1. O PSD-Madeira nunca deixou que os vários candidatos do PS, ao longo dos anos, à vice-presidência da Assembleia Legislativa Regional fossem eleitos à primeira. Ainda da última vez, em quatro anos de legislatura, o PS só teve a presidência pouco mais de um ano. - Não sei se fará o mesmo agora com o CDS.
2. O último candidato do PS a quem o PSD impediu a leição à primeira - e, aliás, não deixou eleger -, foi Bernardo Martins. Já Jacinto Serrão conseguiu, finalmente, ser eleito.
3. Também se diz, e Serrão nunca o negou, que o mesmo foi à Quinta Vigia para gizar uma lei eleitoral para danar os pequenos partidos - já, agora, que olhe para si, com a atual base de apoio eleitoral do PS...
4. Há dias, Diário de Notícias de 12 de Outubro, Serrão afirmava: o PS-Madeira "não será um fator de instabilidade governativa". Então, perguntei o que é que aquilo queria dizer no contexto regional de maioria absoluta do PSD e de larga maioria de direita. E até [eu] ironizava: perdeu a vice-presidência do parlamento, quer dar o salto para a vice-presidência do Governo?
5. Acontece que, hoje, o Jornal da Madeira, nos bonecos, cuja responsabilidade política toda a gente induz, lança esta boca (bonecos, segunda página, cito de cor): JMR queria decidir quem liderava a maioria, mas a solução [de coligação], a acontecer, não seria por aí. Perante isto, duas questões se colocam:
a) Esteve na forja um governo de bloco central PS/PSD na Madeira? Houve contatos para o efeito? Se houve, quem foi à Quinta Vigia? Outra vez Serrão? Também Maximiano? Os dois? As pistas indiciam Serrão.
b) Perante os factos que enumerei, afinal, demanda-se ainda - qual o grau de compromisso entre Serrão e o Regime? Será ele «persona non grata» ou »persona grata» para o mesmo?
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