sexta-feira, 19 de setembro de 2008
A QUEDA DO MURO DO CAPITALISMO
Em plena euforia do capitalismo neo-liberal, fartei-me de dizer: já vi este filme a correr ao contrário. Em 1975, o Comunismo ou o Socialismo Real era inevitável. Depois, veio a ressaca. E veio a queda do muro. E veio a derrocada dos regimes socialistas. E veio a perda de direitos sociais. E veio a ameaça ao Estado Social de Direito. E veio a perda de importância das classes médias. E com isso os perigos à Democracia parlamentar. Hoje, aquilo a que estamos a assistir é a "Queda do Muro" do Capitalismo. Entretanto, que fizeram os socialistas, qual foi o papel da Internacional Socialista, onde se filiam os partidos trabalhistas, social-democratas e socialistas, que chegou a ter a larga maioria dos governos da União Europeia, qual foi a sua estratégia, a não ser render-se aos cantos de sereia de um neoliberalismo iníquio, um capitalismo sem rosto, com a sagração herética do mercado, sem regulação e sem controlo, uma economia de casino, um sistema financeiro especulativo, sem ligação com a economia real, que provocou este verdadeiro vendaval, esta série de furacões que está a atingir a Meca do capitalismo mundial em simultâneo com os tornados meteorológico? E a União Europeia, criada como alternativa aos EUA e à URSS, qual é o seu papel nesta crise?
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