José Manuel Rodrigues, líder do CDS, em artigo de opinião no jornal Cidade, põe a nu a estratégia hipócrita e a covardia política do PSD-Madeira, que, à pala das medidas do governo da República, pratica uma política de austeridade, sem querer assumir os custos inerentes à sua governação, apesar de ter autonomia constitucional que lhe permite outras políticas, tendo em conta o contexto social da região. Isto numa altura em que o PSD quer mais poderes constitucionais. É caso para perguntar para quê, se não usa os poderes que tem para melhorar a vida dos
Madeirenses. Donde se conclui que o objectivo do PSD não são mais competências mas mais poder para si, numa concepção autoritária da Autonomia, que tem de ser denunciada e combatida.
"Haja paciência
O PSD e o PS continuam a dar cabo da nossa paciência
com troca de insultos, ofensas e ameaças de processos
judiciais. É a politiquice no seu melhor. Enquanto isto
agravam-se as condições de vida dos madeirenses e centenas
de empresas passam por dificuldades. Esta «política»
do ataque e da acusação permanente é coisa do passado e
não contribui, minimamente, para resolver um problema
que seja das pessoas. A disputa política é a alma da Democracia mas quando se partidariza e
radicaliza as relações entre os Governos Regional e da República, em última instância os prejuízos
sobram para os cidadãos. É, infelizmente, o que está acontecer e vai acentuar-se com a
proximidade das três eleições de 2009. O PS governa mal o país sobrecarregando as famílias
e empresas com mais impostos. Só nos últimos oito anos os funcionários públicos perderam
11,2 por cento do seu poder de compra, ou seja 112 euros por cada mil euros de salário. O PSD
na Madeira indigna-se e protesta mas, hipocritamente, aproveita a boleia socialista para arrecadar
mais receita fiscal e não usa os instrumentos que tem ao seu alcance para reduzir os
impostos (IRS e IRC) e os de consumo como o dos combustíveis, nem melhora o nível de
vida dos funcionários públicos, fazendo contar o tempo dos congelamentos para efeitos de
progressão na carreira. A ideia parece clara: fazer os madeirenses sofrerem ao máximo a crise
para que depois venham a penalizar os socialistas nas eleições. Só que, entretanto, há famílias
a entregarem as suas casas aos bancos; cidadãos a passar por privações e empresas a fecharem
e mais desempregados.
Não podem ser os madeirenses a pagar a estratégia política e governamental do PSD. Até
porque há muitos eleitores que sabem que a Madeira tem poderes para o seu Governo ter políticas diferentes das nacionais".
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