domingo, 9 de outubro de 2011

O rosto do poder



Esteve em todas as direções e está ligado ao poder interno desde a saída de Mota Torres - no tempo em que ter menos de 30 por cento era uma derrota: Serrão, José António Cardoso, João Carlos Gouveia, ou como secretário-geral, ou como vice-presidente, ou como membro do secretariado, ou como líder parlamentar. Foi sempre candidato desde então e depois deputado ao parlamento regional, foi candidato a presidente da Câmara Municipal de Santana e, na direcção de Cardoso, à Assembleia da República. É o rosto do sistema de bloco central de interesses instalado no interior do PS. Faz parte do poder mas tem o condão de se demarcar de todas as direcções. Vai na lista de deputados, calou-se perante o atropelo à democracia no processo de escolha de Maximiano Martins, que não foi sufragado na Comissão Regional do Partido - ao contrário do que fazem os socialistas açorianos -, e quer aparecer, não obstante o seu passado de compromisso com o poder interno, como alternativa - ele que é o rosto do sistema antidemocrático instalado no interior do partido, que é responsável por hoje a Oposição não estar a disputar eleições para ganhar. Ainda não percebeu que é o problema e não a solução. Na noite eleitoral, mais uma vez, lavará as mãos como Pôncio Pilatos.

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