quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Basta-que-sim à frente nas notícias: Plano de Resgate para a Madeira

O Ministro das Finanças anuncia hoje à tarde o que já anunciamos: aqui e aqui. Além de ter defendido a sua necessidade aqui.

P.S.
Aliás, já tinha denunciado o espanto incompreensível da CS sobre a intervenção externa ter de abranger as Regiões Autónomas.

Burakus é o nome do novo Guterres: 500 milhões já cá cantam


A Comunicação Social anda tão focada na espuma da coisa que ainda não viu o óbvio. Se Guterres pagou 110 milhões de contos à conta das privatizações - à pala do pacote de austeridade à moda da troika, que está a ser negociado com Lisboa, o Governo Regional já despachou 500 milhões com PPP's feitas para tornear o endividamento zero de Manuela Ferreira Leite. - Olha, mais um buraco! - e sai mais uma PPP do Orçamento Regional. É aproveitar! Passos está a pagar a dívida da Madeira à vista de todos e os custos políticos são para AJJ - custos que podem nem sequer lhe custar a maioria absoluta. É um bom negócio. Como diria o outro, chama-lhe tonto!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Plano de confiança




Cortar nas despesas do estado, ou seja, pôr o estado a injectar muito menos dinheiro na economia. Aumentar os impostos para reduzir o défice, retirando ainda mais dinheiro da economia. No fundo, tanto o estado como os cidadãos gastam menos, ou seja, compram menos produtos às empresas, que produzem menos e precisam de menos gente. No final, se tudo correr bem, teremos um estado menos endividado – as famosas “contas públicas em ordem” – à custa de uma enorme recessão e desemprego galopantes que essas medidas provocam, mas pronto a crescer devido à “confiança” que as tais contas públicas controladas provocam. Os mercados e agentes económicos olharão para nós e pensarão: “Estes tipos não só não crescem como estão em recessão, não há dinheiro a circular na economia, não investem por falta de fundos, têm um quinto da população de desemprego, mas têm um défice controlado graças a impostos altíssimos. Toca a baixar os juros e a emprestar, que isto é certinho.”

As Sociedades de Desenvolvimento que a oposição não queria

Este artigo de Alberto João Jardim poderá indiciar que as SD's constarão de um protocolo financeiro de acordo com o Governo da República. (Onde anda o PS?).


O problema das Sociedades não está nas suas estruturas de recursos humanos que sempre foram extremamente reduzidas. Efectivamente, os funcionários afectos aos sectores administrativos das empresas são apenas os indispensáveis. A maioria dos funcionários das SD destina-se a assegurar a operacionalidade dos empreendimentos de cada uma delas.
O problema central das sociedades reside nos financiamentos bancários e no serviço da dívida correspondente. E esse não se elimina, nem minimiza, recorrendo a uma fusão. Trata-se de mais um dislate da oposição.

Chegou a altura de falar verdade: nem a Direcção de Serrão nem a Oposição interna de V. Freitas farão do PS a alternativa de que a Madeira precisa


domingo, 28 de agosto de 2011

Falta ao PS-Madeira sentido de Estado e de Autonomia quanto à questão da Dívida da Madeira


António José Seguro veio à Madeira e pediu a Passos Coelho que tomasse posição pública sobre a dívida da Região. Se bem que se tivesse abeirado, talvez perigosamente, do populismo que grassa, a nível nacional, contra as autonomias, a verdade é que se compreende o seu jogo político de ser Oposição ao Governo da República. O PS-Madeira, contudo, é que tem de compreender que não se pode deixar envolver nos jogos de poder a nível nacional, em que a dicotomia entre o PS e o PSD na República pode dilacerar e pulverizar o PS-Madeira. Ou será que ainda não aprenderam - parece que não! - com os erros do passado? Porque a dívida da Região, tal como a nível nacional, se também pode resultar de investimentos que não são prioritários em tempos de crise, pelo menos segundo os critérios neoliberais em voga, não pode o PS atacar toda a obra pública como despesismo. Antes pelo contrário: isso é ser pouco socialista.
Mas a questão essencial nem sequer é, no caso, o passado, mas o presente e o futuro e a responsabilidade e sentido de estado que um partido de governo deve ter. O PS, quer ser alternativa - os partidos socialistas em qualquer parte da Europa são a alternativa e isso é inexorável na Região - ainda que os actuais dirigentes - no poder e na oposição interna - não sejam garantia de nada - a verdade é que o PS, sendo, uma partido de alternativa futura - não pode ter a mesma leviandade na abordagem da questão da dívida - deixe isso, com proveito político para todos os partidos da oposição, a outros, se quiser ser encarado como força política que dá garantias com sentido de responsabilidade. O PS foi poder em Lisboa, sabe que esse foi o discurso de certos partidos da Oposição. O que o PS, responsavelmente e com sentido de Estado, deveria estar a propor e a liderar era um memorando de entendimento ao Governo autónomo, dispondo-se a integrar esse protocolo para salvaguardar o interesse regional, quaisquer que sejam as responsabilidades da governação do PSD. A experiência já demonstrou que quem foi responsável na Oposição saiu compensado pelos eleitores nas eleições. A continuar a seguir a política de crítica sem uma atitude de Estado, o PS verá, mais uma vez, a história passar-lhe ao lado: 1) Nem fará parte da Solução; 2) Será ignorado no processo e no encontro de soluções; 3) Não evitará - e será acusado por isso - caso as medidas de austeridade, tal como acontece a nível nacional, caiam mais em cima das famílias e dos trabalhadores do que nos detentores do capital. Assim, não! Mais uma vez!

Serrão na Festa da Liberdade: O PSD tem feito uma política despesista de obras públicas"! PUM!


Irrita-me, solenemente, que haja quem, no PS-Madeira, se cole a Seguro como carraça e o exiba como troféu!


sábado, 27 de agosto de 2011

O triunfo do PS passa por um combate sem tréguas ao PSV


As Nossas mentes

Britânicos essenciais na Autonomia

A presença britânica na Madeira foi essencial para construir a ideia de autonomia, assim como para impedir as intenções de independência', conclui Paulo Miguel Rodrigues na tese de Doutoramento 'A Madeira entre 1820 e 1842: Relações de poder e influência britânica', apresentada recentemente na Universidade da Madeira (UMa).
A dissertação, orientada pelo professor António Ventura, da Universidade de Lisboa, lança novas perspectivas sobre a História da Madeira, que são fundamentais para entender tanto o êxito, como o fracasso, quer de políticas, quer de pressões, britânicas ou portuguesas, insulares ou continentais.
Ficou 'claramente demonstrado', diz Paulo Miguel Rodrigues, que o elemento britânico na Madeira foi fundamental para a criação e desenvolvimento da ideia de autonomia insular que, ao contrário do que tem sido veiculado, 'não começa só no final do século XIX ou início do XX'.
Segundo o historiador, as raízes autonómicas têm a sua génese cem anos antes, durante as guerras napoleónicas, e explicam-se por diversos factores, de ordem política e económica, sem esquecer o natural 'afastamento geográfico', a 'descontinuidade territorial', então agravadas pela ida da coroa para o Brasil.
Não se trata de uma autonomia política, como hoje a concebemos, mas, acima de tudo, de 'uma autonomia de facto', já com reivindicações de carácter legislativo, para salvaguardar a especificidade insular, esclarece. A distância fez com que as decisões fossem tomadas na ilha. 'Na prática, quem estava cá decidia. E a presença britânica pugnava por isso junto do poder central, em Lisboa ou no Brasil. Simultaneamente, enquanto defendia essa autonomia, foi o garante da soberania portuguesa na Madeira'.
A investigação revela que em Londres, no Funchal ou em Lisboa o elemento britânico actuou no sentido de garantir a estabilidade, a harmonia e a paz política na Madeira, quer perante as ameaças de instabilidade interna, quer perante os reflexos insulares das disputas externas.
A Inglaterra 'conseguiu fazer sempre com que não existissem conflitos, como sucederam no espaço continental e nos Açores, porque não interessavam à dimensão comercial do seu império. Foi fundamental para evitar que o sangue se derramasse na ilha'. A aposta era na paz. Interessada nos negócios, a tranquilidade e a ordem eram condições essenciais.
Existem vários tempos da presença britânica na Madeira, conforme recorda. 'Não há dúvida que a partir das guerras napoleónicas começa um novo tempo'. Entre 1807 - 1814 a ilha esteve ocupada por tropas inglesas, que obrigam quer militares quer civis a jurar Jorge III. 'Durante três meses a Madeira é britânica'. A situação regride com o grande perdão de D. João VI, que se encontrava no Brasil, e a soberania é devolvida a Portugal em 1808.
Na perspectiva de Paulo Miguel Rodrigues, este período constitui 'uma porta aberta' para a entrada de várias dezenas de britânicos. Algumas das principais famílias de hoje (Blandy, Miles, Leacock…) têm a sua presença inicial directa ou indirectamente ligada a este período, embora ainda sem o poder e a projecção que mais tarde iriam adquirir. Há depois, dos anos 30 a 60, uma renovação geracional com a vinda de outros filhos e familiares afastados.
Apesar deste episódio, a tese demonstra que a Inglaterra 'nunca teve qualquer interesse em integrar a Madeira no seu 'Império formal'. Mas sempre aceitou a sua inserção no 'Império informal'. Era menos incómodo, causava menos despesas, concedia as mesmas facilidades e facultava-lhe a mesma projecção atlântica. Aliás, sempre que se falou em vender a ilha, a iniciativa partiu de Portugal'.
As hipóteses colocaram-se por duas vezes durante o Liberalismo, pois para Portugal a Ilha funcionava como 'um bem capitalizável' em momentos de crise.
A sua importância económica e financeira era elevada. 'A Madeira e o Porto constituem neste período a maior fonte de riqueza do país. No caso da ilha, as receitas provinham da Alfândega do Funchal. Os rendimentos da Junta da Fazenda da Madeira, o órgão colegial que geria os rendimentos insulares, eram enormes. É ela que sustenta, até aos anos 30, as relações externas, pagando os diplomatas portugueses nas cortes europeias, enquanto, ao mesmo tempo, dava cobertura aos empréstimos estrangeiros de Portugal'.
Os governos portugueses - afirma - sempre procuraram tirar partido do interesse britânico pela Madeira. Tinham dois objectivos primordiais: permitir a afirmação e o reforço interno das facções que se encontravam no poder e a criação de condições para capitalizar a situação da ilha (contrapartidas de carácter político, diplomático, militar ou financeiro).
Durante as lutas entre absolutistas e liberais, cada um dos lados tem consciência que os rendimentos da Junta da Fazenda da Madeira são fundamentais. 'A grande expedição liberal que desembarcou nos Açores permaneceu ali por mero acaso, pois dirigia-se para a Madeira'.
Nos Açores, D. Pedro deu ordens expressas ao duque de Palmela para colocar a hipótese de vender a ilha. Mas nem sempre - alerta o historiador - esse desejo era efectivo. Servia de meio de pressão junto dos ingleses dando-lhes a preferência, admitindo ou sugerindo que o outro possível comprador era a França.
Recorda que até 1821 a Madeira é adjacente ao Brasil. Aliás, a posterior criação do conceito de 'ilhas adjacentes dos Açores e da Madeira' é 'artificial. O governo que está em Lisboa tem necessidade de afirmar que os arquipélagos pertencem a Portugal, pois existia um medo claro que o Brasil, independente, ficasse com a Madeira e os Açores. Quem o impede é a Inglaterra ao dizer claramente que pertencem a Portugal, mas devem ter capacidade de decisão'.
A tendência centralizadora do poder liberal estabelecido em Lisboa, após 1834, acabou por contribuir para que a comunidade britânica residente se reorganizasse e reforçasse os seus próprios poderes, contando para isso com o apoio de diversos sectores locais que viam nisso a defesa dos seus próprios interesses e reivindicações.
Por outro lado, contribui para o fortalecimento dos poderes insulares, um conceito novo que Paulo Miguel Rodrigues introduz. ' Na historiografia nacional existem os poderes central e local, mas considero que para a Madeira se deve acrescentar a noção de poder insular, então representado pelo governador, pelo corregedor e pelas Junta da Fazenda, do Desembargo do Paço e outras. Até aos anos 30, a existência das referidas Juntas demonstra que a Madeira tinha uma capacidade de decisão por vezes autónoma.'
No plano das relações sociais, políticas e económicas - segundo reafirma - não ocorreu durante o período em estudo qualquer movimento organizado, por parte dos britânicos, com o objectivo de fazer frente aos madeirenses, enquanto tais. 'Não existem quaisquer dados que nos permitam afirmar essa oposição'.
Paulo Miguel Rodrigues desmistifica a ideia que seriam britânicos os únicos a usufruir dos negócios. 'Ao lado de cada britânico estavam também interesses de algum madeirense, quer por ser mercador, negociante, proprietário, comerciante, quer por ser caixeiro de uma casa ou firma britânica.'
Por outro lado - salienta - 'se há algo que enforma os negócios neste período é a corrupção activa e passiva, impossível de controlar, na medida em que a Madeira era porto aberto. Esse tipo de actividade interessava a todos'. Foram significativos os esforços e pressões que os britânicos empreenderam, por exemplo, para liberalizar a Pauta Alfandegária ou para instituir um porto franco, 'mas ao seu lado estavam também os madeirenses. O interesse comum entrava sim em choque com os interesses do poder central e a sua política proteccionista'.
A ideia que a comunidade britânica constituía um bloco e era unida não tem também rigor histórico. 'Na verdade aquilo que mais se registou foram as profundas divisões, com destaque para as que tinham um fundamento religioso, político, comercial e até de carácter nacional, tendo em conta o choque frequente entre ingleses e escoceses, sem esquecer os irlandeses.'
Conforme explica, não existiu na Madeira uma, mas várias comunidades britânicas, com predomínio para o elemento escocês (e não inglês), cuja convivência era por vezes forçada. Este facto remete-nos para o choque entre 'antigos e modernos' que se sentiu com maior acuidade a partir de 1828, quando se levantou o problema de definir a atitude a adoptar na guerra civil portuguesa, acrescenta.
'Verificou-se então, claramente, uma maior disposição entre os elementos que se tinham estabelecido recentemente na ilha para assumirem um envolvimento directo no conflito, ao lado dos liberais, enquanto os 'antigos', apenas com algumas excepções, optam por se manter neutrais ou por assumirem uma posição de compromisso com o novo poder miguelista'.
As diferenças de estatuto entre os próprios britânicos eram também notórias. A conhecida 'British Factory' reunia apenas a ínfima parte dos principais e mais antigos mercadores estabelecidos na Madeira. Constituíam uma elite.
'Havia ainda diferenças entre comerciantes, mercadores e negociantes, pois entre cada um destes grupos existiam diversos graus de projecção e influência social e política.' Não apenas por estas razões, 'mas também por elas', em particular durante o período da guerra civil, foram frequentes as disputas e os conflitos entre a comunidade britânica residente e o 'Foreign Office'.
A investigação demonstra também que sem o suporte dos materiais e géneros provenientes dos EUA e das províncias britânicas da América do Norte a manutenção da Madeira, na esfera de influência da Inglaterra, teria sido, senão insustentável, pelo menos difícil de alcançar em determinados períodos.
Paulo Miguel Rodrigues conclui que durante a primeira metade do século XIX 'os interesses britânicos foram os interesses da Madeira'. A partir dos anos 20, a ilha viu a sua importância estratégica renovada, pela ligação dinâmica que permitia com o espaço mediterrâneo-africano, de Gibraltar à Serra Leoa e Cabo Verde, passando pelas Canárias, zonas em relação às quais a França e os EUA demonstram um crescente interesse. Uma questão que hoje volta a ser premente.
O Funchal revelava-se um ponto de apoio fundamental para o seu controlo. A sua importância geo-estratégica fazia assim com que 'o relacionamento anglo-madeirense não privilegiasse o conflito, mas a prudência. O desejo quase sempre mútuo de encontrar um ponto de equilíbrio'.
A partir dos anos 40, a Madeira vê de novo a sua importância estratégica aumentar por causa do carvão, pela necessidade que os navios britânicos tinham de parar na ilha para se abastecerem. 'Foi uma fonte de rendimento para a coroa portuguesa, mas também para o império britânico'.
Na sua perspectiva, perceber a História contemporânea da Madeira e a presença britânica na ilha 'obriga a ter a noção clara do triângulo: Funchal, Lisboa, Londres'.
Por isso considera urgente continuar a investigar nestes três vértices para que, com renovados fundamentos, se possa substituir aquilo que considera 'a imaginária e pouco concreta 'perfídia' britânica pelas noções de cumplicidade e de interesse mútuo e comum, que se podiam realizar, é certo, por pressões e influências - até por ameaças directas ou veladas - mas que não olhavam a bandeiras ou a partidos, nem tinham apenas um sentido único'.
O regime Salazarista - diz - contribuiu e muito para que não se estudasse a História contemporânea quer nacional quer da Madeira, pelo simples facto que iríamos estudar revoluções, revoltas e ideias liberais. 'No caso da Madeira, isso é notório na ignorância que persiste a respeito do desenvolvimento histórico da Ideia de Autonomia e das relações de poder', que preenchem com altos e baixos toda a história madeirense do século XIX e XX, e cujo conhecimento - como defende - poderia evitar, a vários níveis, a repetição de equívocos e a aposta em estratégias que o passado demonstra estarem erradas ou serem inconsequentes.
Bilhete de Identidade


Nome: Paulo Miguel Rodrigues

Idade: 36 anos

Naturalidade: Funchal
Britânicos essenciais na Autonomia


Percurso académico e profissional: Licenciatura em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, concluída em 1992. Mestrado em História Contemporânea subordinado ao tema 'A ilha da Madeira durante as guerras napoleónicas - A importância estratégica e a defesa', terminado em 1999, na citada universidade. Doutoramento sobre as relações de poder e influência britânica na Madeira entre 1820 e 1842, concluído em 2007, na Universidade da Madeira.
Iniciou a actividade docente em 1995. Integrou a Universidade da Madeira como assistente. Hoje é professor auxiliar no Departamento de Estudos Romanísticos e director de curso da Licenciatura em Ciências da Cultura. Lecciona as disciplinas de História das Ideias Políticas, História Contemporânea de Portugal e Cultura Portuguesa.
Ao nível da investigação, para além de conferências em Portugal e no estrangeiro, tem trabalhado em Londres, no 'Public Record Office / National Archives', nos fundos do 'Foreign Office', 'War Office' e 'Admiralty'.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Arranjos de última hora evitaram o chumbo da lista do PS

A versão final da lista do PS aprovada com mais de 40% de votos contra, ainda assim esteve em riscos de ser chumbada. A deslocação de duas peças para cima e de outras duas para baixo impediram, in extremis, o chumbo da lista. Mas o resultado é uma lista sem coesão e fragmentada, que está com grandes dificuldades em reunir-se devido ao clima de alta tensão entre os seus componentes provenientes de três sectores. A sorte é que não temos uma imprensa livre e o caso tem sido abafado. Não para bem do PS mas da clique que o dirige (?) em proveito próprio.

Pode a Nato ter caído numa imensa arapuca? Pode!


Com a surpreendente entrada das forças rebeldes em Tripoli, Kadhafi conseguiu duma assentada calar os bombardeamentos sobre a cidade. Mas pode ele passar a bombardeá-la se para tal se tivesse preparado durante estes meses. Esta é apenas a mais antiga tática de gerrilha móvel que recua para atacar e que se proxima do inimigo para evitar a utilização de armas superiores como os bombardeamentos aéreos, ou a partir da 6ª Esquadra Americana estacionada ao largo da costa Líbia.
Se assim for, se a luta continuar dentro de Tripoli, a guerra pode continuar por longos meses e a NATO não tem estofo para uma guerra de guerrilha...como se vê no Afeganistão e no Iraque...
Terá caído numa arapuca como os franceses em Dien Bien Phu, ou como os americanos nas colinas do Vietname?
Veremos!

A Líbia essa última vítima da política neo-colonial


Ora aí vai um resumo dos "crimes" de Kadhafi:

" A última cena do neo-colonialismo, da política da canhoneira e do total abafamento de qq esperança para os desgraçados Países africanos que sempre tiveram em Gahdafi um aliado e uma reserva de fundos...Isto para não falar no imenso logro ...em que o povo Líbio acaba de cair...Podia-se achar bizarro o homem, mas só a Líbia tinha mais estudantes Universitários, homens e mulheres, que Portugal...Tinha o melhor serviço médico de toda a África...um dia far-se-á, tal como cá, a História do que foi o consulado do tal "ditador"...
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I - SEJA KADDAFI O BIZARRO QUE SEJA, A ONU CONSTATOU EM 2007 QUE A LÍBIA TINHA:
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1 - Maior Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África (até hoje é
maior que o do Brasil);
2 - Ensino gratuito até à Universidade;
3 - 10% dos alunos universitários estudavam na Europa, EUA, tudo pago;
4 - Ao casar, o casal recebia até 50.000 US$ para montar casa;
5 - Sistema médico gratuito, rivalizando com os europeus. Equipamentos
de última geração, etc...;
6 - Empréstimos pelo banco estatal sem juros;
7 - Inaugurado em 2007, o maior sistema de irrigação do mundo, vem
tornando o deserto (95% da Líbia) em fazendas produtoras de
alimentos.;

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II - PORQUE "DETONAR" A LÍBIA ENTÃO?

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Três principais motivos:

1 - Tomar o seu petróleo de boa qualidade e com volume superior a 45
MIL MILHÕES de barris em reservas;
2 - Fazer com que todo o mar Mediterrâneo fique sob o controlo da
OTAN. Só falta agora a Síria;
3 - E provavelmente o principal:
- O Banco Central Líbio não está ligado ao sistema financeiro mundial.
- As suas reservas são toneladas de ouro, que garantem o valor da
moeda, o dinar, que desta forma está resguardado das flutuações do
dólar.
- O sistema financeiro internacional ficou possesso com Kaddafi, após
ele propor, e quase conseguir, que os países africanos formassem uma
moeda única desligada do dólar.

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III - O QUE É O ATAQUE HUMANITÁRIO PARA LIVRAR O POVO LÍBIO:
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1 - A OTAN comandada, como se sabe, pelos EUA, já bombardeou as
principais cidades Líbias com milhares de bombas e mísseis em que um
único projéctil é capaz de destruir um quarteirão inteiro. Os prédios
e infra estruturas de água, esgotos, gás e luz estão seriamente
danificados;
2 - As bombas usadas contêm DU (Urânio empobrecido) (causa cancro e
deformações genéticas);
3 - Metade das crianças líbias estão traumatizadas psicologicamente
por causa das explosões que parecem um terramoto e racham as
estruturas das casas;
4 - Com o bloqueio marítimo e aéreo da OTAN, as crianças sofrem
principalmente com a falta de medicamentos e alimentos;
5 - A água já não mais é potável em boa parte do país. De novo as
crianças são as mais atingidas;
6 - Cerca de 150.000 pessoas por dia, estão deixando o país através
das fronteiras com a Tunísia e o Egipto. Vão para o deserto ao
relento, sem água nem comida;
7 - Se o bombardeio terminasse hoje, cerca de 4 milhões de pessoas de
uma população de 6,5 milhões de pessoas, estariam a precisar de ajuda
humanitária para sobreviver: Água e comida.

Em suma: O bombardeio "humanitário", acabou com a nação Líbia. Nunca
mais haverá a "nação" Líbia tal como nos dias de hoje.

Fonte: OCTOPUS

Foi com isto que colaborámos? Foi? E ninguém receia as consequências ? Não? É a chamada aplicação da prática da avestruz...Aliás, areia não vai faltar!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Partido Socialista

Aqueles que tranformaram o PS - o meu partido de sempre - a trave-mestra de uma alternativa democrática a este regime - numa agência de colocações não têm nem podem ter perdão!



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Diário de Notícias não dá devido destaque às Assembleias Gerais da Candidatura!

Mais uma vez o Diário dá pouco destaque ao dinamismo, ao entusiasmo, ao debate acalorado - e que calor, uf! - da Candidatura. Vamos lá a ser imparciais!

Hino da Candidatura

Para ser cantado de pé!

Ouça: O Hino da Candidatura

Em homenagem ao dinamismo crescente da candidatura, o basta-que-sim acho que este é hino indicado para a Candidatura.

A letra foi escrita por Ary dos Santos contra o regime e tinha uma mensagem subliminar contra o Regime deposto. Ora vejam lá esta estrofe se não é um mimo contra o actual regime laranja:

Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.


Vejam, sobretudo, este verso: "afugentamos a fera" - o que é "a fera", o Regime, AJJ, himself! Toca, portanto, a cantar o Hino da Candidatura!



Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.

Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.

Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.

Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.

Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.

Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.

Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.

Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...

Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.
E diz o inteligente
que acabaram as canções.

Reuniões da candidatura poderão vir a ser incluídas nos circuitos turísticos! Olé!


Hoje há reunião de candidatura? Pago pra ver!


Este cavalheiro é o responsável pelas críticas que tenho vindo a fazer


Se houve necessidade de criticar publicamente o estado a que chegou o PS, isso deve-se a Jacinto Serrão, que me cortou sucessivamente a palavra quando discursava na Comissão Política. E impediu a Comissão Política de discutir a proposta de rotatividade. E não deixou discutir a proposta de recomendação do nome do candidato a Presidente do Governo. Em 2007, num debate a que fui convidado para discutir a Educação, Serrão também interrompeu, várias vezes, a minha intervenção quando eu quis alertar para o que estava a acontecer nas escolas. Depois, o resultado dessas eleições, foi o descalabro que se viu. Em Democracia, o Povo também sempre a última palavra e os aprendizes de autocrata vão para o caixote de lixo da história (com letra pequena).

Nem eu esperava menos: "o PS-Madeira pode vencer as eleições regionais", Maximiano Martins

Se não acredita, veja aqui.

Depois das "Conferências Autonómicas" encontro nos Açores

O PS Madeira pode vencer as eleições regionais - acredita Maximiano Martins


Maximiano reúne-se com Carlos César e Berto Messias




Maximiano Martins defende que as autonomias portuguesas têm de estar de mãos dadas.


O candidato do PS-M às eleições Regionais, Maximiano Martins já agendou, para o final do corrente mês de Agosto, uma reunião com o presidente do Governo dos Açores, Carlos César, e com o presidente do Grupo Parlamentar do PS-Açores, Berto Messias.

O motivo da reunião é claro: "as autonomias portuguesas têm de estar de mãos dadas de modo a terem mais capacidade negocial e argumentarem com mais segurança e credibilidade sobre as suas fragilidades mas também potencialidades", defende Maximiano Martins

Na reunião com o Governo e PS açoriano, o candidato à presidência do Governo Regional quer "clarificar posições e estabelecer um memorando comum de preocupações que permita servir de base à nossa relação com Lisboa, mas também com a União Europeia".

Assumindo que as regiões autónomas têm problemas diferentes, "o que é relevante é começar um percurso, sem hesitações e convicto, da defesa do interesse dos madeirenses", acrescenta. E vai mais além: "Para defender os madeirenses é preciso um plano de acção para o futuro na relação com um dos parceiros mais relevantes para a Madeira: a Região Autónoma dos Açores. Se tivermos a compreensão do governo dos Açores e soubermos encontrar os argumentos certeiros e o projecto credível para o futuro, temos o caminho facilitado na nossa relação com Lisboa e Bruxelas."

O candidato socialista recorda que actualmente, e nas mãos do PSD Madeira, o a credibilidade do Governo Regional atingiu o grau 'lixo' e não se conhecem "esforços de cooperação e parceria que permita negociações bem sucedidas".

Acreditando que em Outubro o PS-Madeira pode vencer as eleições regionais Maximiano Martins refere que é importante, desde já, começar a "compatibilizar posições com o Governo dos Açores de modo a termos mais força e credibilidade". Estas compatibilizações têm questões concretas, como a alteração da lei das finanças regionais, o facto do PS-M estar contra o aumento do IVA para o turismo e restauração, a privatização da ANAM e da TAP no que respeita as ligações com a Madeira, assegurar uma negociação adequeada com Bruxelas no que respeite o pacote financeiro, entre outras.

"Se demonstrarmos que sabemos o que queremos e como vamos fazer, seremos levados a sério e consequentemente seremos bem sucedidos", acrescenta o candidato socialista.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

γνῶθι σεαυτόν, (gnōthi seauton) - conhe-te a ti mesmo!


nosce te ipsum!

Cacos


Acima de tudo está a Instituição…

Não acredito na isenção das decisões que deixam apenas uma parte dos implicados totalmente satisfeitos ou, até mesmo, das que agradam todos...


(a imagem, o texto e o autor, pode ver aqui, no blogue Paul da Serra, se ainda não tiverem sido deletados)

A lógica do Serrão


Ele há a lógica do Aristóteles e a lógica do Serrão. Carlos Pereira, há 4 anos, sem experiência parlamentar, foi em 5º. Agora - eu sei que no PS não é costume reconhecer o mérito e se confundem críticas com questões pessoais - depois de ter sido o deputado mais produtivo, Carlos Pereira vai em 7º. E Serrão, vai em 2º, porquê?
P.S:
Eu critico, lealmente, à frente. Há por aí um covarde que critica, traiçoeiramente, nas costas ainda por cima sabendo que está a mentir!

Distribuição Geográfica?

Distribuição geográfica? Quais são os Concelhos representados nos 10 primeiros da lista? Os dez primeiros nomes surgem por esta ordem: Maximiano Martins, Jacinto Serrão, Isabel Sena Lino, Victor Freitas, Avelino Conceição, Carina Ferro, Carlos Pereira, André Escórcio, Luísa Mendonça e Duarte Gouveia.

Vejo o Funchal, Machico e Porto Santo.
Há uma originário de Santana e um residente em Câmara de Lobos. Nenhum desses dois representa as respectivas estruturas.

Câmara de Lobos sem ninguém

Também Câmara de Lobos, tirando o facto do titular residir lá, não tem ninguém nos dez primeiros lugares

Santa Cruz sem ninguém

Com nenhuma cara nova - são todos militantes do PS-M - o principal motivo de interesse, na análise da lista, vai para as ausências de Bernardo Martins, que já foi líder parlamentar e presidente da câmara de Machico, Bernardo Trindade, ex-scretário de Estado, de João Carlos Gouveia, ex-líder do PS-M e de Rui Caetano, vice-presidente do PS-M que substitui Serrão em São Bento.

De registar, também, o facto de não haver ninguém de Santa Cruz, o segundo maior concelho da Região, nos dez primeiros lugares.

Requiem

Mozart di-lo melhor.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Aos Socialistas dedico este pensamento de Saramago

É hora de uivar, porque, se nos deixarmos levar pelos poderes que nos governam, e não fizermos nada para os contestar, pode-se dizer que merecemos o que temos.

Aos Socialistas cabe a tarefa ciclópica de combater o PSV, refundar o PS, construir a alternativa ao PSD



Já não é possível esconder a realidade: o PS está refém dos interesses mesquinhos do clã que veio da estrutura juvenil, se acantonou no PS e, por detrás dos antagonismos superficiais, se sustenta na conluio profundo de Vítor e Serrão.
O PS - Partido Socialista - foi transformado em PSV - partido do Serrão e do Vítor. Aos Socialistas cabem trabalhos ciclópicos: combater o PSV e refundar o Partido Socialista e transformá-lo em Casa comum da Democracia. Não é possível estabelecer uma Plataforma Democrática de entendimento entre todos os democratas de todos os partidos da Oposição sem que, antes, o PS seja refundado.
Para que isso aconteça, é preciso derrubar o PSV e refundar o PS!
Camaradas, não desistir! Ousar lutar, ousar vencer!

Santa Cruz sem lugar entre os 10 primeiros da lista

Ao contrário do que diz Serrão, a cobertura da maioria dos concelhos não está contemplada na lista do PS.

Maître d'hotel de Lisboa mandou servir o cozinhado



Tudo indica que o refogado foi feito cá mas foi mandado preparar, ou melhor, servir por um alto Maître d'hotel de Lisboa. Refiro-me à, aparentemente, inesperada - para quem estava distraído - distribuição dos lugarzinhos da lista do PSV.

Vítor, Serrão e Max: só vejo vencedores ou derrotados!



Abstraindo o facto de os estatutos obrigarem a cumprir a quota, os verdadeiros líderes da lista são Vítor, Serrão e Max.
Das duas uma: ou o PS vence as eleições ou é derrotado. Nenhum dos três pode sacudir a água do capote. Eles são os responsáveis por este refogado. Se o prato sair a contento, eles serão os vencedores. Se der para o torto, eles serão os responsáveis. Eles e quem os patrocinou!
Serrão prepara-se para o jogo duplo: se for mau, diz que é de Max; se for bom, diz que é dele; Victor e Max preparam-se para dizerem que não eram líderes. Não, cavalheiros - quem tem o proveito, tem o prejuízo. Serão todos responsáveis! Se houver vitória, podem seguir em frente; se houver derrota, nenhum deles é alternativa ao refogado - ficam todos esturricados!

PS ou PSV?





PS - Partido Socialista.

PS - Partido do Serrão e do Vítor.

PS ou PSV? Previ tudo ao pormenor

Maximiano, Carlos Pereira e André Escórcio julgaram que tinham tudo na mão. Se estivessem atentos a uma frase que escrevi a 4 de Julho, não tinham, porventura, ficado surpreendidos com a ordenação da lista. A frase é esta:

Salvaguardados os respectivos interesses, o pacto tácito de silêncio
entre os 2 rapazolas que se apossaram administrativamente do partido e a tutoria dos poderes fáticos garantem a sua aprovação
.

Clube privado ou Loja Maçónica

Para aqueles que ficaram surpreendidos pelo jogo das aparências da Comissão Política do PS, recordo isto e isto.

Blogosfera e facebooks socialistas não assinalam aprovação da lista do PS

A demonstrar a falta de entusiasmo pela candidatura do PS, assinale-se que, até este momento, os principais dirigentes e deputados do PS não assinalam a aprovação da lista do PS - com 40% de reprovações na CP.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Depois do desprezo a que votou os cidadãos de Santa Cruz, a Direcção do PS vai pedir o seu voto? Quem não tem vergonha todo o mundo é seu!


Santa Cruz sem representação na ALR


Santa Cruz vai continuar sem representação do PS na Assembleia Regional. E isso vai ter consequências desastrosas nos resultados eleitorais.

Divisão na Comissão Política: Mais de 40% da CP do PS votou contra a lista de deputados



Vários presidentes de Concelhia recusaram-se a integrar a lista.

Opróbrio ao Partido: o ainda presidente vai em número 2. Afinal, só tem um projecto: ser deputado!


Fui alertando o respeitável público aqui, também aqui, e ainda aqui para o que se estava a preparar depois do golpe anti-democrático que foi a candidatura de Maximiano Martins contra os órgãos do partido. Tudo fiz para manter o período de nojo que a mim me impus, mas o tempo rodou. Já está confirmado: o ainda presidente do Partido Socialista vai em número dois na lista para a Assembleia Regional. Uma nota de solidariedade para João Carlos Gouveia, que não pede meças a ninguém no combate pela Democracia, mais uma vez é afastado das listas ou, pelo menos, não aceita, e faz bem, o lugar pouco honroso que lhe teria sido atribuído.
Quanto ao atual líder, as perguntas que fiz - porque é que vai em número dois, porque falhou a Plataforma Democrática, porque não foi já para a AR, uma vez que não é candidato:

Serrão destruiu o projecto da Plataforma Democrática porque não teve competência política, por um lado, e, por outro, porque a transformou, à Plataforma, em produto mediático esvaziado de conteúdo político e não numa alavanca para derrubar o poder. Objectivamente, fez um serviço ao Regime.
Serrão, finalmente, destruiu a sua própria direcção.
Afinal, qual é o projecto de Serrão? Bem, é fácil - não tendo ido para a Assembleia da República, como lhe competia, aceitando humilhar a instituição Presidente do Partido, ao ir no segundo lugar e sendo outro o "candidato a presidente do governo" Serrão mostra que o seu grande projecto é ser deputado, manter-se deputado e ter o usufruto das prebendas que a função lhe confere. E aceitará o PS "ad aeternum" esta situação?

Nem me passa pela cabeça que o líder do Partido Socialista integre uma lista em que não vá em primeiro. Seria um ultraje à instituição!


Horário de trabalho

Há para aí um ente que anda a elogiar-me, a dizer que não tinha limites de horário de trabalho, que preparava documentação estratégica até às tantas da manhã. Dispenso os elogios. Até para não ter a imodéstia de ter de especificar.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Um neoliberal


Defende 3 axiomas:
1. Globalização
2. revolução científica e técnica
3. competitividade
Segue 3 mandamentos:
1. Privatizações
2. Liberalização dos mercados
3. Desregulamentação dos mecanismos de orientação económica.
Um único instrumento como variável dos desequilíbrios económicos - o preço do factor trabalho

O que é um neoliberal? O Ministro não sabia. O deputado Agostinho Lopes, do PCP, ensinou-lhe. Ficou a saber

Ora toma!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

terça-feira, 9 de agosto de 2011

o 3º. vice-presidentes do PS esteve hoje em acção de campanha. Levou consigo o presidente do mesmo partido

(o 3º. vice-presidente está no centro da foto; o presidente é o da direita)

Os cinco dedos da mão chegam e sobram para contar os deputados, dirigentes e militantes socialistas entusiasmados com a candidatura de Maximiano


O Mal Amado: a quem entusiasma a candidatura de Maximiano entre os socialistas?




UM BOM TRABALHO JORNALÍSTICO: visitar a blogosfera e o facebook dos dirigentes, deputatos e militantes do PS e verificar quantos estão entusiasmados com a candidatura de Maximiano e estão a defendê-la.

Nota: não confundir com a propaganda da candidatura que é postada pelo Departamento de Comunicação do PS. Falo da defesa empenhada da candidatura, da dinâmica e do entusiasmo que ela possa suscitar entre o Povo socialista.


Guerra Fria - tal como aí, e perante o que se passa no PS,Vítor vai sair vitorioso sem disparar um tiro


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

prá e prà, pró e prò




A contracção de pra com oprò (pró significa a favor de)

A contracção de pra com aprà

Embora seja corrente as formas pró e prá, não são correctas.
Note-se a frase: vou à montanha, àquela montanha - a contracção da preposição a implica acento grave.

Em 1986, o cartaz com a frase "Prá frente Portugall foi criticada por não respeitar a regra da contracção. Agora critica-se o cartaz do PSD, mas mal, porque está correcto.

domingo, 7 de agosto de 2011

Vice-presidente Maximiano Martins definitivo e categórico: A Madeira é "uma ilha rodeada de mar".

O mapa em anexo confirma a firmação perem(p)tória de que a Madeira é "uma ilha rodeada de mar". A afirmação torna-se ainda mais assertiva se observamos que cada uma das ilhas Desertas e Selvagens, bem como dos Açores, é "rodeada de mar". Para alguma coisa servem as (pré)campanhas: para esclarecer!

O Fantasma de 1929: pânico na bolsa de Israel devido ao corte dos EUA




Bolsa de Israel

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A Grande Alternativa: o DN anunciou que, talvez, quem sabe, sem confirmação, podia aparecer em cima(ou por baixo)da mesa uma proposta de rotatividade

(Não) confirme (porque o Diário não confirmou) aqui.

A Grande Alternativa: Serrão foi à Festa dos Mariscos

Recorde aqui o acontecimento.

A Grande Alternativa: Maximiano no Arraial dos Lameiros

Confirme aqui

Quando as bandeiras políticas se abatem em nome da solidariedade humana

Na política, continuam alguns a confundir, errada e lamentavelmente, as questões estritamente político-partidárias, com os aspectos humanos e privados, que não se podem misturar com o debate político onde não existem inimigos mas adversários, pessoas que pensam de forma diferente e que têm maneiras diferentes de expressar essas divergências. Nada mais do que isso. As pessoas sabem o que escrevi neste jornal sobre Sócrates, das divergências que tinha (e tenho) no plano político, das críticas às suas decisões enquanto chefe do governo central e das opções partidárias que nada têm a ver entre si. Continuo a pensar que Sócrates foi uma pessoa, das que passaram pelo poder em Lisboa, que deliberadamente mais prejudicou a Madeira, provavelmente estimulado pelas pressões bandalhas de quem sabemos todos. Contudo, realizadas que foram as eleições legislativas, escorraçado o PS do poder por vontade do povo, soberano no seu voto, e afastado Sócrates, o tempo é agora de esperar para ver até que ponto este novo governo de coligação será ou não capaz de devolver a esperança aos portugueses e remobilizar e motivar um país mergulhado na desilusão. Vem tudo isto a propósito da solidariedade pessoal que quero manifestar a José Sócrates, porque há situações e momentos dramáticos na vida de uma pessoa pelos quais ninguém quer passar. Sócrates, no espaço de um mês perdeu o pai e o irmão, ambos vítimas de doença. É demais para qualquer pessoa. Embora reconhecendo que há momentos em que, perante estas contrariedades, o melhor que podemos fazer é refugiar-nos no silêncio e na solidão, parece-me importante, para comigo e a minha consciência, que desse testemunho desta situação e publicamente apresentasse os pêsames a Sócrates. Na certeza de que continuaremos a estar em pólos diferentes, a pensar de forma diferente, no pleno uso da nossa liberdade de pensamento e de escolha. Mas, repito, há momentos em que isso é pouco importante, melhor dizendo, nem sequer é importante, ante a dor e o sofrimento que uma pessoa nestas circunstâncias passa.

PCP entrega proposta sobre referendo regional na ALR

Para as perguntas anteriores, pode haver várias respostas, uma delas está aqui. A actual Direcção anunciou publicamente a questão do referendo regional, mas ficou-se por aí. Além do obstáculo da assessoria jurídica, que vê moinhos de vento em tudo, há sempre um pretexto burocrático para não avançar, há outro questão: as coisas são anunciadas não pelo seu valor, mas como produtos mediáticos com um prazo de validade. Uma vez esgotado o seu interesse informativo, o seu valor real é deixado cair no esquecimento. O PCP, ao apresentar esta proposta de referendo legislativo regional mostra que não trabalha para fazer fogacho mas com visão estratégica, que é o que vai faltando a esta direcção do PS.

Plataforma Democrática: abalou os alicerces do regime, agitou toda a Oposição; criou uma onda de esperança, mas falhou estrondosamente. Porquê?

Serrão não foi para a Assembleia da República. Porquê?

Serrão em 2º. lugar para a ALR. Porquê?

Se vem no Diário, pode não ser verdade!

Uma vez não confirmou a notícia da da rotatividade, não se sabe se a notícia que traz hoje sobre o PS-M é verdade ou não. Pode ser mais uma pecinha em que o Partido preenche o vazio com fogachos.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O Diário faz ou não jus a este slogan: "É verdade, vem no Diário!"?

O Diário continua sem esclarecer se a sua notícia sobre a proposta de rotatividade na última Comissão do Política do PS existiu ou não. Continuamos a fazer jus ao slogan do título. A não ser que o próprio DN já não faça. Então, temos de rever a nossa atitude.

" PS aposta nas mulheres e afasta reformados Socialistas esperam que Jardim também renuncie ao duplo vencimento" (DN, hoje)

O DIÁRIO DE NOTÍCIAS NADA DIZ SOBRE A ROTATIVIDADE, SOBRE A QUAL TINHA FEITO O TÍTULO QUANDO ANUNCIOU A REUNIÃO DA COMISSÃO POLÍTICA DO PS

São três das conclusões aprovadas pela Comissão Política do PS, reunida esta terça-feira à noite: a candidatura às eleições regionais de 9 de Outubro vai incluir uma mulher em cada três nomes, os candidatos que venham a ser eleitos e recebam qualquer reforma deverão abdicar dela e foram ratificadas as bases programáticas do PS.

A primeira medida, a da respeitar a lei da paridade, foi aprovada por unanimidade. A segunda, a que implica eventuais duplicações de vencimentos, teve duas abstenções.

Estes são dois dos critérios definidos pela direcção do PS e fazem parte das propostas que o próprio presidente do partido levou à reunião. Jacinto Serrão definiu, em conjunto com a direcção do PS, vários critérios que vão ditar a constituição das listas. Agora aprovados, o líder socialista tem caminho aberto para encetar convites a candidatos que vão acompanhar o único nome até agora confirmado, o do cabeça-de-lista Maximiano Martins.

Neste processo de escolha as concelhias terão um papel importante. A todas foram pedidos nomes que serão equacionados pela direcção do partido sempre tendo em conta a ideia de acrescentar valor e representatividade para a lista que tem de estar concluída até ao final deste mês.

O DIÁRIO DE NOTÍCIAS NADA DIZ SOBRE A ROTATIVIDADE, SOBRE A QUAL TINHA FEITO O TÍTULO QUANDO ANUNCIOU A REUNIÃO DA COMISSÃO POLÍTICA DO PS

A decisão dos eleitos terem de abdicar de eventuais reformas vem acabar com algum desconforto que o PS vinha sentindo nesta matéria. Porque a Região é a única excepção no País e entre os deputados socialistas André Escórcio também estava na mesma situação de Alberto João Jardim, Miguel Mendonça e outros, poucos, parlamentares do PSD. Assim, diz-se no PS, a situação fica clarificada. Agora, dizem os socialistas, apenas fica o PSD colado a esse duplo vencimento.

Quanto às mulheres, a decisão, tomada no mesmo dia em que o PSD aprovou a lista de candidatos que tem apenas sete mulheres em 47 nomes, acaba por ser uma forma de o PS se diferenciar dos social-democratas valorizando a participação políticas das mulheres, mesmo sem a isso estar obrigado.

Quanto ao programa de governo, a Comissão Política ratificou o documento coordenado por André Escórcio e entregue há meses a Jacinto Serrão.

Diário ignora o Diário


O Diário publica hoje as conclusões da última Comissão Política do PS. Sobre a rotatividade, sobre o que o próprio Diário fizera título, o Diário nada diz. Ou seja, o Diário ignora o Diário.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O Diário e a rotatividade no PS

O Diário de Notícias noticiou (ver aqui) que se estaria a ponderar a rotatividade no PS e que o tema ia "ser apresentada na reunião da Comissão Política Regional, que acontece[u] ao fim do dia [de ontem]" . E depois que "Em cima da mesa" ia "estar a proposta de rotatividade entre os membros da lista a apresentar às eleições de 9 de Outubro para a Assembleia Legislativa da Madeira". Bem, o diário deve levar a sério aquilo que publica. Sei que, na penúltima reunião da CP, apareceu uma proposta que eu próprio apresentei e que não chegou a ser discutida nem votada. Agora, ontem, o assunto foi discutido? Foi apresentada alguma proposta? Foi votado algum documento nesse sentido? Em nome da verdade jornalística, o Diário devia estar interessado em saber o que se passou, o que foi decidido, para dar conta aos seus leitores. A não ser que o diário queira entrar no jogo das pecinhas jornalísticas sem conteúdo, que servem para fazer títulos, mas que nada dizem à vida dos cidadãos. O Diário deve apurar se a notícia que publicou tinha fundamento ou se foi apenas um fogacho sem substância, não só por respeito pelos leitores - mas para testar a credibilidade de quem lhe passou a «notícia» e para que, para a próxima vez, não caia na esparrela. Que haja quem, no interior do PS, esteja a fazer gato-sapato dos militantes é, numa primeira fase, um problema interno (com graves consequências para a Democracia e a alternativa na Região). Agora, que o DN se queira deixar envolver nisso é que a verdade jornalística, certamente, não consente.

«PS pondera lugares rotativos na ALM», Diário de Notícias, 2 de Agosto de 2011

É uma ideia que vem a ser discutida no interior do PS e que hoje vai ser apresentada na reunião da Comissão Política Regional, que acontece ao fim do dia. Em cima da mesa vai estar a proposta de rotatividade entre os membros da lista a apresentar às eleições de 9 de Outubro para a Assembleia Legislativa da Madeira.

Esta proposta tem vindo a ganhar força, agora que foi abandona a ideia da realização de uma espécie de primárias internas para definir os candidatos do parido.

Se a proposta vingar, serão também acertados os termos das substituições a efectuar.

A competência do novo gestor da CGD, António Nogueira Leite

Vogal do Conselho de Administração da Brisa Auto-Estradas de Portugal SA; Vogal do Conselho de Administração da CUF, SGPS, SA; Vogal do Conselho de Administração da CUF - Químicos Industriais, SA; Vogal do Conselho de Administração da CUF - Adubos, SA; Vogal do Conselho de Administração da José de Mello Saúde, SGPS, SA; Vogal do Conselho de Administração da SEC - Sociedade de Explosivos Civis, SA; Vogal do Conselho de Administração da EFACEC Capital, SGPS, SA; Vogal do Conselho de Administração da Comitur, SGPS, SA; Vogal do Conselho de Administração da Comitur Imobiliária, SA; Vogal do Conselho de Administração da Expocomitur - Promoções e Gestão Imobiliária, SA; Vogal do Conselho de Administração da Herdade do Vale da Fonte - Sociedade Agrícola, Turística e Imobiliária, S.A.; Vogal do Conselho de Administração da Sociedade Imobiliária e Turística do Cojo, SA; Vogal do Conselho de Administração da Sociedade Imobiliária da Rua das Flores, n.º 59, SA; Vogal do Conselho de Administração da Reditus, SGPS, SA; Vice-Presidente do Conselho Consultivo do Banif Investment, SA; Membro do Conselho Consultivo do Instituto de Gestão do Crédito Público.

Carta do colono José da Purificação ao Blandy


Para ser um bom colono de vocência, sou um resignado. Deus nos livre se vem para aí qualquer «Madeira Nova» trocar isto tudo!








Amecê desculpe, mas disseram que era ao sr. Blandy que eu tinha de pedir licença para usar umas casas em Porto Santo, que a lei permite e a Provedoria de Justiça até fixou os termos depois de uma queixinha daqueles senhores do partido da mãozinha – que dizem também estar ao serviço de vocência – queixinhas como uma tal pide.
Mesmo sendo de lei eu poder usar a casa, disseram-me que estávamos na «Madeira Velha», e que portanto era a família de amecê que manda no senhor governo.
Aqui na freguesia, a gente sabe que o senhor governador, mandado de Lisboa e que nomeia os senhores presidentes das Câmaras, quando precisa de ouvir os Sábios conselhos de vocência, não chama o sr. Blandy, mas vai pela sombra, na rua da Alfandega, pedir para ser recebido por amecê.
Se vem aí a «Madeira Nova» e se alteram estes bons hábitos...credo, que desgraça, já não haverá respeito por quem tem sangue inglês!...
Aliás, os conselhos no escritório do Senhor, foram bons para se acabar com as casas bancárias que, veja-se o atrevimento, até havia madeirenses a querer ser banqueiros!...Assim, o dinheiro no Banco de vocência ficou mais seguro, e os despojos desses coitados foram muito bem adquiridos pelos Senhores, pois isto de ser rico não é para os madeirenses, o destino entregou bem a vocências.
Embora, cuidado, parece que ultimamente amecê tem uns sócios madeirenses, embora eles disfarcem bem em se fazer de esquerda e ao trabalhar para a política de Lisboa, o que, assim, já não parecem madeirenses.
Também ouvi dizer que amecê não quer autorizar as casas do Porto Santo, porque quer comprá-las ao desbarato para ir para lá com os tais socialistas ricos e fazer daquelas festas em que as senhoras, repimpadas, vão se mirando umas às outras. E que também não quer deixar outros irem para as tais casas de Porto Santo, porque aquele comunista e antigo padre do seu diário e que faz o que o feitor de vossa senhoria manda – um Câmara, parece – esse rabissado é um poço de invejas, quem o aturar apanha olhado roxo.
A inveja em cima de Si, tem sido uma desgraça!... Amecê, maior accionista da Moagem, conseguiu o monopólio ao Dr. Salazar, e não é que uns invejosos fazem a revolução da farinha, que os Governos inglês e de Lisboa até mandaram barcos de guerra.
Ainda bem que tudo voltou à santa paz da alma e que os revolucionários contra o pão caro – há que sofrer...- foram degredados para o Tarrafal e outros lugares de África.
Agora só faltava a essa gente invejosa criticar vocência por não ter posto água e luz nas furnas ali para S. Gonçalo, cuja renda vem sempre aumentando com justiça.
O senhor que me empreste a casa do Porto Santo, que eu prometo ajudar a vender aquele seu jornal que só diz mal e que dizem ter sempre a data do primeiro de Abril, todos os dias, porque aquilo é só pêtas.
Mas também tem de se perdoar, pois os pobres diabos que fazem aquilo, não veem bem, não têm luz, nem água, nem em casa, nem no diário, são iluminados por petromax, não são como o sr. Blandy que merece todos esses confortos.
O dinheiro que outro monopólio, o do sr. Hinton, me dá pelas caninhas que ele faz o favor de pesar na sua própria balança depois de eu esperar três noites debaixo do camião, fazendo os precisos por ali, não dá para ter esses confortos.
Para ser um bom colono de vocência, sou um resignado. Deus nos livre se vem para aí qualquer «Madeira Nova» trocar isto tudo!
Mas, mesmo que viesse, eu sei que amecê, com o seu diário e aqueles infelizes sempre zangados que lá estão, com os seus feitores e com os seus sócios ricos do partido da mãozinha, haviam de procurar lhe dar a volta!...
Por isso, humilde e obediente colono que sou, acho merecer a autorização para ir para as casas do Porto Santo. Não ligue aos invejosos do tal seu diário e tire-lhes da cabeça aquela maluqueira de pensarem que mandam nisto.
Quem manda, é o senhor dr. Salazar e o sr. Blandy!
E a Madeira tem de obedecer.
Peço desculpa de algum erro, mas é que este nervoso de escrever um pedido a vocência, faz-me muitas interrupções, porque tenho de ir arriba dos pés, ali ao poio, várias vezes.
Não lhe entreguei esta carta na Sua casa, apesar de saber que tinha de estar de cabeça descoberta e com botas novas. Como comprei umas velas e outros produtos de plástico para pôr no palheirinho onde vivo, entreguei logo este bilhetinho ao sr. Câmara.
Fiquei mais descansado, porque assim, primeiro, ele dá a carta a ler ao advogado do amecê, o dr. Custódio da Venda – acho que nada é àquele senhor das mercearias, do CDS, ainda bem porque aquilo não corre nos conformes – advogado que corrigirá para o que vocência tiver a bondade de ler.
Desde já obrigadinho se me deixar ir para as casas. E se não fôr essa a Sua vontade, deixe estar que eu não digo mal da «Madeira Velha».
O Seu colono respeitoso

José da Purificação

terça-feira, 2 de agosto de 2011

CP do PS reúne hoje, já com o resultado final das primárias: Rui Caetano ganha com maioria absoluta candidatura a Presidente do Governo!



O CANDIDATO A PRESIDENTE DO GOVERNO REGIONAL PELO PS



(Ver resultados finais aqui)

A falta de sentido do ridículo de Barroso ou o desconhecimento do que foi o Plano Marshall

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, anunciou uma proposta de alteração aos regulamentos dos fundos estruturais europeus, tendo em vista diminuir a comparticipação nacional que é exigida aos Estados-Membros como contrapartida dos fundos.

O tom do anúncio não podia ser mais exaltado: trata-se de "uma resposta excepcional a circunstâncias excepcionais", a qual contribui "para uma espécie de Plano Marshall para a recuperação económica".


Saberá Durão Barroso o que foi o Plano Marshall? Saberá que as verbas aprovadas em 1948 representavam 5% do PIB americano?

Nem que a totalidade dos fundos europeus previstos para o período 2007-2013 fossem agora disponibilizados se atingiria um valor equivalente a 0,5% do PIB da UE. Na verdade, o que está em causa com a proposta agora anunciada não vai muito além de 0,02% do PIB - ou seja, duzentas vezes menos (para ser optimista) do que esteve em causa com o Plano Marshall.

A rotatividade dos deputados - Proposta de Resolução


Eis a proposta que apresentei na última Comissão Política

Compromisso público com o Partido e com o Eleitorado da candidatura do PS-Madeira à legislatura regional 2011-2015

1. Considerando que o mandato do deputado deriva de um mandato do povo, mas que esse mandato lhe é atribuído em nome de um programa partidário e que é em nome desse programa que os deputados devem exercer o seu mandato, sob pena de quebraram o mesmo mandato de confiança estabelecido com o eleitorado.
2. Considerando que a estabilidade dos mandatos é a estabilidade dos princípios programáticos e não a estabilidade da função de deputado; e que ser deputado não é uma profissão mas uma missão ao serviço do povo.
3. Considerando que a construção conjunta dos projectos em sede parlamentar deve fazer-se com todos os elementos da lista e não apenas com aqueles que, momentaneamente, exercem a função de deputado, o que permitirá que não haja hiatos na apresentação e sustentação de propostas parlamentares.

A Comissão Política, no uso pleno dos seus poderes, aprova os seguintes princípios que devem presidir à sua acção política e comprometer os elementos integrantes da candidatura do PS a submeter ao eleitorado nas próximas eleições legislativas regionais, para a legislatura 2011-2015.

1. Na próxima legislatura, apenas ao líder do partido, sendo deputado na ALR, e ao candidato a Presidente do Governo Regional é concedida a discricionariedade do mandato de deputado, que poderão, se e sempre que o entenderem, ceder a outros elementos da lista.
2. Todos os Concelhos da Região devem ter assente na próxima legislatura na ALR, por via do princípio da rotatividade.
3. O líder parlamentar e o vice-presidente da ALR devem garantir a estabilidade de acordo com a forma como são eleitos, isto é, por sessão legislativa.
4. A candidatura do PS deve procurar ser tão vasta quanto possível, do ponto de vista da representação social, cultural, profissional, sectorial, com um contrato claro de que, em determinados momentos, e em discussão de determinadas áreas – cultural, económica, ambiental, legislação laboral - esses representantes da sociedade assumem o mandato na ALR para esse fim.
5. Todos os candidatos a deputados pelo PS devem assumir explicitamente e publicamente, perante os órgãos do partido e perante o eleitorado, o compromisso solene de que respeitarão estes princípios.
A Comissão Política Regional
Funchal, 30 de Junho de 2011

Resultados finais das primárias no PS para Candidato a Presidente do Governo


Resultados finais, depois de redistribuídos os indecisos:

Luísa Mendonça - 18%
Maximiano Martins 28,5
Rui Caetano - 53,5


(Resultados brutos da votação; Luísa Mendonça, 13%; Maximiano Martins,21; Rui Caetano, 40%, tanto faz, 24%).

Desde 13 de Julho, conforme carta de 13 de Junho, fazendo fé em decisão anunciada a 12

Esta notícia da adjuntoria da vice-presidência, remete para a fidúcia na decisão aqui anunciada - na linha, aliás, da mesma fidúcia que a Comissão Política aqui manifestou, tendo em vista o contrato de confiança que aí pareceu desenhar-se. (Na Comissão Política, a posição que tomei foi esta).
Louvo ainda a actual circunspecção da notícia, em contraste com o então alarde e deformação.

Rotatividade a sério ou para contornar obstáculos?

O Diário anuncia hoje que a Comissão Política vai discutir a rotatividade entre os deputados eleitos. Eu, como é público, apresentei uma proposta nesse sentido, que não foi discutida nem votada (assim como as primárias ou votação na Comissão Regional entre os eventuais candidatos a PGR). Agora, essa proposta era a sério e para levar à prática e não uma forma de contentar os que ficam em lugar não elegível. Sabendo o que a casa gasta, cheira-me a manobra táctica para contentar todos e impor os do costume. Não me cheira, tenho a certeza. Portanto, cheira a esturro.