sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
RIGOLETTO DE GIUSEPPE VERDI
Rigoletto é uma ópera em três actos do compositor italiano Giuseppe VERDI, com libreto (palavras ou versos de uma ópera) de Francesco Maria Piave. Estreou no teatro La Fenice de Veneza em Março de 1851.
Acto I
Cena I
Salão do palácio do Duque de Mântua
Baile no palácio Duque de Mântua. O Duque conversa alegremente sobre as suas aventuras e conquistas amorosas com o cortesão Borsa. Fala, em especial, da sua mais recente aventura: há três meses, uma bela jovem é observada por ele. Mas, até aquele momento, a oportunidade que teve de vê-la foi na igreja, ela desconhece quem ele é. O Duque conta que ela mora em uma pequena vila e um homem desconhecido a visita todas as noites.
Entre os convidados estão o Conde e a Condessa de Ceprano. O Duque encanta-se com a beleza da Condessa e canta sobre seus amores momentâneos. De um lado, o Duque faz reverências à beleza da Condessa, de outro, o Conde, seu marido, é ridicularizado por Rigoletto, que acaba de entrar.
Em seguida entra Marullo, que reúne outros cortesãos para contar um grande segredo: o corcunda Rigoletto, o bobo da corte, tem uma amante! A gargalhada é geral entre todos os presentes. O Duque e Rigoletto retornam. Na presença de Ceprano, Rigoletto insinua maneiras pelas quais o Duque poderia afastar o Conde e, assim, seduzir sua esposa. Chega a ponto de sugerir que o Conde fosse executado. Ceprano, embravece num e propõe um duelo.
De repente, surge Monterone, que acusa o Duque de ter desonrado sua filha. Rigoletto, numa atitude desprezível, faz zombaria do infeliz homem, imitando Monterone. Este jura vingança e amaldiçoa Rigoletto pela atitude indigna, ao rir da mágoa de um pai. Rigoletto, nesse momento, mostra-se perturbado e com medo. Todos ficam irritados com Monterone, por ter acabado com a festa.
Cena II
É noite. Beco escuro entre a casa de Ceprano e Rigoletto.
Rigoletto recorda a maldição de Monterone com uma estranha sensação, talvez um mau pressentimento. Aproxima-se Sparafucile, oferecendo os seus serviços como assassino profissional. As suas vítimas são atraídas à sua casa por sua irmã, Madalena. Rigoletto recusa tais serviços, mas aquele encontro fá-lo reflectir. Só, Rigoletto recorda sua vida, as humilhações pelas quais já passou por ser aleijado e bobo da corte. Somente o amor de sua filha, Gilda, o torna mais terno e mais humano. Dá-se o encontro de Gilda e Rigoletto. Rigoletto está perdido em pensamentos. Ela pede que o pai lhe conte o seu passado, deseja saber o nome da sua mãe. Rigoletto fala das suas desgraças e do amor perdido. Gilda é a única alegria que tem. Energicamente, ele diz para Gilda não sair jamais de .casa desacompanhada e reforça o pedido à governanta. Pede a Giovanna que esteja sempre atenta à filha. Rigoletto sai e, sem ser visto, o Duque chega. Suborna Giovanna para deixá-lo entrar. Gilda encontra-se apaixonada pelo Duque, que é belo e jovem e que ela acredita ingenuamente ser um estudante. Gilda nada contou ao pai sobre essa paixão. Nesse encontro, o Duque faz juras de amor. Gilda está encantada e indefesa pelo amor. Ouvem-se os passos de Ceprano e dos outros.
O Duque, que receia ser descoberto, pensa em fugir. No escuro, Ceprano, Marullo e outros cortesãos encontram-se com o objectivo de raptar a amante de Rigoletto. Rigoletto chega e pensa que quem está sendo levada é a Condessa de Ceprano, com os olhos vendados. Ele participa da acção ajudando a segurar a escada. Quando partem, Rigoletto tira a venda dos olhos. É tarde. Lembra angustiado da maldição de Monterone.
Acto II
Palácio do Duque
O acto inicia-se com o Duque desolado por não ter notícia do seu anjo. O Duque descobriu que Gilda foi raptada. Entra em desespero; deseja encontrá-la para confortá-la. Os cortesãos, com sabor de vitória, contam como prenderam a amante do corcunda. Rigoletto aparece demonstrando indiferença, mas no seu íntimo reina um enorme desespero para encontrar sua filha. Sem querer, com a chegada de um pajem, ele descobre que o Duque está com Gilda. Totalmente fora de si, Rigoletto tenta forçar seu caminho até o Duque. É afastado e, nesse momento, roga para que ela seja liberta. Gilda, em lágrimas, é trazida até o pai. Ela confessa sua ligação com o Duque e que lhe havia tirado a honra. Monterone, ao ser conduzido à prisão, esbraveja contra a impunidade do Duque. Entretanto, Rigoletto jura que haverá, sim, uma vingança. Não existem outros pensamentos para ele, mesmo com as súplicas de Gilda, pois seu único motivo a partir de agora é vingar-se.
Acto III
Uma hospedaria afastada da cidade. É noite.
Rigoletto, que havia pago Sparafucile para assassinar o Duque, vai com Gilda até um ponto onde poderiam observar tudo que se passa dentro da casa. Gilda, ao longe, vê o Duque, disfarçado, indo ao encontro de mais uma de suas aventuras amorosas. O Duque canta cinicamente a canção que expressa seu desprezo pelas mulheres. Enquanto isso, Rigoletto e Sparafucile planejam o assassinato. Maddalena é chamada e “flirta” com o Duque. Gilda não tem meios de evitar a cena do Duque com Maddalena, pois é forçada a olhar. O Duque corteja Maddalena. Gilda amargura-se com as sombrias ameaças de Rigoletto. Maddalena, com pena do jovem, tenta convencer Sparafucile a matar outra pessoa em vez do Duque. Rigoletto vai embora e pede para que a filha saia da cidade. Gilda retorna, pois fica sabendo dos planos em relação ao Duque e resolve sacrificar-se pelo amado. Ela vai ao encontro de Sparafucile, que se esconde atrás de uma porta, aguardando o momento para executar o assassinato. A porta abre-se. Tudo está escuro. A vítima está escondida num saco. Muito feliz por estar concretizando sua vingança, Rigoletto está ansioso por jogar o saco no rio, quando, para seu horror, ouve a voz do Duque ao longe cantarolando. Rigoletto abre o saco e vê sua filha agonizando. Ela implora-lhe o perdão e morre. Rigoletto está transtornado, infeliz, a maldição de Monterone foi cumprida. (Fonte: Enciclopédia Wikipédia)
a Marcha Radetzky, de Johann Strauss pai.
Johann Joseph Wenzel Anton Franz Karl Graf RADETZKY von Radetz (Checo: Jan Josef Václav hrabě Radecký z Radče) (Trebnitz, Boémia, 2 de novembro de 1766 — Milão, 5 de janeiro de 1858) foi um marechal, nobre da boêmia e o mais importante líder militar austríaco da primeira metade do século XIX.
Serviu o exército por mais de setenta anos, sob o governo de cinco imperadores e participou de pelo menos 17 campanhas militares. Lutou nas guerras napoleônicas e é conhecido pela vitória na Batalha de Novara em 1849 contra o Reino de Sardenha na Itália. Foi imortalizado pela composição de Johann Strauß I, a Marcha Radetzky.
DANÚBIO AZUL
Obra-prima de Johann Strauss filho, Johann Strauß II, Johann Strauss Jr. ou Johann Sebastian Strauß. É filho de Johann Strauß I da família de compositores Strauß.
Estreou em 15 de Fevereiro de 1867. Há quem considere a famosa valsa o verdadeiro hino nacional da Áustria.
No tradicional Concerto de Ano Novo da Filarmónica de Viena, ao fim do concerto, o público sabe de antemão o que vai ouvir e não se importa que todos os anos seja a mesma coisa, para seu gáudio.
Todos os anos repetem-se duas obras clássicas, uma delas é a valsa Danúbio Azul, de Johann Strauss filho. A segunda, a Marcha Radetzky, de Johann Strauss pai.
O Danúbio Azul é uma peça para orquestra, que acabou mais identificada com a Áustria do que o próprio hino nacional do país.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
INVESTIGAÇÃO IMPARCIAL "BASTAQSIM"/ND REVELA: JORNAL DA MADEIRA PREJUDICA O PSD
O "Basta-Que-Sim" revela hoje em primeira mão um estudo a que procedeu em devido tempo, e que temos mantido sob reserva. A conclusão desse estudo é taxativa: O Jornal da Madeira prejudica a imagem do PPD. Só hoje achamos oportuno divulgar este estudo, no dia em que o Jornal Independente "Diário de Notícias" publica um estudo em que se demonstra que o PPD é uma vítima da RTP-Madeira. Assim, não há democracia que aguente. Voltaremos a este assunto, com comentários abalizados do professor Nicolau Venceslau Ladislau.
LA TRAVIATA, por Placido Domingo
"La traviata" (em português "A transviada" (em linguajar madeirense tradicional, "a levantada") é uma ópera em quatro cenas (três ou quatro actos) de Giuseppe Verdi com libreto de Francesco Maria Piave. Foi baseada no romance "A Dama das Camélias", de Alexandre Dumas Filho.
Acto I
Ópera de Giuseppe Verdi
É noite de festa na casa da dama da sociedade Violetta Valéry. Violetta, prometida ao Barão Douphol, é apresentada por seu amigo Gastone de Letorières a seu amigo Alfredo Germont. Gastone conta que ele já conhecia Violetta há algum tempo e amava-a em segredo. Alfredo, então, ergue um brinde a Violetta e faz-lhe uma declaração de amor.
Violetta responde a Alfredo que, sendo uma mulher mundana, não sabe amar e que só lhe poderia oferecer a amizade, sendo que Alfredo deveria procurar outra mulher. Mas ainda assim, entrega-lhe uma camélia que carrega entre os seios e solicita-lhe que volte no dia seguinte. Acabada a festa, Violetta permanece só e começa a se dar conta de quão profundamente lhe tocaram as palavras de Alfredo, um amor que ela jamais conheceu anteriormente.
Acto II
Violetta e Alfredo iniciam um relacionamento amoroso e vão morar numa casa de campo, nos arredores de Paris. Aninna, a criada de Violetta, conta a Alfredo que Violetta tem ido constantemente a Paris vender os seus bens, para custear as despesas da casa de campo.
Giorgio Germont, pai de Alfredo, visita Violetta e suplica-lhe que abandone Alfredo para sempre. Giorgio conta-lhe sobre sua família e especialmente sua filha, na Provença, e acredita que ver Alfredo envolvido com uma mulher mundana destruiria sua reputação.
Contrariada, Violetta atende as súplicas de Giorgio e lacra um envelope endereçado a Alfredo. Violetta parte para uma festa na casa de sua amiga Flora Bervoix e Alfredo lê a carta. Desconfiado de que Violetta possa tê-lo traído, Alfredo vai até a casa de Flora, para se vingar.
Acto III
A festa tem início com um grupo de mascarados que lhes proporcionam um divertimento. Violetta chega à festa acompanhada do Barão Douphol. Alfredo surge logo em seguida.
Alfredo começa a jogar com o Barão e ganha. No momento em que o jantar é servido, Violetta e Alfredo permanecem a sós no salão e Alfredo força-a a confessar a verdade. Violetta, mentindo, diz amar o barão. Furioso, Alfredo convoca todos para o salão e atira na cara de Violetta todo o dinheiro conseguido no jogo e desafia Douphol para um duelo. Violetta desmaia, Alfredo é reprimido por todos e a festa termina.
Acto IV
Violetta está doente e empobrecida, depois de se desfazer de todos os bens. Tomada pela tuberculose, recebe cartas de vários amigos e uma, em especial, chama a atenção. É de Giorgio Germont, arrependido por ter colocado Violetta contra Alfredo.
Giorgio e Alfredo visitam Violetta, e eles todos se reconciliam. Violetta e Alfredo começam a fazer planos para a vida depois de que Violetta se recupere. Entretanto, Violetta está muito debilitada fisicamente e começa a sentir o corpo desfalecer. Entrega a Alfredo um retrato seu e avisa-o para que o entregue à próxima mulher por quem ele vier apaixonar-se. Violetta sente os espasmos da dor cessarem, mas, em seguida, expira.
(Fonte: wikipédia)
SOLE MIO
O Sole Mio é uma das mais famosas canções folclóricas napolitanas, foi composta no final do século XIX no ano de 1898. A música foi gravada pela primeira vez por Giuseppe Anselmi em 1907. Originariamente existia em versão napolitana.
Versão Italiana
Che bella cosa una giornata di sole,
un'aria serena dopo la tempesta!
Per l'aria fresca pare già una festa...
che bella cosa una giornata di sole!
Ma un altro sole
più bello non c'è
il sole mio
sta in fronte a te
Il sole, il sole mio,
sta in fronte a te
sta in fronte a te
Luccicano i vetri della tua finestra,
una lavandaia canta e si vanta...
mentre strizza, stende e canta.
luccicano i vetri della tua finestra!
Ma un altro sole
più bello non c'è
il sole mio
sta in fronte a te
Quando fa sera e il sole se ne scende,
mi viene quasi una malinconia...
Resterei sotto la tua finestra,
quando fa sera ed il sole se ne scende.
Ma un altro sole
più bello non c'è
il sole mio
sta in fronte a te
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO MENTAIS 34 ANOS DE POIS DE ABRIL
"Esta saída compulsiva do PS acabou por ser benéfica a Pedro Miguel Neves. "Há pessoas que voltaram a falar comigo, pessoas que tinham deixado de falar desde que fui eleito pelas listas do PS". Nisto, o deputado municipal assume que foi "muito discriminado" e como justificação faz uma observação interessante. "Na Madeira é fácil ser-se do PSD. Difícil é ser-se do PS. Foram várias, as pessoas que deixaram de falar comigo. No início isso custou-me".(Diário de Notícias)
Passados 34 anos sobre o 25 de Abril ainda há gente que julga que a existência dos outros depende da sua interlocução. Ainda deixam de cumprimentar só porque um cidadão se candidata por um partido da oposição. Eu por acaso também já presenciei essa cena: indivíduos do PPD muito simpáticoS, se expendo críticas pública ao PS, e baixando a cara, se critico o PPD. Julgam que o mundo é o seu umbigo. Ridículo, puramente ridículo. Vão bugiar. Eles é que não existem para a democracia!
Colocá-los onde eles estão é o que se impõe: na clandestinidade da democracia. E deixem de julgar que lhes assiste o direito de mandar para campos de concentração mental, já que não podem ser físicos, os que não pensam como eles. Ainda não perceberam que se há alguém que vive rodeado de arame farpado são eles.
P.S. - essas pessoas que deixaram de falar merecem um "bom dia, o tempo está bom", e "adeus, passe muito bem", e mais nada!
PARA QUE O MUNDO NÃO SE ESQUEÇA
"É uma questão de História lembrar que, quando o Supremo Comandante das Forças aliadas, General Dwight D. Eisenhower encontrou as vítimas dos campos de concentração, ordenou que fosse feito o maior número possível de fotos, e fez com que os alemães das cidades vizinhas fossem guiados até aqueles campos e até mesmo enterrassem os mortos.
E o motivo, ele assim explanou: " Que se tenha o máximo de documentação - façam filmes - gravem testemunhos - porque, em algum ponto ao longo da história, algum bastardo se erguerá e dirá que isto nunca aconteceu".
Relembrando:
Esta semana, o Reino Unido removeu o Holocausto dos seus currículos escolares porque "ofendia" a população muçulmana, que afirma que o Holocausto nunca aconteceu...
Este é um presságio assustador sobre o medo que está atingindo o mundo, e o quão facilmente cada país está se deixando levar.
Estamos há mais de 60 anos do término da Segunda Guerra Mundial.
Este e-mail está sendo enviado como uma corrente, em memória dos 6 milhões de judeus,20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos, e 1900 padres católicos que foram assassinados, massacrados, violentados, queimados , mortos de fome e humilhados , enquanto Alemanha e Rússia olhavam em outras direcções.
Agora, mais do que nunca, com o Irão, entre outros, sustentando que o "Holocausto é um mito", torna-se imperativo fazer com que o mundo jamais esqueça.
A intenção em enviar este email, é que ele seja lido por 40 milhões de pessoas em todo o mundo.
Seja um elo desta corrente e ajude a enviar o email para o mundo todo.
Não o apague. Você gastará, apenas, um minuto do seu tempo a reencaminhá-lo".
In "Conspiração às 7".
domingo, 24 de fevereiro de 2008
A MUDANÇA É LEGÍTIMA. A TRAIÇÃO E O ESTATUTO DE INFILTRADO, ISSO É - EXECRÁVEL!
"«Quem já esteve nas fileiras do PSD e assumiu que foi militante foi o presidente do PS»", recordou Isidoro" (Diário de Notícias). O líder parlamentar do PSD lançou o labéu, o Presidente do PS desmentiu mas o líder do MPT insiste, sabendo que é falso. E depois diz que não está ao serviço do PSD. Porém, a questão essencial é esta. O líder do PS até poderia ter estado no PSD - José Sócrates esteve na JSD - João Carlos Gouveia poderia até ter passado por outros partidos - CDS, PRD, PCP - Mário Soares já lá esteve. As pessoas podem, legitimamente, mudar de opinião - o que não podem - e isso é que é grave - e isso é que é traição - estar inscritas num partido e servir a causa de outro. E disso, estar no PS ao serviço do PPD, eu já vi muito...
A RTP-MADEIRA TEM GENTE ATRÁS DA PORTA?
O PPD farta-se de atacar o PS e nada. A RTP não vai buscar a resposta do PS, mas já se for o PPD a ser atacado, a RTP até se dá ao desplante de dar primeira resposta para então passar a crítica. Agora, parece que também o MPT tem o mesmo direito que o primo (PPD).Será que a RTP tem gente do PPD e do seu primo bastardo (MPT) atrás da porta pronta a responder a tudo? E que tal mais umas portas, uma para cada partido?
A BENGALA
sábado, 23 de fevereiro de 2008
DISCURSO DE JOÃO CARLOS GOUVEIA NA ALR
Excelentíssimo Senhor Presidente
da Assembleia Legislativa da Madeira,
Senhoras e Senhores Deputados,
Os madeirenses não são um povo superior, nem, muito menos, medíocres, como alguém, com superiores responsabilidades na Região, quis fazer crer numa entrevista televisiva.
Os madeirenses são portugueses que vivem em duas ilhas, no meio do Oceano Atlântico, entre a terra exígua e a imensidade do mar, em relação aos quais, por tais circunstâncias adversas, podemos referir uma singularidade extrema, enquanto identidade sociológica.
Nas palavras de Miguel Torga, os madeirenses são ímpares. Segundo ele, há uma forma telúrica de os madeirenses viverem as suas próprias vidas, confrontados que estão permanentemente com o abismo que se faz entre as serras e o mar.
Se somos, desde sempre, marcados indelevelmente pelo oceano, é da terra abrupta que a seiva madrasta escorre, durante séculos e séculos da nossa existência, num acto simultâneo de desbravamento da ilha e da sementeira da injustiça.
E se temos uma paisagem natural belíssima, há uma outra, que foi crescendo com os homens, terrivelmente negra, sob a roda do tempo da História, expressa na fome, na pobreza, na ignorância e na servidão. Arroteámos a terra, é verdade, para sobrevivermos, mas arroteámos também a terra para robustecermos o chicote dos poderosos.
Esta é a nossa herança, a canga do nosso calvário para sermos homens e mulheres de corpo inteiro perante o abismo, não daquele que fala Miguel Torga, mas o abismo do “apartheid” social, que ganhou raízes desde os primórdios do povoamento.
Por mais que as nossas elites do passado longínquo estivessem abertas à inovação tecnológica, ao comércio internacional e à intercomunicação cultural com os outros povos, o peso anacrónico da organização social e económica vinculada aos princípios feudais conduziu-mos à submissão, à miséria e ao subdesenvolvimento.
Sempre uns poucos madeirenses escravizaram muitos madeirenses; sempre as instituições políticas locais estiveram ao serviço das minorias privilegiadas e cruéis; sempre uns poucos espoliaram e enganaram a grande maioria dos madeirenses; sempre os grupos económico-sociais exteriores, particularmente estrangeiros, dominaram as actividades mais rentáveis das duas ilhas.
Esta é a nossa História. Uma História que versa sobre a riqueza de uns quantos, gerada pelo suor de muitos; uma História que versa sobre a servidão de quase todos, perante os caprichos inconfessáveis dos senhores de ocasião.
Fizeram a diferença aqueles que sempre fugiram às amarras dos pequenos déspotas e que, no regresso, impuseram a sua condição de homens livres, perante os que sempre os espezinharam e os dominaram pela rédea curta da ignorância.
Sempre houve madeirenses que enganaram outros madeirenses; madeirenses que roubaram o pão a outros madeirenses. E sempre os que mais exploraram foram os que mais semearam a mentira e a ignorância. Só pela mentira e pela ignorância é que os parcos recursos de muitos poderiam ser distribuídos por tão poucos.
A nossa expressão popular “abrir os olhos” tem laivos de uma heroicidade rasteira, na complexidade da interacção social. Tanto assim que, para os poderosos das duas ilhas, mentir aos madeirenses sempre foi uma estratégia de poder.
Sempre foi assim na Madeira Feudal, na Madeira Mercantil, na Madeira Velha e na actual Madeira Nova: mentir, mentir, para melhor poder enganar; mentir, mentir, para melhor poder sugar os recursos de todos aqueles que vivem em duas ilhas, entre a terra exígua e a imensidade do mar, configurando-lhes, claro está, uma singularidade extrema, como referi anteriormente, perante a escassez dos recursos naturais e pela inqualificável estratificação social.
Numa terra tão pequena e de parcos recursos, com uma população tão numerosa, somos levados a nos questionar como é que, ao longo da História da Madeira, sempre um pequeno grupo social pôde chamar a si toda a riqueza gerada, perpetuando o domínio e a submissão de toda uma sociedade, sem que o poder centralizador do Estado em nada remediasse a desordem regional instalada, cerceasse as dinâmicas económicas regionais abjectas e travasse a implantação dos monopólios de umas quantas famílias estrangeiras.
Esta é a matriz histórica das gentes destas duas ilhas que constituem o Arquipélago da Madeira, por parte daqueles que, em cada momento histórico, dominaram e dominam os madeirenses: mentir e sugar. Mentir para melhor sugar; sugar para melhor mentir. Assim se perpetuaram o domínio e o poder de uns poucos sobre muitos.
Sempre o poder central foi indiferente a esta singularidade extrema de que vos falei. E quando os ventos do 25 Abril aqui aportaram, dias depois, devolvendo a esperança a todos e a cada um dos madeirenses, logo os poderosos das ilhas encontraram tranquilamente o seu corifeu, talhado à sua medida, sob o melhor traje salazarento.
Com um requinte de malvadez de fino porte, usurparam, num primeiro momento, uma visão iluminista de forma de governo para estas duas ilhas da tradição liberal de esquerda, a Autonomia, como contraponto aos ideais libertadores do 25 de Abril, para depois, num segundo momento, normalizada a ruptura histórica do país e instaurada a nova arquitectura jurídica-constitucional, onde estão consignados os princípios autonómicos, voltarem de novo a usurpar o modelo de democracia representativa, parlamentar e pluripartidária, fazendo, na prática, do regime autonómico actual um regime de partido único.
O ódio ao 25 de Abril foi (e é) tão grande que encetaram uma deriva nacionalista, de que hoje os madeirenses são as primeiras vítimas. Como poderiam os poderosos destas duas ilhas conviver com a Liberdade, a Democracia e a Justiça Social?
O suposto desenvolvimento económico e social destes últimos trinta anos seguiu o mesmo princípio: numa terra tão pequena e de parcos recursos, com uma população tão numerosa, um pequeno grupo social pode chamar a si toda a riqueza gerada, perpetuando o domínio e a submissão de toda a sociedade.
Tanto assim é que o nacionalismo madeirense dos novos senhores da Madeira e do Porto Santo obedece ao mesmo princípio de mentir para melhor sugar e de sugar para melhor mentir, para que se perpetue o domínio e o poder de uns poucos sobre muitos.
Por isso mesmo, o embuste monumental de transformar o PSD-Madeira num movimento nacionalista, confundindo propositadamente centralismo com colonialismo, conduziu-nos a esta grave crise financeira, com consequências devastadoras em termos sociais e económicos.
Se este embuste colossal constitui a trave mestra de toda a orientação estratégica do poder político regional destes últimos trinta anos, os novos senhores das ilhas repetem o que os velhos senhores sempre fizeram: mentir para melhor sugar e sugar para melhor mentir, para que se perpetue o domínio e o poder de uns poucos sobre muitos.
A convocação, na prática, de eleições há precisamente um ano, constituindo um colossal logro, enquadra-se nos princípios formulados. E a prova é que o actual governo regional não governa.
O Senhor Presidente do Governo Regional não governa, porque sempre os poderosos destas duas ilhas governaram para os mais privilegiados entre os madeirenses, mas agora, com o agravante, de ter de governar para uma minoria sedenta de poder e de dinheiro fácil. Tudo isto sob o lastro do ideal nacionalista de vocação totalitária.
Se não governa para a maioria dos madeirenses não é porque não saiba, é porque não quer. Porque se quisesse, teria posto a sua inteligência e o seu saber ao serviço de todos. Não o fez, dando a ideia até de que só sabe fazer uma coisa na vida: ganhar eleições, o que não lhe será difícil, tendo em conta a génese e a consolidação do regime autonómico.
Se quisesse governar para todos os madeirenses, o resultado da sua governação teria sido outro. E não se pode queixar de ninguém. Teve tudo nas suas mãos, como os antigos senhores feudais: poder arbitrário, abundância de dinheiro e submissão total.
Faltou-lhe acreditar nos madeirenses, na sua capacidade de trabalho, na sua inteligência e na sua força transformadora. Por isso, podemos afirmar categoricamente que, no que respeita ao exercício poder, o actual presidente do Governo Regional não trouxe nada de novo aos madeirenses. A não ser um conjunto muitíssimo significativo de infra-estruturas e obras públicas que os autocratas e os ditadores sanguinários de todo o mundo costumam apresentar como seu legado histórico.
Só isto e nada mais. E o que é mais grave é que os desafios de hoje e os desafios do futuro, para os madeirenses, são muito mais difíceis de realizar do que aqueles que foram colocados à governação regional, em Março de 1978. Um tempo de governação próximo dos recordes de Salazar e de Fidel Castro.
O Senhor Presidente do Governo Regional não tem condições políticas nem vontade pessoal para enfrentar os desafios do futuro dos madeirenses, porque não está ser capaz de resolver os problemas criados por si próprio, de que ele é o único responsável.
Está atolado, num beco sem saída. O que é isso de trabalhadores do conhecimento e de novas tecnologias? O que é isso de Estratégia de Lisboa? O que é isso dos madeirenses terem altas qualificações? O que é isso de haver empresas competitivas na Região? O que é isso de mérito? O que é isso de responsabilidade individual? O que é isso de trabalhar para atingir determinados objectivos? O que é isso de criar e distribuir riqueza?
Diz o bom senso que se governar tivesse o mesmo significado que trabalhar, e não fosse um mero expediente de perpetuação do exercício do poder, governar para todos os madeirenses seria tão cansativo que ninguém suportaria trinta anos de trabalho árduo.
Aqui está o busilis da questão: a cegueira em relação ao ideal nacionalista madeirense de vocação totalitária é imperdoável e foi germinada no combate violento contra aqueles que professavam os ideais de Liberdade, Democracia e Justiça Social.
(...) Da nossa parte, da parte do PS-Madeira, não vamos baixar os braços. Com a nossa determinação e o nosso trabalho hercúleo, saberemos merecer a confiança dos madeirenses para que possamos mudar o Porto Santo e a Madeira, duas ilhas bem portuguesas plantadas no Oceano Atlântico
Tenho dito.
Assembleia Legislativa da Madeira, 20 de Fevereiro de 2008
João Carlos Gouveia
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
SELECÇÃO DE FUTEBOL DA MADEIRA JÁ TEM CLAQUE: 10% APOIA SOLUÇÕES ANTIPATRIÓTICAS
DISCURSO CONTRA LISBOA DÁ VOTOS MAS FAZ EFEITO DE RICOCHETE SOBRE O SEPARATISMO
Afinal, o discurso contra Lisboa, acusada de ter posto a Madeira a pão e água, tem efeito de ricochete contra o separatismo. A ideia de que Lisboa é a culpada da crise tem dois efeitos contraditórios: num primeiro momento, o PS-M paga com uma pesada derrota a acusação do corte de verbas para a Madeira do Governo de Lisboa; mas, por outro lado, inconscientemente a mensagem que está a ser passada é de que a sobrevivência económica da Madeira depende dessas verbas. Resultado: se veleidades havia quanto a essa questão, o que se conseguiu dizer ao Povo da Madeira com essa mensagem política é a de que ainda precisamos muito do Orçamento de Estado, quando o mais natural seria dizer, ao cabo de 32 anos, era: passem muito bem, mas a nossa Autonomia está sólida, recomenda-se e atingimos um tal grau de desenvolvimento que já estamos disponíveis para ser solidários com outras regiões do País que não tiveram as oportunidades que nós tivemos. Não foi isso que aconteceu e o separatismo desvairado sai amplamante derrotado. Viva Portugal eterno! - dizem 90% dos Madeirenses. E os outros 10% não se governam, vão pregar para outra freguesia!
NA VARANDA OU NAS RUAS DA CIDADE: ONDE ESTAVAM OS SEPARATISTAS?
OPERAÇÕES PORTUÁRIAS - ARTIGO DE GREGÓRIO GOUVEIA NO TRIBUNA DA MADEIRA
“Monopólio” das Operações Portuárias
GREGÓRIO GOUVEIA
O ano de 1990 marcou uma das mais significativas fases da história da reestruturação do Porto do Funchal com a concessão das «Operações Portuárias» (OP) a uma empresa privada e a constituição do Órgão de Gestão da Mão-de-Obra Portuária (OGMOP).
Para isso foram necessárias reuniões, actas dessas reuniões e decisões consubstanciadas em protocolo definidor das regras e procedimentos a seguir.
Foram agentes activos da reestruturação do Porto do Funchal a então designada Secretaria Regional da Administração Pública, a ACIF, o Sindicato Livre dos Carregadores e Descarregadores dos Portos da Região Autónoma da Madeira, o Sindicato dos Estivadores Marítimos do Arquipélago da Madeira e as empresas com capacidade de exerceram a actividade de operações portuárias: a OPM-Sociedade de Operações Portuárias da Madeira, Lda e a Funchaltráfego.
Para a reestruturação do Porto do Funchal foi necessário reformar antecipadamente alguns trabalhadores, pagando-lhes prémios de adesão. Mas ao contrário do que seria normal esses prémios serem suportados pela Região, foi entendido que seriam “assumidos pelos empresários do sector”.
Como a empresa Funchaltráfego, na altura, não quis aderir às operações portuárias, quem assumiu o pagamento dos prémios foi a OPM. Estiveram em causa cerca de 460 mil contos para pagamento de 3.550 contos a cada um dos 130 reformados antecipadamente “por desajustamento tecnológico”.
De acordo com um Protocolo, datado de 28/12/1990, a OPM “pagará aos trabalhadores portuários, que reúnam as condições previstas na legislação para poderem requerer a reforma por desajustamento tecnológico no acto da sua desvinculação do sector portuário, o total de 3.550.000$00, assim descriminados:
a) Prémio por adesão ao licenciamento pelo trabalhador portuário 3.000.000$00;
b) Indemnização pelo Esquema Portuário Complementar de Reformas 550.000$00”.
Também de acordo com o referido Protocolo, a partir do dia 1 de Janeiro de 1991, os sindicatos
dos Carregadores e Descarregadores e o dos Estivadores deixaram de cobrar à Direcção Regional dos Portos “as taxas do tráfego de mercadorias”, mas cada Sindicato receberia 500 contos mensalmente para gastos de acção social, a serem entregues pelo “OGMOP ou quem o substituir”, bem como outros 500 contos por mês para o OGMOP utilizar as “instalações dos Sindicatos”, valores esses que seriam “actualizados, em Janeiro de cada ano na mesma proporção do aumento da massa salarial dos trabalhadores portuários”.
Por sua vez, a Direcção Regional dos Portos cobraria transitoriamente dos armadores e operadores portuários “valor fixo por tonelada/carga, e entregá-lo-á ao OGMOP/RAM ou sua Comissão Instaladora”.
Não raras vezes foi dito e redito que as Operações Portuárias no Porto do Funchal, agora no Caniçal, são um autêntico monopólio comercial. Com uma agravante que é o facto da APRAM (empresa pública que gere ao portos) não ser actualmente a detentora do equipamento do Porto, mas é pertença da empresa que tem a concessão de tais Operações.
Quanto ao monopólio convém ter em conta que, naquele ano de 1990, existiam a OPM e a Funchaltráfego com capacidade de concorrerem às operações portuárias no Porto do Funchal, ambos associados da ACIF.
Do que então se verificou, e ficou em acta como conclusão:
“1 - A O.P.M. irá assumir as responsabilidades resultantes do pagamento dos prémios de adesão nas condições negociadas pela CNP;
2 – A Funchaltráfego face ao entendimento supra aguardará o momento que entender estarem reunidas as condições que lhe permitam exercer a actividade de operador portuário;
3 – Quer na legislação que irá regulamentar a actividade dos operadores portuários quer no órgão de gestão de mão-de-obra a ser criado na RAM, as posições empresariais defenderão sempre condições de igualdade de acesso à actividade de operador portuário na RAM”.
Face ao que se passou em 1990, é erróneo falar-se em monopólio, ou de entraves à entrada de outros operadores, quando ficou claro em acta que a “OPM (…) assumirá também, se não existirem mais operadores portuários em condições de o fazer, a responsabilidade pela totalidade dos montantes necessários não condicionando a situação de privilégio no futuro, pelo facto de assumir a referida totalidade”.
Mas tendo em conta o que se passou posteriormente com o desmantelamento dos equipamentos que pertenciam à APRAM, qualquer novo operador portuário, que pretenda entrar no sistema criado, depara-se com uma de duas situações: ou adquire equipamento próprio para instalar no Caniçal (se for rentável fazê-lo), ou aluga o equipamento já instalado pertença da OPM.
Ora, sob o ponto de vista do equipamento portuário, o monopólio só não existe de direito mas sim de facto…
EMBATE ENTRE A FLAMA E O PS NA INAUGURAÇÃO DA ALR: O BASTA QUE SIM ESTAVA LÁ
Na inauguração da Assembleia Regional, presidida pelo social-democrata Emanuel Rodrigues, no percurso entre o edifício da Assembleia e o Palácio de S. Lourenço, enquanto a comitiva em que estava Mário Soares, Primeiro-Ministro, Sá Carneiro, Ramalho Eanes, Presidente da República, enquanto o povo do Concelho Socialista do Funchal, onde o PS fora o partido mais votado nas legislativas nacionais, saudava Mário Soares, grupos organizados da Flama ensairam a arruaça, com insultos ao líder socialista. O Basta-que-sim, com outros socialistas, entre eles a saudosa Alice Bela, gritava sloganes em defesa do líder histórico do PS, fazendo, lado a lado com o grupo separatista, a defesa na rua dos ideais do PS, no percurso entre a Assembleia e a Fortaleza. Bons velhos e heróicos tempos!
O BASTA-QUE-SIM ASSISTIU DE PERTO À GUERRA DAS BANDEIRAS FLAMA/MRPP
Todas as manhãs, ainda o "Basta-Que-Sim" não atingira os verdes vinte anos, e deparava-se com uma nova bandeira "postada" na Estrada Conde Carvalhal na então Escola Hoteleira. O basta-que-sim tinha colegas do MRPP e da Flama e não alinhou nem com uns nem com outros. Não aceitou a dicotomia salazarista do preto e branco, nem neste caso, a dialéctica que impunha que ou se estava de azul e amarelo ou da revolução vermelha maoísta.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
"AMIGO, ANDA, NÃO FIQUES NA VARANDA" - O BASTA QUE SIM NÃO ESTEVE LÁ!
O basta-que-sim lembra-se perfeitamente das palavras de ordem da manifestação - "amigo, anda, não fiques na varanda" e "se isto não é o povo, onde é que está o povo?" - a cidade foi abandonada, o povo de esquerda saiu da cidade, que ficou vazia, uma cidade que votou à esquerda depois no ano de 1976, mas o basta que sim assistiu a tudo - eles passaram junto ao Hotel Voga (onde fica mais ou menos hoje a Loja do Cidadão). O Basta-que-sim já tinha dezanove anos e sabia o que queria. Não estava com eles, nunca esteve nem há-de estar, nem aceita embaixadores deles. Ah, o Basta-que-sim também não esteve no Congresso Laranja que convidou os "homes bõs" dos Concelhos que não eram PPD. Nem naquele que organizou painéis e declinou o convite para participar no Painel sobre Comunicação Social, então como colunista do Tribuna da Madeira. O Basta-Que-Sim não estava na varanda, é certo, mas não integrou a manifestação que iniciou a longa marcha laranja que ainda não terminou. E teve maus agoiros do destino temporal daquela marcha. Esteve a vê-los passar mas já então uma longa uma imensa muralha metafísica nos separava. Viu-os passar e voltou-lhes as costas. Para Sempre.
(N. R. - Esta mensagem destina-se aos "olhos e aos ouvidos do imperador" que costumam pousar os seus faróis abelhudos neste blog, ouviste(s)?.)
CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE COM O X GOVERNO CONSTITUCIONAL DA REGIÃO
O senhor deputado independente do PS, Carlos Pereira, disse hoje na Assembleia Legislativa que o X Governo da Região não era o culpado da crise que a Madeira atravessa mas sim dos Governos anteriores da Região. É óbvio que tem razão. Então haja coerência.
O Basta-que-Sim, que, modéstia à parte, nestas coisas costuma ser imparcial, não obstante a sua já distante militância socialista, raiavam os anos de 70 e ouvia-se em a Voz da Liberdade lá em casa - "Esta é a voz da liberdade, Frente Patriótica da Libertação Nacional, Argel, Argélia", altas horas da noite - à Meia-Noite e um Quarto, no "mediator" verde, baixinho, com muitas interferências, da onda média para onda curta e muitas pancadas na telefonia, e segui-se a visita a Londres de Mário Soares, não pode deixar de cumprir a sua missão em nome dos factos.
Na verdade, o X Governo Constitucional da Região, de base parlamentar PPD-MPT, recebeu uma pesada herança dos Governos Constitucionais Regionais anteriores, e, por isso, não se compreende esta sanha de querer que tudo se faça em nove meses, ainda é uma criança - podemos dizer mesmo que está no período de gestação ou de incubação e já querem que a criança ande. Parecem, para usar uma imagem felícissima desse eminente estadista, Pedro Santana Lopes, seres abomináveis a dar pontapés no berço do bebé, passe a redundância.
Este X Governo Constitucional, como diz Carlos Pereira e bem, recebeu do IX Governo uma Região em crise em todos os sectores e esta oposição irresponsável quer que tudo se faça de uma vez. Por isso, faço um apelo a todos: escrevam para os blogues, cá para nós, o escol da análise e da crítica política e não apenas, deixem-me dizer à moda do meu tempo "o scol da nação", denunciem nos artigos, escrevam cartas para os jornais, participem nos fóruns (ou fora) - a culpa da Crise grave que a Madeira atravessa é da inteira responsabilidade dos 9 anteriores Governos Constitucionais que governaram a nossa queridídissma região. E só uma oposição míope é que o não vê.
Força, companheiros: a culpa dos outros; a culpa é dos 9 governos Regionais anteriores. Não é do X Governo Constitucional PPD/MPT. A culpa vem de trás. Ou, quando muito, é do Sócrates, claro.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
TERMINOU A GRANDE SONDAGEM "O CÉU É ROXO OU NÃO É ROXO" - RESULTADOS REVELAM QUE A VIDA DOS DELFINS NÃO ESTÁ FÁCIL
O Basta que sim revela hoje os resultados da sondagem a partir da frase do Chefe "O Céu é Roxo?"
RESULTADOS:
Sim - 15%
Talvez - 10%
Pode ser que sim - 15%
Sabe-se lá - 57%.
O nosso comentador residente, Nicolau Venceslau Ladislau, comenta em exclusivo para o "Basta-Que-Sim" os resultados desta Sondagem DN/Bastaqsim.
Baste-que-sim (BQS): qual o signficado desta sondagem quanto ao apoio que as palavras do Chefe ainda merecem?
Professor Nicolau Venceslau Ladislau (NVL) - esse é o dado talvez mais importante: apenas 15 por cento dos entrevistados dão incondicionalmente o seu apoio àquilo que pensa o chefe.
BQS - No entanto, temos ainda 1O por cento que responde talvez e outros 15 por centos ainda admitem que sim, que ele tem razão.
NVL - Justamente, o que significa, por exclusão de partes, que há um total de 25 por cento que não questiona directamente o chefe e até admite que sim, que ele pode ter razão, o que não deixa de ser significativo, dado que somado aos 15 dá quanto, olha dá...
BQS - E que conclusão tira dos 57% de sabe-se lá?
NVL - Ora aí é que é que está. Esses 57% está completamente desorientado, descrente e sem rumo. Ou seja, partindo da palavra do Chefe, o sentimento predominante é o de que a incerteza quanto ao estado das coisas é óbvio. Mas, por outro lado, não havendo ninguém na equipa do Chefe que lhe proponha novos céus e novas terras, não se atrevem a pôr directamente em questão a verdade cromática do chefe.
BQS - Isso signfica que não há nenhum delfim que aponte para o Céu e faça levantar as cabeças?
NVL - "Touché". Aí é que bate o ponto. Os delfins não são gente de confiança da população. E essa mole humana do Partido do chefe, desorientada e que caminha sem rumo, pode voltar atrás e confiar nas cores com que o Chefe apresenta o cenário. É isso que aponta a maioria do Sabe-se lá, ou seja, em último caso, o Partido volta-se de novo para a palavra do Chefe.
BQS - Então, o Chefe fica?
NVL - Sabe-lá!
(Brilhantes, estas palavras finais do Professor Nicolau Venceslau Ladislau!)
NOTA DA REDACÇÃO - o Basta-Que-Sim reservou-se o direito de não colocar ao Professor Nicolau Venceslau Ladislau propostas com que certos sectores (aumento do subsídio de insularidade, comissão para a ciência, comissão para avaliação do PIB, comissão sobre a correcção), propostas com que, aliás, esses sectores procuram distrair o povo, desviando-o de assuntos vitais e fundamentais para o nosso futuro. Julgamos mesmo, modéstia à parte, que coisa assim com este nível já não se via desde há muito, só mesmo os inquéritos tipo "O Chefe diz palavras feias?" ou "Concorda que o Palácio é nosso ou prefere que ele seja da Região?" ou "Os vestidinhos da Snha Mariazinha são de tafetá ou de popeline"?
GOVERNO PPD-MPT AUMENTA A ÁGUA
Lido no urbanidades:
"Dr. Alberto João Jardim aumenta o preço da água aos madeirenses!
O Governo Regional, desde que tomou posse, não tem governado, mas quando tenta fazer alguma coisa, só se lembra em prejudicar os madeirenses, aumentando, sem apelo nem agravo, o seu custo de vida.
Desta vez, decidiu aumentar o preço do fornecimento de água potável às câmaras municipais. O aumento ronda os 12,7%, na sequência da aprovação do novo tarifário a praticar pela Investimentos e Gestão da Água (IGA), aprovado no Conselho de Governo de 7 de Fevereiro último.
As Câmaras nem foram alertadas para esta grande afronta aos munícipes, souberam quando receberam a factura do IGA para pagar.
Sem dúvida que agora, a factura da água paga pelos madeirenses será agravada substancialmente".
(título da postagem e colocação de símbolos da responsabilidade do Basta-que-sim)
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