Se me é permitido o miminho, gosto deste texto, paradoxal embora, porque se enfada e leva a sério os outros que se levam a sério - é claro que o autor não quer que o levemos a sério, espero eu, literariamente tem um certo sabor de manifesto anti-Dantas, mas o melhor é a desilusão pela tasca que volve restaurante (eu não digo vira restaurante, bem mais cómodo, que isso dava lugar a um manifesto dos arcaicos contra a brasileiração da língua - leiam mas é Camilo e vão ver que muitos dos termos que eles julgam brasileirismos e "brasileiro" é português vernáculo e do bom): se há coisas que me desiludem é vê-las desaparecer. A "Fava Rica", então, com dentinhos de couve mas, sobretudo, com favinhas guisadas - boas pa/ tomar antes de uma reunião do partido, onde encontrava uns ébrios sem álcool, também há disso, provocou-me uma das sensações mais desagradáveis de delapidação do património cultural, viu bem, cultural e ele havia tantas - felizmente que o "Vera Cruz" modernizou-se mas o verdadeiro espírito da tasca impôs-se e pronto - já a Concha... - oh homem, deixe a baiuca aberta e vá servindo umas cervejolas de vez em quando e cada um vende o que quer, a gente vê por aí uns restaurantes a servir aquelas dosezinhas à fina mas cá com paladar, puff, vamos mas é a uma rodada!
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