quarta-feira, 24 de setembro de 2008
No 40.º aniversário da Humanae Vitae, Dr. Luciano Castanheira
Lido aqui:
Relembre-se:
1. O Concílio Vaticano II convocado pelo Papa João XXIII iniciou-se em 11 de Outubro de 1962 e terminou com Paulo VI em 8 de Dezembro de 1965.
2. Nota de pé de página (n.º 14) em “A Igreja no mundo actual (GS)” informa que «certas questões que requerem outras investigações mais aprofundadas foram confiadas [por Paulo VI] a uma Comissão para o estudo da população, da família e da natalidade; uma vez terminados os seus trabalhos o Sumo Pontífice pronunciará o seu juízo» [por isso o Concílio] «não pretende propor imediatamente soluções concretas».
4. Em 1962 a primeira “pílula contraceptiva” (Anovlar) chegou a Portugal e «certas questões» por certo incluíam o controle da fecundação.
5. Da encíclica Humanae Vitae se comemorou o seu 40.º aniversário. O director do L’ Osservatore Romano, Giovanni Maria Vian, designou-a como «Sinal de contradição», «rejeitava a contracepção com métodos artificiais» e condenava «o hedonismo e as políticas de planeamento familiar, geralmente impostas aos países mais pobres pelos mais ricos».
Para nós, no Funchal, foi “contradição” sofrida e terminaram os encontros de leigos e alguns sacerdotes onde trocávamos opiniões sobre a Igreja “em mudança”. Foi difícil conciliar o respeito devido ao Papa com a desilusão decorrente das reservas levantadas ao “controle responsável da concepção” e correspondente condenação da “pílula”. O agente do Anovlar era uma hormona que inibia a “maturação” do óvulo, permitia o controle da natalidade sem efeitos secundários e vinha possibilitar esse controle consciente de acordo com a situação do casal, mesmo quando “períodos” irregulares dificultam a localização dos dias de relacionamento sexual não fecundante por método aceite pela Igreja (“continência periódica”), ponto final.
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