terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

RECONSTRUÇÃO, Alberto João Jardim

Uma catástrofe desabou sobre a Madeira.
É hora de luto, mas também de apelo às forças íntimas de cada um, as quais, ao longo de gerações e da História, fizeram e sustentaram a gesta do Povo Madeirense.
O nosso passado é construído de confrontos cíclicos entre Povo e Natureza.
Em todos os momentos que a fúria Desta parecia nos derrotar de vez, a Alma possante dos Madeirenses revestiu a couraça para enfrentar o Destino, feriu as mãos no basalto e reconstruiu.
RECONSTRUÇÃO é a palavra de ordem.
Todos os braços serão poucos.
Depende muito dos apoios que se materializarem. Mas a solidariedade que logo recebemos de todo o lado, dá-nos fé para crer que não se trata de palavras vãs.
Não é a hora da Política.
É a hora de muito TRABALHO SOLIDÁRIO E ORGANIZADO.
O Turismo e a Economia têm de assumir o seu funcionamento, custe o que custar e estão já a fazê-lo.
Eu próprio substituí por este, o escrito que aqui hoje iria ser publicado, bem como suspendi outros já preparados. E só continuarei a escrever, quando for possível.
A vida mudou por estes próximos tempos, e de que maneira!
Não há espaço sequer, para distracção com aqueles de comportamento canalha, que logo se aproveitaram desta tragédia sem precedente.
A catástrofe também mostrou o sempre denunciado analfabetismo de alguns. “Não se tira pedra da ribeira”, porém ela veio sobre nós. Não se robustece o litoral, como na expansão territorial de alguns países, e eis o mar em cima de nós. Não se canaliza as ribeiras, e se não o fizéssemos, hoje o Funchal, como cidade, teria desaparecido, tal como a Ribeira Brava.
Basta de institucionalizar a asneira!
E não percamos mais tempo com eles.
RECONSTRUÇÃO
O mais célere e correctamente possível. Não é tempo para burocracias e positivismos jurídicos.
Não é tempo para rivalidades e confrontos mesquinhos.
Estamos em ESTADO DE NECESSIDADE.
Um grande MUITO OBRIGADO a todos os que nos estão a ajudar. Desde Instituições do Estado e todas as outras, através dos seus Titulares, até ao Cidadão mais anónimo.
Que pessoas fantásticas!
E como esta Nação Portuguesa é fantástica, quando toca a reunir!
Obrigado, muito obrigado.

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