quarta-feira, 27 de agosto de 2008
A droga e o álcool, por Rui Caetano
Artigo oportuno para ler aqui em A Cidade
A Madeira não está bem. Hoje, talvez mais do que nunca,
assistimos a um agravamento dos problemas sociais, onde
se destacam os consumos de drogas e o alcoolismo. É verdade
que estes problemas se encontram em todas as sociedades,
mas também é verdade que, há muitos anos atrás, na
Madeira, este tipo de flagelo, estava controlado, os índices
na Região não atingiam valores tão elevados. Os decisores
políticos da nossa humilde Ilha discursaram muito, até prometeram paraísos, mas os números
de hoje provam que não souberam travar este drama.
E por que razão os governantes, aqueles que estiveram e ainda estão a definir o futuro da
Madeira, não lançaram políticas preventivas eficazes no sentido de evitar a actual realidade
social? Por negligência? Incompetência? Ou falta de sentido estratégico? De tudo um pouco.
Os flagelos da droga e do álcool invadem o seio de numerosas famílias madeirenses, os
nossos governantes sempre disseram que a situação não era grave e que não só estavam atentos,
como as suas políticas iriam trazer resultados positivos. No entanto, passados todos estes
anos de governação PSD, o consumo de drogas aumentou e o alcoolismo intensificou-se. Falharam.
Erraram nas apostas políticas implementadas.
Enquanto o governo PSD, prepotente e arrogante, fazia de conta que vivíamos numa Região
onde só havia progresso e desenvolvimento, alguns partidos da oposição, de uma forma
responsável, lançavam alertas, pediam justificações para as políticas ineficazes do governo,
apresentavam propostas concretas e credíveis, fundamentadas em estudos, com o objectivo
de ajudar a combater e a evitar o aumento deste grave flagelo social. O PSD sempre desprezou
as ajudas e o papel das oposições e agora nem tenta remediar.
O PSD-Madeira foi dizendo, ao longo dos anos, que os milhões de investimentos no futebol
profissional tinha como objectivo desviar os mais jovens do álcool e da droga, mas os
dados de hoje indicam que a estratégia falhou, como aliás seria de esperar. Será que a culpa
é da oposição?
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