A China nunca deixou os espanhóis hastearem a bandeira em Macau. Agora, já que a Europa não existe, compra a nossa dívida e faz baixar os juros:
No xadrez global, a China quer, de facto, mudar a correlação de forças, no FMI, no Banco Mundial, no G20, no sistema de câmbios das principais divisas. Procura aliados, vira-se para a Europa e estende uma mão aos países altamente endividados do sul. Se comprar dívida grega ou portuguesa, espanhola ou irlandesa, jogando com as suas imensas reservas, está a ajudar a estabilizar as contas públicas destes países, a baixar a desconfiança e os juros na Zona Euro e a reforçar o outro contrapeso à hegemonia cambial norte-americana.
Por muito que a estratégia incomode os EUA, na situação em que nos encontramos, isso provocaria um imenso suspiro de alívio lá para as bandas do Terreiro do Paço. E com ondas por toda a Europa.
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