sexta-feira, 6 de junho de 2008

À PROCURA DO TEMPO PERDIDO - É SÓ FOLCLORE

O que isto e isto mostra é o desespero do PCP ao ver a terra fugir-lhe debaixo dos pés e o céu a cair-lhe em cima. Além de querer lançar uma cortina de fumo sobre a colaboração institucional com o PSD, onde todos nós sabemos: na Câmara, na ALR, em certos meios sindicais, onde já se começa a notar certo mal-estar perante pactos inexplicáveis para os trabalhadores... A seu tempo, saber-se-á mais. Obcecado pelo seu anti-socialismo primário e por tudo o que se passa em Lisboa, o PCP esqueceu que quem Governa a Madeira é o PSD, e embalado pelo dialéctica desse partido de que tudo é culpa de Lisboa, Edgar chegou a ensaiar o discurso da autonomia - certamente a pensar numa mirífica Republica Soviética da Madeira, e, entretanto esqueceu-se da autonomia social. Lança-se agora em acções de rua e de buzinões folclóricos sem substância legislativa - ele, que, ironia das ironias, está, na prática, na rua a defender o código de Bagão Félix - daqui a 2 anos estará na rua a defender o código de Vieira da Silva - e aos trabalhadores madeirenses e aos seus direitos sociais o PCP disse nada. Este regresso ao passado, revela que o PCP não aprendeu nada nem esqueceu nada. Depois da cena lamentável de Machico, não tarda nada estão ao cercar a Assembleia Regional, à moda do "cerco à Constituinte", contra a democracia parlamentar, que, no fundo, abominam.

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