José Vicente de Freitas nasceu na Calheta, Madeira, 22 de Janeiro de 1869, e faleceu em Lisboa, a 6 de Setembro de 1952). Participou no golpe do 28 de Maio de 1926, foi Primeiro-Ministro ou Presidente do Ministério (Governo), como na altura se dizia. Embora participasse na Revolução do 28 de Maio para pôr fim ao que considerava a desordem da I República, opôs-se à transformação da União Nacional em partido político, pois temia que, se isso acontecesse, como veio a acontecer, Portugal cairia em regime de partido único, que se confundiria com o Estado. Diz a Salazar que se opõe à nova Constituição e escreve uma carta ao Presidente Carmona, que é publicada no jornal O Século. Defende a existência de um Estado forte, mas liberdade de pensamento, para que se ouvisse a vontade da Nação e não do Governo. Como consequência disso, é demitido de Presidente da Câmara de Lisboa por Salazar, que o acusa em nota oficiosa de incoerência.
O mesmo Salazar que Vicente de Freitas, como chefe do Governo, havia convidado para a pasta das finanças, iniciando assim o percurso que o levará depois à chefia do Governo e do Estado Novo, até 1968.
José Vicente de Freitas foi sucessivamente Governador Civil do Distrito Autónomo do Funchal, em 1914, deputado pela Madeira (em 28 de Abril de 1918), Ministro do Interior a 26 de Agosto de 1927, Primeiro-Ministro, (18 de Abril de 1928-8 de Julho de 1929) e Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1928-1933).
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