domingo, 19 de abril de 2009

Uma demissão incompreensível quanto aos alegados motivos

Segundo a notícia do Diário, André Escórcio ter-se-á demitido em consequência da recente entrevista crítica do Secretário-Geral do PS-Madeira. Fala-se ainda de divergências quanto ao discurso e a prática entre as lideranças parlamentar e do partido. A não haver outras razões de fundo, esta demissão é totalmente incoerente. Não é possível entender uma demissão baseada em críticas numa entrevista do SG, quando é certo que André Escórcio aceitou ser líder parlamentar depois de divergências e críticas profundas do líder do partido em relação aos anteriores líder parlamentar e SG. E também não colhe a visão diferente quanto ao discurso e a prática, pois toda a gente sabe disso, desde há vários anos, e não é crivel que o ora demissionário líder parlamentar não o soubesse. É claro que o conhecia. Muito menos perceptível ainda é explicá-la à luz da visita do presidente da AR. Antes pelo contrário, a perspectiva dialéctica quanto a esse assunto poderia até ser perfeitamente uma mais-valia política, desde que nenhum dos dois protagonistas tivesse imposto a sua perspectiva, como foi o caso. Portanto, ou André Escórcio apresenta outras explicações ou esta demissão é totalmente incoerente com o passado recente. Para mim, a explicação é outra e bem simples.

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