quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Para ser líder do um partido tem de ser democrata e tem de zelar pela sua autonomia

Um dirigente, um deputado, um militante e até um simples simpatizante de uma força política tem o dever indeclinável de lutar pela autonomia do projecto político em que acredita, a menos que seja mercenário a soldo. E quanto mais elevado for o nível na hierarquia do partido, maior é o grau da sua responsabilidade. Jamais um dirigente, um deputado, um futuro ou ex-candidato a líder de um partido pode atentar contra a autonomia do seu partido. Um deputado ou um dirigente, ou um militante que estejam ao serviço da estratégia de outra força política contra o partido de que fazem parte não merecem ser nem deputados, nem autarcas, nem sequer militantes desse partido, quanto mais seus dirigentes. Quando um militante de um partido mais não faz do que, covardemente, atentar contra o carácter dos seus correlegionários e ainda do dirigente máximo do seu partido, é bom que os seus interlocutores, em tendo carácter, se tiverem carácter, verificar quem é que, efectivamente, é falho de carácter. Quando um dirigente de um órgão colegial de uma instituição presta informações privilegiadas a outras insituições concorrentes, isso tem um nome, é bom que a instituição receptora se aproveite mas tome nota do carácter do delator. Quando um cidadão de um país em negociações com o outro presta a esse outro país elementos da estratégia de negociação, retirando espaço de manobra ao seu próprio país, isso tem um nome. Isto aconteceu e é histórico. Aconteceu durante as negociações do processo de descolonização, a traição foi cometida contra Portugal e o traidor era Português, embora não tendo nascido em solo europeu, o que, para o caso, tanto monta ou monta tanto como o caso dos indivíduos das instituições aludidas: todos traidores, todos casos de traição. Mas é da Historia que Roma não paga a traidores!

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