quarta-feira, 2 de abril de 2008

OBVIAMENTE ERA PETA: MPT NÃO VIABILIZA VICE DA OPOSIÇÃO



Afinal o grito do Ipiranga não teve a consequência clássica: ente "Independência ou Morte", o MPT recusou a independência: continuará a servir a estratégia para a qual foi projectado na Madeira: servir o PPD. Era uma oportunidade de, até por uma questão de táctica, demarcar-se do desejo do PPD de não ver um Vice-Presidente da Oposição: dar o voto que faltava para a eleição do vice e garantir a pluralidade da mesa. (Embora eu admita que o PS pudesse dialogar com os outros partidos nessa questão). Mas o MPT está de mãos atadas, nascido para servir não pode ser autónomo. O pior para o MPT é que já não serve o fim para o qual foi criado: o de integrar a estratégia do PPD. E isto porquê? 1º. O PPD sofre do "complexo de Frankstein": teme que a criatura se revolte contra o criador - já o PSN ao fim de menos de um ano de vida parlamentar, mirrava porque toda a gente via a sua finalidade. Esse medo do PPD não dá espaço de manobra às suas criaturas e mata-as politicamente, quando o normal era terem autonomia táctica, preservando a coincidência estratégica. Por muita experiência política que Isidoro tenha, o espaço de manobra que lhe é concedido é muito pouco. 2º. O facto de o PPD ter o "complexo de Frankstein" contribui para que as suas criaturas não tenham grandes viabilidades de sobrevivência - para sobreviver era preciso espaço. O MPT não tem. E, descoberta a razão da sua existência, já não pode cumprir o seu papel. Politicamente, e tendo em conta o seu objectivo - o de estar politicamente ao serviço do poder laranja - o MPT já não existe - penará até 2011 e desaparecerá, tal como o PSN. Deixemo-lo, pois, ao MPT, jazer na campa do esquecimento etéreo onde onde se estendeu e passemos ao futuro.
P.S.
Isto não significa alguma simpatia por determinadas iniciativas políticas do MPT. Mas isso deve-se mais à maestria política dos seus dirigentes que à sua real autonomia política - não a tem.

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