O Presidente do Governo Regional preencheu o seu espaço semanal de comentário político na TVI 24 horas com esta crónica: "Quando se iniciou o regime democrático, a minha primeira preocupação, como governante, foi levar a cada canto do território sob a minha responsabilidade, a habitação que as pessoas não tinham, a energia eléctrica que não existia, a água e o saneamento básico, a saúde, principalmente a Educação, as infraestruturas desportivas para a Juventude e as estradas indispensáveis.
Primeiro, porque da dignidade de vida, de cada pessoa, se tratava.
Segundo, porque ninguém acreditaria nos projectos novos que eram a Democracia, bem como a Autonomia Política do arquipélago, se tal não se traduzisse num salto substancial para as condições de vida de cada um.
Terceiro, porque sem toda esta infraestruturação, era impossível o desenvolvimento económico, social e cultural do território, a Economia não teria possibilidade de crescer.
Ultimamente, tenho-me lembrado muito disto, quando, à distância, contemplo as discussões sobre os projectos megalómanos, esgrimidos propagandisticamente, ainda por cima numa conjuntura como a presente.
E quando, triste, reparo que em muitas zonas do meu País no Continente, principalmente as mais desertificadas, estão ainda tantas infraestruturas por fazer, estão respostas ainda por dar a uma qualidade de vida digna, dou comigo a questionar.
Como é isto possível, 35 anos após o 25 de Abril?
Como foi possível, Portugal se ter limitado tanto ao seu umbigo desproporcionado que é Lisboa?
Como se papagueou tanto sobre desenvolvimento e sobre teorias financeiras, mas, na presente conjuntura, se chegou a este estado de coisas?
Que raio de teorias eram essas, que esqueciam a base fundamental de qualquer desenvolvimento sustentável e harmonizado, para alimentar uma macrocefalia desproporcionada?
O que andaram a fazer?
A atacar quem trabalha, sei que sim.
E não tomam juízo. Ainda andam com megalomanias!...".
Lido aqui.
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