sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Ultraperiferias e a Plataforma Democrática

1. Há, neste momento, em curso, com a colaboração combinada de uma certa imprensa, a tentativa de introduzir factores de conflito no seio da Plataforma Democrática.
2. Essas postagens dão a entender, desde há alguns dias (só hoje é que certa imprensa dita independente viu estas postagens, fazendo-se de novas), que o PS estaria a tratar de uma nova Lei Eleitoral, incompatível com a existência da Plataforma Democrática, e que, para isso, até foi à Quinta Vigia.
3. Vou dar como verdade que houve essa ida à Quinta Vigia. Não vou comentar que, tendo essa visita sido informal, significa que alguém teria quebrado o protocolo. Porque, das duas uma: ou não houve visita ou houve e alguém não agiu conforme e não teria sido o líder do PS. Portanto, o líder do PS agiu segundo as regras da etiqueta e do protocolo, a ser assim.
4. Ora, o Ultraperiferias tem desenvolvido esta novela, revelando, paulatinamente, coisas que já são do domínio público há muito tempo, como se fossem novidades, com a publicação de um excerto da Lei que eu próprio publiquei na íntegra no meu blogue, porque não é segredo
5. O Ultraperiferias de Luís Filipe Malheiro, logo secundado pelo Réplica e Contra-Réplica de Vítor Freitas, informa, afirma, diz que houve encontros ultraperiféricos e secretos entre os líderes do PS e do PSD. (Enfim, afinal, o líder da Oposição tem prestígio na Quinta, aquilo é so: "oh, pá, não saias que eu preciso de falar contigo! - E, claro, Alberto, que remédio, lá se vai uma inauguração! Mas isso revela do líder do PSD ao menos uma qualidade: respeita as hierarquias!). Sim, houve, diz e se ele diz eu acredito. Mas eu não considero que o líder do PSD seja um ser com quem não se possa ter encontros: anteriores líder do PS o fizeram.
6. Ah, mas secretos e conspirativos, diz Filipe Malheiro, e Vítor Freitas repete, pela pergunta retórica e capciosa. Pois, mas a questão essencial não é essa: é que esses encontros secretos eram para aprovar uma lei que seria contra os outros partidos (Lei que Vítor queria, que pôs na Moção). E isso seria contraditório. porque, agora, o PS lhes propõe a Plataforma Democrática.
7. Só que, note-se, não há contradição nenhuma: as negociações, eventuais ou reais ocorreram há dois meses e a Plataforma Democrática teve lançamento público em 22 de Agosto. Daí para cá, como reconhece quem sabe, não houve, em tendo havido no passado, quaisquer tipo de contactos. Logo o comportamento do PS é de total lisura e transparência.
8. Se há quem não perceba que há quem tenha feito uma encomenda, há quem a tenha despachado ou então queira e seja aliado do regime é que cai nesta tramóia.
9. Já agora Vítor Freitas, uma das vítimas do Regime, que se decida se quer entrar neste jogo.
10. Eu sei qual é o Golpe que se está tentar! Mas ai deles! Vai tudo raso!

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