Apesar de criticar duramente a alegada tentativa de alteração da lei eleitoral
A Comissão Coordenadora Regional da Madeira do Bloco de Esquerda (BE-M) mantém o objectivo traçado de encontrar uma convergência partidária que crie alternativa credível à maioria PSD, mas não deixou de criticar a já polémica tentativa do parceiro da 'Plataforma Democrática' , o PS-Madeira, em negociar com os social-democratas uma alteração da lei eleitoral que permitisse retirar capacidade eleitoral aos pequenos partidos.
Em conferência de imprensa realizada esta manhã, o líder regional do BE-Madeira salientou, sobre este segundo caso, que o partido não pode concordar com eventuais tentativas dos dois maiores partidos na Região de retirar representatividade parlamentar aos restantes. Roberto Almada diz que repudia "eventuais tentativas de entendimento em relação à alteração da lei eleitoral para a Assembleia Legislativa da Madeira, alegadamente negociadas entre o PSD-Madeira e o PS-Madeira, com a finalidade de expulsar do parlamento forças políticas de menor representatividade". E acrescentou: "Para o Bloco de Esquerda a actual lei eleitoral não é negociável e tudo o que consubstância uma alteração a ela será entendido como uma traição aos princípios norteadores de qualquer plataforma de entendimento".
Quanto à criação de um consenso alargado entre os diferentes partidos da oposição, Roberto Almada e os seus parceiros na Comissão Coordenadora afirmam que a procura de soluções políticas para os problemas da Região continua a ser o objectivo. Mas ressalva que este entendimento manter-se-á "sem prejuízo da afirmação de posições e posturas diferenciadas do Bloco de Esquerda em relação às políticas neo-liberais e atentatórias dos direitos das pessoas, perpetradas pelos governos da República do PS, pelo Governo Regional do PSD e pelo PS, com apoio do PSD, quer na República quer na Região".
O BE-Madeira também aproveitou para deixar um apelo a todos os simpatizantes e madeirenses que reforcem o empenho no apoio ao candidato à Presidência da República Manuel Alegre.
Foi ainda mandatado o deputado na Assembleia Legislativa da Madeira, o próprio Roberto Almada, a apresentar projectos que levem à revogação da portaria do Governo Regional que determinou o pagamento da educação pré-escolar e ainda das refeições no 1.º Ciclo.
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