quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O PCP FAZ OPOSIÇÃO A QUEM? - repor para lembrar e incomodar: o PCP e... o PSD

Agostinho Soares pergunta e bem, no seu Pode Ser Liberdade, qual a coerência do PCP: por um lado, é crítico em relação aos 15% propostos pelo PS para a função pública na Madeira, por outro, faz demagogia com os aumentos das humildes pensões comparando preços com percentagem, numa atitude demagógica e populista que não lembrava ao Santana Lopes. Mas a questão que Agostinho Soares coloca - e bem - é de que lado está o PCP? É que o PCP e seus "compagnons de route" já nos habituaram há mais de 30 anos a fazer a "agitrop", agitação e propaganda, da mais radical quando o Governo é do PS e a baixar bandeiras quando os Governos são de direita - na Região ou no País, na lógica de que quanto pior melhor. E melhor, porquê? Porque, no fundo, o PCP há muito desistiu de ser Governo neste país e de ser co-responsável pela política nacional. E, assim, melhor para o PCP é um Governo o mais à direita possível, porque, desse modo, sobe uns votinhos, e, quem sabe, mais um deputadinho. Claro, são todos iguais, dizem os comunistas. Porque, há que deixar bem claro perante os trabalhadores da função pública, da hotelaria, do comércio, de outros sectores de serviços: o PCP não está interessado em contribuir para a derrota do Governo PPD na região com o argumento de que o PS também faz políticas de direita, claro, porque não são as dele. Não são de esquerda, porque são diferentes. Mas o PCP já se devia ter habituado, porque, desde o século XIX e desde Saint-Simon Charles Fourier, Louis Blanc, Robert Owen ou Proudhon, por um lado, e Karl Marx,
por outro, que são diferentes. E desde Mário Soares, António Guterres até o actual líder do PS que são diferentes. E já agora, se o PS, no Governo faz políticas de direita, que política faz a Direita quando lá está? O PCP gosta? Gosta, gosta, pelo que já se viu. Ou será que as políticas dos Governos de Direita são de Esquerda?
E já agora, o reequilíbrio da Segurança Social e a grantia da sua solvabilidade, depois do descalabro dos fundos do OE que não foram transferidos para a Segurança Social pelos governos de Direita, incluindo os de Cavaco, e a garantia do pagamento das pensões aos reformados não é política de esquerda?

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