quarta-feira, 20 de julho de 2011

Proposta a quem? Aprovada por que órgão?


Carlos Pereira, na notícia em que se noticia a sua inscrição no PS: "a candidatura de Maximiano Martins nas eleições regionais de Outubro - por proposta de Jacinto Serrão, salvaguarda Carlos Pereira". Uma proposta pressupõe que alguém apresentou a outrem, pessoa ou órgão, alguma coisa para aprovar. Nem o ainda presidente do PS fez a nenhum órgão, com poder para o efeito, qualquer proposta nesse sentido nem Maximiano Martins viu a sua propalada candidatura aprovada em qualquer órgão com competências para o fazer. Note-se que, até hoje, o assunto dessa "candidatura" foi sequer colocado oficialmente na Comissão Política. A CP foi confrontada com a mesma através dos jornais. Ou seja, o presidente do partido fez de conta que a CP já sabia porque veio nos jornais. Para funcionamento democrático é uma aberração, isso sim. Imagine-se que o Governo considerava aprovado o corte no 13º. mês porque veio nos jornais. A situação do Maximiano como candidato é a mesmíssima. Vou repetir: considerar que Maximiano é candidato porque veio nos jornais é o mesmo que considerar que uma lei entrou em vigor porque veio nos jornais a notícia de um projecto ou proposta, sem que os mesmos, alguma vez, houvessem sido discutidos ou votados no parlamento. Ao parlamento do Partido, Comissão Regional, nunca chegou nenhuma proposta. Aliás, nunca reuniu depois da notícia, reunirá apenas no próximo domingo. A Comissão Política não recebeu nenhuma proposta, nem foi informada oficialmente, não aprovou nada. Maximiano, neste momento, é tão candidato como o José dos Anzóis ou a Maria das Couves. Finalmente, sem modéstia, eu demiti-me em nome da defesa da legalidade e da dignidade dos órgãos do partido; jamais aceitaria ficar assossociado a uma ilegalidade e muito menos a uma afronta ao Partido ou aos seus órgãos como a causa da minha incrição.

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