sábado, 18 de abril de 2009

RTP-Madeira: nem oito nem oitenta e oito


Os últimos programas do Dossiê de Imprensa mais parecem tempos de antena do que um programa de análise. Do PSD, pensarão. Não, contra o PSD. Ora, não se pretende que a RTP-M deixe de estar ao serviço do poder para passar a estar ao serviço da oposição. O que queremos é que esteja ao serviço do pluralismo.
A forma como, num dos programas, foi desfeiteado, destratado, desacatado o jornalista Márcio, do Jornal da Madeira, é também lamentável. Será que ele não tem direito a expender a sua opinião como os outros? Ou será que já não se pode ser social-democrata nesta terra? Pretenso complexo de superioridade. Não luto para calar o PSD, luto para que nem o PSD nem ninguém nos impeça de falar. E atitudes de superioridade, seja política, moral, ética, intelectual, social ou outra, é limpinho: puxo o autoclismo e adeus mundo cruel.
Os colegas de painel deveriam, num acto de grandeza que só lhes ficava bem, pedir desculpa ao jornalista em causa que não lhes cairia os parentes na lama.
Saliente-se que a RTP tem vindo, paulatinamente, a melhor o seu nível de informação, de que, honni soit qui mal y pense, se salientam jornalistas como Luís Miguel França e Virgílio. Também, e não obstante, a moderação de Roque Lino do Dossíê tem sido assaz equilibrada.

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