sexta-feira, 11 de abril de 2008

O FIO DO FUNDAMENTALISMO




Na obra “A Igreja e a Nova Europa” o então Cardeal Ratzinger, eminente teólogo, falando sobre o fundamentalismo, com admirável lucidez, afirma:

"O Islão, seguro de si e da sua crença, exerce actualmente sobre o Terceiro Mundo um fascínio muito mais forte do que o Cristianismo, a que falta paz interior".

E acrescenta ainda o actual Papa Bento XVI:


"Da fórmula "fundamentalismo" fez-se uma chave para uma leitura demasiado fácil, que permite dividir o mundo em duas partes: uma parte boa e, contra ela, uma parte má. O fio que une a série dos pretensos fundamentalismos começa no mundo protestante, atravessa o católico, passa ao islâmico e ao marxista."


Uma surpresa para uma certa esquerda “soit disant” bem pensante, mas intelectualmente arrogante, que, precipitadamente e sem fundamento, mas não raras vezes fundamentalista, confunde firmeza doutrinária com falta de abertura de espírito. Enfim, uma certa esquerda por onde também passa o “fio do fundamentalismo”, muito tolerante com todo o que não seja “ocidental” mas intolerante com todo o que diz respeito ao Cristianismo, sobretudo se for o Catolicismo ou até mesmo judaico-cristão, para não dizer greco-latino, pois não se atreve a tanto.

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