domingo, 30 de agosto de 2009

A campanha contra o pulha (transcrito do Jornal da Madeira, sem receio dos pruridos de algumas vestais socialistas e neoliberais, paradoxo)

ANA MARIA ABREU DOS SANTOS
A campanha contra o pulha

Estamos em época de campanha, e acordo todos os dias com cartazes repetindo-se ano após ano, século após século, apregoando a todos os ventos, as suas capacidades invejáveis de “solucionadores de problemas” e foi então que pensei porque não fazer a minha campanha, não uma campanha com data marcada, mas sim para um momento de esperança, para um dia em que todos juntos, podemos desenhar o nosso cartaz com “Matei o Pulha do Cancro”
Vamos Acabar Com o Cancro é o Lema da Minha Campanha, concordo, um pouco repetitiva, mas que se assim não for nunca chegará aquele dia, o dia D da história da Ciência, na qual será subtraído dos Anais da Medicina a palavra Cancro, dando lugar a uma outra, Conseguimos.
É de conhecimento geral que todas as doenças de um modo geral alteram os hábitos familiares e não é diferente com o Cancro. Sei do que falo, pois como milhares de Humanos por este mundo fora, faço parte dessa “Elite” que sem querer foi nomeada para consigo levar a sabedoria intrínseca, a única que nenhum técnico nenhum doutor saudável pode dizer, que conhece, pois é preciso passar por ela para percebermos o SEU SIGNIFICADO, mas temos que saber conjugar esse novo estilo de vida para que com todo carinho e amizade possamos ajudar cada membro dessa “elite” a saber ultrapassar os momentos menos bons, dando-lhes incentivos para a luta através de uma qualidade de vida. Pode ser desgastante, mas valerá a pena.
Não sou Doutora nem graduada em Ciências Médicas e Hospitalares, não sou Técnica de Enfermagem, mas Eu falo de cancro, pois é uma palavra que faz parte do meu vocabulário, do meu dia-a-dia, e com a qual me habituei a conviver por todo o lugar por onde vá, porque simplesmente quis o destino que eu fosse uma espécie de mensageira da palavra, a qual não tenho medo de repetir, nem de dizer, pois sou apologista de quanto mais falo dele mais ele se afasta de mim.
E é com este sentimento que eu IMPLORO a todos os madeirenses portadores ou não desta tão afamada fatídica doença, que se juntem ao Núcleo da Liga Portuguesa Contra o Cancro para juntos combatermos esta serpente que pode fazer das nossas VIDAS o seu Ninho.
Acreditem O Cancro não escolhe doutrinas, não escolhe raças nem faixas etárias, muito menos estatutos sociais, por isso não pensem que voltando as costas ao problema vão conseguir passar despercebidos e que o vosso caminho seguirá sem mancha alguma no curriculum da vida.
Cada vez mais pessoas vivem com cancro, mas novas formas de tratamento aparecem dia após dia, dando-nos a certeza que, com este tipo campanha, chegaremos à ao primeiro lugar do pódio, aonde a medalha de lata será substituída pela de ouro, que significa Luz e Poder.
Ter cancro não implica necessariamente que vamos morrer, nada que se tenha feito pode implicar o aparecimento do Cancro, ele não é contagioso, não se transmite de pessoa em pessoa, se alguém da tua família ou amigo tem cancro não significa que tu também serás automaticamente escolhido para carregares esse fardo de pedras pesadas, que podem um dia cair e de novo dar lugar á vida.
No entanto todos sabemos que ao adoptarmos hábitos saudáveis de vida, é um passo para libertação.
Eu escolhi ser voluntária da Liga Portuguesa Contra o Cancro, porque o pouco que eu possa dar a esta causa pode marcar a diferença, e foi com esse sentido de responsabilidade que eu resolvi juntar-me ao American Cancer Society, através do seu grandioso projecto de “Relay for Life” que em Portugal dá pelo nome de “Um Dia Pela Vida”, que tem vindo a juntar cada vez mais pessoas nos variadíssimos locais por onde tem passado deste mundo imenso que por vezes apelidamos de TO, por nos parecer tão pequeno, e cujos voluntários e sobreviventes se juntam para que cada vez mais pessoas possam dizer “Foi difícil mas eu consegui vencer”
Um dia Pela Vida, vive na Madeira e é conhecido pelo seu primeiro nome “Olá Funchal” e tem juntado bastantes adeptos da causa não significando que sejam de todo o número necessário para dar cabo do “bicho ruim” como ainda hoje em pleno século XXI, é denominado, por isso torno a pedir, desta vez de joelhos, que se juntem a esta causa, lutem por uma saúde melhor, e que no dia 26 de Setembro do corrente ano, dia do encerramento deste grandioso “movimento Humano”, se juntem a nós no Parque de Santa Catarina aonde o Cancro vai dar lugar a muitas horas de festa e alegria, misturados de um sabor agridoce aquando celebrarmos todos aqueles que graças a Deus conseguiram até hoje superar a doença, lembrarmos dos que partiram mas que nunca serão esquecidos, e lutar para que cada vez mais o Cancro se torne fumaça e no seu lugar fique apenas uma recordação longínqua de maus momentos que graças á Ciência, juntamente com a força desta massa Humana, conseguimos eliminá-lo das nossas vidas dando lugar á VITÓRIA.
Juntos Caminhamos Contra o Cancro.

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