quarta-feira, 30 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Houve 2 estímulos externo na História da União Europeia: o estímulo soviético e o estímulo chinês
1. O estímulo soviético levou à defesa dos direitos políticos com o consequentemente aprofundamento dos direitos sociais;
2. O estímulo chinês está à levar ao desmantelamento dos dos direitos sociais e pode colocar em perigo os direitos políticos.
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União Europeia
Uma estratégia a que sou estranho
1. A imprensa volta a falar de questões logísticas relacionadas com o processo eleitoral do último Congresso do PS-Madeira.
2. Dei um contributo ideológico essencial para a candidatura que foi derrotada no Congresso.
3. Não vou agora dizer se concordo ou não com esta estratégia de publicar os assuntos internos do PS, muito embora tenha deixado claro, na intervenção que fiz no Congresso, que não pactuaria com atitudes de facção na vida do PS, viessem donde viessem.
4. O que pretendo esclarecer é que não participei desta estratégia de, a cinco meses passados do Congresso, discutir o processo em público. E digo claramente que tinha o direito de participar dela, concordando, discordando ou evitando, questão, a da concordância ou da discordância, que aqui não tomo como núcleo argumentativo essencial.
5. Esta estratégia é uma estratégia gizada e realizada pelo núcleo duro restrito que rodeia, desde há muito, o primeiro subscritor da candidatura que apoiei ao Congresso.
6. Atribuo a esse núcleo, alguns dos quais sem grandes ou nenhuns contributos ideológico-programáticos, a responsabilidade da derrota, mais do que ao processo eleitoral, que aqui não comento. Esses mesmos que se apresentavam com uma petulância insustentável, isto é, sem sustentação, só porque eram "amigos (as) do primeiro subscritor", candidatos a futuros "boys" numa sua hipotética futura direcção. Ora, se há coisas que abomino nos partidos é o amiguismo destituído de competência, contributo e mérito.
7. Estes erros pagam-se caros. O Futuro constroi-se em cada momento. E o Futuro que está na moção da candidatura que integrei e sustentei ideológica e estrategicamente pode estar a ser hipotecado por quem não tem o direito de o hipotecar e muito menos inviabilizar.
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2012 Moçao Global
domingo, 27 de junho de 2010
Uma nova forma de fazer política - o sucesso inexplicável de PPC
A nova forma de fazer política ainda será política ou já entra na pura fraude? Talvez as massas andem tão cansadas do eng. Sócrates que o trocariam pelo Pato Donald ou por uma torradeira elétrica.
Os apoiantes de Pedro Passos Coelho sempre juraram que o homem representava uma nova forma de fazer política. Não duvido. O dr. Passos Coelho é o primeiro líder da oposição que, em última instância, não se opõe a coisa nenhuma. Cada medida absurda do Governo é recebida pelo actual PSD a cinco tempos: 1) Recusa (o PSD acha a medida inadmissível); 2) Negociação (o PSD pretende obrigar o Governo a discutir a medida e forçá-lo a revê-la de acordo com as suas exigências); 3) Confusão (o PSD lança para a imprensa um nevoeiro informativo acerca das suas pretensões e do desenvolvimento da discussão que mantém com o Governo); 4) Aceitação (o PSD proclama que o interesse nacional o levou a concordar com a medida inadmissível do Governo); 5) Vergonha (o PSD pede desculpa ao País).
Numa democracia menos exótica, esta adaptação condensada dos 12 passos dos Alcoólicos Anónimos seria despachada logo que possível. Em Portugal, é um êxito. A julgar pelas sucessivas sondagens, as intenções de voto no PSD crescem em progressão geométrica. Enquanto isso, os socialistas, autores das exactas políticas que o PSD subscreve, estão em queda livre. Imagino que, para a semana, o eleitorado continuará a punir o PS por causa das Scut e dos chips nas matrículas e a premiar o PSD que, depois das típicas cambalhotas, acabará em sintonia com o Governo na questão (ou questões) das Scut e dos chips nas matrículas. Após cinco anos em sentido inverso, o povo decidiu que o eng. Sócrates é o responsável por todas as calamidades que se abatem sobre a nação. O dr. Passos Coelho, que há meses vem legitimando as calamidades, é um herói popular.
Explicações? Não mas peçam. Talvez as desculpas do dr. Passos Coelho tenham tocado o coração das massas oprimidas. Talvez as massas andem tão cansadas do eng. Sócrates que o trocariam pelo Pato Donald ou por uma torradeira eléctrica. Talvez as massas sejam definitivamente malucas. Certo é que as massas querem o dr. Passos Coelho a primeiro-ministro, e só não vêem o desejo cumprido porque, pelos vistos, a nova forma de fazer política também implica evitar o poder a qualquer custo. A nova forma de fazer política ainda será política ou já entra na pura fraude?
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Pedro Passos Coelho
- Quanto ganha o Senhor Director do Diário de Notícias? - Não me interessa saber.
Nem quanto ganha o director administrativo da mesma empresa, nem o chefe de redacção, nem o director da RTP/RDP-Madeira, nem o director de programas, nem de outro director de outro órgão de comunicação regional qualquer. Nem vou aqui denunciar o eventual corporativismo de os ordenados escandalosos de algumas figuras da televisão pública serem um atentado às dificuldades que os portugueses vêm passado e haver um silêncio quanto a isso em todos os media.
É claro que, não posso deixar de enunciar princípios, por exemplo, o enorme poder que hoje os meios de comunicação social terem, muito mais do que os poíticos democraticamente eleitos, e, nessa circunstância, poderem ter um poder de influência muito maior do que os democratas eleitos, e, assim, ser passível de discussão que os jornalistas possam ter, tal como os políticos, de declarar os seus vencimentos ao Tribunal Constitucional.
Também não vou aqui falar que, dentro do conceito de propriedade social da empresa que defendo, não poder ser aceite pacificamente que, em empresas, públicas ou privadas, os vencimentos, as reformas, os dividendos de gestores e accionistas serem escandalosamente mais elevados percentualmente do que os vencimentos dos trabalhadores, seja em tempo de crise ou não.
Agora não entendo é que os media, numa cultura que, tenham eles consciência ou não, se insere na cultura salazarista antiparlamentar, se preocupem com os ordenados dos políticos e não denunciem estas discrepâncias de vencimentos. Para mim, é pacífico que quem descontou toda a vida tenha a sua reforma por inteiro, ainda que exerça um cargo político.
Mas já agora deixava ao Diário de Notícias e a todos os outros órgãos de comunicação um repto. Sabe-se que, no nosso país, a chamada economia informal representa 25% do PIB. Se isso fosse taxado, o défice e a dívida despareciam, sobretudo aquele. Porque não fazer uma investigação jornalística sobre o assunto? Dá muito trabalho, eu sei, mas é um jornalismo de serviço à comunidade, dentro do conceito de propriedade social, de utilidade social, de serviço à sociedade que defendo para as intituições, sejam quais forem, incluindo as empresas.
É claro que, não posso deixar de enunciar princípios, por exemplo, o enorme poder que hoje os meios de comunicação social terem, muito mais do que os poíticos democraticamente eleitos, e, nessa circunstância, poderem ter um poder de influência muito maior do que os democratas eleitos, e, assim, ser passível de discussão que os jornalistas possam ter, tal como os políticos, de declarar os seus vencimentos ao Tribunal Constitucional.
Também não vou aqui falar que, dentro do conceito de propriedade social da empresa que defendo, não poder ser aceite pacificamente que, em empresas, públicas ou privadas, os vencimentos, as reformas, os dividendos de gestores e accionistas serem escandalosamente mais elevados percentualmente do que os vencimentos dos trabalhadores, seja em tempo de crise ou não.
Agora não entendo é que os media, numa cultura que, tenham eles consciência ou não, se insere na cultura salazarista antiparlamentar, se preocupem com os ordenados dos políticos e não denunciem estas discrepâncias de vencimentos. Para mim, é pacífico que quem descontou toda a vida tenha a sua reforma por inteiro, ainda que exerça um cargo político.
Mas já agora deixava ao Diário de Notícias e a todos os outros órgãos de comunicação um repto. Sabe-se que, no nosso país, a chamada economia informal representa 25% do PIB. Se isso fosse taxado, o défice e a dívida despareciam, sobretudo aquele. Porque não fazer uma investigação jornalística sobre o assunto? Dá muito trabalho, eu sei, mas é um jornalismo de serviço à comunidade, dentro do conceito de propriedade social, de utilidade social, de serviço à sociedade que defendo para as intituições, sejam quais forem, incluindo as empresas.
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ordenados dos políticos
sábado, 26 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Saiba por que é que se fala cada vez menos de Estado Social: "“A Responsabilidade Social das Empresas é Aumentar o seu Lucro” , Friedman
Veja o que pensava este guru do (neo)liberalismo económico, suspeito de colaborar com Pinochet.
Em 1970, o economista Milton Friedman publicou um artigo intitulado “A Responsabilidade Social das Empresas é Aumentar o seu Lucro” na revista do New York Times. Hoje esse tema é imprescindível, levando as empresas a investir milhões para a considerar. Inúmeras entidades cresceram à volta do conceito e são poucos os executivos que se atrevem a pronunciar contra ela. Esta posição polémica de Friedman, relembrada pela sua morte em 2006 reacendeu o debate em torno da questão. O VER lança o debate e convida à discussão no seu fórum : será que Friedman tinha razão?
(cuidado com tom do artigo!)
© www.friedmanfoundation.org
“... A doutrina da ‘responsabilidade social’ integra a aceitação da visão socialista que são os mecanismos políticos, não os mecanismos do mercado, a forma apropriada para determinar a alocação de recursos escassos para usos alternativos”
Para Friedman, os defensores das responsabilidade social nas empresas estão somente a colocar o socialismo num “embrulho empresarial” que deteriora uma sociedade livre. Ou seja, aqueles que advogam a prática da responsabilidade social brincam ao Robin dos Bosques com o dinheiro dos outros. As empresas deveriam maximizar os seus lucros e retorno para os accionistas para que depois os indivíduos pudessem fazer donativos (ou não) a alguma causa que desejassem.
“As empresas que fizerem algo que não seja maximizar o lucro estão a cometer, simplesmente, um acto imoral”.
Friedman argumenta que estas acções, na verdade, transformam os executivos em funcionários públicos(...) insistindo que numa sociedade democrática, o governo é o único veículo com legitimidade para actuar em prol das preocupações sociais. Num mundo globalizado, as empresas são livres para explorar ou poluir uma comunidade local e, de seguida, mudarem-se para outro sítio. Os mercados livres e os diferentes esquemas que permitem contornar o pagamento de impostos acabam por recompensar as empresas que agem no seu próprio interesse mas sob a bandeira do crescimento económico e da competitividade.
Em resumo, Friedman admite a filantropia individual dos accionistas, mas rejeita a intervenção social por parte das empresas. Este tipo de acções serviriam apenas para desvirtuar e prejudicar a sua identidade e, fundamentalmente, o seu core business. Poderiam ainda levar a perdas significativas de lucros, lesar trabalhadores e consumidores, perder na guerra da competitividade e, em última instância, levar ao afastamento dos accionistas e à consequente falência da empresa.
Esta posição do Prémio Nobel, naturalmente polémica como o autor, tem indiscutivelmente elementos verdadeiros, embora a sua crítica pareça hoje demasiado simplista. No entanto permanece um bom pretexto para reflexão. Está aberto o debate...
Em 1970, o economista Milton Friedman publicou um artigo intitulado “A Responsabilidade Social das Empresas é Aumentar o seu Lucro” na revista do New York Times. Hoje esse tema é imprescindível, levando as empresas a investir milhões para a considerar. Inúmeras entidades cresceram à volta do conceito e são poucos os executivos que se atrevem a pronunciar contra ela. Esta posição polémica de Friedman, relembrada pela sua morte em 2006 reacendeu o debate em torno da questão. O VER lança o debate e convida à discussão no seu fórum : será que Friedman tinha razão?
(cuidado com tom do artigo!)
© www.friedmanfoundation.org
“... A doutrina da ‘responsabilidade social’ integra a aceitação da visão socialista que são os mecanismos políticos, não os mecanismos do mercado, a forma apropriada para determinar a alocação de recursos escassos para usos alternativos”
Para Friedman, os defensores das responsabilidade social nas empresas estão somente a colocar o socialismo num “embrulho empresarial” que deteriora uma sociedade livre. Ou seja, aqueles que advogam a prática da responsabilidade social brincam ao Robin dos Bosques com o dinheiro dos outros. As empresas deveriam maximizar os seus lucros e retorno para os accionistas para que depois os indivíduos pudessem fazer donativos (ou não) a alguma causa que desejassem.
“As empresas que fizerem algo que não seja maximizar o lucro estão a cometer, simplesmente, um acto imoral”.
Friedman argumenta que estas acções, na verdade, transformam os executivos em funcionários públicos(...) insistindo que numa sociedade democrática, o governo é o único veículo com legitimidade para actuar em prol das preocupações sociais. Num mundo globalizado, as empresas são livres para explorar ou poluir uma comunidade local e, de seguida, mudarem-se para outro sítio. Os mercados livres e os diferentes esquemas que permitem contornar o pagamento de impostos acabam por recompensar as empresas que agem no seu próprio interesse mas sob a bandeira do crescimento económico e da competitividade.
Em resumo, Friedman admite a filantropia individual dos accionistas, mas rejeita a intervenção social por parte das empresas. Este tipo de acções serviriam apenas para desvirtuar e prejudicar a sua identidade e, fundamentalmente, o seu core business. Poderiam ainda levar a perdas significativas de lucros, lesar trabalhadores e consumidores, perder na guerra da competitividade e, em última instância, levar ao afastamento dos accionistas e à consequente falência da empresa.
Esta posição do Prémio Nobel, naturalmente polémica como o autor, tem indiscutivelmente elementos verdadeiros, embora a sua crítica pareça hoje demasiado simplista. No entanto permanece um bom pretexto para reflexão. Está aberto o debate...
A proposta de propriedade social da Empresa e o conceito de responsabilidade social de Friedman
ECONOMIA - Responsabilidade social como vantagem competitiva e estratégica
O conceito de responsabilidade social da empresa oscila entre dois extremos, dos quais um deles reduz a responsabilidade da empresa à obtenção do lucro mais significativo possível, enquanto o outro alarga a responsabilidade a todos os actores com algum interesse na empresa. O debate diz respeito, portanto. à finalidade da empresa: será o seu papel apenas o de enriquecer os accionistas ou deverá ser mais amplo? De um ponto de vista ético, a segunda percepção é claramente a mais satisfatória. “Accionistas” são os proprietários duma empresa (S.A.), mais concretamente os proprietários propria-mente ditos e os investidores.
Economistas como Milton Friedman defendem uma ética minimalista. Por outras palavras, a responsabilidade social da empresa resume-se ao aumento dos seus lucros. Num texto que publicou no New York Times Magazine de 13/09/1970, Friedman afirmava que a única responsabilidade de uma empresa consistia em "utilizar os seus recursos e empenhar-se em actividades destinadas ao aumento dos seus lucros, desde que respeite as regras do jogo, isto é, as regras de uma concorrência aberta e livre, sem logro ou fraude.’’ Para Friedman, a responsabilidade social da empresa é uma doutrina fundamentalmente subversiva. Do ponto de vista estritamente económico, tem razão, a maximização da riqueza da empresa e dos seus proprietários vai conduzir ao bem-estar social geral. Friedman argumenta que a empresa tem como função a produção. Não pode ter responsabilidade, pois só as pessoas têm responsabilidade.
Os dirigentes das empresas não são senão os seus agentes.
Ao denunciar os perigos da responsabilidade social, Friedman alia-se a Theodore Lewitt, o qual, ao denunciar esses perigos, afirma: "Como numa boa guerra, o gestor deve lutar com coragem, bravura e, sobretudo, não moralmente.”
Por conseguinte, a empresa não terá neste caso qualquer dever em relação aos seus empregados, consumidores, fornecedores, aos subcontratados ou relativamente às colectividades públicas. O seu relacionamento com uns e outros estará subordinado ao exclusivo interesse do capital.
Pelo contrário, para os que defendem a teoria das partes interessadas, a empresa capitalista tem responsabilidades mais alargadas. Esta teoria apresenta uma visão sistémica das relações que a empresa mantém com o que a rodeia. Uma empresa que assume responsabilidades sociais reconhece, por um lado, as necessidades e prioridades dos intervenientes da sociedade; por outro, avalia as consequências das suas acções no plano social, com o objectivo de melhorar o bem-estar da população em geral, ao mesmo tempo que protege os interesses da sua organização e dos seus accionistas.
Recentemente (2002), Michael Porter e Mark Kramer defenderam o ponto de vista de que a competitividade e a orientação social das empresas não são incompatíveis. Tanto as partes interessadas como os proprietários devem ser alvo da gestão da empresa, incluindo a sociedade em termos gerais, obtendo a "vantagem competitiva da filantropia empresarial". Trata-se de uma alternativa ao fundamentalismo de Friedman.
A teoria das partes interessadas implica que a tarefa do gestor não se confine à satisfação da necessidade de maximização dos lucros dos accionistas, antes procure atingir um equilíbrio equitativo entre diferentes grupos de pessoas que fazem parte da empresa. A equidade está para além das disposições precisas previstas contratualmente, ou para além da aplicação das re-gras jurídicas existentes.
Neste sentido, os accionistas perdem a sua posição privilegiada, dado que os seus interesses, não sendo os únicos a serem considerados, passam a ser satisfeitos na proporção da sua importância face aos outros parceiros da empresa.
Esta teoria implica, pois, que a empresa possua responsabilidades para com cada um dos seus diferentes parceiros.
Convém referir que a teoria das partes interessadas pode ser analisada dum ponto de vista estratégico pelas empresas. Esta estratégia preconiza a consideração dos interessados (não proprietários das empresas) como meio de realizar os objectivos económicos empresariais. Na verdade, estas partes interessadas afectam ou podem afectar o desempenho actual ou futuro da empresa. Esta abordagem não pode, evidentemente, ser utilizada para servir de fundamento às responsabilidades das empresas (Goodpaster, 1991).
Segundo o economista sueco Jonas Ridderstrele, possuímos uma inegável responsabilidade relativamente às gerações futuras, na medida em que dispomos de um saber e de um poder que fazem com que o destino dessas gerações repouse nas nossas mãos. O progresso tecnológico transforma fundamentalmente a natureza das relações materiais e éticas do homem e da sociedade. Pela primeira vez na história da humanidade, as acções do homem aparecem como irreversíveis. O poder tecnológico transforma a natureza num objecto frágil e ameaçado, i.e. num objecto de responsabilidade humana.
Jonas reformula o imperativo categórico de Kant: "Age de maneira tal que os efeitos da tua acção sejam compatíveis com a permanência de uma vida autenticamente humana sobre a Terra e os efeitos da tua acção não destruam a possibilidade futura dessa vida."
Deste modo, Jonas procura uma abordagem que concilie os interesses dos accionistas com um sentimento de responsabilidade. Essa abordagem toma o rosto de “Fundos socialmente responsáveis”. Já não apenas como dever ético, mas como uma imposição das regras concorrenciais do mercado. Trata-se, de facto, da procura de organizações responsáveis e da oferta de serviços e actividades que respeitem o ambiente e a sociedade que as empresas pretendem servir.
Em todo o caso, sociedades democráticas liberais já se pautam por valores que extravasam o mero exercício da autodeterminação individual ou a aquisição e transferência de bens materiais. Assim se compreende -e se justifica -a preocupação social e ambiental de muitos investidores, já não exclusivamente interessados em maximizar os seus lucros, mas também em respeitar os valores e princípios fundamentais de uma economia cada vez mais global.
O sector empresarial, dado as suas características, acumula avultados recursos financeiros, económicos e tecnológicos exercendo grande influência política resultante do acesso natural, mas privilegiado, aos governantes. Desta força extraordinária resulta uma grande responsabilidade.
A grande preocupação com a posição e a responsabilidade das empresas face às questões éticas, sociais e ambientais está presente, praticamente, em todos os países do mundo, tendo no entanto presentemente expressão nos princípios da Global Compact da ONU o que lhe vai reforçar a sua dimensão.
O Global Compact sendo um programa da Organização das Nações Unidas procura mobilizar a comunidade empresarial para a promoção de valores fundamentais quer nas áreas dos direitos humanos, como nas relações do trabalho e do meio ambiente. Este programa, desenvolvido pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, aponta para que as empresas devam integrar a criação e desenvolvimento de uma estrutura sócio-ambiental consistente, em mercados livres e abertos permitindo que sejam todos a beneficiar dos efeitos positivos de uma nova economia global. A Responsabilidade Social das Empresas (RSE) define-se pela relação que se estabelece entre a empresa e todos os seus públicos (stakeholders) quer no curto quer no longo prazos, estando organizada nas seguintes sete abrangências:
1 Valores e Transparência
2 Público Interno
3 Meio Ambiente
4 Fornecedores
5 Comunidade
6 Consumidores/Clientes
7 Governo e Sociedade
Assim a RSE está além do que a empresa deve fazer por obrigação legal. A relação e os projectos com a comunidade ou as benfeitorias para o público interno são elementos fundamentais e estratégicos para a prática da RSE. Mas não é só. Incorporar critérios de responsabilidade social na gestão estratégica do negócio e traduzir as políticas de inclusão social e de promoção da qualidade ambiental, entre outras, com metas que possam ser mensuradas na sua avaliação de desempenho será o grande desafio dadas as dificuldades emergentes deste processo.
As práticas de Responsabilidade Social Empresarial tornam-se cada vez mais numerosas e abrangentes quer no cenário nacional, quer no internacional. O ganho quantitativo é acompanhado por um avanço qualitativo: as acções desenvolvidas pelas organizações deixam de ser voltadas exclusivamente para a comunidade e incluem práticas de interacção com os demais públicos envolventes das empresas, como colaboradores, consumidores e clientes, fornecedores, meio ambiente, governo e sociedade.
Uma inovação importante é a presença de um índice remissivo baseado nos princípios do Global Compact inspirado para fomentar a criação do aperfeiçoamento na RSE para cada estratégia de negócio.
Por ser referência importante para pesquisa da acção das empresas de acordo com as determinações da ONU contidas no Global Compact, enumeram-se seguidamente os seus nove princípios básicos inspirados em declarações e princípios internacionais.
Princípios do Global Compact:
1º. Princípio – As empresas devem apoiar e respeitar a protecção de direitos humanos reconhecidos internacionalmente.
2º. Princípio – As empresas devem garantir a não participação em violações desses direitos.
3º. Princípio – As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efectivo do direito à negociação colectiva.
4º. Princípio – As empresas devem apoiar a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório.
5º. Princípio – As empresas devem apoiar a erradicação efectiva do trabalho infantil.
6.º Princípio – As empresas devem apoiar a igualdade de remuneração e a eliminação da discriminação no emprego.
7.º Princípio – As empresas devem adoptar uma abordagem preventiva para os desafios ambientais.
8º. Princípio – As empresas devem desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental.
9.º Princípio – As empresas devem incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente sustentáveis.
(lido aqui)
O conceito de responsabilidade social da empresa oscila entre dois extremos, dos quais um deles reduz a responsabilidade da empresa à obtenção do lucro mais significativo possível, enquanto o outro alarga a responsabilidade a todos os actores com algum interesse na empresa. O debate diz respeito, portanto. à finalidade da empresa: será o seu papel apenas o de enriquecer os accionistas ou deverá ser mais amplo? De um ponto de vista ético, a segunda percepção é claramente a mais satisfatória. “Accionistas” são os proprietários duma empresa (S.A.), mais concretamente os proprietários propria-mente ditos e os investidores.
Economistas como Milton Friedman defendem uma ética minimalista. Por outras palavras, a responsabilidade social da empresa resume-se ao aumento dos seus lucros. Num texto que publicou no New York Times Magazine de 13/09/1970, Friedman afirmava que a única responsabilidade de uma empresa consistia em "utilizar os seus recursos e empenhar-se em actividades destinadas ao aumento dos seus lucros, desde que respeite as regras do jogo, isto é, as regras de uma concorrência aberta e livre, sem logro ou fraude.’’ Para Friedman, a responsabilidade social da empresa é uma doutrina fundamentalmente subversiva. Do ponto de vista estritamente económico, tem razão, a maximização da riqueza da empresa e dos seus proprietários vai conduzir ao bem-estar social geral. Friedman argumenta que a empresa tem como função a produção. Não pode ter responsabilidade, pois só as pessoas têm responsabilidade.
Os dirigentes das empresas não são senão os seus agentes.
Ao denunciar os perigos da responsabilidade social, Friedman alia-se a Theodore Lewitt, o qual, ao denunciar esses perigos, afirma: "Como numa boa guerra, o gestor deve lutar com coragem, bravura e, sobretudo, não moralmente.”
Por conseguinte, a empresa não terá neste caso qualquer dever em relação aos seus empregados, consumidores, fornecedores, aos subcontratados ou relativamente às colectividades públicas. O seu relacionamento com uns e outros estará subordinado ao exclusivo interesse do capital.
Pelo contrário, para os que defendem a teoria das partes interessadas, a empresa capitalista tem responsabilidades mais alargadas. Esta teoria apresenta uma visão sistémica das relações que a empresa mantém com o que a rodeia. Uma empresa que assume responsabilidades sociais reconhece, por um lado, as necessidades e prioridades dos intervenientes da sociedade; por outro, avalia as consequências das suas acções no plano social, com o objectivo de melhorar o bem-estar da população em geral, ao mesmo tempo que protege os interesses da sua organização e dos seus accionistas.
Recentemente (2002), Michael Porter e Mark Kramer defenderam o ponto de vista de que a competitividade e a orientação social das empresas não são incompatíveis. Tanto as partes interessadas como os proprietários devem ser alvo da gestão da empresa, incluindo a sociedade em termos gerais, obtendo a "vantagem competitiva da filantropia empresarial". Trata-se de uma alternativa ao fundamentalismo de Friedman.
A teoria das partes interessadas implica que a tarefa do gestor não se confine à satisfação da necessidade de maximização dos lucros dos accionistas, antes procure atingir um equilíbrio equitativo entre diferentes grupos de pessoas que fazem parte da empresa. A equidade está para além das disposições precisas previstas contratualmente, ou para além da aplicação das re-gras jurídicas existentes.
Neste sentido, os accionistas perdem a sua posição privilegiada, dado que os seus interesses, não sendo os únicos a serem considerados, passam a ser satisfeitos na proporção da sua importância face aos outros parceiros da empresa.
Esta teoria implica, pois, que a empresa possua responsabilidades para com cada um dos seus diferentes parceiros.
Convém referir que a teoria das partes interessadas pode ser analisada dum ponto de vista estratégico pelas empresas. Esta estratégia preconiza a consideração dos interessados (não proprietários das empresas) como meio de realizar os objectivos económicos empresariais. Na verdade, estas partes interessadas afectam ou podem afectar o desempenho actual ou futuro da empresa. Esta abordagem não pode, evidentemente, ser utilizada para servir de fundamento às responsabilidades das empresas (Goodpaster, 1991).
Segundo o economista sueco Jonas Ridderstrele, possuímos uma inegável responsabilidade relativamente às gerações futuras, na medida em que dispomos de um saber e de um poder que fazem com que o destino dessas gerações repouse nas nossas mãos. O progresso tecnológico transforma fundamentalmente a natureza das relações materiais e éticas do homem e da sociedade. Pela primeira vez na história da humanidade, as acções do homem aparecem como irreversíveis. O poder tecnológico transforma a natureza num objecto frágil e ameaçado, i.e. num objecto de responsabilidade humana.
Jonas reformula o imperativo categórico de Kant: "Age de maneira tal que os efeitos da tua acção sejam compatíveis com a permanência de uma vida autenticamente humana sobre a Terra e os efeitos da tua acção não destruam a possibilidade futura dessa vida."
Deste modo, Jonas procura uma abordagem que concilie os interesses dos accionistas com um sentimento de responsabilidade. Essa abordagem toma o rosto de “Fundos socialmente responsáveis”. Já não apenas como dever ético, mas como uma imposição das regras concorrenciais do mercado. Trata-se, de facto, da procura de organizações responsáveis e da oferta de serviços e actividades que respeitem o ambiente e a sociedade que as empresas pretendem servir.
Em todo o caso, sociedades democráticas liberais já se pautam por valores que extravasam o mero exercício da autodeterminação individual ou a aquisição e transferência de bens materiais. Assim se compreende -e se justifica -a preocupação social e ambiental de muitos investidores, já não exclusivamente interessados em maximizar os seus lucros, mas também em respeitar os valores e princípios fundamentais de uma economia cada vez mais global.
O sector empresarial, dado as suas características, acumula avultados recursos financeiros, económicos e tecnológicos exercendo grande influência política resultante do acesso natural, mas privilegiado, aos governantes. Desta força extraordinária resulta uma grande responsabilidade.
A grande preocupação com a posição e a responsabilidade das empresas face às questões éticas, sociais e ambientais está presente, praticamente, em todos os países do mundo, tendo no entanto presentemente expressão nos princípios da Global Compact da ONU o que lhe vai reforçar a sua dimensão.
O Global Compact sendo um programa da Organização das Nações Unidas procura mobilizar a comunidade empresarial para a promoção de valores fundamentais quer nas áreas dos direitos humanos, como nas relações do trabalho e do meio ambiente. Este programa, desenvolvido pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, aponta para que as empresas devam integrar a criação e desenvolvimento de uma estrutura sócio-ambiental consistente, em mercados livres e abertos permitindo que sejam todos a beneficiar dos efeitos positivos de uma nova economia global. A Responsabilidade Social das Empresas (RSE) define-se pela relação que se estabelece entre a empresa e todos os seus públicos (stakeholders) quer no curto quer no longo prazos, estando organizada nas seguintes sete abrangências:
1 Valores e Transparência
2 Público Interno
3 Meio Ambiente
4 Fornecedores
5 Comunidade
6 Consumidores/Clientes
7 Governo e Sociedade
Assim a RSE está além do que a empresa deve fazer por obrigação legal. A relação e os projectos com a comunidade ou as benfeitorias para o público interno são elementos fundamentais e estratégicos para a prática da RSE. Mas não é só. Incorporar critérios de responsabilidade social na gestão estratégica do negócio e traduzir as políticas de inclusão social e de promoção da qualidade ambiental, entre outras, com metas que possam ser mensuradas na sua avaliação de desempenho será o grande desafio dadas as dificuldades emergentes deste processo.
As práticas de Responsabilidade Social Empresarial tornam-se cada vez mais numerosas e abrangentes quer no cenário nacional, quer no internacional. O ganho quantitativo é acompanhado por um avanço qualitativo: as acções desenvolvidas pelas organizações deixam de ser voltadas exclusivamente para a comunidade e incluem práticas de interacção com os demais públicos envolventes das empresas, como colaboradores, consumidores e clientes, fornecedores, meio ambiente, governo e sociedade.
Uma inovação importante é a presença de um índice remissivo baseado nos princípios do Global Compact inspirado para fomentar a criação do aperfeiçoamento na RSE para cada estratégia de negócio.
Por ser referência importante para pesquisa da acção das empresas de acordo com as determinações da ONU contidas no Global Compact, enumeram-se seguidamente os seus nove princípios básicos inspirados em declarações e princípios internacionais.
Princípios do Global Compact:
1º. Princípio – As empresas devem apoiar e respeitar a protecção de direitos humanos reconhecidos internacionalmente.
2º. Princípio – As empresas devem garantir a não participação em violações desses direitos.
3º. Princípio – As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efectivo do direito à negociação colectiva.
4º. Princípio – As empresas devem apoiar a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório.
5º. Princípio – As empresas devem apoiar a erradicação efectiva do trabalho infantil.
6.º Princípio – As empresas devem apoiar a igualdade de remuneração e a eliminação da discriminação no emprego.
7.º Princípio – As empresas devem adoptar uma abordagem preventiva para os desafios ambientais.
8º. Princípio – As empresas devem desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental.
9.º Princípio – As empresas devem incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente sustentáveis.
(lido aqui)
Um golpe premeditado contra o Estado Social, hoje, contra a Liberdade, amanhã: o papel dos poderes ocultos
Um dia, mais tarde ou mais cedo, vai saber-se que a crise actual foi decidida num dos muitos centros de poder oculto espalhados pelo mundo.
(veja o que aqui foi escrito)
Um dia, alguém tem acesso a documentos de uma reunião de um clube privado tipo Bilderberg, a uma inconfidência por parte de uma fonte género Trilateral, a uma acta redigida e assinada por mãos invisíveis, e lá virá a lume a criação e implantação de uma estratégia da crise para acabar de vez com os direitos conquistados pelos assalariados desde a revolução industrial, para exterminar os direitos humanos de cariz social.
Porque quanto a esta crise as informações mais recentes revelam que a par da extinção de milhões de empregos e postos de trabalho, do aumento brutal do desemprego e da precariedade, do congelamento ou mesmo da redução de salários e pensões, do extermínio de subsídios sociais, do empobrecimento geral das classes média e média baixa, a par de toda esta desolação que se abateu sobre o mundo, "o que os mercados e a economia destruíram em 2008 foi reconstruído em 2009". E assim, nos termos do relatório mundial de riqueza, elaborado pelo Merrill Lynch e pela Capgemini, não só passou a haver mais ricos no mundo, como as fortunas dos mais ricos dispararam em plena crise. E desse modo, o número de particulares com grandes fortunas aumentou 17,1%, para dez milhões de pessoas, em 2009 face ao ano anterior. E a riqueza das dez milhões de pessoas com mais de um milhão de dólares para investir subiu 18,9% para os 39 biliões de dólares em 2009.
Um dia, mais cedo ou mais tarde, alguém vai desvendar o mistério. Resta saber se a descoberta ainda virá a tempo da época da liberdade de expressão e de imprensa, ou se esse tipo de direitos também já terá sido arrastado na enxurrada da "mudança dos tempos".
(veja o que aqui foi escrito)
Um dia, alguém tem acesso a documentos de uma reunião de um clube privado tipo Bilderberg, a uma inconfidência por parte de uma fonte género Trilateral, a uma acta redigida e assinada por mãos invisíveis, e lá virá a lume a criação e implantação de uma estratégia da crise para acabar de vez com os direitos conquistados pelos assalariados desde a revolução industrial, para exterminar os direitos humanos de cariz social.
Porque quanto a esta crise as informações mais recentes revelam que a par da extinção de milhões de empregos e postos de trabalho, do aumento brutal do desemprego e da precariedade, do congelamento ou mesmo da redução de salários e pensões, do extermínio de subsídios sociais, do empobrecimento geral das classes média e média baixa, a par de toda esta desolação que se abateu sobre o mundo, "o que os mercados e a economia destruíram em 2008 foi reconstruído em 2009". E assim, nos termos do relatório mundial de riqueza, elaborado pelo Merrill Lynch e pela Capgemini, não só passou a haver mais ricos no mundo, como as fortunas dos mais ricos dispararam em plena crise. E desse modo, o número de particulares com grandes fortunas aumentou 17,1%, para dez milhões de pessoas, em 2009 face ao ano anterior. E a riqueza das dez milhões de pessoas com mais de um milhão de dólares para investir subiu 18,9% para os 39 biliões de dólares em 2009.
Um dia, mais cedo ou mais tarde, alguém vai desvendar o mistério. Resta saber se a descoberta ainda virá a tempo da época da liberdade de expressão e de imprensa, ou se esse tipo de direitos também já terá sido arrastado na enxurrada da "mudança dos tempos".
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O destamantelamento programado do Estado Social
quinta-feira, 24 de junho de 2010
A notícia que não dá: Fernando Gomes quer penhorar bens à TVI, a Eduardo Moniz e a Moura Guedes
(há pessoas que nos fazem perder os complexos de ser feitos, ahahah)
O antigo presidente da Câmara do Porto Fernando Gomes anunciou hoje ter avançado para a penhora de bens da TVI e dos ex-responsáveis da estação Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes, como forma de receber uma indemnização fixada judicialmente.
Em causa está uma indemnização de 40 mil euros decidida pelo Tribunal Cível de Oeiras e confirmada em maio passado pela última instância de recurso, o Supremo Tribunal de Justiça, na sequência de notícias sobre alegadas buscas policiais em casa de Fernando Gomes.
“Esperámos 30 dias após o acórdão do Supremo e, como ainda não pagaram, ontem mesmo [terça feira], o meu advogado notificou o da TVI de que avançará para a penhora de bens”, disse o antigo autarca do Porto e atual administrador da Galp.
Notícias veiculadas pela TVI em 30 de abril de 2004 indicavam que a Polícia Judiciária teria feito buscas à residência de Fernando Gomes com o alegado objetivo de recolher material probatório no âmbito do processo Apito Dourado, sobre corrupção no futebol.
Em concreto, estaria em causa um suposto negócio de favorecimento do Futebol Clube do Porto.
As informações acabaram por ser alvo, segundo Fernando Gomes, de "tardia retificação" ou "serôdio desmentido", mas não deixaram de lhe provocar "graves perturbações ou traumas".
O antigo presidente da Câmara do Porto Fernando Gomes anunciou hoje ter avançado para a penhora de bens da TVI e dos ex-responsáveis da estação Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes, como forma de receber uma indemnização fixada judicialmente.
Em causa está uma indemnização de 40 mil euros decidida pelo Tribunal Cível de Oeiras e confirmada em maio passado pela última instância de recurso, o Supremo Tribunal de Justiça, na sequência de notícias sobre alegadas buscas policiais em casa de Fernando Gomes.
“Esperámos 30 dias após o acórdão do Supremo e, como ainda não pagaram, ontem mesmo [terça feira], o meu advogado notificou o da TVI de que avançará para a penhora de bens”, disse o antigo autarca do Porto e atual administrador da Galp.
Notícias veiculadas pela TVI em 30 de abril de 2004 indicavam que a Polícia Judiciária teria feito buscas à residência de Fernando Gomes com o alegado objetivo de recolher material probatório no âmbito do processo Apito Dourado, sobre corrupção no futebol.
Em concreto, estaria em causa um suposto negócio de favorecimento do Futebol Clube do Porto.
As informações acabaram por ser alvo, segundo Fernando Gomes, de "tardia retificação" ou "serôdio desmentido", mas não deixaram de lhe provocar "graves perturbações ou traumas".
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abuso de imprensa
As distracções ou imprecisões do Apontamentos Sem Nome
Acabei de corrigir exames, boa vida a dos professores!
Falei de empresas municipais, não de Sociedades de Desenvolvimento.
E falei como bloguista e respondo a um bloguista. Enquanto tal, nenhuma das posições, a minha e a dele, faz vencimento.
Como dirigente do PS, isto é membro da Comissão Política, órgão onde se definem as posições políticas do Partido Socialista, direi o que penso ali quanto à posição a tomar.
As Sociedades de Desenvolvimento têm, na sua génese, um problema de base democrática. Daí deriva o problema económico-financeiro. Esta não é apenas uma questão tecnocrática.
Falei de empresas municipais, não de Sociedades de Desenvolvimento.
E falei como bloguista e respondo a um bloguista. Enquanto tal, nenhuma das posições, a minha e a dele, faz vencimento.
Como dirigente do PS, isto é membro da Comissão Política, órgão onde se definem as posições políticas do Partido Socialista, direi o que penso ali quanto à posição a tomar.
As Sociedades de Desenvolvimento têm, na sua génese, um problema de base democrática. Daí deriva o problema económico-financeiro. Esta não é apenas uma questão tecnocrática.
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Sociedades de Desenvolvimento
É metê-los na ordem: Obama põe em sentido os militare e há-de submeter os gestores burocratas da economia
Demitido por criticar administração de Obama. General Stanley McChrystal abandona liderança das tropas norte-americanas no Afeganistão na sequência de declarações polémicas sobre alguns homens fortes do Presidente dos EUA. David Petraeus é o general que se segue. © Lusa Clique na imagem para ler a notícia
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Submissão ao poder político
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Crime contra a humanidade?, por José Saramago
José Saramago escreveu no dia 18 de Outubro de 2008 um artigo de opinião sobre a crise financeira.
A história é conhecida e, nos antigos tempos de uma escola que a si mesma se proclamava como perfeita educadora, era ensinada aos meninos como exemplo da modéstia e da discrição que sempre deverão acompanhar-nos quando nos sintamos tentados pelo demónio a ter opinião sobre aquilo que não conhecemos ou conhecemos pouco e mal. Apeles podia consentir que o sapateiro lhe apontasse um erro no calçado da figura que havia pintado, porquanto os sapatos eram o ofício dele, mas nunca que se atrevesse a dar parecer sobre, por exemplo, a anatomia do joelho. Em suma, um lugar para cada coisa e cada coisa no seu lugar. À primeira vista, Apeles tinha razão, o mestre era ele, o pintor era ele, a autoridade era ele; quanto ao sapateiro, seria chamado na altura própria, quando se tratasse de deitar meias-solas num par de botas. Realmente, aonde iríamos nós parar se qualquer pessoa, até mesmo a mais ignorante de tudo, se permitisse opinar sobre aquilo que não sabe? Se não fez os estudos necessários, é preferível que se cale e deixe aos sabedores a responsabilidade de tomar as decisões mais convenientes (para quem?).
Sim, à primeira vista, Apeles tinha razão, mas só à primeira vista. O pintor de Filipe e de Alexandre da Macedónia, considerado um génio na sua época, esqueceu-se de um aspecto importante da questão: o sapateiro tem joelhos, portanto, por definição, é competente nestas articulações, ainda que seja unicamente para se queixar, sendo esse o caso, das dores que nelas sente. A estas alturas, o leitor atento já terá percebido que não é propriamente de Apeles nem de sapateiro que se trata nestas linhas. Trata-se, isso sim, da gravíssima crise económica e financeira que está a convulsionar o mundo, a ponto de não escaparmos à angustiosa sensação de que chegámos ao fim de uma época sem que se consiga vislumbrar qual e como seja o que virá a seguir, após um tempo intermédio, impossível de prever, para levantar as ruínas e abrir novos caminhos. Como assim? Uma lenda antiga para explicar os desastres de hoje? Porque não? O sapateiro somos nós, nós todos que assistimos, impotentes, ao avanço esmagador dos grandes potentados económicos e financeiros, loucos por conquistarem mais e mais dinheiro, mais e mais poder, por todos os meios legais ou ilegais ao seu alcance, limpos ou sujos, correntes ou criminosos. E Apeles? Apeles são esses precisamente, os banqueiros, os políticos, os seguradores, os grandes especuladores, que, com a cumplicidade dos meios de comunicação social, responderam nos últimos 30 anos aos nossos tímidos protestos com a soberba de quem se considerava detentor da última sabedoria, isto é, que ainda que o joelho nos doesse não nos seria permitido falar dele, denunciá-lo, apontá-lo à condenação pública. Foi o tempo do império absoluto do Mercado, essa entidade presuntivamente auto-reformável e autocorrectora, encarregada pelo imutável destino de preparar e defender para todo o sempre a nossa felicidade pessoal e colectiva, ainda que a realidade se encarregasse de o desmentir a cada hora.
E agora? Irão finalmente acabar os paraísos fiscais e as contas numeradas? Irá ser implacavelmente investigada a origem de gigantescos depósitos bancários, de engenharias financeiras claramente delituosas, de investimentos opacos que, em muitíssimos casos, não são mais que maciças lavagens de dinheiro negro, de dinheiro do narcotráfico? E já que falamos de delitos... Terão os cidadãos comuns a satisfação de ver julgar e condenar os responsáveis directos do terramoto que está sacudindo as nossas casas, a vida das nossas famílias, o nosso trabalho? Quem resolve o problema dos desempregados (não os contei, mas não duvido de que já sejam milhões) vítimas do "crash" e que desempregados irão continuar a ser durante meses ou anos, malvivendo de míseros subsídios do Estado, enquanto os grandes executivos e administradores de empresas deliberadamente levadas à falência gozam de milhões e milhões de dólares a coberto de contratos blindados que as autoridades fiscais, pagas com o dinheiro dos contribuintes, fingiram ignorar? E a cumplicidade activa dos governos, quem a apura? Bush, esse produto maligno da natureza numa das suas piores horas, dirá que o seu plano salvou (salvará?) a economia norte-americana, mas as perguntas a que terá de responder são estas: não sabia o que se passava nas luxuosas salas de reunião em que até o cinema já nos fez entrar, e não só entrar como assistir à tomada de decisões criminosas sancionadas por todos os códigos penais do mundo? Para que lhe serviram a CIA e o FBI, mais as dezenas de outros organismos de segurança nacional que proliferam na mal chamada democracia norte-americana, essa onde um viajante, à entrada do país, terá de entregar ao polícia de turno o seu computador para que ele faça copiar o respectivo disco duro? Não percebeu o senhor Bush que tinha o inimigo em casa, ou, pelo contrário, sabia e não lhe importou?
O que está a passar-se é, em todos os aspectos, um crime contra a humanidade, e é desta perspectiva que deveria ser objecto de análise em todos os foros públicos e em todas as consciências. Não estou a exagerar. Crimes contra a humanidade não são somente os genocídios, os etnocídios, os campos de morte, as torturas, os assassínios selectivos, as fomes deliberadamente provocadas, as poluições maciças, as humilhações como método repressivo da identidade das vítimas. Crime contra a humanidade é o que os poderes financeiros e económicos dos Estados Unidos, com a cumplicidade efectiva ou tácita do seu governo, friamente perpetraram contra milhões de pessoas em todo o mundo, ameaçadas de perder o dinheiro que ainda lhes resta, depois de, em muitíssimos casos (não duvido de que sejam milhões), haverem perdido a sua única e quantas vezes escassa fonte de rendimento, o trabalho.
Os criminosos são conhecidos, têm nomes e apelidos, deslocam-se em limusinas quando vão jogar golfe, e tão seguros de si mesmos que nem sequer pensaram em esconder-se. São fáceis de apanhar. Quem se atreve a levar este "gang" aos tribunais? Ainda que não o consiga, todos lhe ficaremos agradecidos. Será sinal de que nem tudo está perdido para as pessoas honestas.
Artigo publicado no caderno de Economia do Expresso no dia 18 de Outubro de 2008
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crise financeira
CDS propõe, e muito bem a extinção da Gebalis, empresa municipal de Lisboa com milhões de prejuízo. E na Madeira, há Oposição?
Gebalis encontra-se em situação de falência técnica e quase metade dos inquilinos das casas camarárias têm rendas em atraso.
O vereador do CDS-PP António Carlos Monteiro vai propôr à Câmara de Lisboa que extinga a Gebalis, transferindo as suas competências e também os seus trabalhadores para a autarquia. Cada um dos 239 funcionários da Gebalis custa por ano 20.900 euros e desempenha funções que, "em muitos casos, são igualmente desempenhadas pelos funcionários da câmara, existindo, assim, uma duplicação de funções", refere a proposta do vereador. O facto de a empresa estar tecnicamente falida e revelar "uma completa ineficácia na gestão dos 23 mil fogos municipais" sob a sua alçada é outro argumento de António Carlos Monteiro para a extinção - que, aliás, já havia sido defendida pelo seu parceiro de coligação, Santana Lopes, na campanha eleitoral.
O vereador do CDS-PP António Carlos Monteiro vai propôr à Câmara de Lisboa que extinga a Gebalis, transferindo as suas competências e também os seus trabalhadores para a autarquia. Cada um dos 239 funcionários da Gebalis custa por ano 20.900 euros e desempenha funções que, "em muitos casos, são igualmente desempenhadas pelos funcionários da câmara, existindo, assim, uma duplicação de funções", refere a proposta do vereador. O facto de a empresa estar tecnicamente falida e revelar "uma completa ineficácia na gestão dos 23 mil fogos municipais" sob a sua alçada é outro argumento de António Carlos Monteiro para a extinção - que, aliás, já havia sido defendida pelo seu parceiro de coligação, Santana Lopes, na campanha eleitoral.
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extinção de empresas municipais
A Literatura Segundo Saramago
Terra do Pecado, 1947
Romance inédito até há pouco tempo, a intriga tem um espaço, uma aldeia alentejana, protagonista uma viúva;
Os poemas Possíveis, 1966,
Provavelmente Alegria, 1970, poesia
Deste mundo e do Outro, 1971, crónicas do jornal A Capital
A Bagagem do Viajante, 1973,
Crónicas de temática diversa
As Opiniões que o DL teve, 1974, crónicas
O Ano de 1993, 1975, poesia, prosódica com características de ficção.
Os Apontamentos, 1976, Crónicas do Diário de Notícias,
Manual de Pintura e Caligrafia, 1977
Protagonista, um pintor à procura da inspiração perdida
Objecto Quase, 1978, seis contos
Um dos contos tem como protagonista a cadeira que derrubou Salazar
Poética dos Cinco Sentidos, 1979,
Com textos de Maria Velho da Costa, Augusto Abelaira, Nuno Bragança, Ana Hatherly e Isabel Nóbrega e Saramago (acerca do ouvido)
A Noite, 1979, teatro, a acção decorre na redacção de um jornal na noite de 24 para 25 de Abril de 1974
Que Farei com Este Livro, 1980, teatro, protagonista Camões, acção entre Almeirim e Lisboa, 1570.
Levantado do Chão, 1980
Sobre os ideais políticos, confronto a vida de latifundiários e dos seus trabalhadores braçais.
Viagens a Portugal, 1981, anotações históricas e culturais do autor em viagens na sua terra e no seu País
Memorial do Convento, 1982, os amores de Blumunda Sete-Luas e Baltazar Sete-Sóis, fundo histórico a construção do Convento de Mafra no tempo de D. João V.
O Ano da Morte de Ricardo Reis, 1984, fusão da personagem ficcional de Ricardo Reis, o outro de Pessoa e a realidade.
A Jangada de Pedra, 1986
A Ibéria separa-se da Europa e anda à deriva pelos mares, metáfora muito actual
História do Cerco de Lisboa, 1989
Não conta o Cerco de Lisboa de 1147, mas a história de um revisor de provas de um livro chamado exactamente “História do Cerco de Lisboa”.
O Evangelho de Jesus Cristo, 1991
Um Deus tenebroso como argumento da narrativa: «Homens, perdoai-lhe porque ele não sabe o que fez” ou o que faz…
Cadernos de Lanzarote (I-V), 1994, o dia-a-dia do Escritor enquanto cidadão.
Ensaio sobre a Cegueira, 1995
A cegueira ataca a população, fechados em sanatórios, soltam os instintos animalescos. Metáfora a uma sociedade de ricos e pobres, cegos por ambição.
Todos os Nomes, 1997
Protagonista, um funcionário do registo civil que arquiva dados biográficos dos outros e que vai à procura da vida de uma mulher cujo nome não chega a descobrir.
O Conto da Ilha Desconhecida, 1997
Dedicado ao público juvenil, é a história que vai bater à porta do rei e lhe pede um barco. A casa do rei tinha muitas portas, mas o rei passava a vida dos Obséquios, e ignorava deliberadamente o que se passava na porta dos pedidos.
O Discurso de Estocolmo, 1998
Intervenção no recebimento do prémio Nobel.
Folhas Políticas (1976-1998), 1999
Textos políticos de Saramago.
A Caverna, 2000
A história de um centro comercial em que as pessoas viviam para consumir, A Caverna parte do enorme buraco feito para a sua construção, metáfora do consumismo.
A Maior Flor do Mundo, 2001
Dedicado ao mundo juvenil, parte da ideia de que as histórias infantis deviam ser obrigatórias para os adultos
O Homem Duplicado, 2002
A questão da identidade perante o outro, a busca da diferença e a recusa dos que sendo iguais ou idênticos se apropriam de nós e do nosso espaço. A ideia de que a inimizade é uma consequência da proximidade.
Ensaio sobre a Lucidez, 2004
A defesa do voto em branco contra o apodrecimento do sistema partidário.
Don Giovanni ou o Dissoluto Absolvido, 2005
Um novo olhar sobre a fabulosa figura de D. Juan
As intermitências da Morte, 2005
Um país (d)onde a morte decide se ausentar. Quais as consequências disso?
As Pequenas Memórias, 2006
Ou as memórias enquanto pequeno, desde o nascimento do autor em Azinhaga do Ribatejo até aos vinte anos, a importância dos avós na sua vida, os estudos.
A Viagem do Elefante, 2008
A viagem de Portugal à Áustria de um elefante de nome Salomão oferecido por D. João III em 1551 a um arquiduque austríaco. Escrito esteve doente, é uma homenagem à Língua Portuguesa, segundo o escritor.
Caim, 2009
A personagem bíblica de Caim e as interrogações que ela levanta, ou o abandono do ser humano por Deus, parece ser a angústia do narrador. “A Bíblia é um manual de maus costumes”, Saramago em entrevista ao Jornal de Letras, numa incursão sobretudo pelo Antigo Testamento.
Romance inédito e póstumo - romance que o autor anunciou para ser publicado depois da sua morte, ainda de título desconhecido, pelo menos por mim.
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obra de Saramago
terça-feira, 22 de junho de 2010
5-3 foi a conta que Deus fez
No final da liga dos campões em 1962, o Benfica ganhou por 5-3 ao Real Madrid na final da taça dos campeões europeus, tinha seis anos, e não me lembra (não pela idade, mas, porque,na altura, não havia telefonia nem Emissora Nacional na Madeira. Dizem que foi por isto que se criou a cantiga "cinco três foi a conta que Deus fez", não sei se é mito.
O mais famoso cinco três, lembrado aqui por Agostinho Soares, foi o jogo Coreia do Norte-Portugal, em 1966. Vinha eu, ia fazer 10 anos daí a dias, do Gorgulho, num táxi, e ao voltar da Rua do Gorgulho para a Estrada Monumental, lado do Funchal, golo da Coreia, o terceiro. Claro que eu sentia mais do que percebia, e lembrou-me do relato das meia finais Portugal-Inglaterra, por Artur Agostinho. Ficamos em terceiro, foi o melhor resultado até hoje!
O mais famoso cinco três, lembrado aqui por Agostinho Soares, foi o jogo Coreia do Norte-Portugal, em 1966. Vinha eu, ia fazer 10 anos daí a dias, do Gorgulho, num táxi, e ao voltar da Rua do Gorgulho para a Estrada Monumental, lado do Funchal, golo da Coreia, o terceiro. Claro que eu sentia mais do que percebia, e lembrou-me do relato das meia finais Portugal-Inglaterra, por Artur Agostinho. Ficamos em terceiro, foi o melhor resultado até hoje!
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1966 Campeonato do Mundo
António Guterres, candidato em 2016, começa já a conquistar votos na área do PSD
António Guterres introduziu as autoestradas sem portagens (SCUTS) em 1997. O PSD foi contra. António Guterres iniciou o 2º. mandato na ONU (acnur)e termina em 2015, prontinho para ser candidato a PR em 2016. Pois já começa a ganhar votos na área do PSD. Exemplo, olha, este guterrista retardatário - ou será futuro? - apoia a ideia de António Guterres.
SCUTS: a insustentável, histórica e oportunista esquizofrenia do PSD
O PSD foi, desde o início, contras as ditas estradas sem custos para o utilizador em 1997. Marcelo Rebelo de Sousa lembrou recentemente.
Nas medidas de austeridade, o PSD argumentou que mais cortes nas despesas evitariam aumentos de impostos e cortes nos salários.
Pois bem, agora que o Governo se prepara para instalar portagens em algumas ditas SCUTS, o PSD já se preparava para inviabilizar, em aliança negativa com toda a oposição, a instalação das portagens.
Isto é novo no PSD? Não, é a sua atitude histórica de estar dos dois lados da barricada, procurando ter sol na eira e chuva no nabal. No Governo do Bloco Central, 1983/1985, o PSD estava no Governo mas era hábito reunir os seus órgãos para protestar contra a política governativa. Era o que o PS chamava "um pé dentro e um pé fora do Governo".
Mas este, que nasceu ontem, olha, não sabe.
Nas medidas de austeridade, o PSD argumentou que mais cortes nas despesas evitariam aumentos de impostos e cortes nos salários.
Pois bem, agora que o Governo se prepara para instalar portagens em algumas ditas SCUTS, o PSD já se preparava para inviabilizar, em aliança negativa com toda a oposição, a instalação das portagens.
Isto é novo no PSD? Não, é a sua atitude histórica de estar dos dois lados da barricada, procurando ter sol na eira e chuva no nabal. No Governo do Bloco Central, 1983/1985, o PSD estava no Governo mas era hábito reunir os seus órgãos para protestar contra a política governativa. Era o que o PS chamava "um pé dentro e um pé fora do Governo".
Mas este, que nasceu ontem, olha, não sabe.
SCUTS: As origens
1. As Scuts foram criadas por António Guterres em 1997. A ideia tinha como objectivo fomentar a modernização da economia. As Scuts representam um terço das concessões rodoviárias nacionais com cerca de 900 quilómetros de extensão. A maioria delas situam-se no Litoral e incluem as zonas do Interior Norte, o Norte Litoral, a Costa da Prata, o Grande Porto, Beiras Litoral e Alta, Beira Interior e o Algarve.
Uma Scut é uma auto-estrada em regime de portagens virtuais, cujos custos são suportados pelo Estado Português. Este conceito de Scut, foi introduzido em Portugal ... pela mão do Ministro do Equipamento Social, Eng.º João Cravinho.
2. Marcelo Rebelo de Sousa lembra: "A minha posição sobre isso é velha, é de 1997. Eu era líder do PSD e fui contra as Scut. Era a moda do senhor Blair, aqui era a moda de Guterres e de Cravinho".
3. A criação das scuts está associada às restrições orçamentais que o governo tinha de cumprir para aderir à zona euro em 1997.
Uma Scut é uma auto-estrada em regime de portagens virtuais, cujos custos são suportados pelo Estado Português. Este conceito de Scut, foi introduzido em Portugal ... pela mão do Ministro do Equipamento Social, Eng.º João Cravinho.
2. Marcelo Rebelo de Sousa lembra: "A minha posição sobre isso é velha, é de 1997. Eu era líder do PSD e fui contra as Scut. Era a moda do senhor Blair, aqui era a moda de Guterres e de Cravinho".
3. A criação das scuts está associada às restrições orçamentais que o governo tinha de cumprir para aderir à zona euro em 1997.
SCUT: Rui Rio confia no chumbo dos chips no Parlamento
Para Rui Rio, presidente da Câmara do Porto, o sistema dos chips que permite circular nas SCUT está feito "de qualquer maneira" e "não faz sentido nenhum".
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, manifestou-se hoje confiante na reprovação pela Assembleia da República do diploma que institui o sistema eletrónico de pagamento de portagens nas até agora autoestradas sem custos para o utilizador (SCUT).
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, manifestou-se hoje confiante na reprovação pela Assembleia da República do diploma que institui o sistema eletrónico de pagamento de portagens nas até agora autoestradas sem custos para o utilizador (SCUT).
Dependência opressiva de Passos da protecção asfixiante do Ângelo, como acabar com ela? Simples!
Bastava que Passos fizesse uma safadeza em silêncio ao Ângelo que levasse este a reagir publicamente e, assim, ninguém desconfiaria que Ângelo é o seu guru. Pergunta-se: por que motivo não faz Passos isso? Porque tem escrúpulo.
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ética estética
segunda-feira, 21 de junho de 2010
SEU ÍDOLO É JOSÉ SÓCRATES! NÃO O NEGUE!
Quem é o grande exemplo da tua vida? (vais gostar de certeza)
São só 2 ou 3 continhas e será revelada uma grande surpresa, algo que ainda não tinhas consciencializado!
Mas não faz mal... Mais vale tarde do que nunca...
1) Escolhe o teu algarismo preferido de 1 a 9
2) Multiplica por 3,
3) Soma 3 ao resultado
4) Multiplica o resultado por 3
5) Soma os dígitos do resultado
Anda para baixo...
Vê o número que corresponde ao teu exemplo de vida :
1. Albert Einstein
2. Nelson Mandela
3. Ayrton Senna
4. Helen Keller
5. Bill Gates
6. Gandhi
7. George Clooney
8. Thomas Edison
9 . José Sócrates
10. Abraham Lincoln
P.S.: Pára de escolher outros números, este é o teu ídolo, ADMITE-O!!!!!!!!!
Dizes mal do homem, mas depois descobre-se que é o teu modelo de vida...
(recebido por email)
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José Sócrates
ESCANDALOSO!!! RTP - EMPRESA PÚBLICA PAGA SALÁRIOS OFENSIVOS
(recebido por email, incluindo o título)
AJUDEM A DIVULGAR
SALÁRIOS COMO ESTES É QUE O GOVERNO DEVE CORTAR TANTO NO SUBSÍDIO DE FÉRIAS E DE NATAL, COMO BAIXÁ-LOS EM 50% E NÃO APENAS EM 5% !!! RAPIDAMENTE O PAÍS SAIRIA DA RECESSÃO E AÍ SIM, SERIA O "CAMPEÃO DO CRESCIMENTO" COMO AFIRMOU SÓCRATES HÁ UNS TEMPOS ATRAS NUM JORNAL DIÁRIO.
E ainda se pensa que os Professores e os F.Públicos é que ganham bem...
Tratando-se a RTP de uma empresa pública, sustentada pelos nossos impostos, interessante era comparar tais salários com os praticados na SIC e TVI, empresas privadas.
Judite de Sousa (14.720 euros),
José Alberto de Carvalho (15.999euros) e
José Rodrigues dos Santos (14.644 euros), o dobro do que recebe o primeiro-ministro José Sócrates e muito mais que o Presidenteda República.
José Alberto Carvalho tem como vencimento ilíquido e sem contar com as ajudas de custos a quantia de 15.999 euros por mês, como director de informação.
A directora-adjunta. Judite de Sousa, 14.720 euros.
José Rodrigues dos Santos recebe como pivôt 14.644 euros por mês.
O director-adjunto do Porto, Carlos Daniel aufere 10.188 euros brutos, remunerações estas que não contemplam ajudas de custos, viaturas Audi de serviço e mais o cartão de combustíveis Frota Galp.
De salientar que o Presidente da República recebe mensalmente o salário ilíquido de 10.381 euros
e o primeiro-ministro José Sócrates recebe 7.786 euros
Outros escândalos:-
Director de Programas, José Fragoso: 12.836 euros-
Directora de Produção, Maria José Nunes: 10.594-
Pivôt João Adelino Faria: 9.736-
Director Financeiro, Teixeira de Bastos: 8.500-
Director de Compras, Pedro Reis: 5.200-
Director do Gabinete Institucional (?), Afonso Rato: 4.000-
Paulo Dentinho, jornalista: 5.330-
Rosa Veloso, jornalista: 3.984-
Ana Gaivotas, relações públicas: 3.984-
Rui Lagartinho, repórter: 2.530-
Rui Lopes da Silva, jornalista: 1900-
Isabel Damásio, jornalista: 2.450-
Patrícia Galo, jornalista: 2.846-
Maria João Gama, RTP Memória: 2.350-
Ana Fischer, ex-directora do pessoal: 5.800-
Margarida Neves de Sousa, jornalista: 2.393-
Helder Conduto, jornalista: 4.000-
Ana Ribeiro, jornalista: 2.950-
Marisa Garrido, directora de pessoal: 7.300-
Jacinto Godinho, jornalista: 4.100-
Patrícia Lucas, jornalista: 2.100-
Anabela Saint-Maurice: 2.800-
Jaime Fernandes, assessor da direcção: 6.162-
João Tomé de Carvalho, pivôt: 3.550-
António Simas, director de meios: 6.200-
Alexandre Simas, jornalista nos Açores: 4.800-
António Esteves Martins, jornalista em Bruxelas: 2.986 (sem ajudas)-
Margarida Metelo, jornalista: 3.200
ISTO É UM ESCÂNDALO!!!
Vencimentos justos: Directores: 5.000 euros sem ajudas de custos
Pivôt: 3.500 sem ajudas de custos
Jornalistas:Três escalões -
Escalão A: 3.000
Escalão B: 2.400
Escalão C: 1.900
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vencimentos dos gestores públicos
Mário Soares afirma que candidatura de Defensor de Moura "é um direito como cidadão português"
O antigo Presidente da República Mário Soares declarou hoje que a candidatura presidencial do deputado socialista Defensor de Moura “é um direito que ele tem como cidadão português”, recusando-se a comentar eventuais fraturas no Partido Socialista (PS).
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Presidenciais 2011
domingo, 20 de junho de 2010
Percebam por que motivo os neoliberais dizem que o Estado Social Europeu não é sustentável e vejam qual é o modelo que defendem como modelo
«Conforme foi recentemente tornado público, na cidade-fábrica chinesa Shenzen - onde são produzidos alguns dos mais conhecidos instrumentos electrónicos do Mundo, a começar pelo iPod da multinacional Apple - os respectivos trabalhadores ganham cerca de 100 dólares por mês, trabalham num autêntico regime militar, fazendo turnos diários de 12 horas e dormindo em camaratas de 30 pessoas, em condições de tal pressão e desumanidade que só em 2010 já ali se suicidaram 10 operários.
Situações similares foram aliás já identificadas em outras fábricas e empresas em que outros gigantes da economia mundial como a Nike, a Reebok, a Walmart, a Nokia e a Matel subcontratam a produção dos respectivos produtos, inclusive com recurso ao trabalho infantil.
E é à custa destas situações de quase-escravatura que os trabalhadores dos países do chamado "centro" são hoje confrontados com a permanente chantagem de que ou aceitam trabalhar ainda mais e ganhar cada vez menos ou vão para o desemprego porque as respectivas empresas se deslocalizam para aqueles autênticos paraísos da desregulação e da chacina dos direitos sociais e humanos mais básicos.
O que, além de pôr a nu a hipocrisia dos discursos oficiais sobre os direitos humaos que os esclavagistas modernos tanto gostam de apregoar, mostra claramente que a organização e a luta dos trabalhadores a nível internacional é hoje mais importante e urgente do que nunca!»
(lido aqui)
Situações similares foram aliás já identificadas em outras fábricas e empresas em que outros gigantes da economia mundial como a Nike, a Reebok, a Walmart, a Nokia e a Matel subcontratam a produção dos respectivos produtos, inclusive com recurso ao trabalho infantil.
E é à custa destas situações de quase-escravatura que os trabalhadores dos países do chamado "centro" são hoje confrontados com a permanente chantagem de que ou aceitam trabalhar ainda mais e ganhar cada vez menos ou vão para o desemprego porque as respectivas empresas se deslocalizam para aqueles autênticos paraísos da desregulação e da chacina dos direitos sociais e humanos mais básicos.
O que, além de pôr a nu a hipocrisia dos discursos oficiais sobre os direitos humaos que os esclavagistas modernos tanto gostam de apregoar, mostra claramente que a organização e a luta dos trabalhadores a nível internacional é hoje mais importante e urgente do que nunca!»
(lido aqui)
Coreia do Norte
A Coreia do Norte, oficialmente República Democrática Popular da Coreia (hangul: 조선민주주의인민공화국; hanja: 朝鮮民主主義人民共和國; transl. Chosŏn Minjujuŭi Inmin Konghwaguk), é um país do Leste Asiático que ocupa a metade norte da Península da Coreia. Sua capital e maior cidade é Pyongyang. A Zona Desmilitarizada da Coreia serve como uma área de divisão entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte. O Rio Amnok e o Rio Tumen formam a fronteira entre a Coreia do Norte e a República Popular da China. Uma seção do Rio Tumen no extremo nordeste é fronteira com a Rússia.
A península foi governada pelo Império Coreano até ser anexada pelo Japão, após a Guerra Russo-Japonesa de 1905. Ela foi dividida entre zonas de ocupação norte-americana e soviéticas em 1945, após o final da Segunda Guerra Mundial. A Coreia do Norte recusou-se a participar da eleição supervisionada pelas Nações Unidas, feita em 1948, que levava à criação de dois governos coreanos separados para as duas zonas de ocupação. Ambos Coreia do Norte e Sul reivindicavam soberania sobre a península inteira, o que levou-os à Guerra da Coreia de 1950. Um armistício de 1953 terminou o conflito; no entanto, os dois países continuam oficialmente em guerra entre si, visto que um tratado de paz nunca foi assinado.[8] Ambos os Estados foram aceitos nas Nações Unidas em 1991.[9] Em 26 de maio de 2009, a Coreia do Norte unilateralmente removeu o armistício.[10][11]
A Coreia do Norte é um Estado unipartidário sob uma frente liderada pelo Partido dos Trabalhadores da Coreia.[12][13][14][15][16][17][18] O governo do país se autodeclara como seguidor da ideologia juche, desenvolvida por Kim Il-sung, ex-líder do país. Juche tornou-se a ideologia oficial do Estado quando o país adotou uma nova constituição em 1972,[19] apesar de que Kim Il-sung esteve governando seu país sob uma política similar desde, pelo menos, o início de 1955.[20] A Coreia do Norte é oficialmente uma república socialista, considerada por muitos no mundo todo como sendo uma ditadura totalitarista stalinista.[16][17][21][22][23] O líder atual é Kim Jong-il, filho do presidente eterno Kim Il-sung.
(wikipédia)
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Campeonato do Mundo 2010 Futebol
sábado, 19 de junho de 2010
Ne sutor supra crepidam, não queira o sapateiro subir acima do nível do chinelo ou popularmente, quem te manda sapateiro tocares rabecão?
Está na altura de devolver gestores, economistas, contabilistas, técnicos de contas, mangas de alpaca, caixas, backoffices aos gabinetes, aos balcões e aos guichets.
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Economia é política não é mercearia
Lanzarote, uma casa não é uma pátria
Em 1993, zangado com o País, o escritor mudou-se para as Canárias. Encontrou a paz que procurava, mas regressava sempre a Portugal. "Continua a ser a minha terra..."
"Ainda acabo por me ir embora, como tantos outros", desabafava José Saramago numa entrevista, em Maio de 1992, depois de saber que o seu nome tinha sido riscado, pelos governo português, da lista de candidatos ao Prémio Literário Europeu. Antes da polémica, o escritor tinha andado, com Pilar, à procura de casa em Mafra. Queria sair de Lisboa e achou que ali, junto ao convento que tanto o tinha inspirado, encontraria a paz que desejava. Mas, pouco depois, mudava de rumo. E de País.
Em 1993 instalou-se em Tías de Fajardo, em Lanzarote, ilha vulcânica de terra preta, poucas árvores, muito mar. Um quase deserto silencioso e solarengo, onde o casal construiu a sua A Casa, nome colocado em azulejos no muro branco. "Resolvemos baptizá-la assim, se calhar pela minha necessidade de espetar uma pequena bandeira portuguesa, foi a afirmação da minha origem", explicou o escritor ao DNA em 1999.
Deixou Portugal zangado, isso foi claro, embora afirmasse, repetidamente, que não guardava "azedume nem ressentimento contra o país". Apenas contra algumas pessoas. "Continuo a 'gostar do que Portugal fez de mim'. Do que não gosto é do que se está a fazer em Portugal...", comentava ao JL, em 1994, por ocasião do lançamento do primeiro volume dos Cadernos de Lanzarote, aquele em que se perguntava: "será Lanzarote, nesta altura da vida, a Azinhaga recuperada?"
Sim e não, pois fazia questão de dizer, a cada entrevista, que, apesar da distância a sua pátria era ainda Portugal. Em 1998, após o Nobel, ao DN: "Eu sou de onde sou. Sou de onde nasci, dou da língua que falo, sou da história que o meu país tem, sou das qualidades e dos defeitos que nós temos, sou dos sonhos e das ilusões que são nossos, ou foram ou vão ser. É daí que eu sou, é aí que eu pertenço. O que há na relação de Espanha comigo é uma grande generosidade. Eles receberam-me como se eu fosse um deles. A pátria é em Portugal, o lugar da raiz e da consciência. Mas eu tenho a sorte de ter uma espécie de país aumentado. Que se prolongou até esta ilha."
Em Lanzarote, ao lado da mulher que amava e dos três cães vadios que entraram para a família - Pepe, Greta e Camões, o único que sobrevive e que tem este nome porque chegou precisamente no dia em que o escritor ganhou o Prémio Camões - Saramago encontrou o seu lugar. Mesmo continuando a ter uma casa em Lisboa, onde regressava sempre. "Eu poderia voltar a este país, e poderia nele viver e escrever, mas não tenho motivo para regressar. Estou bem onde moro", confessava.
"Como se este mar, estas paisagens me tivessem feito recuperar a antiga impressão de permanência (de lentidão pelo menos) que todos tivemos na infância, quando os dias e as estações pareciam não querer acabar. A cada momento, a razão diz-me que o tempo passa, e mais rápido agora do que nunca, mas, como fiz escrever na contracapa do livro [Cadernos de Lanzarote], conto os dias pelos dedos e encontro as mãos cheias. Este diário não é um sinal de guerra, mas de paz comigo mesmo."
? José Saramago construiu em Lanzarote a sua casa e encontrou em Espanha uma pátria "de acolhimento".
1. A paisagem vulcânica de Lanzarote conquistou o escritor
2. Saramago e Pilar, em casa, em 2007
3. A Casa - um nome português para uma moradia nas Canárias
4. O casal recebeu vários cães na sua casa
5. Em 2009, recebeu das mãos da princesa Letizia o prémio de Amigo das Crianças
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Leis Laborais: um artigo para esfregar nas fuças dos neo-liberais
A sede e o pote
por FERNANDA CÂNCIOHoje5 comentários
Os apelos dos "patrões" para que se opere em Portugal uma "flexibilização" do mercado de trabalho - tradução: facilitar despedimentos - são invariavelmente acompanhados de comparações vagas com "os outros países", que teriam legislações "muito menos rígidas" e "portanto" - relação de causa e efeito, note-se - economias mais saudáveis. Talvez seja então boa ideia tentar perceber o que se passa nos tais "outros países" e que relação existe, se alguma, entre despedimentos mais fáceis e crescimento económico.
Um estudo de 2009 da OCDE (que inclui, além de Portugal, 30 outros países - "democráticos" e "com economias desenvolvidas" - como os EUA, Reino Unido, Japão, Canadá, Noruega, Islândia, etc.) coloca--nos em sétimo lugar na escala de países com regras mais estritas - atrás da França e da Espanha e logo antes da Noruega -, mas assevera ter sido o que mais flexibilizou a sua legislação laboral nos últimos cinco anos, enquanto outros - caso da Alemanha - criaram regras mais rígidas. Aliás, quando se desagregam os três factores que concorrem para a classificação, a saber, "protecção do trabalhador contra despedimento individual", "regras para despedimento colectivo" e "regulação de formas temporárias de emprego", constata-se que as regras para despedimentos colectivos são mais estritas nos EUA, Canadá e Reino Unido (que estão em último lugar na lista, ou seja, têm no conjunto regras mais flexíveis) que cá. A posição relativa de Portugal na lista é sobretudo justificada com as garantias legais dadas aos trabalhadores em termos de despedimento individual.
Sucede que o relatório em causa - Legislation, collective bargaining and enforcement - Updating the OECD employment protection indicators - acrescenta mais surpresas, comparando as legislações laborais dos países da OCDE com as das chamadas "economias emergentes", incluindo a China. E - tanãnã - não só as regras desses países são mais estritas que as da média da OCDE como na Índia e na China o nível de protecção contra despedimento individual é equivalente ao português.
É capaz então de ser preciso explicar o dinamismo das economias com outras fórmulas - de preferência menos preguiçosas e convenientes para quem "explica". E já agora pedir a cada "especialista" da área que fundamente essa ideia extraordinária de que a flexibilização dos despedimentos criaria "mais emprego". É que, se é certo que as empresas contratariam mais empregados "para o quadro" se os pudessem despedir quando quisessem, isso significa afinal que o nível de protecção dos trabalhadores "empregados" seria o mesmo dos que trabalham a recibos verdes (já que os contratados a prazo ao menos sabem qual o prazo em que vão ter emprego) - nenhum. E que o salários cairiam a pique - mas se é isso que querem, por que não admitem logo?
por FERNANDA CÂNCIOHoje5 comentários
Os apelos dos "patrões" para que se opere em Portugal uma "flexibilização" do mercado de trabalho - tradução: facilitar despedimentos - são invariavelmente acompanhados de comparações vagas com "os outros países", que teriam legislações "muito menos rígidas" e "portanto" - relação de causa e efeito, note-se - economias mais saudáveis. Talvez seja então boa ideia tentar perceber o que se passa nos tais "outros países" e que relação existe, se alguma, entre despedimentos mais fáceis e crescimento económico.
Um estudo de 2009 da OCDE (que inclui, além de Portugal, 30 outros países - "democráticos" e "com economias desenvolvidas" - como os EUA, Reino Unido, Japão, Canadá, Noruega, Islândia, etc.) coloca--nos em sétimo lugar na escala de países com regras mais estritas - atrás da França e da Espanha e logo antes da Noruega -, mas assevera ter sido o que mais flexibilizou a sua legislação laboral nos últimos cinco anos, enquanto outros - caso da Alemanha - criaram regras mais rígidas. Aliás, quando se desagregam os três factores que concorrem para a classificação, a saber, "protecção do trabalhador contra despedimento individual", "regras para despedimento colectivo" e "regulação de formas temporárias de emprego", constata-se que as regras para despedimentos colectivos são mais estritas nos EUA, Canadá e Reino Unido (que estão em último lugar na lista, ou seja, têm no conjunto regras mais flexíveis) que cá. A posição relativa de Portugal na lista é sobretudo justificada com as garantias legais dadas aos trabalhadores em termos de despedimento individual.
Sucede que o relatório em causa - Legislation, collective bargaining and enforcement - Updating the OECD employment protection indicators - acrescenta mais surpresas, comparando as legislações laborais dos países da OCDE com as das chamadas "economias emergentes", incluindo a China. E - tanãnã - não só as regras desses países são mais estritas que as da média da OCDE como na Índia e na China o nível de protecção contra despedimento individual é equivalente ao português.
É capaz então de ser preciso explicar o dinamismo das economias com outras fórmulas - de preferência menos preguiçosas e convenientes para quem "explica". E já agora pedir a cada "especialista" da área que fundamente essa ideia extraordinária de que a flexibilização dos despedimentos criaria "mais emprego". É que, se é certo que as empresas contratariam mais empregados "para o quadro" se os pudessem despedir quando quisessem, isso significa afinal que o nível de protecção dos trabalhadores "empregados" seria o mesmo dos que trabalham a recibos verdes (já que os contratados a prazo ao menos sabem qual o prazo em que vão ter emprego) - nenhum. E que o salários cairiam a pique - mas se é isso que querem, por que não admitem logo?
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legislação laboral
quinta-feira, 17 de junho de 2010
A Grande Purga estalinista II
Stalin em 1902 e a seguir nos anos 40 do Século passado
Em 1928 iniciou um programa de industrialização intensiva e de coletivização da agricultura soviética, impondo uma grande reorganização social e provocando a fome-genocídio na Ucrânia (Holodomor), em 1932-1933. Esta fome foi imposta ao povo ucraniano pelo regime soviético, tendo causado um mínimo de 4,5 milhões de mortes na Ucrânia, além de 3 milhões de vítimas noutras regiões da U.R.S.S. Nos anos 1930 consolidou a sua posição através de uma política de modernização da indústria. Como arquitecto do sistema político soviético, criou uma poderosa estrutura militar e de policiamento. Mandou prender e deportar opositores, ao mesmo tempo que cultivava o culto da personalidade como arma ideológica. A acção persecutória de Stalin, supõe-se, estendeu-se mesmo a território estrangeiro, uma vez que o assassinato de Leon Trótski, então exilado no México é creditado a ele. Por mais que Trótski tomasse todas as providências para proteger-se de agentes secretos, Ramón Mercader, membro do Partido dos Comunistas da Catalunha, foi para o México e conseguiu ganhar a confiança do dissidente, para executá-lo com um golpe de picareta.
Desconfiando que as reformas econômicas que implantara produziam descontentamento entre a população, Stalin dedicou-se, nos anos 1930, a consolidar seu poder pessoal. Tratou de expulsar toda a oposição política. Se alguém lhe parecesse indesejável desse ponto de vista, ele se encarregava de desacreditá-lo perante a opinião pública. Em 1934, Sergei Kirov, principal líder do Partido Comunista em Leningrado- e tido como sucessor presuntivo de Stalin - foi assassinado por um anônimo, Nikolaev, de forma até agora obscura; muitos consideram até hoje que Stalin não teria sido estranho a este assassinato. Seja como fôr, Stalin utilizou o assassinato como pretexto imediato para uma série de repressões que passaram para a história como o "Grande Expurgo".
Estes se deram no período entre 1934 e 1938 no qual Stalin concedeu tratamento duro a todos que tramassem contra o Estado soviético, ou mesmo supostos inimigos do Estado. Entre os alvos mais destacados dessa ação, estava o Exército Vermelho: parte de seus oficiais acima da patente de major foi presa, inclusive treze dos quinze generais-de-exército. Entre estes, Mikhail Tukhachevsky foi uma de suas mais famosas vítimas. Sofreu a acusação de ser agente do serviço secreto alemão. Com base em documentos entregues por Reinhard Heydrich, chefe do Serviço de Segurança das SS, Tukhachevsky foi executado, além de deportar muitos outros para a Sibéria. Com isso foi enfraquecido o comando militar soviético; ou seja, Stalin acreditou nas informações de Heydrich, e sua atitudade acabou debilitando a estrutura militar russa, que no entanto conseguiu resistir ao ataque das tropas da Alemanha.
O principal instrumento de perseguição foi a NKVD. De acordo com Alan Bullock,[4] o uso de espancamentos e tortura era comum, um fato francamente admitido por Khrushchev em seu famoso discurso posterior à morte de Stalin, onde ele citou uma circular de Stalin para os secretários regionais em 1939, confirmando que isto tinha sido autorizado pelo Comitê Central em 1937. (aqui)
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A grande purga estalinista
A Grande Purga estalinista I
O Grande Expurgo (em russo: Большая чистка, transl. Bolshaya tchistka) foi uma ação persecutória movida pelo ditador soviético Josef Stalin (1879-1953) contra seus opositores políticos, verdadeiros ou não, entre os anos de 1934 e 1939. Súbita e inexplicavelmente, Stalin liquidou cerca de dois terços dos quadros do Partido Comunista da URSS, ao menos 5.000 oficiais do Exército acima da patente de major, 13 de 15 generais de cinco estrelas do Exército Vermelho – criado durante a Revolução Russa por Leon Trotsky, seu dissidente mais conhecido – e inúmeros civis, considerando-os todos "inimigos do povo".
É provável que algumas das vítimas de fato fossem dissidentes de suas reformas econômicas (conhecidas como Planos Quinquenais), mas a grande maioria das vítimas não apresentava nenhum indício de oposição direta ao ditador soviético.
(fonte, wikipédia)
É provável que algumas das vítimas de fato fossem dissidentes de suas reformas econômicas (conhecidas como Planos Quinquenais), mas a grande maioria das vítimas não apresentava nenhum indício de oposição direta ao ditador soviético.
(fonte, wikipédia)
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A grande purga estalinista
Processos de Moscovo
Os Processos de Moscovo é como ficaram conhecidos uma série de julgamentos dos opositores de Josef Stálin ocorridos entre 1936 e 1938 na União Soviética, durante o Grande Expurgo.
Esse processo resultou na execução de todos os membros do Comitê Central do Partido Bolchevique (à exceção do próprio Stálin), além de vários proeminentes militantes[1], inclusive dois dos membros da "troika" que governou a URSS entre 1923 e 1925, Grigori Zinoviev e Lev Kamenev.
Esses processos ficaram famosos pelas "confissões" arrancadas dos acusados sob tortura, coerção e chantagem[2]. Sob estes métodos, a maioria dos acusados "confessou" conspirar contra a Revolução de Outubro.
Os processos culminaram com a execução de vários membros do Partido Bolchevique, figuras importantes durante a Revolução de Outubro, o mais famoso dos quais foi Leon Trótski, Membro do Comitê Central do partido e organizador do Exército Vermelho. Condenado in absentia em 1936 e assassinado em 1940 por um agente de Stálin no México.
(Fonte, wikipédia)
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processos de Moscovo
Desafio aos que acreditam na Social-Democracia e no Socialismo Democrático: desenvolvam o conceito de propriedade social da empresa
Desafio ao Paulo Barata, ao Tino, ao Rui Caetano, ao Carlos Pereira, ao Agostinho Soares, ao Vítor Freitas, ao Duarte Gouveia, ao Sancho Gomes, ao Eduardo, ao Cláudio Torres, ao Miguel Fonseca, ao Guido, ao Gonçalo, a todos, estes são os temas que devemos ter na agenda.
1. As crises são tambem uma oportunidade.
2. O modelo da propriedade colectiva dos meios de produção falhou.
3. O modelo da propriedade capitalista e neo-liberal falhou.
4. Perante a crise, assiste-se a 2 movimentos regressivos: os que, em nome da Economia, querem distruir os direitos sociais, isto é, o Estado Social.
5. Os que, em nome dos direitos sociais, acabarão, por causa do seu imobilismo, por destruir a economia.
6. Estes dois modelos já estiveram em confronto nas décadas de vinte e de trinta e conduziram à II Guerra Mundial.
7. Há um tercero modelo: os que, em nome da Economia sustentável, defendem os direitos sociais, e que percebem que só uma economia saudável garantirá os direitos sociais. De factos não há direitos sociais sem uma economia sustentável nem uma economia saudável sem a garantia dos direitos sociais.
8. A garantia destes dois aspectos inseparáveis está no modelo social europeu que é base da Social-Democracia e do Socialismo democrático.
9. Houve-se cada vez mais falar em liberalização das leis laborais como condição para vencer a crise e fazer crescer a economia. Nós sabemos a que é que isso conduz.
10. O que devem ser defendido é a função social da empresa. E para o fazer é preciso defender a empresa dos elementos humanos nocivos, sejam eles empresários ou funcionários.
11. Para isso, a empresa deve entendido como propriedade da sociedade, no sentido em que presta um serviço, seja de propriedade pública ou privada, questão jurídica que tanto divide os adeptos da propriedade colectiva ou da propriedade colectiva.
12. Se um empresa nãoo for eficiente torna-se um peso para a sociedade, na medida em que esta tem de acorrer àqueles que foram atingidos pelo seu encerramento. E é aqui que cabe desenvolver o conceito de propriedade social da empresa.
13. Para viabilizar uma empresa não deve pôr-se apenas o problema da remuneração dos trabalhadores, nomeadamente os dos níveis intermédios ou mais baixos.
14. A empresa deve ter um contrato social que deve ter regras claras quanto a estes três aspectos: remuneração do capital (dos accionistas), remuneração dos trabalhadores (incluindo os gestores), remuneração do investimento. Estas percentagens, sendo flexíveis, devem, contudo, ter bandas máximas e mínimas.
15. A Sociedade, através dos organismos de auditoria e regulação, deve auditar a observação deste contrato social de empresa, que é um contrato de progresso, em que os direitos sociais e a economia estão interligados.
16. Não podemos assistir, nós socialistas e sociais-democratas, à destruição do modelo Europeu e da própria Europa, que envelhece, porque, sem direitos sociais nas empresas não há demografia superavitária.
Este é o ponto de partida para uma discussão e são estes os temas que devem estar na agenda.
Jacinto Serrão, Presidente do PS Madeira, defende um Plano de Acção de combate à crise económica e à exclusão social
Veja o vídeo do Líder Socialista aqui.
O PS-Madeira quer que o Orçamento Rectificativo seja “uma grande oportunidade” para o Governo Regional dar um sinal de apoio aos cidadãos e às empresas mais afectadas pela crise.
Em declarações aos jornalistas, após a reunião da Comissão Política, o Presidente dos socialistas, Jacinto Serrão, frisou que a aprovação de um orçamento rectificativo na ALM deve ultrapassar a mera consagração da Lei de Meios e ir mais longe, dando um sinal de esperança e um apoio efectivo às pessoas. O Presidente do Partido instou o GR a utilizar todos os instrumentos ao seu dispor para minimizar os impactos da crise na vida dos empresários e cidadãos da RAM.
“O GR deve aproveitar o debate ir o mais longe possível nesta questão, criando um plano de acção no combate à crise económica e à exclusão social”, sustentou o líder socialista. Nesse sentido o PS-Madeira antecipou-se e deu a conhecer as linhas gerais de um conjunto de propostas que tenciona levar à discussão no parlamento.
A elaboração de um pacote compensatório, dirigido às famílias mais afectadas pelas restrições sociais, a criação de um programa de combate à pobreza e à exclusão, a concessão de incentivos fiscais às empresas, destinadas a alavancar o crescimento económico, e uma investida de fundo no combate ao despesismo da Administração Pública regional, através da fusão das sociedades de investimento e dos fundos autónomos são as linhas-mestras da proposta. Jacinto Serrão descreveu a iniciativa dos socialistas como ambiciosa, destinada “a apoiar as famílias, os desempregados e as empresas”.
A Comissão Política do PS-Madeira aprovou ainda, por unanimidade, três votos. Um de pesar por Maria Aurora, recentemente falecida, um outro de homenagem a Manuel Tito de Morais, fundador do Partido Socialista, pela passagem do centenário do seu nascimento, e um de congratulação pela candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República.
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