Queremos mesmo uma democracia ou só queremos substituir um poder por outro? Vejo, às vezes, nos mais críticos do sistema, uma falta de democraticidade, nas atitudes, na simpatia oca conforme se lhes apara o jogo ao serviço de protagonismos disfarçados de projecto político, que só me apetece dizer que não estou para substituir apenas um poder por outro. Acrescenta-se, e nisso não diferem do regime, o mexerico cafezeiro sem frontalidade, para o qual tenho cada menos disponibilidade e me sobra o tédio, a incapacidade de se verem na imagem que reflectem física e culturalmente ao espelho, daí os comentários, que revelam excesso de cafeína e falta de tea, e nós perguntamos: que democratas são estes que manipulam na casa dos outros, que dignidade a daqueles que se deixam manipular pelos das outras casas? Até podiam fazer isto tudo, se não nos quisessem levar por pacóvios - até não querem, não têm é massa cinzenta, para além do terno, para perceberem que nós os topamos. Mas fica a pergunta: são estes que se dizem arautos, de quê? Não se iludam: nem a ética é exclusiva do reviralho, nem falta quem a tenha entre os que agora estão.
P.S.
Se há cidadãos cujo sentido de ética é para mim uma referência, o Dr. Luciano Castanheira é um deles. Por razões pessoais que o próprio desconhece.
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