A direcção nacional do PSD ensaiou anteontem no Algarve uma nova estratégia de combate ao PS: judicializar o discurso, acusando o Executivo de Sócrates de estar "sob suspeita" em vários 'dossiers' - caso Freeport, por exemplo. O PS respondeu ontem, por Vieira da Silva: "Combate político ao seu mais baixo nível." "Não deixaremos de denunciar campanhas negras"
O primeiro-ministro, José Sócrates, tem uma "visão retrógada e sovietizada, que não dá liberdade às pessoas, não confia nelas nem na iniciativa privada", estando o País a debater-se com um "problema de excesso de intervenção tutelar do Governo, que visa estar em todos os sectores da sociedade".
A acusação foi lançada pelo vice-presidente do PSD Aguiar Branco, anteontem, no jantar da tradicional Festa do Pontal, que se realizou junto à praia, no Calçadão de Quarteira (Loulé). Falando em "ensaios na banca e na TVI", o dirigente social-democrata afirmou que "o Governo de José Sócrates tem uma visão clientelar do Estado". "Pretendem um Estado não para servir os portugueses, mas para servir o PS."
Num discurso de cerca de 15 minutos, Aguiar Branco disse que o país "está a viver uma crise terrível, que é a crise de valores". "Suspeita-se do que está por detrás dos contratos dos contentores de Alcântara, suspeita-se do que está por detrás do financiamento dos computadores Magalhães, suspeita-se do que está por detrás da Fundação das Telecomunicações para as redes móveis, suspeita-se do que estaria por detrás do negócio da TVI, suspeita-se porque há alegadas pressões sobre magistrados no chamado 'caso Freeport' e que deu origem a processo disciplinar. Temos em Portugal um Governo sob suspeição e isto corrói as instituições e mina a autoridade do Estado", acusou.
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