segunda-feira, 5 de maio de 2008
E A QUESTÃO ESSENCIAL, PROF. ANDRÉ ESCÓRCIO?
O Prof. André Escórcio já foi quase tudo no PS-Madeira. E o que [ainda] não foi tem legitimidade de o querer ser. Por isso, quando fala, e tendo as grandes responsabilidades históricas que tem na vida do PS, sabe muito bem o impacto que as suas palavras podem ter, sabendo-se ainda que nada faz politicamente de forma imponderada. Até porque um blogue, sendo uma meio de expressão pessoal, é também uma janela que dá para ver o mundo e dá para o mundo ver. E alguns sinais que têm sido deixados podem levar a que algum observador mais (des)atento veja como indício de que estaria em rota de colisão com a orientação oficial do partido a que pertence. Tanto mais que é deputado à Assembleia Legislativa Regional. Aconteceu durante a visita do Senhor Presidente da República. E volta a acontecer agora com as primeiras eleições intercalares autárquicas na Região, em Gaula. O que escreveu sobre esse assunto é uma peça de antologia, digna de qualquer manual de estratégia, nomeadamente política e de gestão de recursos humanos. Que, aliás, se nos pode aplicar a todos.
Contudo, nos dois últimos parágrafos, onde a teorização alcança o ponto de encontro da concretização prática, o Professor passa à tangente a questão essencial, o núcleo mesmo da tese política expendida
Partindo deste excerto – “o PS-M, naquele contexto, deveria ter apoiado claramente os independentes” – eu pergunto, sem mais delongas:
1. Não acha grave que militantes de um partido - ignorando a decisão soberana dos órgãos próprios legitimamente eleitos - queiram impor-lhes a sua vontade - a qual vontade foi sendo construída à revelia e no desconhecimento desses órgãos - e resolvam - ainda por cima - apresentar-se a umas eleições - contra a candidatura do seu próprio partido, isto é, queiram ser independentes e militantes – sol na eira e chuva no nabal?
(Note-se que o legislador achou o caso tão grave que o tipificou nos Estatutos do PS, Artigo 94º., pontos 5, 4 e 1, alínea d), lidos exactamente por esta ordem).
2. Que faria o Professor André Escórcio se tal acontecesse, enquanto foi Secretário-Geral ou vice-presidente do PS? Sei-o muito bem. Todos nós sabemos. Mas convém que seja o Professor André Escórcio a dizê-lo. Aqui.
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