Os balanços das grandes instituições financeiras agora falidas ou em risco de falência estão alavancados em produtos financeiros de extrema complexidade cujo rendimento é difícil determinar, de altíssimo risco, com o objectivo de permitir apresentar valores e os correspondentes bónus. Em 2007, a distribuição de bónus foi a seguinte aos respectivos presidentes (em milhões de euros:
Merrhyll - 10,6
Lehman - 3
AIG - 2,7
Fannie Mae - 1,6
Freddie Mac - 1,5
Na versão conservadora do capitalismo, os empresários eram responabilizados, iam à falência e pagavam os seus erros ou os azares da economia.
E agora, quem paga isto? Claro, os contribuintes.
Se fossem gestores públicos a conseguir estes resultados, que diriam os gurus do neoliberalismo sem rosto e sem responsabilidade?
Agora, o maldito Estado tem de pagar, isto é, aqueles a quem foram retirados direitos em nome do sacrossanto mercado, em nome da competitividade, da produtividade.
O valor social do trabalho foi sacrificado, a economia real foi esquecida e estes senhores impuseram-nos esta economia, se é que isto se pode chamar de economia.
A «mão invísvel» do mercado é a mão que rouba à nação para pagar imoralmente a senhores cuja cara ninguém conhece.
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