terça-feira, 27 de abril de 2010

Colegas do nosso tempo

Já lhe aconteceu, ao olhar para pessoas da sua idade, seus companheiros de juventude, pensar: não posso estar assim tão velho(a)?!!!
Veja o que me contou um amigo:
- Estava sentado na sala de espera para a minha primeira consulta com uma nova dentista, quando observei que o seu diploma estava exposto na parede.
Estava escrito o seu nome e, de repente, recordei-me de uma morena bonita, que tinha esse mesmo nome.
Era da minha turma do Liceu, uns 30 anos atrás, e eu perguntei-me: poderia ser a mesma rapariga por quem eu me tinha apaixonado à época?

Quando entrei na sala de atendimento, imediatamente afastei esse pensamento do meu espírito. Essa senhora de cabelo grisalho, gorda, com um rosto marcado e profundamente enrugado... era demasiadamente velha para ter sido a minha paixão secreta.
Depois de ela ter examinado o meu dente, perguntei-lhe se ela tinha estudado na Francisco Franco
- Sim, respondeu-me.
- Quando é que se formou? - perguntei.
- 1983. Por que é que pergunta? - respondeu.
- É que... bem... a senhora era da minha turma! - exclamei eu.
E então, essa velha horrível, cretina, grisalha, protuberante, de peles flácidas, rai’s à parta, lazarenta perguntou-me:
- O Sr. era professor de quê?
(texto recebido e adaptado)

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