maioria parlamentar. Ora esse é o grande sonho do CDS/Madeira – vir um dia, como o CDS nacional, a ser imprescindível a uma maioria de Governo! É normal e legitimo. E já a fez, na República, com o PS em 1978 e com o PSD entre 1979 e 1983 e entre 2002 e 2005.
Se as projecções se confirmarem, a CSU ficará com 87 assentos do Parlamento Regional, contra os 124 ganhos em 2003.
À atenção do PSD-M e do CDS: porquê?
Porque os “governos eternos” também se abatem (PSD); porque os democratas-cristãos da CSU/CDU poderão ser obrigados a aliar-se com o pequeno Partido Liberal que tinha saído do parlamento estadual há 14 anos e poderá conquistar agora 8% e 16 lugar imprescindíveis a uma maioria parlamentar. Ora esse é o grande sonho do CDS/Madeira – vir um dia, como o CDS nacional, a ser imprescindível a uma maioria de Governo! É normal e legitimo. E já a fez, na República, com o PS em 1978 e com o PSD entre 1979 e 1983 e entre 2002 e 2005.
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ALTERNÂNCIA DEMOCRÁTICA
GOVERNO DO PSD-M ENGANA O POVO E RTP AJUDA AO ENGANO
Já calculava, meu caro amigo – perante a grave omissão, falta de informação isenta, manipulação grosseira e engano despudorado da TVzinha que temos, o dinheiro só podia vir do Sócrates. Agradeço-lhe o esclarecimento, feito de forma competente e objectiva, como lhe é timbre. Mas enfim, destas coisas V. percebe bem melhor do que eu e, como não gosto de andar ao engano nem induzir ninguém no logro, hei por bem, permita-se-me a construção arcaica, apelar aos seus avisados conselhos.
Deduzo, assim, que o regime a pão e água a que Senhora Doutora Manuela Ferreira Leite submeteu e tratou os madeirenses em geral e os funchalenses em particular – perante o silêncio do PSD-M e do seu líder, que se agacharam, eles agacham-se sempre quando os governos de Lisboa são do seu partido, veja-se o Protocolo de Reequilíbrio dos Governos cavaquistas, cujo cumprimento e fiscalização competiam ao Ministro da República, sim, ao Ministro da República, não duvidem, a ALR não era tida nem achada – eles só fazem banzé quando os governos são do PS, logo os governos que mais pagam à Madeira – acabou o garrote de Manuela e começou a tripa forra, mais uma vez permitida pelos governos socialistas.
Mas, caro Doutor, esclareça-me ainda, permita-se-me agora o sabor elegante da expressão gálica, "un petit détail": sendo certo que não é novidade que a RTP – parece que é um síndroma de qualquer RTP (… ) – está de cócoras perante o poder – e, lá diz o povo, quem muito se agacha o dito lhe aparece, e, neste caso, o cujo estava escandalosamente exposto, sós os ditos cujos é que não se deram de conta, ridículo, simplesmente ridículo - o meu caro amigo vislumbra algum motivo específico para esta descarada manipulação da opinião pública madeirense sobre a origem desta massa monetária colocada ao serviço – se for bem empregue – da Economia madeirense?
Deduzo, assim, que o regime a pão e água a que Senhora Doutora Manuela Ferreira Leite submeteu e tratou os madeirenses em geral e os funchalenses em particular – perante o silêncio do PSD-M e do seu líder, que se agacharam, eles agacham-se sempre quando os governos de Lisboa são do seu partido, veja-se o Protocolo de Reequilíbrio dos Governos cavaquistas, cujo cumprimento e fiscalização competiam ao Ministro da República, sim, ao Ministro da República, não duvidem, a ALR não era tida nem achada – eles só fazem banzé quando os governos são do PS, logo os governos que mais pagam à Madeira – acabou o garrote de Manuela e começou a tripa forra, mais uma vez permitida pelos governos socialistas.
Mas, caro Doutor, esclareça-me ainda, permita-se-me agora o sabor elegante da expressão gálica, "un petit détail": sendo certo que não é novidade que a RTP – parece que é um síndroma de qualquer RTP (… ) – está de cócoras perante o poder – e, lá diz o povo, quem muito se agacha o dito lhe aparece, e, neste caso, o cujo estava escandalosamente exposto, sós os ditos cujos é que não se deram de conta, ridículo, simplesmente ridículo - o meu caro amigo vislumbra algum motivo específico para esta descarada manipulação da opinião pública madeirense sobre a origem desta massa monetária colocada ao serviço – se for bem empregue – da Economia madeirense?
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o sistema laranja
CDS AVANÇA: CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NA REGIÃO
"A comissão Política do partido, ontem reunida, acusou o PSD e o Governo Regional de terem "uma atitude idêntica à do Governo da República"."Nós, CDS/PP, consideramos que o Governo Regional deve, prioritariamente, estabelecer diálogos com outras forças políticas da Região, e também com os representantes legítimos dos funcionários públicos, os sindicatos, com vista à adaptação do regime de vinculação de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas"
Leia tudo aqui.
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OBSERVADORES INTERNACIONAIS PARA FISCALIZAR AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES REGIONAIS
Se os Direitos da Oposição não são respeitados e não vierem a ser respeitados, é necessário recorrer a outros meios: observadores internacionais que fiscalizem a legitimidade do acto eleitoral.
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DEMOCRACIA OU DITADURA
ESTATUTO DA OPOSIÇÃO: EUROPA COM ELES!
Mas, afinal, o Estatuto da Oposição é respeitado ou não é respeitado. Das duas uma: ou a afirmação é gratuita, e a Oposição tem de ser condenada; ou a afirmação é verdadeira e a Oposição tem de ser condenada. Sim, não se enganaram nem eu me enganei. Porque, das duas, uma: se a afirmação é gratuita, a Oposição dever ser condenada por ser leviana; se a afirmação é verdadeira, o caso é grave e a Oposição é incompetente. Uma Democracia digna desse nome em que a oposição não é respeitada e não denuncia, o caso ainda é mais grave. E já que os Órgãos de Soberania não se dão ao trabalho de intervir e ignoram o que se passa, só há uma saída: apresentar queixa nas instâncias internacionais, na União Europeia, no Parlamento Europeu, no Conselho da Europa e, se necessário, levar o caso à ONU. Em qualquer caso, acho que, em próximas eleições, será de ponderar outras medidas.
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O JORNALISMO RASGADINHO DO DIÁRIO DE NOTÍCIAS
A Lei sobre o estatuto da Oposição não é respeitada. O Diário publica uma notícia que dá conta do PS para que seja. E o Diário acha isso grave, que o estatuto da Oposição não seja cumprido? Não se sabe. Sabe-se que o DN, tal como a restante imprensa, dizem depois que a Oposição não cumpre o seu papel. Então o Diário desconversa e diz, na caricatura, que ninguem se dá ao respeito, género, isto é tudo igual, e portanto, nada de grave. Aliás, a mesma atitude tonta do PND, isto é tudo a mesma coisa. Benefeciário: o PSD!
domingo, 28 de setembro de 2008
Fiquei na mesma!...
Não tenho outro remédio senão perguntar aqui. A RTP-Madeira acabou de anunciar que a Câmara do Funchal tinha não sei quantos milhões para pagar a fornecedores, e tal e coisa, alhos com bugalhos, Drecção de Tesouro, pareceu-me (Geral de Tesouro?), umas misturas, um Tribunal, uma renegociação, batatas com semilhas, e por aí, mas donde veio o dinheiro: do céu? Da caverna de Ali Babá? Do Tio Patinhas? Do Rei Midas? Uma coisa é certa, do Governo Regional não há-de ter sido, senão a RTP-M, a criada do governo, tinha dito. Só me resta perguntar ao meu amigo Carlos João Pereira: - Ó Doutor, será que nos explica isto?
sábado, 27 de setembro de 2008
Basta! Afinal, quanto é que eu devo a Lisboa?! Respondam: Vital, Sousa Tavares, J. Ramos, AJJ e tutti quanti!
Chega de acusarem os Madeirenses de viverem com o dinheiro dos continentais. Ele é Miguel Sousa Tavares, ele é Vital Moreira, ele é todo e qualquer bicho-careta que bota prosa nos jornais do Contiente: a Madeira vive à custa de Lisboa! Mas enquanto foram os outros, é como quem diz, isso é bala que resvala pela couraça da minha indiferença. Agora, que os principais responsáveis políticos regionais no poder há quase quatro décadas, já quase tanto tempo dura a Madeira Nova como o Estado Novo, venham dizer que o Orçamento do arquipélago para 2009 está dependente da discussão da primeira revisão da Lei de Finanças Regionais (LFR), ou seja, que o nosso Orçamento, que já inclui todas os impostos cobrados cá, ainda seja dependente de uns míseros cêntimos de transferências de Lisboa, é demais.
Ou será que não são uns míseros? Ou será que, afinal, são uns milhões? Ou será que somos pobres e mal agradecidos? Ou será que somos "proves e ingretas" (pobres e ingratos)? Ou será que, por trás de tanta basófia e tanta arrogância, andamos mesmo de mão estendida a Lisboa? Ou será que somos mesmos uns desgraçados de uns indigentes? Ou será que mais autonomia é mais transferência, e mais transferência é mais dependência, e mais dependência é mais opróbrio, e mais opróbrio é mais vergonha, e mais vergonha exige mais disfarce, e mais disfarce exige mais vozearia, e mais vozearia é disfarce, e quem disfarça quer esconder. Esconder o quê? Que mais autonomia desta equivale a menos autonomia real porque é financiada pelo dinheiro de quem nos paga? Em qualquer caso exijo saber: quanto é que eu, afinal, devo a Lisboa? Responda J. Ramos, AJJ, Vital, Sousa Tavares e tutti quanti.
Ou será que não são uns míseros? Ou será que, afinal, são uns milhões? Ou será que somos pobres e mal agradecidos? Ou será que somos "proves e ingretas" (pobres e ingratos)? Ou será que, por trás de tanta basófia e tanta arrogância, andamos mesmo de mão estendida a Lisboa? Ou será que somos mesmos uns desgraçados de uns indigentes? Ou será que mais autonomia é mais transferência, e mais transferência é mais dependência, e mais dependência é mais opróbrio, e mais opróbrio é mais vergonha, e mais vergonha exige mais disfarce, e mais disfarce exige mais vozearia, e mais vozearia é disfarce, e quem disfarça quer esconder. Esconder o quê? Que mais autonomia desta equivale a menos autonomia real porque é financiada pelo dinheiro de quem nos paga? Em qualquer caso exijo saber: quanto é que eu, afinal, devo a Lisboa? Responda J. Ramos, AJJ, Vital, Sousa Tavares e tutti quanti.
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o sistema laranja
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
A TELEVISÃO É ANTI-AUTONOMISTA?
A televisão dita da Madeira promove debates sistemáticos com figuras políticas nacionais mesmo que originárias da Madeira. Porquê? É contra a Autonomia insular? Despreza a Assembleia Legislativa Regional? Acha que a Madeira não tem dimensão que mereça aos seus doutos responsáveis de programas uma atenção particular?
E SE FOSSE RTP(c)-M?
A Televisão - da Madeira auto-intitulada - como se diz aqui - tem um formato de lata de sardinha: vem tudo enlatado do continente e o que não vem de lá é feita com figuras colocadas lá - na AR, por exemplo. Quanto aos problemas da Madeira, e às figuras da Madeira, nada. Talvez seja melhor passar a ser a RTP(c)-M!
O TRIBUNA É DA MADEIRA?
O Tribuna, hoje, nos altos e baixos, "Maré alta" e "Maré baixa", em oito figuras, apenas uma é da Região. Ou seja, nem sequer para botar defeito há alguém que se destaque para um semanário que se crê regionalista. Além de que, nos baixos era difícil. Como se sabe a Madeira é "um cantinho do céu", sem problemas desses que atingem Portugal apenas no Continente e nos Açores.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
No 40.º aniversário da Humanae Vitae, Dr. Luciano Castanheira
Lido aqui:
Relembre-se:
1. O Concílio Vaticano II convocado pelo Papa João XXIII iniciou-se em 11 de Outubro de 1962 e terminou com Paulo VI em 8 de Dezembro de 1965.
2. Nota de pé de página (n.º 14) em “A Igreja no mundo actual (GS)” informa que «certas questões que requerem outras investigações mais aprofundadas foram confiadas [por Paulo VI] a uma Comissão para o estudo da população, da família e da natalidade; uma vez terminados os seus trabalhos o Sumo Pontífice pronunciará o seu juízo» [por isso o Concílio] «não pretende propor imediatamente soluções concretas».
4. Em 1962 a primeira “pílula contraceptiva” (Anovlar) chegou a Portugal e «certas questões» por certo incluíam o controle da fecundação.
5. Da encíclica Humanae Vitae se comemorou o seu 40.º aniversário. O director do L’ Osservatore Romano, Giovanni Maria Vian, designou-a como «Sinal de contradição», «rejeitava a contracepção com métodos artificiais» e condenava «o hedonismo e as políticas de planeamento familiar, geralmente impostas aos países mais pobres pelos mais ricos».
Para nós, no Funchal, foi “contradição” sofrida e terminaram os encontros de leigos e alguns sacerdotes onde trocávamos opiniões sobre a Igreja “em mudança”. Foi difícil conciliar o respeito devido ao Papa com a desilusão decorrente das reservas levantadas ao “controle responsável da concepção” e correspondente condenação da “pílula”. O agente do Anovlar era uma hormona que inibia a “maturação” do óvulo, permitia o controle da natalidade sem efeitos secundários e vinha possibilitar esse controle consciente de acordo com a situação do casal, mesmo quando “períodos” irregulares dificultam a localização dos dias de relacionamento sexual não fecundante por método aceite pela Igreja (“continência periódica”), ponto final.
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OS VALORES DA CIVILIZAÇÃO
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
SERÁ QUE TÊM PERDÃO?
Pode parecer inusitado para um adolescente, mas a verdade é que, num trabalho em forma de diário escrito no dia-a-dia das férias de Páscoa, andava eu no que seria o actual oitavo, ano lectivo 1970/1971, anotei o seguinte, mais ou menos ipsis verbis: como é que Marcello Caetano pode saber se são sinceros os elogios que lhe fazem nos diários, se as pessoas não podem escrever o que querem. Estava longe de imaginar em que alhada poderia ter metido a família, e o professor, Clemente Tavares, por seu lado, prudentemente, não comentou na entrega dos trabalhos. A verdade é que então, jovem adolescente num ano lectivo que, por acaso, perdi por excesso de faltas (olha só o rapaz!), já percebia claramente o papel da comunicação social.
Nunca se poderá provar o que aconteceria se um outro partido tivesse governado a Madeira tanto tempo como este que nos governa, o que se sabe é que, como diria o Bispo Emérito de Setúbal, D. Manuel Martins, - "O poder corrompe e o poder [i]moral corrompe absolutamente". Pode a Comunicação Social querer lavar as mãos, pode argumentar que os condicionamentos são muitos, pode dizer o que disser, mas a verdade é que uma comunicação social atenta, inverventiva e livre contribui para a qualidade da Democracia e esse carácter interventivo pode fazer toda a diferença entre um poder que serve solenemente ou se serve soberbamente. A forma depreciativa como muitas vezes a nossa comunicação social trata as questões que são levantadas pela Oposição só por ser a Oposição e a forma escandalosa para não dizer obscena como se curva perante o poder levanta a questão: será que têm perdão? Será que têm, não direi as mãos, porque o que menos me interessa é condenar seja quem for, mesmo aqueles que porventura o possam ser pela Justiça, mas a consciência tranquila e limpa?
Nunca se poderá provar o que aconteceria se um outro partido tivesse governado a Madeira tanto tempo como este que nos governa, o que se sabe é que, como diria o Bispo Emérito de Setúbal, D. Manuel Martins, - "O poder corrompe e o poder [i]moral corrompe absolutamente". Pode a Comunicação Social querer lavar as mãos, pode argumentar que os condicionamentos são muitos, pode dizer o que disser, mas a verdade é que uma comunicação social atenta, inverventiva e livre contribui para a qualidade da Democracia e esse carácter interventivo pode fazer toda a diferença entre um poder que serve solenemente ou se serve soberbamente. A forma depreciativa como muitas vezes a nossa comunicação social trata as questões que são levantadas pela Oposição só por ser a Oposição e a forma escandalosa para não dizer obscena como se curva perante o poder levanta a questão: será que têm perdão? Será que têm, não direi as mãos, porque o que menos me interessa é condenar seja quem for, mesmo aqueles que porventura o possam ser pela Justiça, mas a consciência tranquila e limpa?
JORNALISTAS/ANA- LISTAS TITULARES E NÃO TITULARES
Adaptando este modelo, que considerei uma delícia, procedi a este exercício:
Já que muitos jornalistas e comentadores defendem e compreendem o modelo proposto para a avaliação dos docentes, estranho que, por analogia, não o apliquem a outras profissões (médicos, enfermeiros, juízes, etc. e, claro, jornalistas). Se é suposto compreenderem o que está em causa e as virtualidades deste modelo, vamos imaginar a sua aplicação a uma outra profissão, jornalistas, por exemplo.
A carreira seria dividida em duas: jornalista titular (a que apenas um terço dos profissionais poderia aspirar) e jornalista ordinário. A avaliação seria feita pelos pares e pelo chefe de redacção. Assim, o jornalista titular teria de ler e analisar três trabalhos jornalísticos dos seus colegas subordinados, por ano, verificar a qualidade segundo o modelo clássico da notícia, qualidade do texto e integração no modelo jornalístico respectivo – notícia, reportagem, crónica, análise política, desportivo, etc. Avaliaria também um portefólio com o registo de todos trabalhos executados durante um determinado período, com todos os planos de acção, tratamento da notícia e credibilidade junto do público leitor.
O jornalista teria de estabelecer, anualmente, os seus objectivos: tipo de notícia a tratar, imparcialidade, igualdade de tratamento perante os agentes sociais e políticos. O efeito nefasto ou de alarme da notícia na tranquilidade pública, nomeadamente terramotos, inundações, incêndios, epidemias, mortes, revoluções, ciclones, seria penalizadora para o jornalista, bem como todos os casos de insucesso na transmissão da notícia, ainda que o grau e o risco da calamidades em causa fossem por causas naturais ou alheias ao jornalista. Seriam avaliados da mesma forma todos os jornalistas, quer fossem notícias de casos do dia, necrologia por causas naturais, teatro de guerra, deslocação a zonas de catástrofe, desporto, concertos, eventos sociais, etc. Poder-se-ia estabelecer a analogia completa, mas penso que os nossos 'especialistas' na área da educação não terão dificuldade em levar o exercício até ao fim. A questão é saber se consideram aceitável o modelo? Caso a resposta seja afirmativa, então porque não aplicar o mesmo, tão virtuoso, a todas as profissões?
Já que muitos jornalistas e comentadores defendem e compreendem o modelo proposto para a avaliação dos docentes, estranho que, por analogia, não o apliquem a outras profissões (médicos, enfermeiros, juízes, etc. e, claro, jornalistas). Se é suposto compreenderem o que está em causa e as virtualidades deste modelo, vamos imaginar a sua aplicação a uma outra profissão, jornalistas, por exemplo.
A carreira seria dividida em duas: jornalista titular (a que apenas um terço dos profissionais poderia aspirar) e jornalista ordinário. A avaliação seria feita pelos pares e pelo chefe de redacção. Assim, o jornalista titular teria de ler e analisar três trabalhos jornalísticos dos seus colegas subordinados, por ano, verificar a qualidade segundo o modelo clássico da notícia, qualidade do texto e integração no modelo jornalístico respectivo – notícia, reportagem, crónica, análise política, desportivo, etc. Avaliaria também um portefólio com o registo de todos trabalhos executados durante um determinado período, com todos os planos de acção, tratamento da notícia e credibilidade junto do público leitor.
O jornalista teria de estabelecer, anualmente, os seus objectivos: tipo de notícia a tratar, imparcialidade, igualdade de tratamento perante os agentes sociais e políticos. O efeito nefasto ou de alarme da notícia na tranquilidade pública, nomeadamente terramotos, inundações, incêndios, epidemias, mortes, revoluções, ciclones, seria penalizadora para o jornalista, bem como todos os casos de insucesso na transmissão da notícia, ainda que o grau e o risco da calamidades em causa fossem por causas naturais ou alheias ao jornalista. Seriam avaliados da mesma forma todos os jornalistas, quer fossem notícias de casos do dia, necrologia por causas naturais, teatro de guerra, deslocação a zonas de catástrofe, desporto, concertos, eventos sociais, etc. Poder-se-ia estabelecer a analogia completa, mas penso que os nossos 'especialistas' na área da educação não terão dificuldade em levar o exercício até ao fim. A questão é saber se consideram aceitável o modelo? Caso a resposta seja afirmativa, então porque não aplicar o mesmo, tão virtuoso, a todas as profissões?
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COMUNICAÇÃO SOCIAL
domingo, 21 de setembro de 2008
O CAPITALISMO DE OLHOS EM BICO: A China já manda em Wall Street!
Depois de nacionalização do Bear Stearns, da falência do Lehman Brothers e da compra do Merrill Lynch pelo Bank of America, já só restam 2 dos 5 grandes bancos de investimento independentes dos EUA: o Goldman Sachs e o Morgan Stanley. Hoje ficámos a saber que este último se prepara para vender metade do seu capital ao fundo de investimento público chinês. Quando a desconfiança se generaliza nos mercados desregulados, o melhor mesmo é recorrer a quem nunca alinhou em euforias liberalizadoras...
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A Queda do Muro do Capitalismo
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
O CAPITALISMO SEM ROSTO
Quem são eles? Onde vivem? Como vivem? O que fazem?
Será que os contribuintes, a quem foram tirados direitos, e que agora vão pagar a sua falta de competência e de honra, não têm ao menos o direito de os conhecer?
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A QUEDA DO MURO CAPITALISTA
O direito à indignação
ESCREVE BAPTISTA BASTOS
O ranço Salazarista
Cada vez mais nos afastamos uns dos outros. Trespassamo-nos sem nos ver. Caminhamos nas ruas com a apática indiferença de sequer sabermos quem somos. Nem interessados estamos em o saber. Os dias deixaram de ser a aventura do imprevisto e a magia do improviso para se transformarem na amarga rotina do viver português e do existir em Portugal.
Deixámos cair a cultura da revolta. Não falamos de nós. Enredamo-nos na futilidade das coisas inúteis, como se fossem o atordoamento ou o sedativo das nossas dores. E as nossas dores não são, apenas, d'alma: são, também, dores físicas.
Lemos os jornais e não acreditamos. Lemos, é como quem diz – os que lêem. As televisões são a vergonha do pensamento. Os comentadores tocam pela mesma pauta e sopram a mesma música. Há longos anos que a análise dos nossos problemas está entregue a pessoas que não suscitam inquietação em quem os ouve. Uma anestesia geral parece ter sido adicionada ao corpo da nação.
Um amigo meu, professor em Lille, envia-me um email. Há muitos anos, deixou Portugal. Esteve, agora, por aqui. Lança-me um apelo veemente e dorido: 'Que se passa com a nossa terra? Parece um país morto. A garra portuguesa foi aparada ou cortada por uma clique, espalhada por todos os sectores da vida nacional e que de tudo tomou conta. Indignem-se em massa, como dizia o Soares.'
Nunca é de mais repetir o drama que se abateu sobre a maioria. Enquanto dois milhões de miúdos vivem na miséria, os bancos obtiveram lucros de 7,9 milhões por dia. Há qualquer coisa de podre e de inquietantemente injusto nestes números. Dir-se-á que não há relação de causa e efeito. Há, claro que há. Qualquer economista sério encontrará associações entre os abismos da pobreza e da fome e os cumes ostensivos das riquezas adquiridas muitas vezes não se sabe como.
Prepara-se (preparam os 'socialistas modernos' de Sócrates) a privatização de quase tudo, especialmente da saúde, o mais rendível. E o primeiro-ministro, naquela despudorada 'entrevista' à SIC, declama que está a defender o SNS! O desemprego atinge picos elevadíssimos. Sócrates diz exactamente o contrário. A mentira constitui, hoje, um desporto particularmente requintado. É impossível ver qualquer membro deste Governo sem ser assaltado por uma repugnância visceral. O carácter desta gente é inexistente. Nenhum deles vai aos jornais, às Televisões e às Rádios falar verdade, contar a evidência. E a evidência é a fome, a miséria, a tristeza do nosso amargo viver; os nossos velhos a morrer nos jardins, com reformas de não chegam para comer quanto mais para adquirir remédios; os nossos jovens a tentar a sorte no estrangeiro, ou a desafiar a morte nas drogas; a iliteracia, a ignorância, o túnel negro sem fim.
Diz-se que, nas próximas eleições, este agrupamento voltará a ganhar. Diz-se que a alternativa é pior. Diz-se que estamos desgraçados. Diz um general que recebe pressões constantes para encabeçar um movimento de indignação. Diz-se que, um dia destes, rebenta uma explosão social com imprevisíveis consequências. Diz a SEDES, com alguns anos de atraso, como, aliás, é seu timbre, que a crise é muito má. Diz-se, diz-se.
Bem gostaríamos de saber o que dizem Mário Soares, António Arnaut, Manuel Alegre, Ana Gomes, Ferro Rodrigues (não sei quem mais, porque socialistas, socialistas, poucos há) acerca deste descalabro. Não é só dizer: é fazer, é agir. O facto, meramente circunstancial, de este PS ter conquistado a maioria absoluta não legitima as atrocidades governamentais, que sobem em escalada. O paliativo da substituição do sinistro Correia de Campos pela dr.ª Ana Jorge não passa de isso mesmo: paliativo. Apenas para toldar os olhos de quem ainda deseja ver, porque há outros que não vêem porque não querem.
A aceitação acrítica das decisões governamentais está coligada com a cumplicidade. Quando Vieira da Silva expõe um ar compungido, perante os relatórios internacionais sobre a miséria portuguesa, alguém lhe devia dizer para ter vergonha. Não se resolve este magno problema com a distribuição de umas migalhas, que possuem sempre o aspecto da caridadezinha fascista. Um socialista a sério jamais procedia daquele modo. E há soluções adequadas. O acréscimo do desemprego está na base deste atroz retrocesso.
Vivemos num país que já nada tem a ver com o País de Abril. Aliás, penso, seriamente, que pouco tem a ver com a democracia. O quero, posso e mando de José Sócrates, o estilo hirto e autoritário, moldado em Cavaco, significa que nem tudo foi extirpado do que de pior existe nos políticos portugueses. Há um ranço salazarista nesta gente. E, com a passagem dos dias, cada vez mais se me acentua a ideia de que a saída só reside na cultura da revolta.
O ranço Salazarista
Cada vez mais nos afastamos uns dos outros. Trespassamo-nos sem nos ver. Caminhamos nas ruas com a apática indiferença de sequer sabermos quem somos. Nem interessados estamos em o saber. Os dias deixaram de ser a aventura do imprevisto e a magia do improviso para se transformarem na amarga rotina do viver português e do existir em Portugal.
Deixámos cair a cultura da revolta. Não falamos de nós. Enredamo-nos na futilidade das coisas inúteis, como se fossem o atordoamento ou o sedativo das nossas dores. E as nossas dores não são, apenas, d'alma: são, também, dores físicas.
Lemos os jornais e não acreditamos. Lemos, é como quem diz – os que lêem. As televisões são a vergonha do pensamento. Os comentadores tocam pela mesma pauta e sopram a mesma música. Há longos anos que a análise dos nossos problemas está entregue a pessoas que não suscitam inquietação em quem os ouve. Uma anestesia geral parece ter sido adicionada ao corpo da nação.
Um amigo meu, professor em Lille, envia-me um email. Há muitos anos, deixou Portugal. Esteve, agora, por aqui. Lança-me um apelo veemente e dorido: 'Que se passa com a nossa terra? Parece um país morto. A garra portuguesa foi aparada ou cortada por uma clique, espalhada por todos os sectores da vida nacional e que de tudo tomou conta. Indignem-se em massa, como dizia o Soares.'
Nunca é de mais repetir o drama que se abateu sobre a maioria. Enquanto dois milhões de miúdos vivem na miséria, os bancos obtiveram lucros de 7,9 milhões por dia. Há qualquer coisa de podre e de inquietantemente injusto nestes números. Dir-se-á que não há relação de causa e efeito. Há, claro que há. Qualquer economista sério encontrará associações entre os abismos da pobreza e da fome e os cumes ostensivos das riquezas adquiridas muitas vezes não se sabe como.
Prepara-se (preparam os 'socialistas modernos' de Sócrates) a privatização de quase tudo, especialmente da saúde, o mais rendível. E o primeiro-ministro, naquela despudorada 'entrevista' à SIC, declama que está a defender o SNS! O desemprego atinge picos elevadíssimos. Sócrates diz exactamente o contrário. A mentira constitui, hoje, um desporto particularmente requintado. É impossível ver qualquer membro deste Governo sem ser assaltado por uma repugnância visceral. O carácter desta gente é inexistente. Nenhum deles vai aos jornais, às Televisões e às Rádios falar verdade, contar a evidência. E a evidência é a fome, a miséria, a tristeza do nosso amargo viver; os nossos velhos a morrer nos jardins, com reformas de não chegam para comer quanto mais para adquirir remédios; os nossos jovens a tentar a sorte no estrangeiro, ou a desafiar a morte nas drogas; a iliteracia, a ignorância, o túnel negro sem fim.
Diz-se que, nas próximas eleições, este agrupamento voltará a ganhar. Diz-se que a alternativa é pior. Diz-se que estamos desgraçados. Diz um general que recebe pressões constantes para encabeçar um movimento de indignação. Diz-se que, um dia destes, rebenta uma explosão social com imprevisíveis consequências. Diz a SEDES, com alguns anos de atraso, como, aliás, é seu timbre, que a crise é muito má. Diz-se, diz-se.
Bem gostaríamos de saber o que dizem Mário Soares, António Arnaut, Manuel Alegre, Ana Gomes, Ferro Rodrigues (não sei quem mais, porque socialistas, socialistas, poucos há) acerca deste descalabro. Não é só dizer: é fazer, é agir. O facto, meramente circunstancial, de este PS ter conquistado a maioria absoluta não legitima as atrocidades governamentais, que sobem em escalada. O paliativo da substituição do sinistro Correia de Campos pela dr.ª Ana Jorge não passa de isso mesmo: paliativo. Apenas para toldar os olhos de quem ainda deseja ver, porque há outros que não vêem porque não querem.
A aceitação acrítica das decisões governamentais está coligada com a cumplicidade. Quando Vieira da Silva expõe um ar compungido, perante os relatórios internacionais sobre a miséria portuguesa, alguém lhe devia dizer para ter vergonha. Não se resolve este magno problema com a distribuição de umas migalhas, que possuem sempre o aspecto da caridadezinha fascista. Um socialista a sério jamais procedia daquele modo. E há soluções adequadas. O acréscimo do desemprego está na base deste atroz retrocesso.
Vivemos num país que já nada tem a ver com o País de Abril. Aliás, penso, seriamente, que pouco tem a ver com a democracia. O quero, posso e mando de José Sócrates, o estilo hirto e autoritário, moldado em Cavaco, significa que nem tudo foi extirpado do que de pior existe nos políticos portugueses. Há um ranço salazarista nesta gente. E, com a passagem dos dias, cada vez mais se me acentua a ideia de que a saída só reside na cultura da revolta.
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DEMOCRACIA OU DITADURA
"A política europeia não tem objectivos claros", acusa, e bem, Alberto João Jardim
"vive-se num certo "cinzentismo" no velho continente, e não se toma as medidas que se devem tomar. "A Europa, às vezes, parece que não tem objectivos claros", disse Jardim.
Tudo aqui.
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União Europeia
NEOLIBERAIS, OS FILHOS ADOLESCENTES DO ESTADO
Lido aqui:
Os mercados liberais são uma espécie de filho adolescente. Exigem mais independência. Exigem mais isto e mais aquilo. Exigem sair de casa. E saem. Mas a roupa suja continua a ser lavada pela mãezinha a mesma que dá dinheiro às escondidas para o menino manter o nível de vida. E quando o dinheiro já nem chega para a renda o menino volta para casa com a mesma cara com que saiu.
Os mercados liberais são uma espécie de filho adolescente. Exigem mais independência. Exigem mais isto e mais aquilo. Exigem sair de casa. E saem. Mas a roupa suja continua a ser lavada pela mãezinha a mesma que dá dinheiro às escondidas para o menino manter o nível de vida. E quando o dinheiro já nem chega para a renda o menino volta para casa com a mesma cara com que saiu.
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A Queda do Muro do Capitalismo
QUEM PAGA ISTO?
Os balanços das grandes instituições financeiras agora falidas ou em risco de falência estão alavancados em produtos financeiros de extrema complexidade cujo rendimento é difícil determinar, de altíssimo risco, com o objectivo de permitir apresentar valores e os correspondentes bónus. Em 2007, a distribuição de bónus foi a seguinte aos respectivos presidentes (em milhões de euros:
Merrhyll - 10,6
Lehman - 3
AIG - 2,7
Fannie Mae - 1,6
Freddie Mac - 1,5
Na versão conservadora do capitalismo, os empresários eram responabilizados, iam à falência e pagavam os seus erros ou os azares da economia.
E agora, quem paga isto? Claro, os contribuintes.
Se fossem gestores públicos a conseguir estes resultados, que diriam os gurus do neoliberalismo sem rosto e sem responsabilidade?
Agora, o maldito Estado tem de pagar, isto é, aqueles a quem foram retirados direitos em nome do sacrossanto mercado, em nome da competitividade, da produtividade.
O valor social do trabalho foi sacrificado, a economia real foi esquecida e estes senhores impuseram-nos esta economia, se é que isto se pode chamar de economia.
A «mão invísvel» do mercado é a mão que rouba à nação para pagar imoralmente a senhores cuja cara ninguém conhece.
Merrhyll - 10,6
Lehman - 3
AIG - 2,7
Fannie Mae - 1,6
Freddie Mac - 1,5
Na versão conservadora do capitalismo, os empresários eram responabilizados, iam à falência e pagavam os seus erros ou os azares da economia.
E agora, quem paga isto? Claro, os contribuintes.
Se fossem gestores públicos a conseguir estes resultados, que diriam os gurus do neoliberalismo sem rosto e sem responsabilidade?
Agora, o maldito Estado tem de pagar, isto é, aqueles a quem foram retirados direitos em nome do sacrossanto mercado, em nome da competitividade, da produtividade.
O valor social do trabalho foi sacrificado, a economia real foi esquecida e estes senhores impuseram-nos esta economia, se é que isto se pode chamar de economia.
A «mão invísvel» do mercado é a mão que rouba à nação para pagar imoralmente a senhores cuja cara ninguém conhece.
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A Queda do Muro do Capitalismo
A QUEDA DO MURO DO CAPITALISMO
Em plena euforia do capitalismo neo-liberal, fartei-me de dizer: já vi este filme a correr ao contrário. Em 1975, o Comunismo ou o Socialismo Real era inevitável. Depois, veio a ressaca. E veio a queda do muro. E veio a derrocada dos regimes socialistas. E veio a perda de direitos sociais. E veio a ameaça ao Estado Social de Direito. E veio a perda de importância das classes médias. E com isso os perigos à Democracia parlamentar. Hoje, aquilo a que estamos a assistir é a "Queda do Muro" do Capitalismo. Entretanto, que fizeram os socialistas, qual foi o papel da Internacional Socialista, onde se filiam os partidos trabalhistas, social-democratas e socialistas, que chegou a ter a larga maioria dos governos da União Europeia, qual foi a sua estratégia, a não ser render-se aos cantos de sereia de um neoliberalismo iníquio, um capitalismo sem rosto, com a sagração herética do mercado, sem regulação e sem controlo, uma economia de casino, um sistema financeiro especulativo, sem ligação com a economia real, que provocou este verdadeiro vendaval, esta série de furacões que está a atingir a Meca do capitalismo mundial em simultâneo com os tornados meteorológico? E a União Europeia, criada como alternativa aos EUA e à URSS, qual é o seu papel nesta crise?
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A Queda do Muro do Capitalismo
SINDICATOS E EMPRESÁRIOS: MADEIRENSES PAGAM MAIS 17% DE IRS QUE OS AÇORIANSO. ASSIM NÃO HÁ ECONOMIA QUE AGUENTE!
Publicado no Diário de Notícias:
Data: 19-09-2008
Em média, os trabalhadores madeirenses pagam mais 17% (dezassete) de IRS do que os açorianos. Pergunta: estão os sindicatos satisfeitos com isso? Obviamente que não. Então porque não se movimentam mais, por que razão não são tão activos quanto às políticas dos sucessivos governos madeirenses (todos de um só partido até hoje), como são em relação às políticas dos sucessivos governos nacionais, sejam de direita ou de esquerda? E os profissionais dos diversos sectores, professores, bancários, funcionários públicos, enfermeiros, hotelaria, do comércio, dos hipermercados, estão satisfeitos por pagar mais IRS do que os colegas dos Açores? Outro dado: os professores e os funcionários públicos dos Açores viram os seus tempos de congelamento contar para a carreira, os da Madeira, não. Que dizem estes trabalhadores aos respectivos sindicatos? E a UGT-Madeira e a CGTP-Madeira, acham que já fizeram o suficiente, acham que já fizeram tanto na Madeira como no Continente? Sinceramente, acho que não.
Outro dado: em termos relativos, as empresas da Madeira pagam mais 10% do que as açorianas. As respectivas associações empresariais concordam? Não concordam? E os respectivos associados, estão satisfeitos por pagarem mais impostos que os seus congéneres açorianos? P.S. - Parafraseando um conhecido slogan e inspirado numa coluna do Diário: "Quem é que é que é que é, quem é que não acha, que é o PSD que trava a nossa marcha?".
Data: 19-09-2008
Em média, os trabalhadores madeirenses pagam mais 17% (dezassete) de IRS do que os açorianos. Pergunta: estão os sindicatos satisfeitos com isso? Obviamente que não. Então porque não se movimentam mais, por que razão não são tão activos quanto às políticas dos sucessivos governos madeirenses (todos de um só partido até hoje), como são em relação às políticas dos sucessivos governos nacionais, sejam de direita ou de esquerda? E os profissionais dos diversos sectores, professores, bancários, funcionários públicos, enfermeiros, hotelaria, do comércio, dos hipermercados, estão satisfeitos por pagar mais IRS do que os colegas dos Açores? Outro dado: os professores e os funcionários públicos dos Açores viram os seus tempos de congelamento contar para a carreira, os da Madeira, não. Que dizem estes trabalhadores aos respectivos sindicatos? E a UGT-Madeira e a CGTP-Madeira, acham que já fizeram o suficiente, acham que já fizeram tanto na Madeira como no Continente? Sinceramente, acho que não.
Outro dado: em termos relativos, as empresas da Madeira pagam mais 10% do que as açorianas. As respectivas associações empresariais concordam? Não concordam? E os respectivos associados, estão satisfeitos por pagarem mais impostos que os seus congéneres açorianos? P.S. - Parafraseando um conhecido slogan e inspirado numa coluna do Diário: "Quem é que é que é que é, quem é que não acha, que é o PSD que trava a nossa marcha?".
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o sistema laranja
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
"O PSD (…) aproveita a boleia socialista para arrecadar receita fiscal", JMR
José Manuel Rodrigues, líder do CDS, em artigo de opinião no jornal Cidade, põe a nu a estratégia hipócrita e a covardia política do PSD-Madeira, que, à pala das medidas do governo da República, pratica uma política de austeridade, sem querer assumir os custos inerentes à sua governação, apesar de ter autonomia constitucional que lhe permite outras políticas, tendo em conta o contexto social da região. Isto numa altura em que o PSD quer mais poderes constitucionais. É caso para perguntar para quê, se não usa os poderes que tem para melhorar a vida dos
Madeirenses. Donde se conclui que o objectivo do PSD não são mais competências mas mais poder para si, numa concepção autoritária da Autonomia, que tem de ser denunciada e combatida.
"Haja paciência
O PSD e o PS continuam a dar cabo da nossa paciência
com troca de insultos, ofensas e ameaças de processos
judiciais. É a politiquice no seu melhor. Enquanto isto
agravam-se as condições de vida dos madeirenses e centenas
de empresas passam por dificuldades. Esta «política»
do ataque e da acusação permanente é coisa do passado e
não contribui, minimamente, para resolver um problema
que seja das pessoas. A disputa política é a alma da Democracia mas quando se partidariza e
radicaliza as relações entre os Governos Regional e da República, em última instância os prejuízos
sobram para os cidadãos. É, infelizmente, o que está acontecer e vai acentuar-se com a
proximidade das três eleições de 2009. O PS governa mal o país sobrecarregando as famílias
e empresas com mais impostos. Só nos últimos oito anos os funcionários públicos perderam
11,2 por cento do seu poder de compra, ou seja 112 euros por cada mil euros de salário. O PSD
na Madeira indigna-se e protesta mas, hipocritamente, aproveita a boleia socialista para arrecadar
mais receita fiscal e não usa os instrumentos que tem ao seu alcance para reduzir os
impostos (IRS e IRC) e os de consumo como o dos combustíveis, nem melhora o nível de
vida dos funcionários públicos, fazendo contar o tempo dos congelamentos para efeitos de
progressão na carreira. A ideia parece clara: fazer os madeirenses sofrerem ao máximo a crise
para que depois venham a penalizar os socialistas nas eleições. Só que, entretanto, há famílias
a entregarem as suas casas aos bancos; cidadãos a passar por privações e empresas a fecharem
e mais desempregados.
Não podem ser os madeirenses a pagar a estratégia política e governamental do PSD. Até
porque há muitos eleitores que sabem que a Madeira tem poderes para o seu Governo ter políticas diferentes das nacionais".
Madeirenses. Donde se conclui que o objectivo do PSD não são mais competências mas mais poder para si, numa concepção autoritária da Autonomia, que tem de ser denunciada e combatida.
"Haja paciência
O PSD e o PS continuam a dar cabo da nossa paciência
com troca de insultos, ofensas e ameaças de processos
judiciais. É a politiquice no seu melhor. Enquanto isto
agravam-se as condições de vida dos madeirenses e centenas
de empresas passam por dificuldades. Esta «política»
do ataque e da acusação permanente é coisa do passado e
não contribui, minimamente, para resolver um problema
que seja das pessoas. A disputa política é a alma da Democracia mas quando se partidariza e
radicaliza as relações entre os Governos Regional e da República, em última instância os prejuízos
sobram para os cidadãos. É, infelizmente, o que está acontecer e vai acentuar-se com a
proximidade das três eleições de 2009. O PS governa mal o país sobrecarregando as famílias
e empresas com mais impostos. Só nos últimos oito anos os funcionários públicos perderam
11,2 por cento do seu poder de compra, ou seja 112 euros por cada mil euros de salário. O PSD
na Madeira indigna-se e protesta mas, hipocritamente, aproveita a boleia socialista para arrecadar
mais receita fiscal e não usa os instrumentos que tem ao seu alcance para reduzir os
impostos (IRS e IRC) e os de consumo como o dos combustíveis, nem melhora o nível de
vida dos funcionários públicos, fazendo contar o tempo dos congelamentos para efeitos de
progressão na carreira. A ideia parece clara: fazer os madeirenses sofrerem ao máximo a crise
para que depois venham a penalizar os socialistas nas eleições. Só que, entretanto, há famílias
a entregarem as suas casas aos bancos; cidadãos a passar por privações e empresas a fecharem
e mais desempregados.
Não podem ser os madeirenses a pagar a estratégia política e governamental do PSD. Até
porque há muitos eleitores que sabem que a Madeira tem poderes para o seu Governo ter políticas diferentes das nacionais".
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o sistema laranja
domingo, 14 de setembro de 2008
O DIÁRIO ACUSA SIBILINAMENTE O LÍDER DO PPD DE INIMPUTABILIDADE DEMOCRÁTICA? CALAR-SE-Á ELE?
O Diário coloca hoje o líder do Partido Socialista nos baixos porque fez um discurso político na festa de Ponta Delgada, coisa que, diz o Diário, o Povo não gosta.
Como os dirigentes do PSD, e nomeadamente o seu líder, se fartam de fazer intervenções política em arraiais, festas do pêro, da anona, da castanha e tutti quanti, naturalmente que o Diário sabe que nós sabemos tudo isso e naturalmente também sabemos que o diário sabe e como o diário nada disse até hoje sobre o assunto - eu até julgava que o diário achava normal, pelos vistos, enganei-me - e como o diário certamente não nos estará a tomar por tontos, nós, nós, madeirenses em geral e os leitores do diário em particular, só há uma explicação:
1- O diário acha que o líder do PS deve ser criticado porque um democrata responsável deve ser sempre criticado quando faz o que não deve e o diário acha que ele não devia;
2- Mas se o líder do partido socialista fez o que, na opinião do diário não devia, tendo ele feito o que o líder do PSD se farta de fazer, sem que o diário o critique, o que é que o diário está a querer dizer? Só isto:
2.1. Que o líder do PS só é criticado porque é democrata e os democratas devem ser criticados quando não agem como devem; logo, o líder do PSD, fazendo o mesmo, não vale a pena criticar porque a crítica está reservada aos líderes democratas; isto quer dizer que o diáro está subtimente a acusar o líder do PSD de não ser democrata?;
2.2. Que o líder do PS deve ser criticado porque é um político democráticamente responsável - e o líder do PSD? Está o diário a querer dizer que o líder do PPD é democraticamente inimputável?
Eu, se fosse ao líder do PSD, punha um processo ao diário por difamação...
Como os dirigentes do PSD, e nomeadamente o seu líder, se fartam de fazer intervenções política em arraiais, festas do pêro, da anona, da castanha e tutti quanti, naturalmente que o Diário sabe que nós sabemos tudo isso e naturalmente também sabemos que o diário sabe e como o diário nada disse até hoje sobre o assunto - eu até julgava que o diário achava normal, pelos vistos, enganei-me - e como o diário certamente não nos estará a tomar por tontos, nós, nós, madeirenses em geral e os leitores do diário em particular, só há uma explicação:
1- O diário acha que o líder do PS deve ser criticado porque um democrata responsável deve ser sempre criticado quando faz o que não deve e o diário acha que ele não devia;
2- Mas se o líder do partido socialista fez o que, na opinião do diário não devia, tendo ele feito o que o líder do PSD se farta de fazer, sem que o diário o critique, o que é que o diário está a querer dizer? Só isto:
2.1. Que o líder do PS só é criticado porque é democrata e os democratas devem ser criticados quando não agem como devem; logo, o líder do PSD, fazendo o mesmo, não vale a pena criticar porque a crítica está reservada aos líderes democratas; isto quer dizer que o diáro está subtimente a acusar o líder do PSD de não ser democrata?;
2.2. Que o líder do PS deve ser criticado porque é um político democráticamente responsável - e o líder do PSD? Está o diário a querer dizer que o líder do PPD é democraticamente inimputável?
Eu, se fosse ao líder do PSD, punha um processo ao diário por difamação...
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o sistema laranja cai à gargalhada
"O QUE DEU À CULTURA EUROPEIA A SUA BASE - A BUSCA DE DEUS E A CAPACIDADE DE OUVIR - PERMANECE A BASE DE QUALQUER CULTURA GENUÍNA " - Bento XVI
Na verdade, a busca de Deus está presente na República de Platão, ou n'A Cidade de Deus, de Santo Agostinho, ou n'A cidade do Sol, de Campanella, ou na Utopia, de Thomas More, ou na Sociedade sem Classes, de Karl Marx, ou na pintura de Michelangelo, ou na partitura de Beethoven, ou na estética de um Vítor Hugo, ou na teoria da relatividade de Einstein, ou na procura do bosão das partículas, na procura da melhor solução em política, nesse encontro pelo diálogo com o outro, nessa busca constante é que está Deus, ainda que (e)Ele possa ou pudesse não existir para os que se declaram agnósticos ou crentes, respectivamente.
Na recusa da palavra, na ditadura que recusa o outro é que se verifica a ausência de Deus. A Democracia é coisa de Deus. A Ditadura é coisa do demónio e é o inferno.
Crentes são os que buscam.
Ateus são os que desistiram de encontrar.
Na recusa da palavra, na ditadura que recusa o outro é que se verifica a ausência de Deus. A Democracia é coisa de Deus. A Ditadura é coisa do demónio e é o inferno.
Crentes são os que buscam.
Ateus são os que desistiram de encontrar.
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OS VALORES DA CIVILIZAÇÃO
sábado, 13 de setembro de 2008
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
PACHECO PEREIRA RESPONDE AOS COMENTÁRIOS DA RTP-MADEIRA SOBRE A FESTA DA LIBERDADE
Aos comentários da RTP-Madeira e de certa blogosfera sobre a Festa da Liberdade, dizendo que não houve novidades, Pacheco Pereira, usando a imagem como figura de estilo - Pacheco, tal como Manuela - usaram a imagem para falar do Estado da Democracia na Madeira - dá a resposta aqui. Vale a pena ler.
O par novidade / não-novidade é puramente comunicacional, remete para critérios que tem a ver com a necessidade jornalística num mundo espectacular de estar sempre a dizer amanhã algo de diferente do que disse hoje. É uma espécie de fast food do tempo rápido e ligeiro da comunicação. Mas fora do espectáculo, a “novidade” não é necessariamente um valor, nem nada que se pareça. Nunca ninguém disse que a “novidade”, como a “diferença”, tem algum valor de per si, fora do domínio do espectáculo, ou, se se quiser ir para mais nobres actividades, fora do domínio da estética e da criação, onde também partilha os louros com o valor do “clássico” e da “imitação” que lhe são opostos. Porém na política, a novidade é bem pouco importante em si mesma.
O par novidade / não-novidade é puramente comunicacional, remete para critérios que tem a ver com a necessidade jornalística num mundo espectacular de estar sempre a dizer amanhã algo de diferente do que disse hoje. É uma espécie de fast food do tempo rápido e ligeiro da comunicação. Mas fora do espectáculo, a “novidade” não é necessariamente um valor, nem nada que se pareça. Nunca ninguém disse que a “novidade”, como a “diferença”, tem algum valor de per si, fora do domínio do espectáculo, ou, se se quiser ir para mais nobres actividades, fora do domínio da estética e da criação, onde também partilha os louros com o valor do “clássico” e da “imitação” que lhe são opostos. Porém na política, a novidade é bem pouco importante em si mesma.
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DEMOCRACIA OU DITADURA
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
A coerência é muito bonita...
O que é que diriam os socialistas cá do burgo - apontamentos sem nome, urbanidades, pode ser liberdade, réplica e contra-réplica, farpas e sei lá que mais e aquele sr. do bastaqsim, que era muito autocrítico e agora anda muito caladinho, vá lá saber-se porquê - se isto (união de facto, kit autonómico) se passasse cá no sítio?
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DEMOCRACIA OU DITADURA
terça-feira, 9 de setembro de 2008
JOSÉ MANUEL COELHO IGUAL AO PPD: HOSPITAL PSIQUIÁTRICO COMIGO!
Veja a prosa:
O Sr. "Bastaqusim" Continua Paranóico e inconsequente nos seus ataques a Coelho: É um anticomunista primário que não tem outra coisa que fazer e pior do que isso; não apendeu mais né!
O PPD pediu uma exame ao estado mental de um deputado do PS, porque o mesmo combatia o regime; a simples discordância política - parcial - de iniciativas do PND - e vou republicar essa análise crítica que deu origem ao rosário de insultos de José Manuel Coelho - leva o mesmo a me considerar paranóico. Não está mal não senhor.
O Sr. "Bastaqusim" Continua Paranóico e inconsequente nos seus ataques a Coelho: É um anticomunista primário que não tem outra coisa que fazer e pior do que isso; não apendeu mais né!
O PPD pediu uma exame ao estado mental de um deputado do PS, porque o mesmo combatia o regime; a simples discordância política - parcial - de iniciativas do PND - e vou republicar essa análise crítica que deu origem ao rosário de insultos de José Manuel Coelho - leva o mesmo a me considerar paranóico. Não está mal não senhor.
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OS FASCISTÓIDES DO PND
-QUEM SOU EU? - NINGUÉM - DIZ JOSÉ MANUEL COELHO
Pergunta José Manuel Coelho: - Afinal, quem é você? Reparem, este democrata, quem tem o desplante de o criticar não passa de um berdamerda, este democrata e os que acampam com ele, que criticam a "Democracia musculada" de Jardim, entendem que a liberdade na Madeira só é realmente importante se for para dizer mal de Jardim. Ou seja, no dia em que estes senhores chegassem ao poder, haviam de perguntar a cada cidadão que os criticasse: - Afinal, quem é você, seu berdamerda para discordar de nós? Han, quem é você?
Parafraseando Garret (" - Romeiro, romeiro, quem és tu? - NINGUÉM!), à pergunta de Coelho:
- Quem é você?
_ Ninguém!
Parafraseando Garret (" - Romeiro, romeiro, quem és tu? - NINGUÉM!), à pergunta de Coelho:
- Quem é você?
_ Ninguém!
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OS FASCISTÓIDES DO PND
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
DISCURSO DE MANUELA FERREIRA LEITE ADAPTADO À MADEIRA: VEJA SE DÁ (ENTRE PARÊNTESIS RECTOS AS ADAPTAÇÕES E RETICÊNCIAS PARA AS OMISSÕES)
[A] nossa concepção de acção política é completamente diferente da seguida pelo [PSD].
E a prova está na estratégia seguida por este Governo ao longo deste (…) ano de legislatura.
Uma estratégia de manter as aparências, de esconder os fracassos e de iludir os [Madeirenses] sobre a real dimensão dos seus problemas e da forma de os enfrentar.
O Governo gasta imensa energia e recursos a tratar da comunicação e imagem, mas o objectivo não é informar, não é esclarecer ou mobilizar. O objectivo é enganar-nos ou distrair-nos.
Mas chegou o momento de ficar claro o abismo que existe entre o discurso oficial e a dureza do dia a dia.
Hoje, [um ano decorrido] ao longo do qual fomos atordoados por títulos de jornais e pelo anúncio de grandes realizações, confrontamo-nos com a realidade de uma pobreza crescente e de uma clivagem acentuada com [o resto do país].
Ora, se todos os anúncios correspondessem à realidade [a Madeira] tinha de estar melhor do que está.
Quantos foram os projectos anunciados e que não tiveram qualquer seguimento? (…) .
Por isso, os [Madeirenses], vivem hoje um clima de desânimo, justamente frustrados por verem desperdiçados os sacrifícios que lhes foram [impostos] em troca de promessas num futuro melhor.
Há desilusão onde devia haver esperança, há lassidão onde tinha que haver dinamismo, há indiferença onde devia estar mobilização e vontade de lutar.
Este clima de mistificação só tem sido possível porque está apoiado por uma máquina de comunicação e de acção pouco democrática.
Ouvem-se todos os dias os arautos da acção do Governo e em contrapartida são cada vez mais abafadas as vozes dos que sabem que isto não vai bem, mas que não podem falar muito alto porque há uma impressionante máquina [laranja] que controla, que persegue, que corta apoios, que gere favores ou simplesmente que demite.
Na administração pública, na vida económica, no associativismo, nos mais variados sectores podemos recolher testemunhos e exemplos de um clima anti-democrático pouco saudável e desconfiado.
O Governo confunde autoridade com autoritarismo, esgota-se a impor quando devia ouvir (…)
A maioria [laranja] aprova leis sobre leis muitas vezes sem se dar ao trabalho de reflectir sobre as suas consequências e sem que o Governo esteja preparado para garantir a sua execução, ou evitar as dificuldades que os novos quadros legislativos possam trazer.
Na pressa de cumprir calendários anunciados ou agitar bandeiras ideológicas da sua conveniência, o Governo despreza o estatuto da Oposição e abafa qualquer tentativa de participação séria e democrática.
O debate, a confrontação de ideias e a discussão objectiva das soluções é sempre fonte de regeneração, de resolução de conflitos e de progresso.
Mas [a Madeira] está longe de beneficiar da democracia na sua plenitude.
Não é esta a nossa concepção de política, não é iludindo os problemas ou calando críticas que o País progride ou se mobilizam os cidadãos para uma nova atitude de iniciativa, de responsabilidade e de esforço.
[Os Madeirenses] têm demonstrado ao longo da sua história uma extraordinária capacidade de reacção aos estímulos, quando se incentiva a criatividade e a [sua] energia (…) e se cria um clima de confiança nas instituições.
Não é com concepções centralizadoras e falsamente proteccionistas, muitas vezes ameaçadoras da liberdade de opinião, que conseguimos acompanhar o ritmo de desenvolvimento [das restantes regiões europeias]. .
Pelo contrário. A competitividade da economia é prioritária para que se consiga a criação de emprego estável, melhoria de salários e maior segurança e protecção social.
É urgente um quadro de actuação claro em que se confie [nos Órgãos de Governo próprio] e nos poderes públicos para estimular, apoiar e garantir o estrito cumprimento das regras do jogo.
É na área da política económica que a asfixia que o actual Governo nos impõe se torna mais visível.
Os sucessivos governos [do PSD], que ocuparam o poder [nestes 33] anos, desperdiçaram recursos gigantescos e tornaram muito difícil a vida das pequenas e médias empresas, esmagando qualquer esperança de iniciativa empresarial transformadora.
Na sua concepção centralizadora, o [PSD] canalizou recursos para projectos sem rentabilidade ou justificação económica e, vai deixar [a Madeira] endividada como nunca, e sem perspectivas de ultrapassar a estagnação […]
O nosso programa económico será exactamente o oposto de tudo isto.
A prioridade será para a competitividade da economia, para a produtividade e criatividade empresarial, removendo custos e obstáculos à eficiência das pequenas e médias empresas.
É imperioso reduzir os custos operacionais, aliviar a carga burocrática, reduzir a fiscalidade ligada à criação de emprego e apoiar a exportação.
Mas é sobretudo preciso que o sucesso se baseie no mérito, em vez de proteger simplesmente os que querem manter-se como estão, sem esforço, sem modernização e sem responsabilidade.
Entre outros problemas complexos, o mundo atravessa hoje uma séria crise de crédito. O financiamento é mais difícil, os credores são mais exigentes, os riscos mais difíceis de aceitar.
Como é que o Governo enfrenta esta crise? Com [uma dívida recorde] recorde e em crescimento sem limite previsível, o que nos obriga a todos, particulares, famílias e empresas, a pagar mais pelo crédito a que recorremos.
Por isso, se desiste de muitos projectos produtivos e se abandonam iniciativas que teriam o risco próprio da inovação e do progresso.
E qual o motivo porque nos endividamos?
Para financiar projectos megalómanos que são um extraordinário luxo para [a Região] porque não criam riqueza, mas que implicarão muitos anos de sacrifício para serem pagos.
O [PSD] propõe uma política económica diametralmente oposta, que conduza ao enriquecimento [da Madeira].
Uma política atenta à escassez de recursos e ao seu custo, porque o pouco capital que temos não pode ser esbanjado.
Propomos uma atenção crescente à poupança, sem a qual o crescimento não pode ser financiado.
Daremos prioridade absoluta aos investimentos de grande impacto na produtividade e na inovação. Só com o reforço da nossa capacidade exportadora e de concorrência poderemos afirmar-nos, ou mesmo sobreviver, em mercados cada vez mais agressivos.
É por este motivo que não desistiremos de conhecer e avaliar os critérios que levaram o Governo a tomar decisões sobre grandes obras públicas.
Mas é no emprego que a política económica que defendemos melhor mostrará os seus resultados.
O desemprego crónico que se instalou na nossa economia é a manifestação mais clara da acção do governo [do PSD], a consequência de políticas erradas e incapazes de reorientar a política económica para a criação de postos de trabalho.
São as pequenas e médias empresas e os sectores mais expostos à concorrência que podem criar mais empregos de qualidade.
Ao destruir a competitividade da economia, o Governo tem destruído muitos milhares de postos de trabalho e impedido a criação de muitos mais.
Resta, assim, aos [Madeirenses] a aceitação de salários cada vez mais distantes dos que se praticam na Europa, como única forma de assegurar os postos de trabalho que ainda existem e se vão mantendo.
Não admira que a emigração se tenha tornado de novo a última tábua de salvação para muitos dos nossos [conterrâneos].
Neste contexto, a qualidade dos serviços públicos é um dos factores mais decisivos de bem-estar dos cidadãos e uma marca diferenciadora das sociedades mais desenvolvidas e mais justas.
É sabido que as sociedades modernas e desenvolvidas necessitam de um Estado de dimensão importante, moderno, sofisticado e eficaz.
A reforma da Administração Pública é talvez a área onde este Governo mais prometeu e menos concretizou, por incompetência ou falta de coragem política.
Na Administração Pública não houve só três anos desperdiçados. Houve um óbvio e grave retrocesso e o enfraquecer das instituições.
A reestruturação dos serviços saldou-se por uma mão cheia de nada, no que se refere à eficácia e transparência.
Pelo caminho, os serviços viveram anos de incerteza, de confusão, e desorientação.
Serviu para adaptar a máquina aos interesses do [PSD] completando silenciosamente uma operação em grande escala do controlo político dos cargos da administração pública.
A avaliação de desempenho, invocada como trave mestra de toda a mudança, saldou-se por um logro em que florescem muitas prepotências e se afundam muitas esperanças.
É urgente libertar [a Madeira] e as instituições do sectarismo partidário, que conduz à instabilidade e ao desprestígio de muitas organizações.
A modernização do Estado implica que se valorize o profissionalismo e o mérito e se abra caminho a uma nova cultura de responsabilidade, mérito e isenção.
Sem respeito por estes princípios, sem independência e sem solidez estrutural, o Estado é muito vulnerável à corrupção, ao tráfico de influências e ao enriquecimento ilícito, fenómenos que devem ser eficazmente combatidos na sua expressão efectiva mas que devem, sobretudo, ser prevenidos com determinação e seriedade.
De pouco serve aprovar leis contra a corrupção quando a organização é caótica, instável e politizada.
Caros [Camaradas],
Em muitos outros sectores da vida nacional podemos encontrar claros sinais do mau Governo do [PSD] que deixa o país sem confiança, sem alento e sem recursos.
Há o sentimento generalizado de fracasso, ninguém duvida que [a Madeira] está muito abaixo do que poderia e deveria estar no seu nível de desenvolvimento.
Salvo para o pequeno grupo que caiu nas graças ou na dependência do poder […] , para a maioria das pessoas a vida está cada vez mais difícil.
A confiança na qualidade e exigência do sistema educativo não melhorou e a classe dos professores conheceu um ataque sem precedentes, ao seu prestígio e autoridade.
(…)
A valorização das pessoas, o estímulo ao capital humano no sector público, incluindo em áreas de elevada qualificação e investimento na formação, é pura e simplesmente ignorado.
Na agricultura, as queixas contra o Governo, as dificuldades causadas por políticas erradas e surdas aos apelos, são caladas com o estrangulamento financeiro e premeditado das associações representativas do sector.
(…)
Caros [Camaradas]
O diagnóstico sobre a condução da vida política no nosso País está feito.
Os resultados estão à vista de todos e são medíocres. Fraco crescimento económico, níveis de desemprego elevados e, muito especialmente, manutenção da disparidade entre os mais ricos e os mais pobres.
Perante a mediocridade dos resultados, o [PSD] insiste na mesma política.
O [PS] afirma que perante a mediocridade de resultados tem de se mudar de política.
Não é demais recordar que o [PSD] desperdiçou oportunidades extraordinárias para imprimir um ritmo de desenvolvimento e progresso de que carecemos para competir na Europa e no Mundo.
Com um Governo do [PS] e uma outra política o País poderá regressar a uma via de prosperidade.
Esse objectivo tem de incluir todos os cidadãos. Não pode ser feito à custa do agravamento da pobreza de uns para o aumento da riqueza de poucos.
O Estado não pode criar a ilusão de que pode, por si só, resolver todos os problemas de desigualdade e pobreza.
Mas pode fazer muito, se orientar a sua acção exclusivamente para os que dela necessitam.
É indispensável que se descentralize a rede de apoios sociais, ao mesmo tempo que o Estado se deve concentrar na avaliação muito rigorosa dos meios e dos efeitos desta intervenção.
(…)
O ano que nos espera é de muito trabalho e exigência.
Vamos ter vários actos eleitorais, todos eles importantes e que exigem o empenho de todo o Partido porque queremos ganhar.
[A Madeira] precisa e merece melhor Governo.
Nós temos uma ambição para [a Madeira] e ela não é maior nem menor do que a do [PSD . É diferente, profundamente diferente.
Do Governo do [PSD] não resultou qualquer benefício para a [Madeira] .
Do nosso, resultará o progresso e é essa ambição que nos move e nos motiva.
[Contamos] convosco para, em conjunto, construirmos uma [Madeira] à medida das nossas ambições.
E a prova está na estratégia seguida por este Governo ao longo deste (…) ano de legislatura.
Uma estratégia de manter as aparências, de esconder os fracassos e de iludir os [Madeirenses] sobre a real dimensão dos seus problemas e da forma de os enfrentar.
O Governo gasta imensa energia e recursos a tratar da comunicação e imagem, mas o objectivo não é informar, não é esclarecer ou mobilizar. O objectivo é enganar-nos ou distrair-nos.
Mas chegou o momento de ficar claro o abismo que existe entre o discurso oficial e a dureza do dia a dia.
Hoje, [um ano decorrido] ao longo do qual fomos atordoados por títulos de jornais e pelo anúncio de grandes realizações, confrontamo-nos com a realidade de uma pobreza crescente e de uma clivagem acentuada com [o resto do país].
Ora, se todos os anúncios correspondessem à realidade [a Madeira] tinha de estar melhor do que está.
Quantos foram os projectos anunciados e que não tiveram qualquer seguimento? (…) .
Por isso, os [Madeirenses], vivem hoje um clima de desânimo, justamente frustrados por verem desperdiçados os sacrifícios que lhes foram [impostos] em troca de promessas num futuro melhor.
Há desilusão onde devia haver esperança, há lassidão onde tinha que haver dinamismo, há indiferença onde devia estar mobilização e vontade de lutar.
Este clima de mistificação só tem sido possível porque está apoiado por uma máquina de comunicação e de acção pouco democrática.
Ouvem-se todos os dias os arautos da acção do Governo e em contrapartida são cada vez mais abafadas as vozes dos que sabem que isto não vai bem, mas que não podem falar muito alto porque há uma impressionante máquina [laranja] que controla, que persegue, que corta apoios, que gere favores ou simplesmente que demite.
Na administração pública, na vida económica, no associativismo, nos mais variados sectores podemos recolher testemunhos e exemplos de um clima anti-democrático pouco saudável e desconfiado.
O Governo confunde autoridade com autoritarismo, esgota-se a impor quando devia ouvir (…)
A maioria [laranja] aprova leis sobre leis muitas vezes sem se dar ao trabalho de reflectir sobre as suas consequências e sem que o Governo esteja preparado para garantir a sua execução, ou evitar as dificuldades que os novos quadros legislativos possam trazer.
Na pressa de cumprir calendários anunciados ou agitar bandeiras ideológicas da sua conveniência, o Governo despreza o estatuto da Oposição e abafa qualquer tentativa de participação séria e democrática.
O debate, a confrontação de ideias e a discussão objectiva das soluções é sempre fonte de regeneração, de resolução de conflitos e de progresso.
Mas [a Madeira] está longe de beneficiar da democracia na sua plenitude.
Não é esta a nossa concepção de política, não é iludindo os problemas ou calando críticas que o País progride ou se mobilizam os cidadãos para uma nova atitude de iniciativa, de responsabilidade e de esforço.
[Os Madeirenses] têm demonstrado ao longo da sua história uma extraordinária capacidade de reacção aos estímulos, quando se incentiva a criatividade e a [sua] energia (…) e se cria um clima de confiança nas instituições.
Não é com concepções centralizadoras e falsamente proteccionistas, muitas vezes ameaçadoras da liberdade de opinião, que conseguimos acompanhar o ritmo de desenvolvimento [das restantes regiões europeias]. .
Pelo contrário. A competitividade da economia é prioritária para que se consiga a criação de emprego estável, melhoria de salários e maior segurança e protecção social.
É urgente um quadro de actuação claro em que se confie [nos Órgãos de Governo próprio] e nos poderes públicos para estimular, apoiar e garantir o estrito cumprimento das regras do jogo.
É na área da política económica que a asfixia que o actual Governo nos impõe se torna mais visível.
Os sucessivos governos [do PSD], que ocuparam o poder [nestes 33] anos, desperdiçaram recursos gigantescos e tornaram muito difícil a vida das pequenas e médias empresas, esmagando qualquer esperança de iniciativa empresarial transformadora.
Na sua concepção centralizadora, o [PSD] canalizou recursos para projectos sem rentabilidade ou justificação económica e, vai deixar [a Madeira] endividada como nunca, e sem perspectivas de ultrapassar a estagnação […]
O nosso programa económico será exactamente o oposto de tudo isto.
A prioridade será para a competitividade da economia, para a produtividade e criatividade empresarial, removendo custos e obstáculos à eficiência das pequenas e médias empresas.
É imperioso reduzir os custos operacionais, aliviar a carga burocrática, reduzir a fiscalidade ligada à criação de emprego e apoiar a exportação.
Mas é sobretudo preciso que o sucesso se baseie no mérito, em vez de proteger simplesmente os que querem manter-se como estão, sem esforço, sem modernização e sem responsabilidade.
Entre outros problemas complexos, o mundo atravessa hoje uma séria crise de crédito. O financiamento é mais difícil, os credores são mais exigentes, os riscos mais difíceis de aceitar.
Como é que o Governo enfrenta esta crise? Com [uma dívida recorde] recorde e em crescimento sem limite previsível, o que nos obriga a todos, particulares, famílias e empresas, a pagar mais pelo crédito a que recorremos.
Por isso, se desiste de muitos projectos produtivos e se abandonam iniciativas que teriam o risco próprio da inovação e do progresso.
E qual o motivo porque nos endividamos?
Para financiar projectos megalómanos que são um extraordinário luxo para [a Região] porque não criam riqueza, mas que implicarão muitos anos de sacrifício para serem pagos.
O [PSD] propõe uma política económica diametralmente oposta, que conduza ao enriquecimento [da Madeira].
Uma política atenta à escassez de recursos e ao seu custo, porque o pouco capital que temos não pode ser esbanjado.
Propomos uma atenção crescente à poupança, sem a qual o crescimento não pode ser financiado.
Daremos prioridade absoluta aos investimentos de grande impacto na produtividade e na inovação. Só com o reforço da nossa capacidade exportadora e de concorrência poderemos afirmar-nos, ou mesmo sobreviver, em mercados cada vez mais agressivos.
É por este motivo que não desistiremos de conhecer e avaliar os critérios que levaram o Governo a tomar decisões sobre grandes obras públicas.
Mas é no emprego que a política económica que defendemos melhor mostrará os seus resultados.
O desemprego crónico que se instalou na nossa economia é a manifestação mais clara da acção do governo [do PSD], a consequência de políticas erradas e incapazes de reorientar a política económica para a criação de postos de trabalho.
São as pequenas e médias empresas e os sectores mais expostos à concorrência que podem criar mais empregos de qualidade.
Ao destruir a competitividade da economia, o Governo tem destruído muitos milhares de postos de trabalho e impedido a criação de muitos mais.
Resta, assim, aos [Madeirenses] a aceitação de salários cada vez mais distantes dos que se praticam na Europa, como única forma de assegurar os postos de trabalho que ainda existem e se vão mantendo.
Não admira que a emigração se tenha tornado de novo a última tábua de salvação para muitos dos nossos [conterrâneos].
Neste contexto, a qualidade dos serviços públicos é um dos factores mais decisivos de bem-estar dos cidadãos e uma marca diferenciadora das sociedades mais desenvolvidas e mais justas.
É sabido que as sociedades modernas e desenvolvidas necessitam de um Estado de dimensão importante, moderno, sofisticado e eficaz.
A reforma da Administração Pública é talvez a área onde este Governo mais prometeu e menos concretizou, por incompetência ou falta de coragem política.
Na Administração Pública não houve só três anos desperdiçados. Houve um óbvio e grave retrocesso e o enfraquecer das instituições.
A reestruturação dos serviços saldou-se por uma mão cheia de nada, no que se refere à eficácia e transparência.
Pelo caminho, os serviços viveram anos de incerteza, de confusão, e desorientação.
Serviu para adaptar a máquina aos interesses do [PSD] completando silenciosamente uma operação em grande escala do controlo político dos cargos da administração pública.
A avaliação de desempenho, invocada como trave mestra de toda a mudança, saldou-se por um logro em que florescem muitas prepotências e se afundam muitas esperanças.
É urgente libertar [a Madeira] e as instituições do sectarismo partidário, que conduz à instabilidade e ao desprestígio de muitas organizações.
A modernização do Estado implica que se valorize o profissionalismo e o mérito e se abra caminho a uma nova cultura de responsabilidade, mérito e isenção.
Sem respeito por estes princípios, sem independência e sem solidez estrutural, o Estado é muito vulnerável à corrupção, ao tráfico de influências e ao enriquecimento ilícito, fenómenos que devem ser eficazmente combatidos na sua expressão efectiva mas que devem, sobretudo, ser prevenidos com determinação e seriedade.
De pouco serve aprovar leis contra a corrupção quando a organização é caótica, instável e politizada.
Caros [Camaradas],
Em muitos outros sectores da vida nacional podemos encontrar claros sinais do mau Governo do [PSD] que deixa o país sem confiança, sem alento e sem recursos.
Há o sentimento generalizado de fracasso, ninguém duvida que [a Madeira] está muito abaixo do que poderia e deveria estar no seu nível de desenvolvimento.
Salvo para o pequeno grupo que caiu nas graças ou na dependência do poder […] , para a maioria das pessoas a vida está cada vez mais difícil.
A confiança na qualidade e exigência do sistema educativo não melhorou e a classe dos professores conheceu um ataque sem precedentes, ao seu prestígio e autoridade.
(…)
A valorização das pessoas, o estímulo ao capital humano no sector público, incluindo em áreas de elevada qualificação e investimento na formação, é pura e simplesmente ignorado.
Na agricultura, as queixas contra o Governo, as dificuldades causadas por políticas erradas e surdas aos apelos, são caladas com o estrangulamento financeiro e premeditado das associações representativas do sector.
(…)
Caros [Camaradas]
O diagnóstico sobre a condução da vida política no nosso País está feito.
Os resultados estão à vista de todos e são medíocres. Fraco crescimento económico, níveis de desemprego elevados e, muito especialmente, manutenção da disparidade entre os mais ricos e os mais pobres.
Perante a mediocridade dos resultados, o [PSD] insiste na mesma política.
O [PS] afirma que perante a mediocridade de resultados tem de se mudar de política.
Não é demais recordar que o [PSD] desperdiçou oportunidades extraordinárias para imprimir um ritmo de desenvolvimento e progresso de que carecemos para competir na Europa e no Mundo.
Com um Governo do [PS] e uma outra política o País poderá regressar a uma via de prosperidade.
Esse objectivo tem de incluir todos os cidadãos. Não pode ser feito à custa do agravamento da pobreza de uns para o aumento da riqueza de poucos.
O Estado não pode criar a ilusão de que pode, por si só, resolver todos os problemas de desigualdade e pobreza.
Mas pode fazer muito, se orientar a sua acção exclusivamente para os que dela necessitam.
É indispensável que se descentralize a rede de apoios sociais, ao mesmo tempo que o Estado se deve concentrar na avaliação muito rigorosa dos meios e dos efeitos desta intervenção.
(…)
O ano que nos espera é de muito trabalho e exigência.
Vamos ter vários actos eleitorais, todos eles importantes e que exigem o empenho de todo o Partido porque queremos ganhar.
[A Madeira] precisa e merece melhor Governo.
Nós temos uma ambição para [a Madeira] e ela não é maior nem menor do que a do [PSD . É diferente, profundamente diferente.
Do Governo do [PSD] não resultou qualquer benefício para a [Madeira] .
Do nosso, resultará o progresso e é essa ambição que nos move e nos motiva.
[Contamos] convosco para, em conjunto, construirmos uma [Madeira] à medida das nossas ambições.
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o sistema laranja cai à gargalhada
domingo, 7 de setembro de 2008
sábado, 6 de setembro de 2008
E VOU MAIS LONGE PARA QUE NÃO SUBSISTAM DÚVIDAS: JOSÉ MANUEL COELHO JÁ MOSTROU QUE NÃO É UM DEMOCRATA E É PERSONA NON GRATA NA FESTA DO PS
José Manuel Coelho do PND, que tanta fala do regime jardinista, não aceita afinal críticas, parte logo para o insulto e nem sequer se dá ao trabalho, como é próprio dos ditadores, de responder às críticas, acha que não vale a pena. Como socialista de base, considero-o persona non grata na Festa da Liberdade; justamente por ser da liberdade, não se coaduna bem com defensores de regimes que se limitam a mandar para os campos de concentração os críticos, em vez de saberem das suas razões ou falta delas.
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OS FASCISTÓIDES DO PND
O QUE JARDIM PROPÕE É APENAS A MUDANÇA DA DESIGNAÇÃO DO CARGO DE PRESIDENTE DO GOVERNO E A SUA ELEIÇÃO PELO PARLAMENTO, COMO ACONTECE EM ESPANHA
O líder do PSD não propõe nada de novo: extinção pura e simples do cargo de ministro ou representante; alteração da designação de presidente do governo para presidente da região e a sua eleição pelo parlamento, como acontece com o Presidente do Governo espanhol, em vez da sua nomeação como até agora. Novo seria se o Representante fosse substituído pelo Presidente da Região, o que não é o caso, e que este fosse eleito pelo parlamento e no futuro eleito por sufrágio directo e universal, coisa difícil de engolir pelos directórios continentais dos partidos.
NÃO AO CARGO DE MINISTRO OU REPRESENTANTE DA REPÚBLICA OU LÁ O QUE É, DIZ JOÃO CARLOS GOUVEIA.E FIM À IRRESPONSABILIDA-DE DOS ÓRGÃO DE SOBERANIA
SOUBE DA DECLARAÇÃO DE JOÃO CARLOS GOUVEIA E APOIO TOTALMENTE: FIM AO CARGO DE MINISTRO DA REPÚBLICA, TAMPÃO DOS DESMANDOS DO PSD E DO SEU GOVERNO NA MADEIRA. FORA COM O REPRESENTANTE DA IRRESPONSABILIDADE POLÍTICA DOS ÓRGÃOS DE SOBERANIA PERANTE OS PORTUGUESES DA MADEIRA!
O RISCO DO USO DESAVISADO DAS MEZINHAS CASEIRAS
Seguindo o conselho de quem se aponta de autoridade reconhecida na matéria, e me parece genuinamente ser, seja lá de quem for, e a curiosidade é meramente literária, que não de outra natureza, até porque qualquer pessoa não se manifesta ela mesma de todo, ou não fosse pessoa a evolução dessa persona que põe máscara em quanto é, já se me aprestava ao chá da dita alfavaca da serra, até com algum gosto nostálgico, porque a primeira planta que vi da dita erva nos anos pueris se alcandorava numa palmeira que ainda resiste, do pouco que resistiu, junto ao novo parque de estacionamento do hospital da Cruz de Carvalho da minha saudosa escola primária, eis senão quando me diz uma velha tia que no meu caso era mais a hortelã-pimenta e que a alfavaca só servia para para piorar. Não serviu directamente a receita mas deu azo a outra recomendável ao caso. E mesmo que não o espere, obrigado na mesma. E continue bucolicamente, qual Herculano em Vale de Lobos, sobre as frutos que lhe devem proprocionar os cuidados e apoios do sistema hidráulico.
A CANALHA FASCISTA E SOCIAL-FASCISTA DO PRAVDA VOLTA AOS ATAQUES NAZIS
O Bloque oficial de José Manuel Coelho do PND diz isto: "Almada coloca[,] no devido lugar, o falso democrata Miguel Fonseca", assim, sem mais. É evidente que se trata de uma raciocínio fascista. Sou socialista, e depois? A ideia de que os socialistas devem ficar deslumbrados com todas as iniciativas da outra oposição, calados com todas as críticas da outra oposição, estáticos e extáticos quando a outra oposição faz barricada contra o PS, se deixar ficar quando certa oposição acha que tem o monopólio de esquerda pode ter feito escola dentro do PS, nunca teve o meu acordo e tem cada vez menos o acordo do actual PS. O Alberto João é ditador mas o blogue do Senhor Coelho e da sua propaganda acha que as críticas às suas iniciativas políticas são de falsos democratas, que interessante. Estão mal habituados, pois estão.
O que o senhor Coelho e o blogue dele, dele, da sua propaganda política não dizem é que estão, objectivamente, a fazer o jogo do PPD e da sua manobra de esvaziar o parlamento, lá isso não dizem.
O que o senhor Coelho e o blogue dele, dele, da sua propaganda política não dizem é que estão, objectivamente, a fazer o jogo do PPD e da sua manobra de esvaziar o parlamento, lá isso não dizem.
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OS FASCISTÓIDES DO PND
E PACHECO PEREIRA JÁ VISITOU A MADEIRA?
Publiquei hoje a segunda parte de um artigo de Pacheco Pereira no Público extremamente crítico para o PS e José Sócrates. Não vou agora fazer a análise de eventuais faltas de isenção do articulista, que, como se sabe é do PSD. O que digo é que a leitura do artigo me levou constantemente a sentir inconscientemente, sobretudo quando fala da televisão, que Pacheco estava a falar da Madeira. (Não vou ao ponto de dizer que Pacheco estava a criticar o PSD-Madeira e Alberto João Jardim através de Sócrates, mas lá que é irónico é). O que pergunto, além de me lembrar de uma conhecida frase popular "[Pacheco] fala de barriga cheia", é: que diria Pacheco se vivesse na Madeira? Ou melhor ainda: Pacheco não conhece o que se passa na Madeira? Por que razão não fala? Parafraseando um velho fado, por que se cala, quando a verdade se lhe pede?
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DEMOCRACIA OU DITADURA
O que faz falta: escrutínio, tónus crítico, crítica (II)
O Governo de José Sócrates foge do escrutínio e é protegido por um sistema complacente e acrítico
4. Manipulação de estatísticas
A manipulação de estatísticas é uma especialidade do primeiro-ministro. Chega a ser chocante como são manipulados os números do emprego/desemprego, contra todas as evidências e realidades. O primeiro-ministro tem uma técnica que qualquer professor conhece nos estudantes que querem disfarçar o que não sabem: argumenta que o que lhe perguntam (ou o facto que é suposto comentar) não é "importante", o que é "importante" é um factóide lateral, uma comparação conveniente com uma série qualquer sem valor estatístico, ou com um facto desirmanado do seu conjunto. Um truque estatístico típico é a comparação (sem qualquer valor estatístico) com os anos 2002-2004 dos governos PSD/CDS, esquecendo que, na esmagadora maioria dos casos, os resultados desses anos só se compreendem integrados nas séries estatísticas mais longas, em particular incluindo os governos Guterres, de que José Sócrates fez parte.
A realidade é que nos últimos treze anos é o PS que governa Portugal, com um pequeno hiato de três anos de governos PSD/CDS. Qualquer referência ao "passado", e ao que nele se fez ou não se fez, atinge em primeiro lugar o PS.
5. Ocultação de dados ou informações relevantes para o escrutínio de uma política
Quando o ministro da Administração Interna alegou que desconhecia que número de polícias tinham saído, para se saber se, na relação entre novas entradas e saídas, havia um saldo positivo, não fez mais do que seguir uma política consistente neste Governo de ocultação sistemática das informações que pensa serem prejudiciais, não só para a apresentação propagandística das suas medidas como para a sua contestação. Embora já poucos se lembrem, a história futura do "caso Ota" há-de lembrar que foi exactamente assim que ele começou a ser polémico. Na fase inicial da contestação da Ota, já a matéria era tida como adquirida pela comunicação social, foram os blogues que exigiram a publicação dos estudos realizados para sustentar essa opção. A resposta inicial foi negativa, mas face a essa pressão, admitida pelo primeiro-ministro e ministro das Obras Públicas na Assembleia, lá foram colocados alguns dos estudos na Internet. A partir daí passou a ser claro para muitos que não só a opção estava mal pensada como faltavam elementos decisivos para o seu julgamento. Depois foi a bola de neve.
No momento em que escrevo, um número significativo de requerimentos existem na Assembleia da República sobre documentos básicos para o julgamento do plano de obras públicas do Governo, em particular no plano rodoviário. O Governo nega-se a responder.
6. Pressões para que não se faça o escrutínio de informações potencialmente danosas para o PM
O facto singular que mais me preocupa na maneira como este Governo, em particular o primeiro-ministro, usa o poder foi o modo como reagiu às dúvidas e acusações sobre dois aspectos do seu currículo profissional, as suas qualificações académicas e a sua actividade de autor de projectos de casas. Houve um cheiro de Watergate no episódio. Em nenhum dos casos as dúvidas fundamentais foram respondidas e muitos aspectos obscuros persistem por esclarecer. Alguns dos documentos são particularmente bizarros, como as emendas ao currículo na Assembleia da República, e o primeiro-ministro mostrou um conceito muito elástico da verdade, fugindo de responder ao que lhe perguntavam.
Mas ainda pior e mais preocupante foi o modo como se tratou este "caso", com o Governo e o primeiro-ministro a tudo fazerem primeiro para o abafar, quando ele ainda estava confinado a um blogue, depois para o circunscrever ao jornal que o lançou, e, depois de este ter alastrado, para desacreditar quem o tinha suscitado, o PÚBLICO. Tratava-se de uma investigação com inteira legitimidade jornalística, visto que em qualquer país democrático é normal o escrutínio do currículo profissional do primeiro-ministro, que aliás estava oficialmente publicado pelo Governo e depois foi alterado.
O modo como quem teve coragem de suscitar estes casos foi pressionado, atacado na sua credibilidade e isolado, com a conivência de muitos silêncios incomodados, foi e é um dos mais sinistros sinais do modo como este Governo condiciona a liberdade crítica através de um sistema de pressões explícitas e implícitas.
7. Manipulação de informação através da comunicação social controlada pelo Governo
Depois de ter escrito a primeira parte deste artigo, a RTP ofereceu um excelente exemplo daquilo para que serve ao Governo: no dia 30 de Agosto, no noticiário das 13h, a RTP mostrou serviço. Estava-se em pleno apogeu de notícias sobre a criminalidade violenta e o MAI tinha metido os pés pelas mãos nas entrevistas dos dias anteriores. Uma operação espectacular apresentada como sendo de resposta à criminalidade violenta, convenientemente acompanhada por tudo o que é jornalista (o que diz muito sobre a sua confidencialidade), punha na rua centenas de polícias, GNR, carros e helicópteros. Na verdade, o que se estava a passar tinha bem pouco a ver com a criminalidade violenta, mas era apenas uma gigantesca operação stop, dando os resultados que se esperam de uma operação stop: condução com excesso de álcool, doses de droga para consumo, meia dúzia de armas brancas. O puxar de todos os recursos para essa operação dava aliás uma excelente oportunidade ao crime, visto que o policiamento, já de si escasso, de muito do país, ficou ainda mais ausente. Mas era preciso fazer o show e o show foi feito. Não terá continuidade, porque não há recursos e a sua eficácia é limitada a crimes menores, mas passa bem na televisão.
Mas a RTP fez mais. Fez uma peça sobre a criminalidade, montada com as declarações que tinham feito na véspera o PP e o PSD, intercaladas por declarações especiais feitas para o efeito do ministro dos Assuntos Parlamentares, por coincidência o ministro da tutela da RTP. Ou seja, tudo estava montado para a peça servir para o ministro responder na televisão, sempre com o direito à última palavra numa peça de encomenda. A coisa era tão escandalosa que à noite já não foi repetida, dados os protestos.
8. Áreas importantes da governação não têm qualquer escrutínio
O Governo beneficia da falta de atenção comunicacional a áreas inteiras da governação que não têm qualquer escrutínio. Isso deve-se quer à falta de especialização ou de interesse dos jornalistas, quer a uma ideia de falso consenso sobre essas matérias. Entre as áreas que não têm qualquer escrutínio sistemático contam-se a cultura, a defesa, os negócios estrangeiros. A cultura é talvez um dos casos mais flagrantes de falta de qualquer tratamento comunicacional crítico, o que igualmente traduz quer a pequenez do nosso meio cultural, sem grande espaço para a independência crítica, quer o modo como se condicionam as "imagens" na área cultural. O ministro entrou incensado pelas vozes do sector e basta isso para depois ninguém lhe tocar.
Outro caso, mais grave ainda, foi a presidência portuguesa da UE, em que o escrutínio crítico desaparece substituído por um "jornalismo de causas" que partilha com o Governo um "desígnio" nacional e patriótico e "europeísta".
9. Colocação no mesmo plano das propostas da oposição e das do Governo e pressões para que a discussão se centre nas propostas da oposição "igualizando-as" às do Governo
Há uma diferença fundamental entre a oposição e o Governo, é que o Governo é que detém o poder, é ele o primeiro a dever ser escrutinado por todos os meios possíveis. No essencial, é ele que "faz" ou não "faz", é ele que detém os meios e a informação, os peritos e o know how, o conhecimento detalhado das condições financeiras e outras. Isso não significa que a oposição não deva igualmente ser escrutinada nas suas propostas. Só que não é a mesma coisa, nem deve parecer que é a mesma coisa. Aliás, existe muitas vezes o erro de a oposição querer parecer que é idêntica ao Governo na sua capacidade de apresentar propostas de governação. Não é, nem deve procurar ser, deve apresentar propostas que tenham outra lógica, a de alternativas de políticas, mas evitar na maioria dos casos a apresentação de medidas concretas no mesmo plano de uma proposta governamental. Interessa aos governos esta "igualização" comunicacional como típica política de distracção e desresponsabilização.
Estes são alguns exemplos do modo como o actual Governo de José Sócrates foge de ser escrutinado como devia e como um sistema complacente e acrítico o protege de revelar os medíocres resultados de uma governação que, à partida, tinha excepcionais e únicas condições para ser diferente. Historiador
4. Manipulação de estatísticas
A manipulação de estatísticas é uma especialidade do primeiro-ministro. Chega a ser chocante como são manipulados os números do emprego/desemprego, contra todas as evidências e realidades. O primeiro-ministro tem uma técnica que qualquer professor conhece nos estudantes que querem disfarçar o que não sabem: argumenta que o que lhe perguntam (ou o facto que é suposto comentar) não é "importante", o que é "importante" é um factóide lateral, uma comparação conveniente com uma série qualquer sem valor estatístico, ou com um facto desirmanado do seu conjunto. Um truque estatístico típico é a comparação (sem qualquer valor estatístico) com os anos 2002-2004 dos governos PSD/CDS, esquecendo que, na esmagadora maioria dos casos, os resultados desses anos só se compreendem integrados nas séries estatísticas mais longas, em particular incluindo os governos Guterres, de que José Sócrates fez parte.
A realidade é que nos últimos treze anos é o PS que governa Portugal, com um pequeno hiato de três anos de governos PSD/CDS. Qualquer referência ao "passado", e ao que nele se fez ou não se fez, atinge em primeiro lugar o PS.
5. Ocultação de dados ou informações relevantes para o escrutínio de uma política
Quando o ministro da Administração Interna alegou que desconhecia que número de polícias tinham saído, para se saber se, na relação entre novas entradas e saídas, havia um saldo positivo, não fez mais do que seguir uma política consistente neste Governo de ocultação sistemática das informações que pensa serem prejudiciais, não só para a apresentação propagandística das suas medidas como para a sua contestação. Embora já poucos se lembrem, a história futura do "caso Ota" há-de lembrar que foi exactamente assim que ele começou a ser polémico. Na fase inicial da contestação da Ota, já a matéria era tida como adquirida pela comunicação social, foram os blogues que exigiram a publicação dos estudos realizados para sustentar essa opção. A resposta inicial foi negativa, mas face a essa pressão, admitida pelo primeiro-ministro e ministro das Obras Públicas na Assembleia, lá foram colocados alguns dos estudos na Internet. A partir daí passou a ser claro para muitos que não só a opção estava mal pensada como faltavam elementos decisivos para o seu julgamento. Depois foi a bola de neve.
No momento em que escrevo, um número significativo de requerimentos existem na Assembleia da República sobre documentos básicos para o julgamento do plano de obras públicas do Governo, em particular no plano rodoviário. O Governo nega-se a responder.
6. Pressões para que não se faça o escrutínio de informações potencialmente danosas para o PM
O facto singular que mais me preocupa na maneira como este Governo, em particular o primeiro-ministro, usa o poder foi o modo como reagiu às dúvidas e acusações sobre dois aspectos do seu currículo profissional, as suas qualificações académicas e a sua actividade de autor de projectos de casas. Houve um cheiro de Watergate no episódio. Em nenhum dos casos as dúvidas fundamentais foram respondidas e muitos aspectos obscuros persistem por esclarecer. Alguns dos documentos são particularmente bizarros, como as emendas ao currículo na Assembleia da República, e o primeiro-ministro mostrou um conceito muito elástico da verdade, fugindo de responder ao que lhe perguntavam.
Mas ainda pior e mais preocupante foi o modo como se tratou este "caso", com o Governo e o primeiro-ministro a tudo fazerem primeiro para o abafar, quando ele ainda estava confinado a um blogue, depois para o circunscrever ao jornal que o lançou, e, depois de este ter alastrado, para desacreditar quem o tinha suscitado, o PÚBLICO. Tratava-se de uma investigação com inteira legitimidade jornalística, visto que em qualquer país democrático é normal o escrutínio do currículo profissional do primeiro-ministro, que aliás estava oficialmente publicado pelo Governo e depois foi alterado.
O modo como quem teve coragem de suscitar estes casos foi pressionado, atacado na sua credibilidade e isolado, com a conivência de muitos silêncios incomodados, foi e é um dos mais sinistros sinais do modo como este Governo condiciona a liberdade crítica através de um sistema de pressões explícitas e implícitas.
7. Manipulação de informação através da comunicação social controlada pelo Governo
Depois de ter escrito a primeira parte deste artigo, a RTP ofereceu um excelente exemplo daquilo para que serve ao Governo: no dia 30 de Agosto, no noticiário das 13h, a RTP mostrou serviço. Estava-se em pleno apogeu de notícias sobre a criminalidade violenta e o MAI tinha metido os pés pelas mãos nas entrevistas dos dias anteriores. Uma operação espectacular apresentada como sendo de resposta à criminalidade violenta, convenientemente acompanhada por tudo o que é jornalista (o que diz muito sobre a sua confidencialidade), punha na rua centenas de polícias, GNR, carros e helicópteros. Na verdade, o que se estava a passar tinha bem pouco a ver com a criminalidade violenta, mas era apenas uma gigantesca operação stop, dando os resultados que se esperam de uma operação stop: condução com excesso de álcool, doses de droga para consumo, meia dúzia de armas brancas. O puxar de todos os recursos para essa operação dava aliás uma excelente oportunidade ao crime, visto que o policiamento, já de si escasso, de muito do país, ficou ainda mais ausente. Mas era preciso fazer o show e o show foi feito. Não terá continuidade, porque não há recursos e a sua eficácia é limitada a crimes menores, mas passa bem na televisão.
Mas a RTP fez mais. Fez uma peça sobre a criminalidade, montada com as declarações que tinham feito na véspera o PP e o PSD, intercaladas por declarações especiais feitas para o efeito do ministro dos Assuntos Parlamentares, por coincidência o ministro da tutela da RTP. Ou seja, tudo estava montado para a peça servir para o ministro responder na televisão, sempre com o direito à última palavra numa peça de encomenda. A coisa era tão escandalosa que à noite já não foi repetida, dados os protestos.
8. Áreas importantes da governação não têm qualquer escrutínio
O Governo beneficia da falta de atenção comunicacional a áreas inteiras da governação que não têm qualquer escrutínio. Isso deve-se quer à falta de especialização ou de interesse dos jornalistas, quer a uma ideia de falso consenso sobre essas matérias. Entre as áreas que não têm qualquer escrutínio sistemático contam-se a cultura, a defesa, os negócios estrangeiros. A cultura é talvez um dos casos mais flagrantes de falta de qualquer tratamento comunicacional crítico, o que igualmente traduz quer a pequenez do nosso meio cultural, sem grande espaço para a independência crítica, quer o modo como se condicionam as "imagens" na área cultural. O ministro entrou incensado pelas vozes do sector e basta isso para depois ninguém lhe tocar.
Outro caso, mais grave ainda, foi a presidência portuguesa da UE, em que o escrutínio crítico desaparece substituído por um "jornalismo de causas" que partilha com o Governo um "desígnio" nacional e patriótico e "europeísta".
9. Colocação no mesmo plano das propostas da oposição e das do Governo e pressões para que a discussão se centre nas propostas da oposição "igualizando-as" às do Governo
Há uma diferença fundamental entre a oposição e o Governo, é que o Governo é que detém o poder, é ele o primeiro a dever ser escrutinado por todos os meios possíveis. No essencial, é ele que "faz" ou não "faz", é ele que detém os meios e a informação, os peritos e o know how, o conhecimento detalhado das condições financeiras e outras. Isso não significa que a oposição não deva igualmente ser escrutinada nas suas propostas. Só que não é a mesma coisa, nem deve parecer que é a mesma coisa. Aliás, existe muitas vezes o erro de a oposição querer parecer que é idêntica ao Governo na sua capacidade de apresentar propostas de governação. Não é, nem deve procurar ser, deve apresentar propostas que tenham outra lógica, a de alternativas de políticas, mas evitar na maioria dos casos a apresentação de medidas concretas no mesmo plano de uma proposta governamental. Interessa aos governos esta "igualização" comunicacional como típica política de distracção e desresponsabilização.
Estes são alguns exemplos do modo como o actual Governo de José Sócrates foge de ser escrutinado como devia e como um sistema complacente e acrítico o protege de revelar os medíocres resultados de uma governação que, à partida, tinha excepcionais e únicas condições para ser diferente. Historiador
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DEMOCRACIA OU DITADURA
MOTA AMARAL: NORMAS DO ESTATUTO DOS AÇORES QUE NÃO SÃO INCONSTITUCIONAIS DEVEM MANTER-SE
LIDO NO PÚBLICO
"O deputado do PSD Mota Amaral defendeu ontem que as normas do Estatuto Político--Administrativo dos Açores que suscitaram "observações" do Presidente Cavaco Silva devem manter-se, por não limitarem poderes estabelecidos na Constituição. "A revisão constitucional de 2004 não foi feita para cercear os poderes do Presidente da República, no que diz respeito às questões autonómicas", afirmou Mota Amaral, na sede do PSD-Açores. As alterações ao estatuto devem assim limitar-se aos artigos considerados inconstitucionais".
"O deputado do PSD Mota Amaral defendeu ontem que as normas do Estatuto Político--Administrativo dos Açores que suscitaram "observações" do Presidente Cavaco Silva devem manter-se, por não limitarem poderes estabelecidos na Constituição. "A revisão constitucional de 2004 não foi feita para cercear os poderes do Presidente da República, no que diz respeito às questões autonómicas", afirmou Mota Amaral, na sede do PSD-Açores. As alterações ao estatuto devem assim limitar-se aos artigos considerados inconstitucionais".
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ESTATUTO POLITICO
400 (QUATROCENTAS) MIL PESSOAS NO CHÃO DA LAGOA, APONTOU UM ANTIGO PIDE QUE ESTEVE LÁ A CONTAR VIATURAS
Toda a gente sabe que, na Festa da Autonomia há sempre mais gente do que na Festa da Liberdade - e não é por dever de ofício que lá vão, não é por obrigação, não senhor, é por pura e espontânea vontade, para ouvir aqueles sempre renovados discursos - por exemplo, aquela de equiparar a Madeira a uma meretriz que se prostitui é novíssima, não é? - por isso, a nossa inenarrável televisão não se dá ao desplante nem se atreve a adjectivar a festa da Autonomia, contra todas as regras do jornalismo - jornalismo, jornalismo, se aquilo é jornalismo eu vou ali (à privada (SIC e TVI) e já venho - como adjectivou a Festa da Liberdade - o que dispensou os blogues de comentar a festa - acho engraçado alguns blogues, que se limitam eles também a lançar epítetos sobre este e sobre aquele a decretar do alto da sua inanidade que não viram novidades - o que é que queriam - insultos, ataques antipatrióticos, atentados à democracia? - mas então enganaram-se na Festa, isso é na do lado - mas a verdade é que agora o basta-que-sim tem números que comprovam. Foi um ex-pide que
no-los forneceu: foi lá, contou os autocarros, as viaturas ligeiras, as carrinhas, os jipes, incluindo as marcas, viu ainda o número de pessoas por metro quadrado, subtraiu as clareiras, somou os ajuntamentos por entre as árvores e chegou ao impressionante número de trezentos e oitenta e cinco mil novecentos e setenta e cinco (arredondamos no título, reconheça-se). Dirão as más línguas: superior à população da ilha? Pode lá ser? São os inimigos da Madeira, claro! (Oh meninos, vão bugiar para a Conchonchina!).
no-los forneceu: foi lá, contou os autocarros, as viaturas ligeiras, as carrinhas, os jipes, incluindo as marcas, viu ainda o número de pessoas por metro quadrado, subtraiu as clareiras, somou os ajuntamentos por entre as árvores e chegou ao impressionante número de trezentos e oitenta e cinco mil novecentos e setenta e cinco (arredondamos no título, reconheça-se). Dirão as más línguas: superior à população da ilha? Pode lá ser? São os inimigos da Madeira, claro! (Oh meninos, vão bugiar para a Conchonchina!).
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o sistema laranja cai à gargalhada
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Os aditícios e diminuendos de Bernardino da Purificação
Bernardino da Purificação, nome, pseudónimo ou heterónimo de pessoa ou personagem, mas sem identidade espontaneamente desvelada, posto que presumível, e, desse ponto de vista, sem nome ou ortónimo, que tanto dá, irrevogável e individualmente atribuível, o que lhe confere o estatuto equiparado ao de um qualquer anónimo ou sem assinatura reconhecível, direito que, primacialmente, lhe assiste, em eventual conflito com o sistema, sim, sistema, não duvide, mas, ainda assim, não necessariamente descrente das suas virtudes e virtualidades, vê, como o sistema vê, o sistema que a si se não vê, porque não se enxerga, vê Bernardino, Bernardino, que nunca parece ter descortinado a patologia profunda do sistema, mesmo que ele revele, desde há muito, ainda, quem sabe, do tempo em que Bernardino o promovesse de caneta em riste, crescentes sintomas e frequentes delírios, alucinações e abulia, isto para usar a nomenclatura, e não me refiro à nomenclatura do sistema, do campo patológico ou psicanalítico que Bernardino usa, que o PS padece, congenitamente, de esquizofrenia, partindo do dado de que há nele interesses económicos: se esse, o do económico, é o critério para o diagnóstico, qual será o síndroma do PSD dos muitas e variegados interesses económicos, personalidade múltipla ou desagregação acelerada e galopante da personalidade política? Sim, o que é aquilo, aquela coisa que nos governa ou já nos não governa? Bernardino da Purificação, meu caro senhor, vá por mim, de barroco e rococó não desmerece gongoricamente da culteranista pena, mas de análise política, ou do bisturi, falta-lhe a clarividência da objectividade e o ainda necessário maior distanciamento anímico, mesmo que o distanciamento físico lhe possa criar a ilusão de já poder diagnosticar sem risco para o paciente, tenha paciência.
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o sistema laranja
Rússia apoia Quebeque livre (onde também se fala de Fernando Rosas)
Lido no Público
António Vilarigues
Qual seria a reacção dos EUA se a Rússia instalasse um sistema ABM em Cuba ou no México?
1. Em reunião realizada no passado dia 3 de Setembro, na cidade de Montreal, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, manifestou o seu apoio a um Quebeque livre. O primeiro-ministro desta província independentista do Canadá, o liberal Jean Charest, agradeceu as palavras do seu homólogo da Rússia. Ambos recordaram, perante centenas de jornalistas de todo o mundo, a célebre frase pronunciada nessa mesma cidade a 24 de Julho de 1967 pelo então Presidente da República da França, Charles de Gaulle: "Vive le Québec libre!".
No decorrer das negociações entre as duas delegações ficou acordado que a Rússia instalaria no Quebeque um sistema antimísseis de longo alcance. O objectivo é proteger os aliados da Rússia na América do Norte e na América Latina contra os mísseis de longo alcance quer do Irão, quer da República Democrática Popular da Coreia (Norte). Foram reforçadas significativamente as ligações políticas, económicas, culturais e militares.
Em simultâneo, o subcomandante Marcos, líder do movimento independentista de Chiapas, no México, era recebido em Moscovo pelo presidente Dmitri Medvedev. Além de ter garantido o apoio às suas pretensões de independência, o subcomandante Marcos obteve a promessa de instalação, nesta província mexicana, de um poderoso radar que se articulará com o sistema antimíssil a instalar no Quebeque. Foram igualmente assinados importantes acordos económicos e militares.
Todos estes líderes políticos reafirmaram que estas decisões não atentam contra os interesses dos Estados Unidos.
Face a estes acontecimentos, George W. Bush convocou de emergência para a próxima segunda-feira, dia 8, uma cimeira com o presidente do México e com o primeiro-ministro do Canadá, respectivamente Felipe Calderón e Stephen Harper.
Em simultâneo, a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, apresentou um enérgico protesto dos EUA. Segundo afirmou, estes acordos, nomeadamente na sua parte militar, traduzem-se numa violação descarada e grosseira quer dos tratados SALT (Strategic Arms Limitation Talks) I e II, quer dos acordos ABM (Antiballistic Missile) assinados com a então URSS. Os Estados Unidos vão reunir-se com os seus aliados e darão a devida resposta a estas provocações, disse.
Entretanto, os Presidentes de Cuba, Raul Castro, e da Venezuela, Hugo Chávez, manifestaram-se disponíveis para mediar as partes em confronto.
É claro, caro leitor, que estamos perante um cenário político de ficção. Mas estaremos mesmo? Qual seria a reacção da administração norte-americana se a Rússia, com pretextos tão falaciosos como os dos EUA em relação à Polónia e à República Checa, instalasse um sistema ABM em Cuba, ou no México, ou na Jamaica, ou...?
2. É curioso como certos historiadores, quando falam de si próprios, transformam a história em estória.
Em 5 de Dezembro de 2006, escrevi nesta mesma coluna: "Por ocasião da morte de Álvaro Cunhal, p. ex., assisti, estupefacto, a um [ex-comunista] a afirmar perante as câmaras da televisão que tinha abandonado o PCP em 1969 por divergências sobre a situação na Checoslováquia. Só que a realidade foi outra. Expulso em 1964 [de facto foi em 1965], cinco anos antes, por questões que nada tiveram a ver com
a ideologia."
Anos antes tinha sido apresentada outra versão da estória num tempo de antena eleitoral. Agora, a propósito de 1968 na Checoslováquia, li uma terceira versão. Está visto que os vindouros terão dificuldades em destrinçar onde está a verdade e a inverdade...
Fernando Rosas, porque é dele que se trata, tem todo o direito de não contar a história toda. Não tem é o direito de contar estórias. Até por respeito para consigo próprio.
Uma nota final e declaração de interesses: para mim é claro que a URSS foi dissolvida em 31 de Dezembro de 1991. Que em seu lugar nasceram vários países. E que a Rússia é um país capitalista que não aceita o seu afastamento da nova partilha internacional do mundo. Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação
António Vilarigues
Qual seria a reacção dos EUA se a Rússia instalasse um sistema ABM em Cuba ou no México?
1. Em reunião realizada no passado dia 3 de Setembro, na cidade de Montreal, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, manifestou o seu apoio a um Quebeque livre. O primeiro-ministro desta província independentista do Canadá, o liberal Jean Charest, agradeceu as palavras do seu homólogo da Rússia. Ambos recordaram, perante centenas de jornalistas de todo o mundo, a célebre frase pronunciada nessa mesma cidade a 24 de Julho de 1967 pelo então Presidente da República da França, Charles de Gaulle: "Vive le Québec libre!".
No decorrer das negociações entre as duas delegações ficou acordado que a Rússia instalaria no Quebeque um sistema antimísseis de longo alcance. O objectivo é proteger os aliados da Rússia na América do Norte e na América Latina contra os mísseis de longo alcance quer do Irão, quer da República Democrática Popular da Coreia (Norte). Foram reforçadas significativamente as ligações políticas, económicas, culturais e militares.
Em simultâneo, o subcomandante Marcos, líder do movimento independentista de Chiapas, no México, era recebido em Moscovo pelo presidente Dmitri Medvedev. Além de ter garantido o apoio às suas pretensões de independência, o subcomandante Marcos obteve a promessa de instalação, nesta província mexicana, de um poderoso radar que se articulará com o sistema antimíssil a instalar no Quebeque. Foram igualmente assinados importantes acordos económicos e militares.
Todos estes líderes políticos reafirmaram que estas decisões não atentam contra os interesses dos Estados Unidos.
Face a estes acontecimentos, George W. Bush convocou de emergência para a próxima segunda-feira, dia 8, uma cimeira com o presidente do México e com o primeiro-ministro do Canadá, respectivamente Felipe Calderón e Stephen Harper.
Em simultâneo, a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, apresentou um enérgico protesto dos EUA. Segundo afirmou, estes acordos, nomeadamente na sua parte militar, traduzem-se numa violação descarada e grosseira quer dos tratados SALT (Strategic Arms Limitation Talks) I e II, quer dos acordos ABM (Antiballistic Missile) assinados com a então URSS. Os Estados Unidos vão reunir-se com os seus aliados e darão a devida resposta a estas provocações, disse.
Entretanto, os Presidentes de Cuba, Raul Castro, e da Venezuela, Hugo Chávez, manifestaram-se disponíveis para mediar as partes em confronto.
É claro, caro leitor, que estamos perante um cenário político de ficção. Mas estaremos mesmo? Qual seria a reacção da administração norte-americana se a Rússia, com pretextos tão falaciosos como os dos EUA em relação à Polónia e à República Checa, instalasse um sistema ABM em Cuba, ou no México, ou na Jamaica, ou...?
2. É curioso como certos historiadores, quando falam de si próprios, transformam a história em estória.
Em 5 de Dezembro de 2006, escrevi nesta mesma coluna: "Por ocasião da morte de Álvaro Cunhal, p. ex., assisti, estupefacto, a um [ex-comunista] a afirmar perante as câmaras da televisão que tinha abandonado o PCP em 1969 por divergências sobre a situação na Checoslováquia. Só que a realidade foi outra. Expulso em 1964 [de facto foi em 1965], cinco anos antes, por questões que nada tiveram a ver com
a ideologia."
Anos antes tinha sido apresentada outra versão da estória num tempo de antena eleitoral. Agora, a propósito de 1968 na Checoslováquia, li uma terceira versão. Está visto que os vindouros terão dificuldades em destrinçar onde está a verdade e a inverdade...
Fernando Rosas, porque é dele que se trata, tem todo o direito de não contar a história toda. Não tem é o direito de contar estórias. Até por respeito para consigo próprio.
Uma nota final e declaração de interesses: para mim é claro que a URSS foi dissolvida em 31 de Dezembro de 1991. Que em seu lugar nasceram vários países. E que a Rússia é um país capitalista que não aceita o seu afastamento da nova partilha internacional do mundo. Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação
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política internacional
UM VOTO NO BLOCO DE ESQUERDA É UM VOTO CONTRA O REFERENDO DE ALBERTO JOÃO JARDIM
A resposta a esta estratégia está claramente dada por Roberto Almada: os votos no Bloco de Esquerda são votos contra o "referendo" de Alberto João Jardim. Eu não tinha mesmo dúvidas nenhumas sobre esta questão, quanto à natureza desse voto. Mas todo a gente sabe que, nas eleições de 2007 a dinâmica criada transformou o PS (também com responsabilidades próprias, reconheça-se) no alvo de todas as oposições e do PSD - quando o normal são as oposições coincidirem no ataque ao partido do Governo - em qualquer democracia, quanto mais na Madeira. E toda a gente sabe também que houve duas linhas que se confrontaram no interior de alguns partidos da oposição sobre qual deveria ser o alvo e a linha que acabou por prevalecer foi a de fazer do PS esse alvo. E, se alguma insinuação houve é que resposta a dar no caso de a oposição em quaisquer actos eleitorais, contra toda a lógica, fazer do PS-Madeira o bombo da festa, aí o PS terá de reagir energicamente. E isto nada tem a ver com críticas mútuas que os partidos legitimamente possam fazer em actos eleitorais.
Quanto à lei eleitoral, se é certo que, em alguns países, o caso da Alemanha, se impõem mínimos eleitorais para ter representação parlamentar, no nosso caso, a Constituição impõe o método de Hondt e a regra da proporcionalidade, tendo como ponto de partida a representatividade das diferentes forças políticas.
Todavia, outro lado, os dois maiores partidos, PS e PSD, estão controntados, na República e nos Açores e um dia na Madeira (o PS) com a questão da estabilidade governativa. Tem havida crescentemente a ideia de que essa governabilidade se deve resolver com base parlamentar de um só partido - ao contrário da maioria dos países da Europa Continental, onde a regra são governos de coligação -, criando-se dinâmicas eleitorais que, em algumas circunstâncias excepcionais, têm dado maiorias absolutas de um só partido. Mas há um problema (falando no caso da República) que o PSD não tem e o PS tem - tem? - quando não alcança a maioria absoluta: como conseguir a governabilidade e a estabilidade governativa se quer o PCP, quer o Bloco de Esquerda parecem querer eximir-se a assumir responsabilidades de governo? (O caso de Lisboa não será paradigmático?). A resposta fácil pode ser - além de poder dizer-se que o PS é que não o deseja - afirmar que é necessário que o PS tem de mudar de políticas se quer governar com o Bloco e ou com o PCP. Mas não foi isso que fizeram os Verdes na Alemanha - preferiram integrar o governo do SPD e influenciar as políticas do que ficar comodamente na Oposição. Falo para o futuro. Quem sabe se um dia na Madeira.
Quanto à lei eleitoral, se é certo que, em alguns países, o caso da Alemanha, se impõem mínimos eleitorais para ter representação parlamentar, no nosso caso, a Constituição impõe o método de Hondt e a regra da proporcionalidade, tendo como ponto de partida a representatividade das diferentes forças políticas.
Todavia, outro lado, os dois maiores partidos, PS e PSD, estão controntados, na República e nos Açores e um dia na Madeira (o PS) com a questão da estabilidade governativa. Tem havida crescentemente a ideia de que essa governabilidade se deve resolver com base parlamentar de um só partido - ao contrário da maioria dos países da Europa Continental, onde a regra são governos de coligação -, criando-se dinâmicas eleitorais que, em algumas circunstâncias excepcionais, têm dado maiorias absolutas de um só partido. Mas há um problema (falando no caso da República) que o PSD não tem e o PS tem - tem? - quando não alcança a maioria absoluta: como conseguir a governabilidade e a estabilidade governativa se quer o PCP, quer o Bloco de Esquerda parecem querer eximir-se a assumir responsabilidades de governo? (O caso de Lisboa não será paradigmático?). A resposta fácil pode ser - além de poder dizer-se que o PS é que não o deseja - afirmar que é necessário que o PS tem de mudar de políticas se quer governar com o Bloco e ou com o PCP. Mas não foi isso que fizeram os Verdes na Alemanha - preferiram integrar o governo do SPD e influenciar as políticas do que ficar comodamente na Oposição. Falo para o futuro. Quem sabe se um dia na Madeira.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
A ESTRATÉGIA DO PSD PARA O SEU "REFERENDO" ESTÁ LANÇADA: TODOS OS VOTOS QUE NÃO FOREM NO PS CONTAM COMO SIM À REVISÃO CONSTITUCIONAL DE AJJ
Como tem receio que se repita o resultado de eleições legislativas nacionais anteriores, em que o seu "referendo" foi derrotado por mais de 50% dos votos dos Madeirenses, o PPD quer que os votos em todos os partidos sejam válidos para o seu referendo.
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EX-SEC-GERAL ADJ. DO PSD PEDE À OPOSIÇÃO QUE REPITA A DOSE DE 2007: TODOS CONTRA O PS; COMPETE À OPOSIÇÃO SEGUIR OU NÃO A TÁCTICA DITADA PELO PPD
Mas julgará o Conselheiro que o actual PS se deixará ficar quieto? Aguardem...
Leiam que está tudo aqui
"Mas o que JCG [João Carlos Gouveia] — infelizmente para ele, porque decididamente cometeu uma “gaffe” que pode penalizar eleitoral[mente], ainda mais, o PS que lidera — não consegue negar é que disse o que realmente disse e que essa declaração transporta consigo um manancial de suspeição que qualquer partido mais atento utilizará, mesmo entre os da oposição, para criticar o PS, isolá-lo no contexto eleitoral regional, e conseguirem assim se demarcarem de uma colagem incómoda".
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quarta-feira, 3 de setembro de 2008
IMAGINEM ISTO: «JOÃO CARLOS GOUVEIA MANDA CARTA AOS DEPUTADOS SOCIALISTAS, INSATISFEITO COM A SUA PRESTAÇÃO POLÍTICA E PARLAMENTAR"
O título desta postagem é pura invenção deste blogue. Mas imaginem que isto era verdade, o que não diria a Comunicação Social do regime. No mínimo isto:
1. Total descoordenação entre o partido e o seu grupo parlamentar;
2. Graves divergências entre a liderança do partido e a liderança parlamentar;
3. Deputados do PS não acreditam no projecto do Partido para a Madeira;
4. Deputados do PS mais preocupados com os seus interesses do que na política;
5. Assustado com a boa prestação dos deputados do PSD, líder socialista dá um sainete aos seus deputados;
6. Líder do PS passa atestado de incompetência ao líder parlamentar;
7. A cooperação estratégica entre AJJ e Jaime Ramos já conheceu melhores dias, aliás, entre JCG e VF;
8. Ruptura entre AJJ e JR, aliás, entre JCG e VF;
Eu sei lá que mais...
TOCA A TRABALHAR, MALANDROS!
"Há o entendimento de que o presidente do PSD não estará totalmente satisfeito com o desempenho do grupo parlamentar", diz o Diário de Notícias, depois de se saber da "Carta aos 33" do líder laranja. Na verdade, se os deputados do PSD fossem como o seu líder, que foi um brilhante parlamentar e é um político de qualidades excepcionais - o que bem dispensava os seus excepcionais defeitos - o parlamento bem podia prescindir de um regulamento que é um garrote ao pensamento livre dos parlamentares.
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