quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
O frio e o aquecimento, Nicolau Santos
Está um frio de rachar e em Copenhaga os dirigentes mundiais discutiram imenso o aquecimento do clima. Está um frio de rachar e não se percebe porque é que, se o aquecimento global é tão evidente, foi necessário apresentar um filme a abrir a conferência em que uma menina vive sucessivos pesadelos climáticos. Está um frio de rachar, mas Phil Jones, o responsável pelo banco de dados do Climate Research Unit, teve de se demitir, depois de hackers terem entrado no seu computador e divulgado e-mails em que se prova que manipulou dados por forma a que se registasse em 2000 uma subida inusitada e repentina de calor. Está um frio de rachar mas os EUA só vão reduzir em 3% as suas emissões de CO2 até 2020. Está um frio de rachar e em Copenhaga a União Europeia fez o papel da tia pateta na festa, ao prometer cortar as emissões em 20% ou mesmo 30%...Está um frio de rachar.
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Aquecimento global
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Frederick August von Hayek (Viena, 8 de Maio de 1899 — Freiburg im Breisgau, 23 de Março de 1992) foi um economista da Escola Austríaca.
Hayek fez contribuições fundamentais para a Psicologia, a teoria do Direito, a Economia e a Política. Recebeu o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel de 1974 "por seu trabalho pioneiro na teoria da moeda e flutuações econômicas e pela análise penetrante da interdependência dos fenômenos econômicos, sociais e institucionais", que dividiu com seu principal rival ideológico, o economista socialista Gunnar Myrdal.
Nascido em Viena, em uma família de cientistas e professores acadêmicos (seu pai era professor de Botânica na Universidade de Viena), quando jovem, esteve indeciso entre seguir a carreira de economista e a de psicólogo. Escolheu a Economia e seu trabalho nesse campo é notável: em 1974, ganhou o Prêmio de Ciências Econômicas. Hayek poderia ter-se tornado um psicólogo de igual destaque: em 1952 publicou um livro sobre a percepção sensorial, The Sensory Order, que passou a ser incluído entre as obras de maior relevo na Psicologia.
Na Psicologia, Hayek propôs uma teoria da mente humana segundo a qual a mente é um sistema adaptativo. Em Economia, Hayek defendeu os méritos da ordem espontânea. Segundo Hayek, uma economia é um sistema demasiado complexo para ser planejado por uma instituição central e deve evoluir espontaneamente, por meio do livre mercado. A mesma idéia foi aplicada ao Direito: Hayek sustentou que um sistema jurídico produzido pela gradual interação entre os tribunais e os casos específicos funciona melhor que um sistema legal planejado a priori por um legislador. Na Política, propôs uma fórmula constituinte que procura garantir as idéias liberais, com ênfase no conceito de "governo limitado".
As idéias de Hayek assumem especial importância por terem servido como um contraponto teórico ao crescimento socialista, que propunha um modelo econômico pré-planejado.
Foi um dos expoentes da Escola Austríaca de Economia e um dos mais importantes pensadores liberais do século XX. Conhecido internacionalmente por suas contribuições importantes no campo da economia, a partir dos anos 1940 passou a ser igualmente respeitado pelas novas visões que trouxe ao pensamento liberal, nos campos jurídico, político, filosófico e histórico.
Embora quando muito jovem, em Viena, tenha sido socialista, diz ter percebido "...como estava no caminho errado" após ter tido contato, em 1922, com os trabalhos de Ludwig von Mises. Em 1944, publicou o best-seller O caminho da servidão (Road to Serfdom). O livro foi um brado de alerta contra os movimentos totalitários que então se expandiam na Europa continental, obra que dedicou a seus "amigos socialistas de todos os partidos". Hayek procurou mostrar que a tendência de substituir-se a ordem espontânea e infinitamente complexa de mercado por uma ordem deliberadamente criada pelo engenho humano e administrada por um sistema de planejamento central acabava resultando inexoravelmente no empobrecimento e na servidão.
A carreira de Hayek desenvolveu-se em quatro fases. De 1927 a 1931, dos 28 aos 32 anos de idade, foi diretor do Instituto Austríaco de Pesquisas Econômicas e de 1929 a 1931, professor de Economia na Universidade de Viena, onde seguiu a tradição de Menger, Wieser, Böhm-Bawerk e Mises. Em 1931, foi convidado a assumir uma cátedra na London School of Economics, onde permaneceu até 1950; tornou-se cidadão britânico em 1938. (Durante a II Guerra Mundial foi transferido para a Universidade de Cambridge, onde conviveu com John Maynard Keynes.) No ano de 1950, Hayek aceitou uma cátedra na Universidade de Chicago, o mais famoso centro americano de especialistas que defendem a economia de livre mercado. Permaneceu em Chicago até 1962. De 1962 a 1969, ocupou uma cátedra em Freiburg, base acadêmica do professor Eugen Böhm-Bawerk, onde foi Professor Emérito.(CP)* No início dos anos 1970, a produção intelectual de Hayek estava desacelerada. Seu vigor foi retomado com a conquista do Prêmio Nobel de 1974, concedido por suas teorias sobre o capital e por elucidar a interdependência dos fenômenos econômicos, sociais e institucionais.
O trabalho acadêmico de Hayek (exceto por sua contribuição para a Psicologia), divide-se em três partes: a primeira, teoria econômica; a segunda, problemas de economia política; a terceira, filosofia política e teoria do direito.
Muitas de suas idéias foram aplicadas no governo Margaret Thatcher (1979-1990).
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(neo) liberalismo económico
Bernstein
Eduard Bernstein (Berlim, 6 de janeiro de 1850 — Berlim, 18 de dezembro de 1932) foi um político e teórico político alemão. Foi o primeiro grande revisionista da teoria marxista e um dos principais teóricos da social-democracia.
Na Alemanha, em 1875, é fundado o SPD (Sozialistische Partei Deutschland), um partido criado por defensores do socialismo, que, no entanto, foi progressivamente abandonando o objectivo da tomada do poder através de uma revolução e adoptando o objectivo de chegar ao poder através de eleições. Esse objectivo foi ficando cada vez mais próximo à medida que o SPD ia obtendo cada vez melhores resultados eleitorais.
Esta mudança estratégica do SPD teve dois grandes teóricos: Karl Kautsky e Eduard Bernstein.
Este último vai colocar em causa as teses marxistas − não totalmente, mas em alguns aspectos importantes:
ataca a doutrina do materialismo histórico ao considerar que há outros factores para além dos económicos que determinam os fenómenos sociais.
ataca as teses dialécticas por não conseguirem explicar todas as mudanças em organismos complexos, como as sociedades humanas.
ataca a teoria do valor dos bens, ao considerar que aquele vem da utilidade destes.
Coloca também em causa as "leis" da inevitabilidade da concentração capitalista e do empobrecimento crescente do proletariado (aliás, provou com estatísticas que a situação económica do proletariado e o seu poder de compra vinham a melhorar, bem como começavam a haver trabalhadores a tornarem-se proprietários − aumentando a classe média).
Portanto, ataca a idéia da inevitabilidade histórica do socialismo por motivos económicos: o socialismo chegaria mais tarde ou mais cedo, sim, mas por motivos morais, por ser o sistema político mais justo e solidário.
E ataca a idéia da existência de apenas duas classes sociais, uma opressora e uma oprimida, reivindicando a existência de várias classes interligadas e de um interesse nacional superior.
Em alternativa às teses marxistas que criticava, Bernstein defendia a melhoria gradual e constante das condições de vida dos trabalhadores (dar-lhes meios para ascender à classe média), tinha dúvidas quanto à necessidade de nacionalizações em massa de empresas e recusava a via da violência revolucionária para atingir o socialismo (como o socialismo era inevitável por motivos morais, não era necessário derramar sangue por ele − acabaria por chegar um dia).
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Socialismo Democrático
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
E o que é que eu tenho a ver com isso?
Aqui, pretende-se comentar uma postagem minha. Desenvolve-se contudo um manifesto propagandístico à modo do regime. E o que é que eu tenho a ver com isso?
P.S.
Não li a postagem toda, detesto a propaganda kitsch (verkitschen) própria dos regimes totalitários.
P.S.
Não li a postagem toda, detesto a propaganda kitsch (verkitschen) própria dos regimes totalitários.
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o sistema laranja cai à gargalhada
"Estava chuva que Deus a dava!"
Era pequeno e recordo-me de minha Mãe evocar uma expressão que ouvia aos antigos. Ontem, bateu-me aqui à porta a Senhora Helena a informar-nos que se finara o irmão já octogenário. Contou-nos a última visita que lhe fez ainda esta semana e a dificuldade por causa do temporal dos últimos dias. - Estava chuva que Deus a dava! - Foi como se o tempo houvesse recuado oitenta anos e algures lá atrás noutra época vi a minha Mãe escutar as conversas dos mais velhos da sua altura. Foi sublime!
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memórias
A Grande Responsável pela dívida indirecta da Madeira (SD's, vias litorais, expresso, madeira, etc.) tem um nome e tem um rosto: MFL
Razão tem AJJ da Madeira quando afirma: "Já nem dá para me preocupar, mas sim para DESPREZAR, a atitude de todos aqueles que, aqui residentes, cobrem e se solidarizam incondicionalmente com o que o Estado vem fazendo ao Povo
Madeirense."
Sabendo que - "Apesar de parte substancial (88 por cento) dessa verba ter sido direccionada para as duas concessionárias de estradas (89,3 milhões, cabendo 59,1 milhões à Vialitoral e 30,2 à ViaExpresso) e para empreiteiros de obras públicas (134,1 milhões). Deste montante, 80,5 milhões foram absorvidos por quatro construtoras accionistas daquelas empresas, inicialmente de capitais públicos, criadas pelo executivo madeirense para contornar o endividamento líquido nulo imposto pela ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite às regiões e municípios." - não denunciar o que Estado, com o PSD e Manuela Ferreira, fez à Madeira, merece o nosso desprezo!
Madeirense."
Sabendo que - "Apesar de parte substancial (88 por cento) dessa verba ter sido direccionada para as duas concessionárias de estradas (89,3 milhões, cabendo 59,1 milhões à Vialitoral e 30,2 à ViaExpresso) e para empreiteiros de obras públicas (134,1 milhões). Deste montante, 80,5 milhões foram absorvidos por quatro construtoras accionistas daquelas empresas, inicialmente de capitais públicos, criadas pelo executivo madeirense para contornar o endividamento líquido nulo imposto pela ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite às regiões e municípios." - não denunciar o que Estado, com o PSD e Manuela Ferreira, fez à Madeira, merece o nosso desprezo!
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A MADEIRA PRIMEIRO
Mas quem são, isto é quem é que está por detrás das empresas de rating para baixar o rating da República ou da Região?
Os senhores de rostos cobertos das empresas de rating, algumas das quais estiveram à beira da falência, e que falharam redondamente na crise financeira que abala o Mundo, vêm agora baixar o rating da República e da Região, o que implica carregar no serviço da dívida. Ou seja, o País, depois de ter posto as contas em ordem, é preciso que se diga, está a pagar, como toda a Europa, uma crise que não provocou, de que não é responsável, obrigado a aumentar o défice e a dívida para fazer face e minimizar os custos desta crise da especulação que esses senhores não denunciaram e, agora, ainda por cima, esses senhores sem rosto, fazem aumentar os juros. Quem beneficia com isso? A mesma banca que provocou a crise? Mas isto é moral? Primeira coisa a fazer: conhecer o nome desses cavalheiros e saber que ligações têm à banca que quer sacar segunda vez sobre os contribuintes europeus, portugueses e madeirenses. É querer saber demais? Demais é isto!
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neo-liberalismo imoral
Alberto João Jardim, que não sabe quem eu sou, concorda comigo. A questão é saber, no todo ou em parte?
Há quase um ano ano, mais precisamente a 16 de Janeiro de 2009, escrevi: A REGIÃO DEVE PARTICIPAR NAS DESPESAS DE SOBERANIA COM VALOR POR CAPITAÇÃO e que EM CONTRAPARTIDA, AS DESPESAS COM SAÚDE E EDUCAÇÃO, OBRIGAÇÕES CONSTITUCIONAIS, DEVEM SER INCLUÍDAS NO VALOR A TRANSFERIR DO OE. Agora diz escreve o líder do PSD no Jornal da Madeira: "a Constituição da República Portuguesa considera obrigações do Estado central, as despesas com a Saúde e a Educação – estas, na Madeira, as que implicam maior despesa corrente – sem tal fazer depender de os sectores estarem, ou não, regionalizados. Não é cumprido": sem polémica sobre o facto de a CR obrigar o Estado, sem dizer se é central ou regional, e na Região o Estado tem um nome e chama-se Autonomia sob a forma de órgãos de governo próprio, a questão ou questões que se colocam são duas:
1. Reconhece o PSD que falhou na contratualização dos serviços do Estado na Região?
2. Está o PSD disposto a negociar um novo modelo de Autonomia mais interessante para a Madeira?
A resposta a estas duas questões, que eu seu sei que vão ser lidas pelos serviços, mesmo fazendo de conta que não lêem, é que interessa.
1. Reconhece o PSD que falhou na contratualização dos serviços do Estado na Região?
2. Está o PSD disposto a negociar um novo modelo de Autonomia mais interessante para a Madeira?
A resposta a estas duas questões, que eu seu sei que vão ser lidas pelos serviços, mesmo fazendo de conta que não lêem, é que interessa.
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A MADEIRA PRIMEIRO
domingo, 27 de dezembro de 2009
Giorgio Gaber - Qualcuno era comunista
Qualcuno era comunista perché era nato in Emilia.
Qualcuno era comunista perché il nonno, lo zio, il papà, ... La mamma no.
Qualcuno era comunista perché vedeva la Russia come una promessa, la Cina come una poesia, il comunismo come il paradiso terrestre.
Qualcuno era comunista perché si sentiva solo.
Qualcuno era comunista perché aveva avuto un'educazione troppo cattolica.
Qualcuno era comunista perché il cinema lo esigeva, il teatro lo esigeva, la pittura lo esigeva, la letteratura anche: lo esigevano tutti.
Qualcuno era comunista perché glielo avevano detto.
Qualcuno era comunista perché non gli avevano detto tutto.
Qualcuno era comunista perché prima (prima, prima...) era fascista.
Qualcuno era comunista perché aveva capito che la Russia andava piano, ma lontano... (!)
Qualcuno era comunista perché Berlinguer era una brava persona.
Qualcuno era comunista perché Andreotti non era una brava persona...
Qualcuno era comunista perché era ricco, ma amava il popolo...
Qualcuno era comunista perché beveva il vino e si commuoveva alle feste popolari.
Qualcuno era comunista perché era così ateo che aveva bisogno di un altro Dio.
Qualcuno era comunista perché era così affascinato dagli operai che voleva essere uno di loro.
Qualcuno era comunista perché non ne poteva più di fare l'operaio.
Qualcuno era comunista perché voleva l'aumento di stipendio.
Qualcuno era comunista perché la rivoluzione?... oggi, no. Domani, forse. Ma dopodomani, sicuramente!
Qualcuno era comunista perché... "la borghesia il proletariato la lotta di classe, cazzo!"...
Qualcuno era comunista per fare rabbia a suo padre.
Qualcuno era comunista perché guardava solo RAI3.
Qualcuno era comunista per moda, qualcuno per principio, qualcuno per frustrazione.
Qualcuno era comunista perché voleva statalizzare TUTTO!
Qualcuno era comunista perché non conosceva gli impiegati statali, parastatali e affini...
Qualcuno era comunista perché aveva scambiato il materialismo dialettico per il Vangelo Secondo Lenin.
Qualcuno era comunista perché era convinto di avere dietro di sè la classe operaia.
Qualcuno era comunista perché era più comunista degli altri.
Qualcuno era comunista perché c'era il Grande Partito Comunista.
Qualcuno era comunista malgrado ci fosse il Grande Partito Comunista.
Qualcuno era comunista perché non c'era niente di meglio.
Qualcuno era comunista perché abbiamo avuto il peggiore partito socialista d'Europa!
Qualcuno era comunista perché lo Stato, peggio che da noi, solo l'Uganda...
Qualcuno era comunista perché non ne poteva più di quarant'anni di governi democristiani incapaci e mafiosi.
Qualcuno era comunista perché Piazza Fontana, Brescia, la stazione di Bologna, l'Italicus, Ustica, eccetera, eccetera, eccetera!...
Qualcuno era comunista perché chi era contro, era comunista!
Qualcuno era comunista perché non sopportava più quella cosa sporca che ci ostiniamo a chiamare democrazia!
Qualcuno, qualcuno credeva di essere comunista, e forse era qualcos'altro.
Qualcuno era comunista perché sognava una libertà diversa da quella americana.
Qualcuno era comunista perché credeva di poter essere vivo e felice solo se lo erano anche gli altri.
Qualcuno era comunista perché aveva bisogno di una spinta verso qualcosa di nuovo, perché sentiva la necessità di una morale diversa.
Perché forse era solo una forza, un volo, un sogno.
Era solo uno slancio, un desiderio di cambiare le cose, di cambiare la vita.
Qualcuno era comunista perché con accanto questo slancio ognuno era come più di se stesso: era come due persone in una. Da una parte la personale fatica quotidiana, e dall'altra il senso di appartenenza a una razza che voleva spiccare il volo, per cambiare veramente la vita.
No, niente rimpianti. Forse anche allora molti avevano aperto le ali senza essere capaci di volare, come dei gabbiani ipotetici.
E ora?
Anche ora ci si sente in due: da una parte l'uomo inserito, che attraversa ossequiosamente lo squallore della propria sopravvivenza quotidiana, e dall'altra il gabbiano, senza più neanche l'intenzione del volo. Perché ormai il sogno si è rattrappito.
Due miserie in un corpo solo.
- Giorgio Gaber & Sandro Luporini
(da "E pensare che c'era il pensiero", 1995)
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a vida é bela
"O cristianismo, graças a Deus, venceu a tentação de declarar inimigos", Tolentino Nóbrega
Uma entrevista, que me foi recomendada por um amigo, e que vale a pena ler.
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OS VALORES DA CIVILIZAÇÃO
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Casamento Gay provoca divórcio entre Belém e São Bento
O casamento entre pessoas do mesmo sexo mostra ser tão problemático como o outro. Para já, ameaça provocar o divórcio entre Belém e São Bento.
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casamento gay
Irineu Novita Teixeira, Fátima Dionísio
Morreu um homem justo e bom. Foi para mim uma referência na sua busca e na sua crença num Mundo justo, de que nunca desistiu até ao fim. Eis o que sobre ele escreveu a escritora Fátima Dionísio.
Irineu Novita Teixeira morreu. Dele ficam nos amigos gratas lembranças. A querida pessoa que foi fica indelevelmente marcada nos nossos corações e na nossa saudade.
Homem de fino trato e cultíssimo, dado às altas matemáticas e à filosofia politica, sonhou e bateu-se toda a vida por um mundo novo de paz, justiça e liberdade.
Grande admirador de Marx e Henry George, neles se inspirou para a elaboração de vários dos seus trabalhos assim como em Hanzel Henderson, Boaventura Sousa Santos e demais pensadores progressistas A utopia que idealizou preconizava a queda do capitalismo e a sua substituição por um novo modelo económico que erradicaria definitivamente a pobreza.
Admirado no pais e além fronteiras, manteve correspondência com gradas figuras do pensamento e da política entre os quais destacamos Álvaro Cunhal, Mário Soares, Agostinho da Silva e Almeida Santos.
Esperamos que os seus trabalhos e lutas não tenham sido em vão. Não o serão com certeza.
Continuaremos na sua esteira a sonhar e a lutar também por uma sociedade nova sem exploração do homem pelo homem.
Que Irineu Novita Teixeira descanse em paz e o céu o receba em sua glória!...
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OS VALORES DA CIVILIZAÇÃO
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
Obama põe como meta derrotar Al-Qaeda no Afeganistão
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que seu país deve "desbaratar, derrotar e desmantelar" a rede terrorista Al-Qaeda e o Taleban no Afeganistão e no Paquistão. Obama anunciou novos planos para a região. A iniciativa inclui o aumento da presença de tropas norte-americanas no Afeganistão. Obama disse que, caso o governo afegão caia em poder do Taleban, ou a Al-Qaeda mantenha seu poder, "aquele país será uma base para terroristas que querem nos matar".
Obama disse que é necessário que os norte-americanos entendam que o Paquistão "precisa de nossa ajuda" na perseguição aos extremistas. Obama qualificou a situação no Afeganistão como "crescentemente perigosa". A administração dos EUA já aprovou o envio de mais 17 mil soldados ao Afeganistão e está pronta para anunciar que outros 4 mil seguirão para o país.
Obama disse que é necessário que os norte-americanos entendam que o Paquistão "precisa de nossa ajuda" na perseguição aos extremistas. Obama qualificou a situação no Afeganistão como "crescentemente perigosa". A administração dos EUA já aprovou o envio de mais 17 mil soldados ao Afeganistão e está pronta para anunciar que outros 4 mil seguirão para o país.
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o mundo a preto e branco
A coligação dos patos bravos 3+1 - GSDC - devia dar-se ao recato e entrar em período de nojo
Fala-se muito de Gouveia: mas agora - mais uma das minha contradições - cá estou eu a defendê-lo. O Partido teve a dirigi-lo uma coligação constituída pelo núcleo do Novo PS - Gouveia, Soares e Caetano - e, a estes patos bravos, juntou-se o desalinhado Dias. E o resultado não poderia ter sido pior. Se Gouveia é um combatente sem estratégia, esses outros três, Caetano, Soares e Dias, são a personificação de incompetência política. O que é que se podia esperar? Estes 4 (3 Novo PS + 1 desalinhado) deviam dar-se ao recato e entrar em período de nojo.
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Congresso do PS-MADEIRA
Depois disto, a Direcção de Gouveia, Caetano, Soares e Dias deviam suspender funções até ao Congresso. Entreguem o Partido ao Presidente da CR
Era o mínimo que deviam fazer. Não oferecem garantias de isenção e idoneidade democrática para dirigir o Partido até o Congresso. Para uma igualdade das candidaturas, estes dirigentes e outros, cúmplice, ou por acção, ou por omissão, com o que se passou ontem, deviam, se lhes restasse um pouco de isenção, suspender funções directivas e entregar a gestão do partido até ao Congresso, ao Presidente da Comissão Regional. Se isso não acontecer, estas eleições arriscam-se a ser umas eleições viciadas.
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Congresso do PS-MADEIRA
sábado, 19 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
A Nação Catalã
Dados da Catalunha:
Capital Barcelona
Área
- Total: 32.114 Km2
População- Total (2007)7.210.508
- Densidade 223,9hab/km²
Gentílico catalão/catalã
Províncias Barcelona, Girona, Lérida, Tarragona
Idioma(s) oficial (ais): Catalão, castelhano e aranês
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Independência da Catalunha
Catalunha garante que "Espanha ainda não assumiu independência de Portugal”
Dirigente fala em complexo histórico e paternalismo
O vice-presidente do Governo Autónomo da Catalunha, Josep-Lluís Carod Rovira, disse hoje em Barcelona que Espanha ainda não assumiu que Portugal é um Estado independente. Carod Rovira considera que Madrid pretende manter uma "tutela paternalista" e uma atitude de "imperialismo doméstico" sobre o Estado Português, onde, acrescentou, "historicamente, sempre houve um certo complexo por parte de alguns sectores dirigentes em relação a Espanha".
O número dois do executivo catalão e responsável pelas relações externas da região com 7,5 milhões de habitantes, afirma que pretende conseguir o apoio de Portugal para o projecto de independência que defende para a Região Autónoma, cujo referendo propõe que se realize em 2014. "O que menos interessa a Portugal é uma Espanha unitária", afirmou, sublinhando que "uma Catalunha independente na fachada mediterrânea poderia ser o contrapeso lógico ao centralismo espanhol". Segundo Carod Rovira, Portugal deve perceber que a independência da Catalunha nada tem que ver com a regionalização. "A Catalunha é como Portugal mas sem os Restauradores".
O vice-presidente do Governo da Catalunha recorre à História, designadamente aos acontecimentos de 1640, para afirmar que "se as coisas tivessem sido ao contrário, hoje Portugal seria uma região espanhola e a Catalunha um estado independente". No século XVII, durante o reinado de Filipe III, Madrid foi confrontada com revoltas em Portugal e na Catalunha mas o Império, apoiado pela França, reprimiu as sublevações catalãs e da Biscaia. (...)
Referendo em 2014
O governante propõe um referendo para 2014 por três razões: a primeira porque em 2014 "assinalam-se os 300 anos sobre a data em que Catalunha perdeu a condição de Estado"; a segunda porque termina o investimento previsto pelo Estatuto de Autonomia da Catalunha, em matéria de infra-estruturas, por parte do executivo espanhol; e em terceiro lugar porque em 2014 acabam as ajudas do Fundo de Coesão Europeu. "O ano de 2014 não é a data para a soberania mas sim para a democracia", afirmou.(...)
Saramago, "O espanhol"
Saramago discorda da ideia
(...) O escritor português José Saramago rejeitou hoje que Espanha não encare Portugal como um Estado independente. "Discordo completamente. Tenho com Espanha uma relação que é conhecida e nunca me apercebi de qualquer irregularidade política ou estratégia de qualquer tipo, comercial ou financeiro, que indicasse que Espanha não reconhece a independência de Portugal", disse o Nobel da Literatura.(...)
O vice-presidente do Governo Autónomo da Catalunha, Josep-Lluís Carod Rovira, disse hoje em Barcelona que Espanha ainda não assumiu que Portugal é um Estado independente. Carod Rovira considera que Madrid pretende manter uma "tutela paternalista" e uma atitude de "imperialismo doméstico" sobre o Estado Português, onde, acrescentou, "historicamente, sempre houve um certo complexo por parte de alguns sectores dirigentes em relação a Espanha".
O número dois do executivo catalão e responsável pelas relações externas da região com 7,5 milhões de habitantes, afirma que pretende conseguir o apoio de Portugal para o projecto de independência que defende para a Região Autónoma, cujo referendo propõe que se realize em 2014. "O que menos interessa a Portugal é uma Espanha unitária", afirmou, sublinhando que "uma Catalunha independente na fachada mediterrânea poderia ser o contrapeso lógico ao centralismo espanhol". Segundo Carod Rovira, Portugal deve perceber que a independência da Catalunha nada tem que ver com a regionalização. "A Catalunha é como Portugal mas sem os Restauradores".
O vice-presidente do Governo da Catalunha recorre à História, designadamente aos acontecimentos de 1640, para afirmar que "se as coisas tivessem sido ao contrário, hoje Portugal seria uma região espanhola e a Catalunha um estado independente". No século XVII, durante o reinado de Filipe III, Madrid foi confrontada com revoltas em Portugal e na Catalunha mas o Império, apoiado pela França, reprimiu as sublevações catalãs e da Biscaia. (...)
Referendo em 2014
O governante propõe um referendo para 2014 por três razões: a primeira porque em 2014 "assinalam-se os 300 anos sobre a data em que Catalunha perdeu a condição de Estado"; a segunda porque termina o investimento previsto pelo Estatuto de Autonomia da Catalunha, em matéria de infra-estruturas, por parte do executivo espanhol; e em terceiro lugar porque em 2014 acabam as ajudas do Fundo de Coesão Europeu. "O ano de 2014 não é a data para a soberania mas sim para a democracia", afirmou.(...)
Saramago, "O espanhol"
Saramago discorda da ideia
(...) O escritor português José Saramago rejeitou hoje que Espanha não encare Portugal como um Estado independente. "Discordo completamente. Tenho com Espanha uma relação que é conhecida e nunca me apercebi de qualquer irregularidade política ou estratégia de qualquer tipo, comercial ou financeiro, que indicasse que Espanha não reconhece a independência de Portugal", disse o Nobel da Literatura.(...)
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Independência da Catalunha
Líderes históricos da Catalunha favoráveis à Independência
No dia 11 de Setembro comemorou-se o dia da Comunidade da Catalunha (Diada Nacional de Catalunya). Pela primeira vez dois líderes históricos catalães e antigos presidentes do governo da Região (Generalitat) produziram discursos favoráveis à independência da Catalunha em relação ao Estado Espanhol. O socialista Pascoal Maragall defendeu que é chegada a hora do «Estado Catalão» afirmar-se como nação dentro de uma Europa diversificada, sublinhando que a Espanha tem de reconhecer que existem no seu seio 3 nações que querem ser Estados: o País Basco, a Catalunha e a Galiza.
O nacionalista conservador, Jordi-Pujol sublinhou que existe uma nação catalã, com uma realidade histórica e uma identidade própria. Na mesma altura, uma manifestação independentista reunia quatro mil pessoas em Barcelona.
Sempre que esta assunto é aflorado, a direita espanhola, em especial o PP do ex - primeiro-ministro Aznar, fica com os cabelos em pé. A ideia de cada povo escolher livremente o seu destino é-lhes completamente impossível de aceitar.
O nacionalista conservador, Jordi-Pujol sublinhou que existe uma nação catalã, com uma realidade histórica e uma identidade própria. Na mesma altura, uma manifestação independentista reunia quatro mil pessoas em Barcelona.
Sempre que esta assunto é aflorado, a direita espanhola, em especial o PP do ex - primeiro-ministro Aznar, fica com os cabelos em pé. A ideia de cada povo escolher livremente o seu destino é-lhes completamente impossível de aceitar.
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Independência da Catalunha
Nação catalã vota maciçamente pela Independência, 97,71%, em referendo não vinculativo
"Sim" à independência da Catalunha conquista 94,71% dos votos
Barcelona, Espanha, 13 Dez (Lusa) - A independência da Catalunha em relação a Espanha foi defendida pela quase totalidade dos eleitores (94,71 por cento) que hoje votaram em 166 municípios daquela região espanhol numa consulta não vinculativa, divulgou a Coordenadora Nacional.
Barcelona, Espanha, 13 Dez (Lusa) - A independência da Catalunha em relação a Espanha foi defendida pela quase totalidade dos eleitores (94,71 por cento) que hoje votaram em 166 municípios daquela região espanhol numa consulta não vinculativa, divulgou a Coordenadora Nacional.
Dados que, segundo a Coordenadora Nacional das consultas, realizadas hoje, justificam que o parlamento regional convoque um "referendo vinculativo" sobre o tema para 25 de Abril próximo.
Os resultados foram divulgados ao final da noite de hoje pela Coordenadora Nacional que confirmou terem participado cerca de 30 por cento dos 700 mil eleitores que podiam votar nos locais onde foi realizada a consulta.
Barcelona, Espanha, 13 Dez (Lusa) - A independência da Catalunha em relação a Espanha foi defendida pela quase totalidade dos eleitores (94,71 por cento) que hoje votaram em 166 municípios daquela região espanhol numa consulta não vinculativa, divulgou a Coordenadora Nacional.
Barcelona, Espanha, 13 Dez (Lusa) - A independência da Catalunha em relação a Espanha foi defendida pela quase totalidade dos eleitores (94,71 por cento) que hoje votaram em 166 municípios daquela região espanhol numa consulta não vinculativa, divulgou a Coordenadora Nacional.
Dados que, segundo a Coordenadora Nacional das consultas, realizadas hoje, justificam que o parlamento regional convoque um "referendo vinculativo" sobre o tema para 25 de Abril próximo.
Os resultados foram divulgados ao final da noite de hoje pela Coordenadora Nacional que confirmou terem participado cerca de 30 por cento dos 700 mil eleitores que podiam votar nos locais onde foi realizada a consulta.
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Independência da Catalunha
Serrão não quer ajuste de contas: mas há injustiças por saldar? Pois é, o passado volta sempre a interrogar-nos a consciência!
Não há acusação dos outros que nos pese se ela também não nos pesar na consciência. E as nossas desculpas perante os outros são a maior parte das vezes um confronto com a nossa própria consciência!
Julgo que o receio não se justifica, mesmo que a consciência seja pesada: as derrotas e os erros da LFR, esses passados e bem presentes, recentes e bem presentes, pesam que nem chumbo! Já sobre a solidariedade, ela não terá sido quebrada, claro que não...
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Congresso do PS-MADEIRA
domingo, 13 de dezembro de 2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
DOSSIER DE IMPRENSA: O caso mais flagrante de manipulação da Opinião Pública e uma afronta à pluralidade em Democracia
Dados objectivos: no dossier de imprensa, há um jornalista que é do PPD de papel passado e tudo; há um jornalista que já foi candidato pelo Partido Comunista Português (CDU); há um jornalista que simpatiza com a facção PPD/Cunha e Silva; e há um jornalista que é da facção PPD/Miguel Albuquerque - na prática, todos eles são anti-PS, uns, porque são PPD; outro, porque, mais proximamente herdou a cultura anti-socialista primária desde os anos 40 alimentada pela Direcção do PCP, quando Mário Soares bateu estrondosamente com a porta daquela organização marxista-leninista, com períodos estalinistas, e, mais longinquamente, quando os socialistas optaram pelas reformas e os marxistas pela violência revolucionária, no século XIX.
Não tenho visto este programa monocolor. Fonte fidedigna, isto é, digna de fé, comunicou-me que a cassete sobre a LFR versão PPD foi a que tocou ontem. Este programa, suspenso durante a campanha eleitoral, com o silêncio cúmplice dos seus elementos, tem de ser - e vai ser! - metido na ordem democrática e plural: olá se vai!
Não tenho visto este programa monocolor. Fonte fidedigna, isto é, digna de fé, comunicou-me que a cassete sobre a LFR versão PPD foi a que tocou ontem. Este programa, suspenso durante a campanha eleitoral, com o silêncio cúmplice dos seus elementos, tem de ser - e vai ser! - metido na ordem democrática e plural: olá se vai!
O QUE É UM PALÍNDROMO?
Um palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, normalmente, da esquerda para a direita e ao contrário.
Exemplos: OVO, OSSO, RADAR.
O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase; é o caso do conhecido:
SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS.
Diante do interesse pelo assunto (confesse, já leu a frase ao contrário), tomei a liberdade de seleccionar alguns dos melhores palíndromos da língua de Camões...
Se souber de algum, acrescente e passe adiante.
ANOTARAM A DATA DA MARATONA
ASSIM A AIA IA A MISSA
A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA
A DROGA DA GORDA
A MALA NADA NA LAMA
A TORRE DA DERROTA
LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL
O CÉU SUECO
O GALO AMA O LAGO
O LOBO AMA O BOLO
O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO
RIR, O BREVE VERBO RIR
A CARA RAJADA DA JARARACA
SAIRAM O TIO E OITO MARIAS
ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ
Exemplos: OVO, OSSO, RADAR.
O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase; é o caso do conhecido:
SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS.
Diante do interesse pelo assunto (confesse, já leu a frase ao contrário), tomei a liberdade de seleccionar alguns dos melhores palíndromos da língua de Camões...
Se souber de algum, acrescente e passe adiante.
ANOTARAM A DATA DA MARATONA
ASSIM A AIA IA A MISSA
A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA
A DROGA DA GORDA
A MALA NADA NA LAMA
A TORRE DA DERROTA
LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL
O CÉU SUECO
O GALO AMA O LAGO
O LOBO AMA O BOLO
O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO
RIR, O BREVE VERBO RIR
A CARA RAJADA DA JARARACA
SAIRAM O TIO E OITO MARIAS
ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ
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Curiosidades
Já chegamos a isto, o Laicismo impõe-se como religião: Cruzes em cemitérios dão polémica na Bélgica
Começou ontem a ser discutida na Bélgica uma proposta para separar a Igreja do Estado que pode ir ao ponto de obrigar a retirada de cruzes nas campas dos cemitérios.
Já não bastava a tradicional querela entre flamengos e valões: o Rei Alberto II vê agora a Bélgica dividir-se por causa de uma proposta para separar a Igreja do Estado.
A ideia do senador socialista Philippe Mahoux é impor uma neutralidade estrita que, segundo os críticos, pode ir ao ponto de obrigar a retirada de cruzes nas campas dos cemitérios.
O projecto de lei, redigido em termos muito vagos, foi apresentado há dois anos e começou ontem a ser discutido na comissão de Assuntos Institucionais do Senado. O senador Jean Jacques de Gucht, um dos apoiantes da proposta, acusou os críticos de manipulação e explicou ao diário Le Soir que "o objectivo não é começar uma tempestade iconoclasta".
O projecto visa ainda proibir os hospitais católicos de recusar praticar a eutanásia e impor mudanças no protocolo de Estado.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
A Lei [e a Constituição] é clara: Governo do PPD deve prestar contas ao Parlamento: quanto é que o Governo do PPD deve à Democracia. Ora aí está...
uma conta que o Urbanidades, apoiante de Serrão, não deixará e terá prazer em fazer!
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o sistema laranja
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
"EU CONHEÇO UM PAÍS...", Nicolau Santos, Director - adjunto do Jornal Expresso, In Revista "Exportar"
Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade mundial de recém-nascidos, melhor que a média da UE.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Eu conheço um país que é líder mundial na produção de feltros para chapéus.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende no exterior para dezenas de mercados.
Eu conheço um país que tem uma empresa que concebeu um sistema pelo qual você pode escolher, no seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou um sistema
biométrico de pagamento nas bombas de gasolina.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou uma bilha de gás muito leve que já ganhou prémios internacionais.
Eu conheço um país que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, permitindo operações inexistentes na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos.
Eu conheço um país que revolucionou o sistema financeiro e tem três Bancos nos cinco primeiros da Europa.
Eu conheço um país que está muito avançado na investigação e produção de energia através das ondas do mar e do vento.
Eu conheço um país que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os toda a EU.
Eu conheço um país que desenvolveu sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos às PMES.
Eu conheço um país que tem diversas empresas a trabalhar para a NASA e a Agência Espacial Europeia.
Eu conheço um país que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas.
Eu conheço um país que inventou e produz um medicamento anti-epiléptico para o mercado mundial.
Eu conheço um país que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça.
Eu conheço um país que produz um vinho que em duas provas ibéricas superou vários dos melhore vinhos espanhóis.
Eu conheço um país que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamento de pré-pagos para telemóveis.
Eu conheço um país que construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pelo Mundo.
O leitor, possivelmente, não reconheceu neste país aquele em que vive...
PORTUGAL
Mas é verdade.Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.
Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Out Systems, WeDo, Quinta do Monte d'Oiro, Brisa Space Services, Bial, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Portugal Telecom Inovação, Grupos Vila Galé, Amorim, Pestana, Porto Bay e BES Turismo.
Há ainda grandes empresas multinacionais instalada no País, mas dirigidas por portugueses, com técnicos portugueses, de reconhecido sucesso junto das casas mãe,como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal e a Mc Donalds (que desenvolveu e aperfeiçoou em Portugal um sistema que permite quantificar as refeições e tipo que são vendidas em cada e todos os estabelecimentos da cadeia em todo o mundo ) .
É este o País de sucesso em que também vivemos, estatisticamente sempre na cauda da Europa, com péssimos índices na educação, e gravíssimos problemas no ambiente e na saúde... do que se atrasou em relação à média UE...etc.
Mas só falamos do País que está mal, daquele que não acompanhou o progresso.
É tempo de mostrarmos ao mundo os nossos sucessos e nos orgulharmos disso.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Eu conheço um país que é líder mundial na produção de feltros para chapéus.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende no exterior para dezenas de mercados.
Eu conheço um país que tem uma empresa que concebeu um sistema pelo qual você pode escolher, no seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou um sistema
biométrico de pagamento nas bombas de gasolina.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou uma bilha de gás muito leve que já ganhou prémios internacionais.
Eu conheço um país que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, permitindo operações inexistentes na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos.
Eu conheço um país que revolucionou o sistema financeiro e tem três Bancos nos cinco primeiros da Europa.
Eu conheço um país que está muito avançado na investigação e produção de energia através das ondas do mar e do vento.
Eu conheço um país que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os toda a EU.
Eu conheço um país que desenvolveu sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos às PMES.
Eu conheço um país que tem diversas empresas a trabalhar para a NASA e a Agência Espacial Europeia.
Eu conheço um país que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas.
Eu conheço um país que inventou e produz um medicamento anti-epiléptico para o mercado mundial.
Eu conheço um país que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça.
Eu conheço um país que produz um vinho que em duas provas ibéricas superou vários dos melhore vinhos espanhóis.
Eu conheço um país que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamento de pré-pagos para telemóveis.
Eu conheço um país que construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pelo Mundo.
O leitor, possivelmente, não reconheceu neste país aquele em que vive...
PORTUGAL
Mas é verdade.Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.
Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Out Systems, WeDo, Quinta do Monte d'Oiro, Brisa Space Services, Bial, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Portugal Telecom Inovação, Grupos Vila Galé, Amorim, Pestana, Porto Bay e BES Turismo.
Há ainda grandes empresas multinacionais instalada no País, mas dirigidas por portugueses, com técnicos portugueses, de reconhecido sucesso junto das casas mãe,como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal e a Mc Donalds (que desenvolveu e aperfeiçoou em Portugal um sistema que permite quantificar as refeições e tipo que são vendidas em cada e todos os estabelecimentos da cadeia em todo o mundo ) .
É este o País de sucesso em que também vivemos, estatisticamente sempre na cauda da Europa, com péssimos índices na educação, e gravíssimos problemas no ambiente e na saúde... do que se atrasou em relação à média UE...etc.
Mas só falamos do País que está mal, daquele que não acompanhou o progresso.
É tempo de mostrarmos ao mundo os nossos sucessos e nos orgulharmos disso.
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PORTUGAL
Quem deve aprovar a adaptação da Lei Finanças Locais é a ALM para que o IRS possa ser transferido para as Câmaras.O PSD-M recusa-se.A culpa é do PS?
Vejamos o que diz a Lei n.º 2/2007 de 15 de Janeiro, Lei das Finanças Locais, no seu artigo 63:
Artigo 63.º
Adaptação às Regiões Autónomas
3 - A aplicação às Regiões Autónomas do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 19.º e no artigo 20.º da presente lei efectua-se mediante decreto legislativo regional.
E o que é que diz a alínea c) do número 1, do artigo 19?
Artigo 19.º
Repartição de recursos públicos entre o Estado e os municípios
1 - A repartição dos recursos públicos entre o Estado e os municípios, tendo em vista atingir os objectivos de equilíbrio financeiro horizontal e vertical, é obtida através das seguintes formas de participação:
c) c) Uma participação variável de 5% no IRS, determinada nos termos do artigo 20.º, dos sujeitos passivos com domicílio fiscal na respectiva circunscrição territorial, calculada sobre a respectiva colecta líquida das deduções previstas no n.º 1 do artigo 78.º do Código do IRS.
A quem compete essa transferência, do IRS, para as Autarquias das Regiões Autónomas? Obviamente que a resposta está no quadro das competências das Regiões e no âmbito da autonomia financeira estabelecida na Lei. A não ser que se queira que os impostos cobrados nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira vão para Lisboa e seja o Governo da República a adminstrar os impostos cobrados cá, como parece querer agora o PSD-Madeira.
Uma pergunta: por que motivo o líder do PSD-Madeira ainda não falou sobre o assunto, o do IRS a transferir para as autarquias madeirenses? A resposta está no quadro das competências regionais definidas na Lei geral. E por que motivo as autarquias locais madeirenses ainda não puseram o Estado em tribunal? A resposta está na lei: quem deveria sentar-se no banco dos reús era o Governo do PSD e não o governo do PS.
Portanto, não se pode ver uma questão isolada mas integrada no todo.
Pergunta concreta e objectiva: a inscrição das verbas do IRS no OE para as autarquias regionais respeita as competências das Regiões Autónomas respeita as competências destas, nomeadamente o direito que lhes foi reconhecido, caso único na Europa em matéria de competências autonómicas, de arrecadarem os impostos cobrados no seu território? Isto é: deve transferir-se o total da verba inscrita, mesmo que ela não respeite a Lei Quadro das competências autonómicas - quando o assunto é dinheiro vale tudo? - ou, pelo contrário, a tranche já tranferida, sejamos claros, entregue aos seus legítimos donos? Aliás, é por causa de não transferir os 5% para os legítimos donos que o PSD-Madeira se recusa a fazer a adaptação da Lei à Madeira.Alguém ouviu Alberto João Jardim falar sobre o assunto? Se falou, falou muito baixinho, ele que fala tão alto!
Artigo 63.º
Adaptação às Regiões Autónomas
3 - A aplicação às Regiões Autónomas do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 19.º e no artigo 20.º da presente lei efectua-se mediante decreto legislativo regional.
E o que é que diz a alínea c) do número 1, do artigo 19?
Artigo 19.º
Repartição de recursos públicos entre o Estado e os municípios
1 - A repartição dos recursos públicos entre o Estado e os municípios, tendo em vista atingir os objectivos de equilíbrio financeiro horizontal e vertical, é obtida através das seguintes formas de participação:
c) c) Uma participação variável de 5% no IRS, determinada nos termos do artigo 20.º, dos sujeitos passivos com domicílio fiscal na respectiva circunscrição territorial, calculada sobre a respectiva colecta líquida das deduções previstas no n.º 1 do artigo 78.º do Código do IRS.
A quem compete essa transferência, do IRS, para as Autarquias das Regiões Autónomas? Obviamente que a resposta está no quadro das competências das Regiões e no âmbito da autonomia financeira estabelecida na Lei. A não ser que se queira que os impostos cobrados nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira vão para Lisboa e seja o Governo da República a adminstrar os impostos cobrados cá, como parece querer agora o PSD-Madeira.
Uma pergunta: por que motivo o líder do PSD-Madeira ainda não falou sobre o assunto, o do IRS a transferir para as autarquias madeirenses? A resposta está no quadro das competências regionais definidas na Lei geral. E por que motivo as autarquias locais madeirenses ainda não puseram o Estado em tribunal? A resposta está na lei: quem deveria sentar-se no banco dos reús era o Governo do PSD e não o governo do PS.
Portanto, não se pode ver uma questão isolada mas integrada no todo.
Pergunta concreta e objectiva: a inscrição das verbas do IRS no OE para as autarquias regionais respeita as competências das Regiões Autónomas respeita as competências destas, nomeadamente o direito que lhes foi reconhecido, caso único na Europa em matéria de competências autonómicas, de arrecadarem os impostos cobrados no seu território? Isto é: deve transferir-se o total da verba inscrita, mesmo que ela não respeite a Lei Quadro das competências autonómicas - quando o assunto é dinheiro vale tudo? - ou, pelo contrário, a tranche já tranferida, sejamos claros, entregue aos seus legítimos donos? Aliás, é por causa de não transferir os 5% para os legítimos donos que o PSD-Madeira se recusa a fazer a adaptação da Lei à Madeira.Alguém ouviu Alberto João Jardim falar sobre o assunto? Se falou, falou muito baixinho, ele que fala tão alto!
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Lei das finanças regionais
O Plural de "aval"
Aval, avais: por analogia com "vale, vales", o plural da palavra aval oscila entre avais e avales. Vejamos porquê:
Fernando V. Peixoto da Fonseca
Segundo ensinam as boas gramáticas (que são pouquíssimas…), os nomes terminados em -al fazem o plural em -ais, excepto mal (pl. males, a moeda real (pl. réis) e cal, pois de acordo com alguns pode ter como plural cales e cais.
Surge agora a dúvida quanto a aval. Embora Cândido de Figueiredo e a "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira" dêem o plural avales, julgamos tratar-se de francesismo desnecessário este plural (em francês é avals).
Pensamos que, lá por aval ser um galicismo, aliás muito útil, não é preciso formar-lhe o plural à francesa, língua em que, para mais, avals também constitui excepção à regra de os nomes em -al fazerem o plural em -aux. Porque não usar avais? Aqui fica a sugestão, e a lembrança de que o prestigioso Aurélio regista os dois plurais (avais e avales), o que já é meio caminho andado.
Nem todas as palavras terminadas em -al fazem o plural em -ais. Damos como exemplo mal, males.
É interessante notar o seguinte: o vocábulo mel, além do plural méis, possui também o plural meles. E fel faz no plural feles, pelo menos em Portugal.
O que podemos fazer é o seguinte: esperar que o uso escolha entre avale e avais. Este lembra o verbo ir - embora com ele não se confunda. E é menos eufónico. Neste particular, a língua ainda está em evolução.
Fernando V. Peixoto da Fonseca
Segundo ensinam as boas gramáticas (que são pouquíssimas…), os nomes terminados em -al fazem o plural em -ais, excepto mal (pl. males, a moeda real (pl. réis) e cal, pois de acordo com alguns pode ter como plural cales e cais.
Surge agora a dúvida quanto a aval. Embora Cândido de Figueiredo e a "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira" dêem o plural avales, julgamos tratar-se de francesismo desnecessário este plural (em francês é avals).
Pensamos que, lá por aval ser um galicismo, aliás muito útil, não é preciso formar-lhe o plural à francesa, língua em que, para mais, avals também constitui excepção à regra de os nomes em -al fazerem o plural em -aux. Porque não usar avais? Aqui fica a sugestão, e a lembrança de que o prestigioso Aurélio regista os dois plurais (avais e avales), o que já é meio caminho andado.
Nem todas as palavras terminadas em -al fazem o plural em -ais. Damos como exemplo mal, males.
É interessante notar o seguinte: o vocábulo mel, além do plural méis, possui também o plural meles. E fel faz no plural feles, pelo menos em Portugal.
O que podemos fazer é o seguinte: esperar que o uso escolha entre avale e avais. Este lembra o verbo ir - embora com ele não se confunda. E é menos eufónico. Neste particular, a língua ainda está em evolução.
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gramática portuguesa
Intercessão, intersecção e intercepção
intercessão (lê-se com o “e” fechado, como em “fechado”
s. f.
1. Acto de interceder.
2. Pedido a favor de outrem.
3. Intervenção conciliadora.
intersecção (ècç ou èç) (lê-se com o “e” aberto)
s. f.
1. Corte.
2. Ponto em que se cruzam duas linhas ou superfícies.
3. Acto de cortar.
intercepção (èç) (“e” aberto)
s. f.
Acto ou efeito de interceptar!. = INTERCEPTAÇÃO!
interceptar (èt)
v. tr.
1. Deter ou interromper no seu curso.
2. Não deixar chegar ao seu destino.
3. Pôr obstáculos no meio de.
s. f.
1. Acto de interceder.
2. Pedido a favor de outrem.
3. Intervenção conciliadora.
intersecção (ècç ou èç) (lê-se com o “e” aberto)
s. f.
1. Corte.
2. Ponto em que se cruzam duas linhas ou superfícies.
3. Acto de cortar.
intercepção (èç) (“e” aberto)
s. f.
Acto ou efeito de interceptar!. = INTERCEPTAÇÃO!
interceptar (èt)
v. tr.
1. Deter ou interromper no seu curso.
2. Não deixar chegar ao seu destino.
3. Pôr obstáculos no meio de.
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Vocabulário
Uma pergunta ao ainda Presidente do PS-Madeira: desde quando aprovar as leis do PSD-M, como a péssima versão da LFR,é defender o interesse da Madeira?
"João Carlos Gouveia não assume indicação de voto a Luís Miguel França, para a votação da alteração à Lei de Finanças das Regiões [da autoria do PSD-M] (...) "o senhor deputado foi eleito pelo círculo da Madeira e deverá, sempre, defender os interesses do povo que o elegeu": João Carlos Gouveia, o grande arauto do combate ao separatismo, agora acha que defender os interesses do povo madeirense é votar a favor das péssimas leis, como a da alteração da LFR, impostas pelo PSD?
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
domingo, 6 de dezembro de 2009
Caros cidadões iléus
Os dois candidatos falam aos cidadões das ilas da Madeira e Porto Santo.
Eleiçãos no PS correm como leito na ribeira
Este Planeta teve acesso aos próximos discursos de Victor Freitas e de Jacinto Serrão. O primeiro, depois de ser apanhado a dizer "cidadões", foge de qualquer palavra terminada em 'ãos' como o Diabo da cruz. O segundo, para mostrar que já fala como se fala em Lisboa, evita a todo o custo qualquer referência ao 'lhe'. Ficaram assim os discursos:
Victor Freitas
Caros militantes
Comigo, vamos eleger novas comissãos políticas concelhias. Para evitar o aparecimento de mais Serrãos que possam provocar mais divisãos no nosso partide vamos proibir que entrem mais vilhãos. Já sei que esta medida vai gerar muitas reacçãos, mas este partido precisa de uns abanãos. Quem concorda que levante as mões."
Jacinto Serrão
Caros e caras concidadãos e concidadonas
Comigo, pá, acabar-se-ão os contratempos que afectam esta ila há mais de míele anos. É precisa combater João Jardim, pá, como as crianças precisam de leito para crescer. Vamos mostrar-le a nossa força. O poder, pá, não é só para filos do partido da dra. Leito. Até parece somos uma terra de vilhãos... (pensavam que ia dizer vilões, não?!)"
Eleiçãos no PS correm como leito na ribeira
Este Planeta teve acesso aos próximos discursos de Victor Freitas e de Jacinto Serrão. O primeiro, depois de ser apanhado a dizer "cidadões", foge de qualquer palavra terminada em 'ãos' como o Diabo da cruz. O segundo, para mostrar que já fala como se fala em Lisboa, evita a todo o custo qualquer referência ao 'lhe'. Ficaram assim os discursos:
Victor Freitas
Caros militantes
Comigo, vamos eleger novas comissãos políticas concelhias. Para evitar o aparecimento de mais Serrãos que possam provocar mais divisãos no nosso partide vamos proibir que entrem mais vilhãos. Já sei que esta medida vai gerar muitas reacçãos, mas este partido precisa de uns abanãos. Quem concorda que levante as mões."
Jacinto Serrão
Caros e caras concidadãos e concidadonas
Comigo, pá, acabar-se-ão os contratempos que afectam esta ila há mais de míele anos. É precisa combater João Jardim, pá, como as crianças precisam de leito para crescer. Vamos mostrar-le a nossa força. O poder, pá, não é só para filos do partido da dra. Leito. Até parece somos uma terra de vilhãos... (pensavam que ia dizer vilões, não?!)"
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Congresso do PS-MADEIRA
Alberto João Jardim não tem hipóteses: os 3 primeiros Presidentes da República não eram portugueses do continente
os três primeiros Presidentes da República, Manuel de Arriga (Açores,Horta, Faial, minha bisavó tratava-o por tu, tinham sido colegas de escola), Teófilo de Braga (Açores, Ponta Delgada) e Bernardino Machado (Brasil, Rio de Janeiro), não eram portugueses do Continente. Só o quarto o foi, Sidónio Pais, minhoto, e foi presidente depois de um golpe da Junta Militar Revolucionária, de que era presidente. De então para cá, mais nenhum insular almejou tão alta magistratura. Nem Mota Amaral, que chegou a estar à frente das sondagens nos anos 80, para substituir Eanes, e logo a clique do directório do PSD lançou Freitas do Amaral, e Marcelo lança Jardim para confundir e diluir o outro ilhéu, nem Jaime Gama nem Alberto João têm possibilidades de cargos de liderança na capital do Império. Há que prevenir! Alberto João Jardim assusta Lisboa pelos seus defeitos, que não são poucos, mas, há há que dizê-lo, também assusta pelos efeitos de furação que provocaria naquele marasmo imperial.
Salazar pediu planos para defender Lisboa de um ataque espanhol
Depois da revelação dos planos de Franco para atacar Portugal, fica comprovado que Salazar mandou estudar a defesa de Lisboa face a uma invasão espanhola
Missões militares luso-britânicas constituídas por oficiais do Exército elaboraram durante a Segunda Guerra Mundial vários planos de defesa de Portugal, a pedido de Salazar, que nos primeiros anos do conflito temia uma invasão espanhola. No início da guerra, em 1939, é traçado o Plano Barron (a missão militar foi chefiada pelo general Barron), que previa a defesa da capital de ataques aéreos ou vindos do mar. Os documentos foram descobertos pelo historiador Jorge Rocha, que os vai publicar, em breve, em livro.
"O Plano Barron previa a protecção da entrada costeira de Lisboa com artilharia pesada instalada nas margens dos estuários do Tejo e do Sado que disparava a cerca de 30 quilómetros de distância para o mar", explicou Jorge Rocha em entrevista à Lusa. Incluía zonas iluminadas com projectores, uma barragem criada para impedir a entrada de navios inimigos nos estuários do Tejo e Sado, dispositivos de detecção e minas.
Em 1940, um outro plano, elaborado por militares portugueses, mas que previa a colaboração de forças britânicas, equacionava pela primeira vez a possibilidade de poder vir a ser necessário retirar os órgãos de soberania para as ilhas ou colónias. A retirada para os Açores seria o cenário de fundo para a elaboração de mais um plano de defesa luso-britânico, desta vez em 1942.
"Em 1940, ao contrário do que seria de esperar, numa altura em que o leque de ameaças se tinha diversificado, Salazar irá solicitar à Majoria General do Exército que proceda à elaboração de um plano de guerra que considere a defesa terrestre do país na hipótese de uma guerra contra a Espanha", constatou o historiador português na documentação consultada.
Ao mesmo tempo que Salazar ordenava secretamente que se traçassem esses planos, do lado espanhol o ditador Francisco Franco elaborava planos de invasão de Portugal, como expõe o historiador e escritor Manuel Rós Agudo.
"Agora, com o aparecimento do plano de Franco, fica a dúvida se Salazar estaria ou não na posse de informação privilegiada sobre a sua existência. Rós Agudo escreveu que, apesar do estabelecido no Pacto de Amizade e Não Agressão hispano-luso, assinado no dia 17 de Março de 1939, "não se tinha em conta o papel desempenhado pelo Portugal de Salazar durante a Guerra Civil, ajudando quanto pôde a causa de Franco".
Missões militares luso-britânicas constituídas por oficiais do Exército elaboraram durante a Segunda Guerra Mundial vários planos de defesa de Portugal, a pedido de Salazar, que nos primeiros anos do conflito temia uma invasão espanhola. No início da guerra, em 1939, é traçado o Plano Barron (a missão militar foi chefiada pelo general Barron), que previa a defesa da capital de ataques aéreos ou vindos do mar. Os documentos foram descobertos pelo historiador Jorge Rocha, que os vai publicar, em breve, em livro.
"O Plano Barron previa a protecção da entrada costeira de Lisboa com artilharia pesada instalada nas margens dos estuários do Tejo e do Sado que disparava a cerca de 30 quilómetros de distância para o mar", explicou Jorge Rocha em entrevista à Lusa. Incluía zonas iluminadas com projectores, uma barragem criada para impedir a entrada de navios inimigos nos estuários do Tejo e Sado, dispositivos de detecção e minas.
Em 1940, um outro plano, elaborado por militares portugueses, mas que previa a colaboração de forças britânicas, equacionava pela primeira vez a possibilidade de poder vir a ser necessário retirar os órgãos de soberania para as ilhas ou colónias. A retirada para os Açores seria o cenário de fundo para a elaboração de mais um plano de defesa luso-britânico, desta vez em 1942.
"Em 1940, ao contrário do que seria de esperar, numa altura em que o leque de ameaças se tinha diversificado, Salazar irá solicitar à Majoria General do Exército que proceda à elaboração de um plano de guerra que considere a defesa terrestre do país na hipótese de uma guerra contra a Espanha", constatou o historiador português na documentação consultada.
Ao mesmo tempo que Salazar ordenava secretamente que se traçassem esses planos, do lado espanhol o ditador Francisco Franco elaborava planos de invasão de Portugal, como expõe o historiador e escritor Manuel Rós Agudo.
"Agora, com o aparecimento do plano de Franco, fica a dúvida se Salazar estaria ou não na posse de informação privilegiada sobre a sua existência. Rós Agudo escreveu que, apesar do estabelecido no Pacto de Amizade e Não Agressão hispano-luso, assinado no dia 17 de Março de 1939, "não se tinha em conta o papel desempenhado pelo Portugal de Salazar durante a Guerra Civil, ajudando quanto pôde a causa de Franco".
sábado, 5 de dezembro de 2009
Não se regressa a um lugar de onde nunca se partiu!
Contra a minha racionalidade religiosa, convivo, desde sempre, com um certo misticismo bretão, druídico, que me permite reconhecer o espírito da terra. Por isso, a Madeira para mim não é apenas uma ilha, não é apenas um local, não é uma simples referência geográfica. A Madeira que vive em mim tem uma imagem antropomórfica, tem um espírito, uma alma e uma consciência. Por ela sou uma espécie de Átis que ama e vive para a sua deusa Cibele. Submeto-me a ela com a pequenez de um humano, ante a grandeza da divindade. A Madeira é minha utopia, é a representação terrena do paraíso, é o meu delírio onírico, é a minha maior paixão.
Por tudo isto sinto que nunca saí da Madeira. É verdade que estive - e, por mais um acaso dos destino, permaneço – deslocado. Mas nunca esse deslocamento representou uma ausência. Não teria sido possível. Não para mim.
E foi assim que dei comigo em Coimbra, com a esperança e optimismo que se prendem ao olhar dos 19 anos e a Madeira agarrada à voz. Não, não era apenas o sotaque que carregava e carrego comigo, como se fosse o meu bem mais precioso, que denunciava o sangue ilhéu. Quem então me conheceu – aliás, tal como agora – sabia – e sabe! – que, para mim, ser madeirense é mais do que ser natural da ilha: é um estado de alma, é a forma mais elevada de ser eu próprio.
A sombra da Madeira que o Sol do ocaso projecta sobre o Atlântico – e que suporta a lenda da Ilha de Arguim – acompanha-me desde então e não permite qualquer dúvida acerca da minha origem ou do meu destino. Quem me conhecia sabia que não havia concorrência possível, que a Madeira estava-me inscrita no sangue.
Se Coimbra contou? Se consegui libertar-me das inevitáveis amarras que nos podem atrofiar? Claro que sim! A veneração que dedico à Madeira jamais poderia ser motivo de empobrecimento pessoal, jamais poderia ser causadora de perda ou dano. Para além de que, por vezes, é preciso sair para que estejamos dentro. É preciso que nos transformemos em um outro, para que sejamos mais radicalmente nós próprios. E esta aprendizagem foi realizada. As oportunidades não foram desperdiçadas. Cresci com os outros, apreendi a grandiosidade do que é diferente. E isso apenas foi possível porque me desloquei e é a razão pela qual preconizo a saída da Ilha, como aprendizagem. É imperioso que saiamos, que nos permitamos ser desvelados perante olhares diversos.
Quando, em 2001, regressei ao Funchal, senti ter regressado a casa. Afinal, ao contrário do mito grego, não apenas o percurso era importante. Ítaca também o era, como meta, como objectivo primordial.
É verdade que o sopé do Pico da Cruz já não era o mesmo. O amontoado de bananeiras tinha sido substituído por uma floresta de betão. Os amigos já lá não estavam – não como os imaginávamos.
Mas o cheiro que se entranha em nós, a maresia impregnada de humidade que se cola, o sol derramado sobre o mar quando se esconde atrás do Cabo Girão e, sempre e acima de tudo, o horizonte, mantinham-se inalterados. E se perdia alguma coisa em termos de identificação – intelectual, acima de tudo! -, a verdade é que essa perda era compensada pela mesma matriz histórica, geográfica e cultural, que partilhava com quem então me rodeou. O ventre de onde nascemos era o mesmo. E esses são laços poderosos.
Porque o que me caracteriza não é apenas a minha formação; não é apenas a minha profissão; não são apenas os meus hóbis, ou as leituras que fiz. Não! O que eu sou é o sangue que me corre nas veias e que rasga todo o corpo. E esse confunde-se com a neblina que cobre o Pico do Areeiro, com os ribeiros que recortam a Madeira e com as levadas que a esventram. Sou o olhar que se perde na majestade das montanhas, ou na imensidão do mar.
Se foi fácil a transição? Se regressei diferente? Se tinha outras aspirações? Se sentia que a as fronteiras naturais da ilha me poderia aprisionar? Tudo isso é verdade e tudo isso é mentira. Porque, como disse, não me parece ser possível regressar a algum lugar de onde nunca se partiu. E eu, verdadeiramente, sinto que nunca parti!
Sancho Gomes
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o belo literário traz a felicidade
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
O responsável político por o PSD ter passado impune pelo maior embuste da Autonomia tem um nome e tem um rosto: JACINTO SERRÃO!
O maior embuste da História da Autonomia, como se diz aqui e bem, foi cometido pelo PSD em 2007 sobre a Grande Mentira que foi o efeito da LFR sobre as contas públicas regionais. Mas se, do lado da Oposição, toda ela enredada e responsável igualmente por que o PSD tenha ficado impune, há um nome que deve ser responsabilizado pela sua total inabilidade política, esse é o de Jacinto Serrão, então líder do PS. O partido teria ensandecido se pusesse o rosto do erro no mesmo lugar em que errou. E o que é mais extraordinário é que alguns dirigentes do PS com responsabilidades políticas então e agora queiram repetir o mesmo erro, colocando o Partido Socialista à mercê do autor do Grande Embuste e da Grande Mentira, o PSD!
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Congresso do PS-MADEIRA
Logotipo secreto das lideranças de JCG e JS
o Basta Que Sim teve acesso ao espólio classificado das lideranças de Gouveia e Serrão e encontrou o logotipo secreto da linha política que as mesmas juraram seguir em reuníões iniciais e iniciátivas secretas à moda da Maçonaria. Está explicado o mistério. E nós que não compreendíamos nada. A partir de agora estamos em condições de compreender melhor a sua linha política. O Orçamento é mau, é mais ou menos, não presta, até que nem tanto, vamos talvez nos abster, aquilo não tem ponta por onde se pegue, é preciso votar contra, péssimo orçamento, votamos a favor, o outro está ao telefone, cem por cento do GP do PS presente na sala vota a favor, só lá estava JCG e mais um deputado.
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a linha das 2 últimas lideranças
Falem a verdade aos madeirenses! Vão à televisão explicar-se. Não enganem o Povo!
O que aqui dito é urgente. De que está à espera a RTP-Madeira para promover um debate sobre a lei que os Governos do PSD e do PS, na Região e no País, impingiram aos Madeirenses, em resultado da má negociação entre eles e de pensarem mais em si que no interesse colectivo. Por que razão os responsáveis fogem ao confronto e vão, num linha de avanço e arrecuo que me faz lembrar alguém, que, por pudor, não digo, sucessivamente debitando números em que eles próprios não acreditam? Falem a verdade aos madeirenses, não enganem o Povo: BASTA DE MENTIRAS!
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Lei das finanças regionais
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Estilo (marcas do regresso)
Saí com 18 anos. De Lisboa conhecia as principais ruas e tinha as referências que curtas estadas em férias me permitiam.
Na sala de embarque tinha duas malas cheias, uma namorada de nome Paula, que veio à aventura comigo (espero que ela não leve a mal a referência, mas já passaram tantos anos…) e uma dose inacreditável de vontade de ver e viver aquilo que para mim era novo.
Na Portela tinha um primo do meu pai, que simpaticamente me hospedou em Carnaxide, durante o primeiro mês de Lisboa. Fiquei agradecido pelo gesto mas com a certeza absoluta de que, não tivesse eu encontrado vaga em casa da D. Arlete, no Bairro de Alvalade, teria regressado ao
Funchal de malas aviadas em dois ou três meses. O trânsito do IC 19 e os autocarros da Vimeca, para onde me atirava após as rituais correrias contra o tempo que me deixavam sem fôlego e como saudades do “44” amarelo e branco que na minha cidade me depositava à porta de casa em pouco mais de 10 minutos teriam dado cabo deste que vos escreve.
Mas providência divina não quis deixar-me desamparado. E lá surgiu, nas catacumbas do “velho” ISCTE, um anúncio de um quarto – banho diário – relativamente barato ali para os lados de Alvalade. Apaixonei-me por Lisboa na Avenida Rio de Janeiro, num prédio “rosa estado novo” encostado ao quartel de Bombeiros do
bairro construído nos terrenos do visconde que fundou o meu clube.
Foi ali que percebi que afinal Lisboa era mais pequena do que o Tejo e que se podia navegar sem bússola para quase todo o lado. Foi daquele quartel-general sólido que parti à descoberta da cidade. Primeiro timidamente. Depois avidamente, na companhia de dois dos meus mais féis e queridos amigos, o Rui e o Diogo, lisboetas empedernidos.
Como é óbvio não aguentei muito tempo as regras rígidas, quase vitorianas, da casa da D. Arlete e quando pude, uns meses depois, mudei-me para um apartamento alugado por uns compinchas do Funchal, onde me senti em casa pela primeira vez na velhinha capital do império.
Confesso o meu pecado: apaixonei-me mesmo por Lisboa (e em Lisboa, por acaso). Gosto do movimento e da sensação de anonimato relativo. Gosto do novo que se apresenta todos os dias. Gosto das manhãs frias, como aquela em que vos escrevo. Gosto da cor da cidade. Gosto do miradouro da Graça com a sua esplanada onde, com sorte, aos domingos à tarde se ouve Tom Waits e Leonard Cohen. Gosto do Bairro Alto e de Alfama. Gosto do fado da Tasca do Chico e das noites do Lux e da Kapital. Gosto dos jogos em Alvalade e dos rissóis do Tico-Tico (não conhecem? Experimentem…). Gosto da falsa eternidade da cidade. Enfim, gosto de Lisboa, onde volto sempre que posso (hoje estou cá, a propósito).
Pode parecer-vos estranho começar um texto sobre um regresso elogiando tão calorosamente o sítio de onde se parte. Pois é, meus caros leitores, mas para se perceber o ponto de chegada há que entender a casa de partida. Ou estarei errado? Digam-me vocês, que simpaticamente dedicam o tempo a ver estas linhas.
Meti-me no avião rumo ao Funchal – contrariado, confesso – no final de 1999, já lá vão dez anos. Naquele tempo, não era fácil a um finalista de Sociologia encontrar emprego na capital do império. Bem tentei, mas com o sotaque funchalense que Deus me deu - e que eu me recusei a perder - até os call-center se fecharam a sete cadeados.
Sem dinheiro, voltei para a minha cidade – por paradoxal que possa parecer, sempre considerei o Funchal como “a minha cidade”.
Podia dizer-vos que foi fácil. Que tinha saudades da sopa da minha avó, da cama feita pela minha mãe, do ténis de sábado à tarde, das espetadas e do bolo do caco. Era um belo final de texto, ou não? Previsível, como um blockbuster americano. Imaginem a cena final:
- um abraço da mãe sob o sol resplandecente de Dezembro. Amigos à espera para uma festa surpresa. Planos abertos, com uma musiquinha suave e verde, muito verde, como pano de fundo. Sobe depois o genérico. Por ordem alfabética…
Pois bem, meus caros amigos. Destruam a cena idílica. O regresso foi difícil. A sopa da avó sabia mal. Embirrava solenemente com a maneira como a minha mãe fazia a cama. No ténis, a minha esquerda deixara de funcionar e a direita entrava sempre tarde e curta. Os amigos estavam com pouca disposição para festas, uns tão desorientados como eu, outros (des)orientados de outra maneira, casados e pais de filhos, mecânicos responsáveis em belas oficinas auto.
Faltava-me o novo, a liberdade de movimentos, os desafios que a transformação operada em mim por Lisboa pedia. Lamento desiludi-los, meus caros conterrâneos, mas foram mares difíceis aqueles em que naveguei nos primeiros tempos.
Sabem, devo confessar-vos uma coisa. As cidades e os países provocam um efeito estranho em mim: o de querer a todo o custo pertencer-lhes. Não concebo as viagens senão como uma experiência de vivência e de integração. Fiz-me entender? Talvez não tenha sido tão claro como gostaria, mas citando o maior madeirense vivo (desculpem-me se ofendo alguém, não é de propósito), Herberto Helder, é uma questão de estilo. O estilo necessário para pôr em ordem a “desordem estuporada da vida”.
Bem, o facto de ter encontrado um estilo - às vezes confuso, eu sei - e a sorte que me garantiu um emprego de que gostei à partida, contribuíram para que aos poucos me voltasse a integrar na “minha cidade”.
Percebi então que se Lisboa não é maior que o Tejo, o Funchal, e a Madeira, podem ser maiores do que o Atlântico. Basta encontrar um estilo. E usar alguma imaginação.
Gonçalo Nuno Santos
Na sala de embarque tinha duas malas cheias, uma namorada de nome Paula, que veio à aventura comigo (espero que ela não leve a mal a referência, mas já passaram tantos anos…) e uma dose inacreditável de vontade de ver e viver aquilo que para mim era novo.
Na Portela tinha um primo do meu pai, que simpaticamente me hospedou em Carnaxide, durante o primeiro mês de Lisboa. Fiquei agradecido pelo gesto mas com a certeza absoluta de que, não tivesse eu encontrado vaga em casa da D. Arlete, no Bairro de Alvalade, teria regressado ao
Funchal de malas aviadas em dois ou três meses. O trânsito do IC 19 e os autocarros da Vimeca, para onde me atirava após as rituais correrias contra o tempo que me deixavam sem fôlego e como saudades do “44” amarelo e branco que na minha cidade me depositava à porta de casa em pouco mais de 10 minutos teriam dado cabo deste que vos escreve.
Mas providência divina não quis deixar-me desamparado. E lá surgiu, nas catacumbas do “velho” ISCTE, um anúncio de um quarto – banho diário – relativamente barato ali para os lados de Alvalade. Apaixonei-me por Lisboa na Avenida Rio de Janeiro, num prédio “rosa estado novo” encostado ao quartel de Bombeiros do
bairro construído nos terrenos do visconde que fundou o meu clube.
Foi ali que percebi que afinal Lisboa era mais pequena do que o Tejo e que se podia navegar sem bússola para quase todo o lado. Foi daquele quartel-general sólido que parti à descoberta da cidade. Primeiro timidamente. Depois avidamente, na companhia de dois dos meus mais féis e queridos amigos, o Rui e o Diogo, lisboetas empedernidos.
Como é óbvio não aguentei muito tempo as regras rígidas, quase vitorianas, da casa da D. Arlete e quando pude, uns meses depois, mudei-me para um apartamento alugado por uns compinchas do Funchal, onde me senti em casa pela primeira vez na velhinha capital do império.
Confesso o meu pecado: apaixonei-me mesmo por Lisboa (e em Lisboa, por acaso). Gosto do movimento e da sensação de anonimato relativo. Gosto do novo que se apresenta todos os dias. Gosto das manhãs frias, como aquela em que vos escrevo. Gosto da cor da cidade. Gosto do miradouro da Graça com a sua esplanada onde, com sorte, aos domingos à tarde se ouve Tom Waits e Leonard Cohen. Gosto do Bairro Alto e de Alfama. Gosto do fado da Tasca do Chico e das noites do Lux e da Kapital. Gosto dos jogos em Alvalade e dos rissóis do Tico-Tico (não conhecem? Experimentem…). Gosto da falsa eternidade da cidade. Enfim, gosto de Lisboa, onde volto sempre que posso (hoje estou cá, a propósito).
Pode parecer-vos estranho começar um texto sobre um regresso elogiando tão calorosamente o sítio de onde se parte. Pois é, meus caros leitores, mas para se perceber o ponto de chegada há que entender a casa de partida. Ou estarei errado? Digam-me vocês, que simpaticamente dedicam o tempo a ver estas linhas.
Meti-me no avião rumo ao Funchal – contrariado, confesso – no final de 1999, já lá vão dez anos. Naquele tempo, não era fácil a um finalista de Sociologia encontrar emprego na capital do império. Bem tentei, mas com o sotaque funchalense que Deus me deu - e que eu me recusei a perder - até os call-center se fecharam a sete cadeados.
Sem dinheiro, voltei para a minha cidade – por paradoxal que possa parecer, sempre considerei o Funchal como “a minha cidade”.
Podia dizer-vos que foi fácil. Que tinha saudades da sopa da minha avó, da cama feita pela minha mãe, do ténis de sábado à tarde, das espetadas e do bolo do caco. Era um belo final de texto, ou não? Previsível, como um blockbuster americano. Imaginem a cena final:
- um abraço da mãe sob o sol resplandecente de Dezembro. Amigos à espera para uma festa surpresa. Planos abertos, com uma musiquinha suave e verde, muito verde, como pano de fundo. Sobe depois o genérico. Por ordem alfabética…
Pois bem, meus caros amigos. Destruam a cena idílica. O regresso foi difícil. A sopa da avó sabia mal. Embirrava solenemente com a maneira como a minha mãe fazia a cama. No ténis, a minha esquerda deixara de funcionar e a direita entrava sempre tarde e curta. Os amigos estavam com pouca disposição para festas, uns tão desorientados como eu, outros (des)orientados de outra maneira, casados e pais de filhos, mecânicos responsáveis em belas oficinas auto.
Faltava-me o novo, a liberdade de movimentos, os desafios que a transformação operada em mim por Lisboa pedia. Lamento desiludi-los, meus caros conterrâneos, mas foram mares difíceis aqueles em que naveguei nos primeiros tempos.
Sabem, devo confessar-vos uma coisa. As cidades e os países provocam um efeito estranho em mim: o de querer a todo o custo pertencer-lhes. Não concebo as viagens senão como uma experiência de vivência e de integração. Fiz-me entender? Talvez não tenha sido tão claro como gostaria, mas citando o maior madeirense vivo (desculpem-me se ofendo alguém, não é de propósito), Herberto Helder, é uma questão de estilo. O estilo necessário para pôr em ordem a “desordem estuporada da vida”.
Bem, o facto de ter encontrado um estilo - às vezes confuso, eu sei - e a sorte que me garantiu um emprego de que gostei à partida, contribuíram para que aos poucos me voltasse a integrar na “minha cidade”.
Percebi então que se Lisboa não é maior que o Tejo, o Funchal, e a Madeira, podem ser maiores do que o Atlântico. Basta encontrar um estilo. E usar alguma imaginação.
Gonçalo Nuno Santos
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o belo literário traz a felicidade
Clarificação das águas
Carlos Pereira, Jaime Leandro, Miguel Fonseca, Paulo Barata, Sérgio Rodrigues apoiam Vítor Freitas. Se ele perder, são derrotados, espero que assumam a Derrota!
André Escórcio, Bernardo Trindade, Rui Caetano, Duarte Gouveia, Sena Lino apoiam Jacinto Serrão. Se ele perder, são derrotados, espero que assumam a Derrota!
É assim em Democracia!
André Escórcio, Bernardo Trindade, Rui Caetano, Duarte Gouveia, Sena Lino apoiam Jacinto Serrão. Se ele perder, são derrotados, espero que assumam a Derrota!
É assim em Democracia!
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Congresso do PS-MADEIRA
Pedro Barroso - Menina dos Olhos de Água
Menina em teu peito sinto o tejo
E vontades marinheiras de aproar
Menina em teus lábios sinto fontes
De água doce que corre sem parar
Menina em teus olhos vejo espelhos
E em teus cabelos nuvens de encantar
E em teu corpo inteiro sinto feno
Rijo e tenro que nem sei explicar
Se houver alguém que não goste
Não gaste, deixe ficar
Que eu só por mim quero te tanto
Que não vai haver menina para sobrar
Aprendi nos 'esteiros' com soeiro
E aprendi na 'fanga' com redol
Tenho no rio grande o mundo inteiro
E sinto o mundo inteiro no teu colo
Aprendi a amar a madrugada
Que desponta em mim quando sorris
És um rio cheio de água lavada
E dás rumo à fragata que escolhi
Se houver alguém que não goste
Não gaste, deixe ficar
Que eu só por mim quero te tanto
Que não vai haver menina para sobrar
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a vida é bela
O declínio dos impérios colonais: visualização gráfica do seu esfaviamento
(visto no Farpas)
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História
Pedra Filosofal, de António Gedeão, nome poético do Prof. Pedro Rómulo de Carvalho, autor do meu livro de Aritmética da 2ª. classe
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
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