sábado, 3 de maio de 2008

ACORDO ORTOGRÁFICO: maus argumentos para uma legítima oposição


ACORDO ORTOGRÁFICO: maus argumentos para uma legítima oposição
Ana Isabel Buescu; António Emiliano; António Lobo Xavier; Eduardo Lourenço; Helena Buescu; Jorge Morais Barbosa; José Pacheco Pereira; José da Silva Peneda; Laura Bulger; Luís Fagundes Duarte; Maria Alzira Seixo; Mário Cláudio; Miguel Veiga; Paulo Teixeira Pinto; Raul Miguel Rosado Fernandes; Vasco Graça Moura; Vítor Manuel Aguiar e Silva; Vitorino Barbosa de Magalhães Godinho; Zita Seabra subscrevem um texto hoje no Público contra o Acordo Ortográfico.
Entre os argumentos apresentados, está este:

“É inaceitável a supressão da acentuação, bem como das impropriamente chamadas consoantes "mudas" - muitas das quais se lêem ou têm valor etimológico indispensável à boa compreensão das palavras.”.

Se o argumento da etimologia é suficiente para não subscrever o acordo, então também é válido para repor a ortografia já não digo antes da reforma de 1911, mas de 1945, pois é o próprio Vasco Graça Moura que escreve no seu último artigo no Diário de Notícias (“Babel e outras confusões”):

“O Acordo de 1945 já elimina as consoantes c e p nos casos em que são invariavelmente mudas nas pronúncias portuguesa e brasileira (adjuncto, adstricto, aqueducto, absorpção, esculptor...)”. A ser coerente, Vasco Graça Moura e os subscritores desencadeariam um movimento para repor as consoantes que eles dizem ser impropriamente chamadas mudas e que desapareceram com o Acordo de 1945. Em nome da etimologia.

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