Escolhas claras não significa ser-se pelo programa de um partido ou de outro, numa convergência entre vários. Na Madeira, a escolha é muito mais vasta e ainda mais clara: é-se pela Democracia.
Depois, há as políticas concretas. Liberdade religiosa: ou se é pela liberdade religiosa ou não se é. Não participarei em nenhum movimento para impor símbolos religiosos e opor-me-ei; também não participarei em nenhum movimento para retirar quaisquer símbolos religiosos a qualquer comunidade que os não rejeite, considero isso inconstitucional. Já para não discutir se a probição da presença de símbolos religiosos, em instituições com autonomia, as escolas, por exemplo, se é um acto de liberdade religiosa ou da falta de liberdade religiosa, ou, de outra forma, se esse imposição é própria de um estado laico ou de um estado ateu. Julgo que é o reverso do confessionalismo: impor qualquer símbolo religioso que uma comunidade, uma Escola, por exemplo, não quisesse. E as festas de Natal, com a presença de símbolos religiosos (as lapinhas), serão proibidas? Os feriados religiosos, acabarão? É necessário clareza de princípios, mas não me parece que haja uma questão religiosa para fazer disso um tema base de uma convergência democrática. Mas pareceu, com toda a liberdade, ao autor, a mim com toda a liberdade também, não me parece, Tanto mais, é preciso não esquecer, que isso resultou de um despacho desnecessário justamente para provocar isso mesmo. Não entro nesse jogo, o que o autor do despacho desnecessário quis. Já quanto às zonas off-shore, cujo desparecimento global é uma solução economicamente defensável, não pode também a solução resultar da imposição de ninguém a ninguém, quando é certo que também aí há zonas de convergência, a exigência de postos de trabalho, enquanto subsistirem, por exemplo.
(Chegou a hora de escolhas claras)
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